Na segunda passada tivemos nosso último encontro no Second Life, do curso ABC da EaD no SL 2.0.
Encontramo-nos primeiramente no espaço De Mattar, onde conversamos um pouco sobre o tema da aula anterior, direitos autorais. Muitos alunos se mostraram surpresos com a leitura do capítulo 6 do livro ABC da EaD, que discute os problemas de direitos autorais que existem em EaD. E são muitos!
Depois falamos um pouco sobre o futuro da EaD – web 2.0, mundos virtuais, m-learning etc. A professora Georgia fez uma apresentação com alguns slides.
Em seguida, fomos conhecer a Ilha do Empreendedor, do Sebrae, recebidos Rodrigo Gecelka (aka Empreendedor Mighty), que vai ministrar um curso para iniciantes no Second Life.
O Rodrigo faz atendimentos diários na ilha, informando sobre as atividades do Sebrae e sobre a ilha.
Na despedida, alguns avatares afirmaram que vão ficar com saudades. Encontros síncronos no Second Life têm realmente o poder de criar laços entre comunidades de uma maneira que não é tão fácil atingir em atividades textuais assíncronas na Internet, como fóruns, ou mesmo simples chats de textos.
A Anastazia sugeriu, para enriquecer nossas discussões, os slides sobre o conceito de Homo Zapiens:
Enviei um email para os participantes, para que sejam respondidas as seguintes questões, como atividade e avaliação final:
1. Nome Completo (vida real):
2. Nome do seu avatar:
3. Quais temas discutidos no livro e no curso você achou mais interessantes?
4. Quais visitas feitas durante o curso que você achou mais interessantes?
5. O que você aperfeiçoaria ou corrigiria no curso?
6. Reflita um pouco sobre o potencial pedagógico do Second Life (e de mundos virtuais online 3D).
Assim que eu receber os emails com as respostas, colocarei um resumo em um outro post.
No segundo semestre, estou planejando um curso não apenas no Second Life, mas usando diversas ferramentas da web 2.0 (blogs, wikis, LMSs 2.0, vídeos etc.), baseado no livro Second Life e Web 2.0 na educação. Assim que estiver pronto, informo por aqui.
Ética e Psiquiatria é uma publicação do CREMESP – Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.
A segunda edição traz diversos artigos interessantes, sobre sigilo médico no caso de paciente pedófilo, violação dos limites na relação médico-paciente, internação involuntária, suicídio, doença mental e crime, eletroconvulsoterapia etc.
Antidepressivos realmente funcionam? Um curto artigo no Time, Antidepressants Hardly Help, discute um pouco a questão. Eu sempre desconfiei que não funcionam muito, e confesso que não tenho muita facilidade para entender quando uma pessoa diz que está deprimida, no sentido de que está doente. Entendo que depressão é um estado natural e normal do ser humano, pelo qual todos nós passamos em vários momentos. Que existem casos graves e limítrofes não há dúvidas, mas em que momento uma pessoa deve tomar remédios, e que efeitos eles trarão?
Uma discussão semelhante se dá em relação à hiperatividade. Qualquer criança um pouco mais agitada já está tomando remédio. Há uma indústria de remédios que chega a envolver os médicos, as decisões não são assim tão neutras, científicas. Não engulo muito bem esses remédios!
Segundo Daniel Gilbert, professor de psicologia de Harvard, em geral erramos quando tentamos prever o quanto apreciaremos uma experiência futura, por causa do que ele chama de “colapso da atenção”.
Quando tentamos prever experiências futuras, tendemos a compará-las com outras experiências, passadas, presentes ou que imaginemos. Mas nenhuma dessas alternativas entra em jogo quando chega o futuro e vivemos uma experiência envolvente. Nesse momento, ocorre algo como um buraco negro da imaginação, absorvendo toda a nossa atenção e neutralizando o poder das alternativas. A experiência nos consome e nossa atenção colapsa naquele momento, e as alternativas não escolhidas não participam deste momento – ao contrário do momento em que tentamos prever nossa felicidade no futuro.
Não somos em geral capazes, portanto, de prever a felicidade de nossas experiências futuras e do futuro em geral, pois quando fazemos uma escolha na vida, as alternativas não escolhidas evaporam.
Quando uma experiência não é envolvente, aí sim temos tempo para ficar imaginando todas as outras coisas que poderíamos estar fazendo. Mas, para Gilbert, esses momentos são pouco comuns em nossas vidas – em geral, as alternativas que não escolhemos na vida desaparecem bem mais rapidamente do que imaginamos.
Tenho acompanhado continuamente a oferta de cursos de EaD online de pós-graduação nos Estados Unidos. Boa parte dos cursos que tenho pesquisado estão listados nos links deste blog, no título “Cursos EaD”.
Fiz uma seleção dos mestrados que me parecem mais respeitados, e aqui vai uma avaliação breve de cada um.
