Vira-Lata

Assisti hoje ao filme Vira-Lata (Underdog), dirigido por Frederik Du Chau, a engraçada história de um cão que se torna um super-herói.

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Philipe Gerling

Philipe Gerling é um experiente Diretor de Fotografia e um excepcional fotógrafo, como se pode perceber pelas fotos abaixo, tiradas em países do oriente. Ele já trabalhou um longo tempo na Alemanha, e vem de um longo período de trabalho na China.

E a grande notícia é que eu finalmente consegui convertê-lo para a EaD, trazendo o seu incrível talento para o nosso lado: a partir de agora, além de ele estar à disposição para tirar fotos (e inclusive produzir vídeos) para qualquer trabalho relacionado a educação a distância, as quase 2.000 fotos que ele possui do oriente (além de centenas de outras) estão à disposição para serem utilizadas em trabalhos de EaD. Foram todas tiradas em alta resolução e podem ser trabalhadas especificamente para as suas necessidades. Nosso objetivo (de curto prazo) é organizar um repositório não só de imagens, mas também de textos, sons, vídeos e outros objetos para EaD e trabalhos para a Internet.

Vou atualizar este post dinamicamente, com as qualificações do Philipe e os comentários dele (sempre após as fotos), e inclusive com fotos novas. Enquanto isso, divirtam-se (algumas fotos foram ligeiramente trabalhadas no Photoshop, o que podemos fazer para quem precisar, e aqui estão todas em baixa resolução).

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Por que uma sociedade torna-se referência para as outras?
O cinema transporta a ilusão.

Cenário de um filme que fizemos na China. O estilo é ocidental. Os chineses procuram copiar o “american way of life”.

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A arte copia e recria.

Os músicos e a arte. Acho que todas as formas de arte trabalham com fontes de inspiração. Copia-se e recria-se.

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7 séculos pela alameda de pedras polidas.

Faz parte de um complexo de templos no Cambodja. Angkor Wat foi erguido pelo povo Kmer entre os séculos 9 e 14.

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A serpente foi muito persuasiva.

Essa praia é a imagem do paraíso. Será que realmente fomos expulsos, ou está tudo na nossa mente?

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Tirada no Vietnam. Gracas ao lusco-fusco, nao se vê as marcas dos tiros nas paredes.

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Apos o crepúsculo, as cicatrizes ficam menos evidentes.

Praia da Tailândia.

As pessoas que estao de férias por lá, na maioria turistas europeus, sentam em rodas para conversar, ou dançam ao som das músicas em língua inglesa, que vem dos barzinhos à beira-mar.

O ambiente é muito lúdico e lembra os ideais de paz e amor celebrados pela geração hippie.

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Felicidade é um estado de espírito.

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Achei no YouTube hoje este vídeo com algumas filmagens do Philipe na China:

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Second Life da EAD & Vida Nova para o Professor Virtual: Caixa de Ferramentas 2.0 para o Aututor

Esta foi a minha apresentação com a Carmem Maia, durante o Congresso da ABED em Curitiba: “Second Life da EAD & Vida Nova para o Professor Virtual: Caixa de Ferramentas 2.0 para o Aututor”.

A sala estava bastante cheia.

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O arquivo completo do texto, conforme está publicado nos Anais do Congresso, pode ser acessado aqui.

Muitas das idéias já temos discutido neste blog e fazem parte do recém-publicado ABC da EaD.

Então, podemos discutir o texto por aqui.

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O Emílio cobriu também a apresentação no blog coordenado pelo professor Wilson Azevedo.

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Curitiba

Depois de passar por Maringá e da palestra no Cesumar, no sábado (01/09) fui a Curitiba, cidade que eu não visitava há muitos anos.

Fiquei hospedado no Hotel Holiday Inn Express de Santa Felicidade, localizado bem no meio de um dos pontos gastronômicos da cidade.

Logo que fiz o check-in e saí para a rua, o ônibus da linha Turismo (conhecido como jardineira) parou no ponto logo em frente, então embarquei. Ele passa por 25 pontos turísticos de Curitiba, num passeio de 44 quilômetros que dura 2h30min e custa R$ 16,00, com direito a desembarcar e embarcar em 4 pontos, além do ponto em que você sobe no ônibus.

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As paradas seguintes foram:

* Parque Barigui

* Torre Panorâmica/Brasil Telecom

* Setor Histórico

* Praça Tiradentes (enquanto o motorista almoçava, tirei algumas fotos)

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* Rua das Flores

* Rua 24 horas

* Centro de Convenções

* Museu Ferroviário

* Teatro Paiol (deu para tirar uma foto de dentro do ônibus)

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* Jardim Botânico (aqui desci, e aliás desceu todo mundo do ônibus)

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Os jardins são muito bonitos, a estrutura da estufa também, e havia uma mostra de arte na parte inferior, mas confesso que fiquei um pouco decepcionado (dentro da estufa é bem pequeno, há poucas plantas, e o próprio jardim é pequeno e percorrido rapidamente – não tem comparação, por exemplo, com a viagem que é percorrer o Jardim Botânico do Rio de Janeiro).

