O congressista republicano Mark Kirt (que deseja se re-eleger) considera o Second Life um perigo para as crianças e defende que ele seja bloqueado em escolas e bibliotecas, assim como as redes sociais online. Crianças podem facilmente passear por ambientes virtuais de prostituição, estupro, vendas de drogas etc. Assista a uma entrevista com ele.
Zane L. Berge, um dos artífices, juntamente com Mauri Collins, da teoria do minimalismo tecnológico (da qual ainda falarei com calma por aqui, relacionando-a ao Second Life), publicou recentemente no Educational Technology o artigo: Multi-User Virtual Environments for Education and Training? A Critical Review of Second Life, defendendo que quase tudo o que se faz no Second Life (com muito mais dificuldade) pode ser feito online. Um esforço tremendo de continuar defendendo a validade de uma teoria (o minimalismo tecnológico) que hoje não tem mais sentido. Tema para um longo post que está em gestação…
Kristina Dell publicou recentemente no Time o artigo How Second Life Affects Real Life, em que ela comenta algumas pesquisas que têm sido realizadas, para avaliar como as experiências nos mundos virtuais afetam nosso comportamento no mundo real.
Uma mistura de filme, animação e video-game, dirigido pelos irmãos Wachowski, diretores da trilogia Matrix. O elenco:
Speed – Emile Hirsch
Racer X (O Corredor X) – Matthew Fox
Pops Racer – John Goodman
Mom Racer – Susan Sarandon
Rex Racer – Scott Porter
Trixie – Christina Ricci
Ben Burns – Richard Roundtree
Inspector Detector – Benno Fürmann
Muito legal rever décadas depois um desenho que eu costumava assistir na tv – só que agora muito mais movido.
Assista ao trailler:
Dá inclusive para jogar um joguinho no site do filme.
Hoje tivemos nosso primeiro encontro oficial no Second Life, para o curso ABC da EaD no SL 2.0.
Começamos no espaço De Mattar, e há um monte de pôsteres por lá, para quem perdeu a aula explorar – comece pelo do livro (vermelho, do lado direito), clique nele com o mouse esquerdo, veja o que acontece, vá para o seguinte e repita a operação, até o final (quando voltar da Edtech, terá ainda o poster do livro Second Life e Web 2.0 na Educação para finalizar).
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O primeiro poster linka para a página do livro ABC da EaD, que vamos usar como bibliografia básica para o curso.
Falamos então do Paulo Freire, e clicando no poster com a foto dele você recebe um notecard com os conceitos de Educação Bancária x Educação Dialógica. Alguém disse que com o computador a educação bancária teria sido condenada, mas eu lembrei do conceito de Educação Bancária a Distância (EBaD), definido pelo Pedro Godoy em uma comunidade do Orkut – fica fácil depositar conhecimentos no aluno, como ficou fácil depositar dinheiro no banco pela Internet. No limite, a EBaD sonha com a morte do professor: o depósito direto, sem intermediários! Um post já antigo aqui no blog é Paulo Freire e a EaD. Os comentários na discussão foram muitíssimos interessantes, e deu para prever que o curso vai ser quente.
O click no poster seguinte produz um texto no chat (lido apenas pelo avatar que clicou, não por todo mundo), com o conceito de EaD que usamos no livro: “A EaD é uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação.”
Em seguida, eu introduzi a oposição Autonomia x Interação, que discutimos no livro em várias passagens, e como disse o Breno, na provocação na aula eu fiz uma extrema simplificação da pedagogia da autonomia. Houve uma unanimidade rápida e incrível que é necessário combinar adequadamente autonomia e interação, em projetos de EaD. Muitos comentários interessantes. O Banana ficou de nos passar um texto, para enriquecer essa discussão. Quem quiser reproduzir o que falou por lá, sinta-se à vontade. Acho que o Breno também ficou de resumir algum texto para nós.
Gostaria de ter discutido a importância do corpo, para Dreyfus e Borgmann, mas não deu tempo. Quem tiver passado por essa parte no livro, e quiser fazer algum comentário, aproveite aqui!
O poster seguinte tem um notecard com uma citação do Michael Moore sobre distância transacional, com um link para o artigo Teoria da Distância Transacional, traduzido pelo professor Wilson Azevedo.
Falamos então rapidamente das gerações da EaD, e o poster seguinte tem um notecard sobre o que classificamos como a terceira – há autores que falam de 5, por exemplo.
Não tivemos tampouco tempo de falar sobre a breve história da EaD no Brasil, que traçamos no livro – mas fica como sugestão de leitura.
Por fim, um pôster com um notecard orientando para a visita que fizemos à EdTech. Visitamos juntos o Center for Education:
que todos adoraram – num click, você muda o ambiente da sala – incrível potencial para a educação. A vidafeliz comentou que muitos avatares atrapalham um pouco a visão, e tem toda razão. Mas procurem praticar o controle de câmera, para ajudar um pouco nisso.
Divirta-se com um vídeo sobre a ilha:
Enfim, foi um começo muito promissor.
Aqui nós nos comunicamos assincronamente durante a semana – e na próxima segunda nos encontramos de novo no Second Life – logo passo as coordenadas. Vamos discutir o capítulo 3 na próxima aula, então procurem lê-lo durante a semana.
Aliás, quem tirou umas fotos legais, me mande por email (se possível já menos pesadas) para eu colocar por aqui.
Este é um tema que desejo explorar com bastante intensidade daqui para frente, por isso o I – pontapé inicial, apesar de já ter tocado no tema aqui e ali, neste blog.
Dicas para usar melhor o Office 2007, como gravação em versão 2003, gravação como pdf, uso da barra e minibarra, contagem automática, ações rápidas, Outlook e Access.