A Nova Southeastern University oferece o Instructional Technology & Distance Education Master. O curso inclui alguns encontros presenciais. Tem 33 créditos e sai por US$ 15,510.00. As disciplinas são praticamente todas obrigatórias: Orientation, Leadership, Educational Research for Practitioners, Instructional Media, Principles of Distance Education, Instructional Design, Principles of Instructional Technology, Managing and Evaluating Instructional Technology and Distance Edu., Advanced Applications in ITDE e Reflective Portfolio in ITDE, e apenas 1 eletiva. Pelo que se pode ver, é um programa bastante genérico, que procura cobrir os principais temas da EaD.
A Penn State oferece o Master of Education in Instructional Systems—Educational Technology. São 33 créditos, sai US$ 19,173.00 (sem contar os pré-requisitos para algumas disciplinas) e inclui a produção de um paper no final do curso. As disciplinas fundamentais são: Introduction to Applied Statistics, Learning Process in Relation to Educational Practices, Using the Internet in the Classroom, Measuring the Impact of Technology on Learning e Systematic Instructional Development. As disciplinas avançadas são: Effective Technology Use in the Classroom, Computers as Learning Tools e Technology and Higher-Order Learning. Há também a disciplina Individual Studies, que serve para a orientação para a preparação da tese. E 2 eletivas, dentre: Introduction to Computers for Educators, Introduction to Distance Education, Course Design and Development in Distance Education, Research and Evaluation in Distance Education, Video and Hypermedia in the Classroom, Designing Computer Networks for Education e Coordinating Technology Use in Education. Diferentemente dos outros cursos mencionados, o mestrado da Penn University tem disciplinas de Estatística e não tem tanto conteúdo prático nem de uso do computador, a não ser nas eletivas.
A Florida State University oferece o Masters of Science degree program in Instructional Systems with a major in Open and Distance Learning. São 36 créditos e para quem não mora na Flórida sai a US$ 31,664.88 (para quem mora na Flórida, sairia a mesma quantidade de créditos sairia a US$ 8,934.49, mas ainda estou para receber a confirmação se isso vale para os cursos online). As disciplinas fundamentais são: Introduction to Distance Education, Theories of Learning and Cognition in Instruction, Introduction to Systematic Instructional Design, Inquiry and Measurement Course e Development of Computer Courseware. É obrigatória um tipo de estágio (ou pesquisa de campo) chamado de Field Internship e o exama do portfolio – Comprehensive Examination: Professional Portfolio. 6 disciplinas são eletivas, dentre as quais: Assessment of Learning Outcomes, Introduction to Program Evaluation, Instructional Materials Development, Introduction to Instructional Systems, Trends and Issues, Managing Instructional Development, A Systems Approach to the Management of Change, Design and Production of Network Multimedia, Design & Production of Media Resources e Managing Networking & Telecommunications. Como se percebe, parece ser um curso mais teórico, com pouca ênfase na tecnologia e na multimídia para pequenos projetos, e voltado também um pouco para a administração da EaD.
A University of Maryland – University College oferece o Master of Distance Education. São 36 créditos e para não residentes no Estado, sai a US$ 21,744.00. Oferece 3 especializações: Distance education technology, Distance education teaching and training e Distance education policy and management. A especialização em Distance Education Technology (DETC) inclui: Introduction to Graduate Library Research Skills, Foundations of Distance Education (desenvolvido em colaboração com Borje Holmberg e Otto Peters), Technology in Distance Education, Teaching and Learning in Online Distance Education, Costs and Economics of Distance Education, Learner Support in Distance Education and Training, Instructional Design and Course Development in Distance Education, Synchronous and Asynchronous Learning Systems in Distance Education, Training and Learning with Multimedia, Leadership in Distance Education, Distance Education, Globalization, and Development e Internet Multimedia Applications, além do Portfolio and Project in Distance Education. É um curso muito interessante e muito bem organizado, mas como se percebe é um pouco mais teórico do que prático, não diretamente voltado a tecnologia e sem eletivas. A especialização em Distance Education Teaching and Training (DETT) inclui Introduction to Graduate Library Research Skills, Foundations of Distance Education, Technology in Distance Education, Teaching and Learning in Online Distance Education, Costs and Economics of Distance Education, Learner Support in Distance Education and Training, Instructional Design and Course Development in Distance Education, Training and Learning with Multimedia, Library and Intellectual Property Issues in Distance Education, Special Topics in Instructional Technology, Training at a Distance, Assessment and Quality Assurance in Distance Education e Portfolio and Project in Distance Education. Também é muito interessante, voltado mais ao professor e procurando cobrir uma diversidade de tópicos, e não voltado diretamente à tecnologia.
