Chove há dois meses por aqui. Quase todos os dias. Chuva forte. Nunca cai garoa aqui, como em São Paulo.
Tudo começou a ficar úmido dentro de casa. Mais do que o normal aqui. Viam-se orelhas-de-pau e cogumelos por toda parte, sinalizando excesso de umidade.
A gente começou até a fazer piadas, dizendo que o slogan “Terra do Sol”, atribuído à cidade, deveria ser modificado.
E quando pensava-se que tudo o que havia pra chover já havia chovido, uma tromba d´água que durou horas caiu na noite de quinta-feira passada. A sexta-feira amanheceu com chuva forte que não mais deu trégua até culminar na tragédia que teve início na noite de sábado, deixando-nos sem energia elétrica por horas. Mesmo nós, paulistanos morando aqui há menos de quatro anos, percebemos que aquela chuva estava fora da normalidade. Como moramos numa praia afastada, numa casa bem ao alto, nada sofremos. Porém não demorou para que começássemos a ter noção da dimensão do desastre natural que acometeu a região por conta de telefonemas de familiares e amigos, assustados com as notícias que começavam a ser transmitidas por rádio, tv e internet.
Colegas, amigos e conhecidos tiveram suas casas destruídas pela enxurrada de lama ou pela inundação. Não faltam histórias trágicas por toda parte.
Aqui, diferentemente de São Paulo, a culpa pela devastação não pode ser atribuída ao governo. A natureza realmente pegou pesado com o estado catarinense.
Conseqüência do aquecimento global? Talvez.
O que nos preocupa agora é o medo de que ainda sejamos vítimas de novos desmoronamentos de lama sobre casas e estradas, já que continua chovendo diariamente, ainda que com menor intensidade.
Preocupa-nos também encontrar formas de ajudar aqueles que perderam suas casas e suas coisas. Temos levado roupas e mantimentos para centros de arrecadação. É o mínimo que todo brasileiro poderia fazer neste momento, já que se trata de uma iniciativa que não nos custa nada e está ao alcance de qualquer um.
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Wanderlucy, muito obrigado por se comunicar conosco “de dentro da chuva”. Quando você descobrir por aí formas com que os leitores deste blog possam contribuir de alguma maneira, nos avise. E continue atualizando as informações para nós, por favor.
Wanderlucy e demais colegas deste espaço,
Moro em Blumenau, e nem em filmes a gente imaginaria tamanha tristeza. A cada email, telefonema, orkut, video do yotube, e outras forma de comunicação que recebemos ou vemos, ou ouvimos de um um amigo é um pouco de alivio por sabe-lo fora de perigo. O povo daqui é forte, solidário, mas precisamos de apoio, incentivo, motivação e pensamentos e energias positivas, porque não esta fácil ver e viver tanto sofrimento.
Além de roupas e alimentos estamos precisando também de produtos de limpeza, cobertores, toalhas, enfim, de tudo um pouco.
Puxa, Breno, eu não sabia ou não tinha registrado que você morava em Blumenau, parece que aí foi ainda mais atingido que Camboriú, certo? Onde você mora ou próximo foi muito atingido pelas chuvas? Sei que há lugares para onde enviar essas coisas, via Estadão p.ex., mas você faz alguma sugestão alternativa?
Wanderlucy, tudo bem?
Não sei se você se lembra de mim… Sou aluno da Anhembi Morumbi e participava ativamente do (saudoso) Tubarão.
Nessas horas não há muito o que falar… Mas lhe desejo toda a força do mundo, para poder encarar a situação e poder contorná-la. E sorte também, claro (nunca é demais).
Espero, sinceramente, que um dia ainda venhamos a lembrar disso com risadas.
Abraços e, de novo, FORÇA!
Claro que me lembro de você, Mario!
Como vai tudo?
Aqui estamos bem, porém preocupados com a iminência de novos deslizamentos por toda parte.
E Breno, não sabia que estávamos tão próximos um do outro!
Caso eu possa auxiliar em algo, não hesite em contatar-me: wanderlucyc@yahoo.com
Espero que logo a tranquilidade se restabeleça e possamos discutir sobre formação de professores para o uso pedagógico da web aqui no sul!
abçs
Nós estamos enviando as doações para o corpo de bombeiros, entidades da defesa civil e diretamente nos abrigos. Estou em Curitiba e aqui o governo do estado centralizou as doações nas prefeituras e entidades ligadas a segurança. O problema é que a situação de desabrigados deve levar meses para ser encaminhada e neste período as necessidades devem continuar.
Felizmente moro em uma área que esta sujeita somente a enchentes, mas não cheguei a ser afetado (agua chegou no portão, mas não passou dai).
PS) moro em Blumenau (familia) e Curitiba (trabalho)
Wanderlucy, comigo tudo bem também, tirando a correria, claro. HEHEHE
Mas, só para registrar, foi postado sobre o problema na comunidade do CUB no Orkut (que tem 37.563 membros) e MUITOS estão se organizando para fazer doações e tudo mais.
E vamos torcer para que a coisa melhore um pouco agora… Porque, depois disso tudo, talvez as pessoas se conscientizem um pouco sobre o aquecimento global.
Wanderlucy, a chuva acalmou ou continua por aí?
Nós tambem enviamos e ainda estamos enviando as doações para o corpo de bombeiros, entidades da defesa civil, e também estamos com uma excursão para este final de semana pra balneario de camburiu, pois somos de são josé do rio preto – sp e nunca fomos aí.
Já está tudo acertado com a empresa que vai nos levar desde janeiro e o desejo de conhecer é muito grande, gostariamos de saber se as chuvas melhoraram por aí
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