Programas gratuitos comentados: Ssuite Office, AbiWord, Atlantis Nova (processador de texto), Pegasus Mail, Kexi (banco de dados), Gnumeric (planilha), PhotoFiltre (editor de imagens), Autostitch (mistura fotos), Autodesk Maya (animação), Blender 3D (animação), Dia (diagramas), ClamWin Free Antivirus, Pdf995, Money Manager Ex, SoulSeek (rede P2P),
Administrar adequadamente seu inventário é um dos grandes desafios do Second Life.
Todo novo avatar recebe no seu inventário uma library, com diversos itens.
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Clique em cada uma das pastas, e você terá uma surpresa com a quantidade e variedade de itens que nasceram junto com o seu avatar!
Os itens que você começar a coletar e comprar serão armazenados acima da Library, My Inventory, em diversas pastas.
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É necessário, portanto, organizar seu inventário desde o início, criando pastas (inventory/create/new folder), nomeando itens adequadamente, movendo-os de uma pasta a outra etc. Eu já tinha falado por aqui de uma ferramenta para ajudar nisso, o Second Inventory.
A segunda aba da janela do inventário, Recent Items, mostra os itens que você está usando durante a sessão (a partir do momento em que se logou), que ficarão também arquivados na aba All Items.
Um vídeo-tutorial em inglês:
Brinque e pratique bastante, há inclusive vários outros pontos essenciais na administração do inventário, que vou cobrir em um outro tutorial.
Notecards são simples mas extremamente poderosos para a educação.
A princípio ele são um suporte para texto, mas podem conter diversos recursos, como imagens, sons, landmarks e objetos:
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Notecards podem também estar dentro de outros notecards, tornando então ilimitadas suas possibilidades de usos educacionais.
Há diversas maneiras de distribuir e receber notecards: arrastando-os diretamente para um avatar ou seu profile, através de objetos como notecard givers etc.
Você pode editar um notecard, mas pode também criar um: clique em inventory (lado direito inferior da tela), create/new note:
A pedagogia Reggio Emilia, que teve início com os pais nas ruínas da região italiana, após a II Guerra, está voltada para o ensino fundamental, mas é incrível como podemos aproveitar sua filosofia para o ensino superior e para a EaD.
Eis alguns de seus princípios:
a) a criança é o elemento central da educação;
b) a criança deve ter algum nível de controle sobre a direção do seu aprendizado, que precisa ter sentido para ela;
c) as crianças devem aprender através de experiências que envolvam movimentação, tato, audição e visão;
d) as crianças devem ter infinitas maneiras e oportunidades de se expressar, incluindo desenho, escultura, teatro, escrita etc.
e) o aprendizado deve ser construído cooperativamente e criativamente, por projetos, exploração e resolução de problemas;
f) deve ser garantido um espaço de liberdade para a ocorrência de erros;
g) o currículo é aberto e indeterminado, montado a partir do mundo das crianças;
h) os professores devem ter autonomia e liberdade para a improvisação, sem a imposição de programas, atividades etc.;
i) os pais devem participar ativamente da educação dos filhos, incluindo a formulação das políticas nas escolas e a elaboração dos currículos;
j) a educação deve continuar fora da escola, ou seja, deve ser comunitária.
Maravilhoso, pois é praticamente tudo o que tenho discutido em relação à EaD, neste blog, nas minhas palestras e nas minhas publicações. Os programas de ensino superior e EaD estão muitas vezes décadas atrasados, do ponto de vista da filosofia da educação, em relação a programas de educação infantil. Começamos errado em EaD, ignorando até essas experiências com crianças – ou seja, tratando os adultos como nem mesmo tratamos mais as crianças. Já andei comentando por aqui alguns livros que tratam de educação infantil, em Fomos maus alunos, Escola sem sala de aula e A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir.
Mas o que mais quero destacar aqui é a importância dada ao “ambiente”, considerado o “terceiro professor”. A sala de aula é continuamente remodelada e integrada ao resto da escola e à comunidade, devendo conter espaços para atividades em grupos grandes e pequenos. Plantas, luz natural e espelhos são elementos comuns nas escolas. O ambiente tem a função de informar e envolver o aluno, e é planejado para gerar interação entre a comunidade.
No Second Life e Web 2.0 na Educação, eu e o Valente defendemos que o ambiente foi ignorado pelos teóricos da EaD, que sistemas como Blackboard e Moodle não têm nada de “ambientes”, e que os mundos virtuais 3D recuperam parcialmente para a educação esse espaço que foi deletado pelos ambientes virtuais de aprendizagem.
O design de campi presenciais tornou-se também um desafio para os arquitetos, já que a nova geração interage e utiliza o espaço de uma maneira diferente. Wireless, acesso a energia e ergonomia são algumas das novas preocupações, e o planejamento das salas de aula deve considerar encontros informais (salas redondas?), e não mais um palco para o professor numa sala quadrada. O design dos campi deve suportar o fluxo da informação, não o seu aprisionamento. Mark McVay discute esses temas em Embracing the Millennials’ Seamless Embrace of Technology.
Trent Batson, em Writing: It Ain’t the Same Anymore, publicado ontem no Campus Technology, reflete sobre como o ensaio não é uma forma de expressão natural para os nativos digitais, apesar de ainda ser considerada central em nossas instituições de ensino superior. Emails, blogs e wikis introduziram novas formas de comunicação eletrônica, muito distintas do ensaio, que vem do século XVI e representa a cultura impressa. Por que escrever na universidade e escrever no dia-a-dia têm que ser tão distintos? O artigo discute, por exemplo, estratégias para escrever emails.