Uma bela seleção. O que você acrescentaria à lista? NorthCentral University? Walden University? UT Telecampus? Capella University? University of North Dakota? Saint Joseph’s University? American Intercontinental University? University of Texas? University of Nebraska? Jones International University? Texas Tech? Ellis College? DeVry? Lesley University? University of Illinois Global Campus? Northern Arizona University? Fort Hays State University? DePaul University? Regis University? Full Sail University? University of Phoenix? Strayer University? Westwood College Online? Colorado Technical University Online? Ashford University? Kaplan University? Indiana University? University of Colorado? University of Missouri? Syracuse University? Pepperdine University? University at Albany?
Não falei disso por aqui na época, mas todos devem lembrar do menino de 8 anos, João Victor Portelli, que entrou na UNIP de Goiânia, no início do ano, foi matriculado pelos pais e inclusive foi até a universidade para assistir à primeira aula, sendo apenas então barrado. Depois, acabou desistindo de fazer o curso.
Na minha opinião, há uma seqüência de equívocos na situação, não apenas da universidade.
Parece que situações como esta têm se repetido em nosso país.
Como controlar, por exemplo, o recebimento de mensagens de texto por parte dos alunos durante as aulas presenciais? Ou insistência na conectividade contínua mesmo em um espaço de aprendizagem físico, com um professor e outros colegas fisicamente presentes?
Ruth Reynard discute esses desafios com mais otimismo, no excelente Mobile Learning in Higher Education, publicado no Campus Technology em 23/04/2008.
Os dispositivos móveis podem, se integrados com eficiência, aumentar o envolvimento dos alunos e fornecer uma experiência de aprendizado mais rica para todos. Reynard fala em múltiplos pontos de input, pelos quais os alunos devem ser capazes de acessar o conteúdo na forma mais adequada para suas preferências e seus estilos de aprendizagem – um processo de customização e individualização do estudo. Essa geração de aprendizes não deve ser submetida ao controle do input no processo de estudo, mas, ao contrário, temos que levar em consideração o conceito de autonomia do aprendiz.
Reynard fala também de múltiplos pontos de output, que permitem maximizar as conexões dos alunos com os professores, alunos em suas classes e outras classes, e inclusive com a comunidade mais ampla. Ou seja, os dispositivos móveis podem ser usados para aumentar a interação e a produção do aprendizado.
Ruth fala também em áreas ou espaços de interação. A interação não deve se limitar às aulas presenciais ou aos tempos pré-agendados de interação online. Pode-se falar então na customização do espaço de aprendizagem por parte dos alunos. Os professores não devem ditar quando e onde a interação deve ocorrer, mas guiar os alunos para reconhecer interações relevantes ou valiosas, em oposição a perdas de tempo ineficientes.
Embora estejamos nos acostumando com as idéias de coach e facilitador, Reynard sugere que pensemos nos professores como uma “conexão” utilizada no processo. Uma conexão expert, capaz de ajustar a abordagem e o método para possibilitar múltiplos espaços de aprendizagem em uma sala de aula. E em vez de pensarmos apenas na educação centrada no aluno, ele sugere que o processo todo é dependente do envolvimento imediato e contínuo do aluno, participação e produção, o que ele chama de educação administrada pelo aluno.
Em Mobile phones in the classroom…. again, Steve Dembo apresenta várias maneiras pelas quais os celulares podem ser utilizados para melhorar o processo de aprendizagem: checar a ortografia e o significado de uma palavra; pesquisar temas, acontecimentos, imagens e mapas; gravar vídeos; enviar perguntas ao professor; receber informações sobre a disciplina; fazer testes; e gravar e ouvir podcasts.
É quase consenso afirmar que o internetês tem efeitos negativos no uso da língua pelos jovens.
O Sérgio Luiz A. da Rocha, entretanto, no seu artigo Leitura e Escrita na Era das Mídias, questiona essa idéia analisando o fenômeno das fanfics.
Sali A. Tagliamonte, professora da lingüística da Universidade de Toronto, e seu aluno Derek Denis, por sua vez, concluem que a linguagem online utilizada pelos adolescentes é sofisticada, e consideram a Mensagem Instantânea uma nova renascença lingüística, criando um complexo híbrido que mixa os usos coloquiais e formais da linguagem.
Já o artigo 20+ Ways to Learn a Language Online, publicado recentemente no ReadWriteWeb, apresenta inúmeros recursos disponíveis na Web para quem deseja aprender uma língua, muitos deles gratuitos:
Mango Languages: diversos cursos, incluindo Português Brasileiro e Inglês como segunda língua para brasileiros.
É um lugar genial para você aprender algumas habilidades básicas no Second Life brincando. Siga as orientações (em inglês) e no final você terá nadado, voado, lidado com notecards etc.
O projeto foi cuidadosamente desenvolvido utilizando a metodologia ADDIE (Analysis – Design – Development – Implementation – Evaluation).