* Estação Rodoferroviária /M. Municipal

* Teatro Guaíra/Universidade Federal do Paraná

* Passeio Público/Memorial Árabe (deu para tirar uma foto também de dentro do ônibus)

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* Centro Cívico

* Museu Oscar Niemeyer (museu do olho, arquitetura impressionante, a visita já está reservada para minha próxima ida a Curitiba)

* Bosque do Papa/Memorial Polonês

* Bosque Alemão (aqui desci)

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Tirei uma foto de Curitiba da Torre dos Filósofos:

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* Universidade Livre do Meio Ambiente (aqui desci)

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Inaugurada em 1992, oferece educação ambiental aberta a todos, em salas integradas arquitetonicamente a uma linda paisagem.

* Parque São Lourenço

* Ópera de Arame/Pedreira Paulo Leminski (como já estava tarde, não desci lá, mas voltei à noite)

* Parque Tanguá

* Parque Tingui

* Memorial Ucraniano

* Portal Italiano (entrada para a Santa Felicidade, então estava de volta do tour).

Meus queridos primos Clóvis e Rosane me pegaram então no hotel e completamos o tour, parando no Teatro de Arame, realmente lindo, por dentro e por fora.

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Aí eles prepararam um delicioso jantar no lindo apartamento deles, com salada, nhoque e mousse de sobremesa.

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No dia seguinte começou o Congresso da ABED, e o almoço era rápido e por lá mesmo, mas sem muito sabor.

Jantei no restaurante Casa dos Arcos, em Santa Felicidade, um filet que vem fervendo na chapa, mas nada demais.

No dia seguinte, novamente o Congresso da ABED, e jantei no Bar dos Passarinhos. É pequeno, com poucas mesas, um minúsculo bar aberto e uma Bohemia bem gelada!

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Tinha terminado uma daquelas pesquisas Boteco/Bohemia, e o Bar dos Passarinhos ganhou como melhor petisco e serviço de Curitiba. Então lá fui eu, na caça às comidinhas de boteco, para enriquecer a recém-criada categoria Botecotour.

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A Lula com shimeji foi escolhida o melhor petisco da cidade.

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É um prato saboroso, mas um pouco enjoativo, gostaria de ter conhecido os outros concorrentes. Experimentei também um prato de iscas de peixe que estava razoável.

No dia seguinte, novamente o Congresso da ABED, e meu primo Mauro me levou para comer num rodízio de pizza (massa bem fina), numa pizzaria que acho se chamava Mercato.

No último dia de Curitiba, 05/09, tomei café da manhã no hotel com meu querido primo Aldo, que trabalha na ABRASEL/PR (Associação de Bares e Restaurantes) do Paraná e me deu de presente o GuiaAbrasel Paraná 2007 (5. ed.). Batemos um papo muito legal e gostei muito de revê-lo.

Então, meu primo Mauro me pegou novamente, passamos rapidamente no Congresso da ABED para eu pegar o certificado, e fomos para um almoço delicioso na casa da minha priminha Márcia, com o outro irmão, o pianista Paulo Mattar, para quem logo vou abrir um post por aqui, porque ele está lançando um livro de piano pela Irmãos Vitale. Comemos salada, arroz, carneiro e frango, rimos muito, e então eles me deixaram no aeroporto.

Além do Museu do Olho, ficaram para uma próxima vez os restaurantes Durski (que oferece um banquete eslavo, que inclui receitas da Ucrânia, Polônia e Rússia) e Boulevard (francês), o passeio de trem até Morretes, o passeio pela Estrada de Graciosa e o Shopping Estação (que tem o Espaço Perfume, a Estação Natureza, o Espaço do Boneco e o Museu Ferroviário).

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Web 2.0, e-learning 2.0, EaD 2.0: para onde caminha a educação a distância?

A palestra do Emílio Voigt, das Faculdades EST, durante o 13 Congresso da ABED, foi muito interessante e a sala estava bastante cheia. Ele começou pedindo desculpas porque trabalhava com EaD há alguns anos, então estaria um pouco desacostumado a falar presencialmente, mas foi muito bem, tanto que na saída ouvi elogios a sua oratória – tinha gente querendo fazer curso para conseguir falar como ele.

Encontrei com ele após a apresentação (já tínhamos conversado antes) e disse que comungamos dos mesmos interesses, então precisamos manter contato. Ele será muito bem-vindo ao nosso grupo e poderá enriquecer muito as nossas discussões. O professor Valente tem feito pesquisas muito próximas às do Emílio, então os dois precisam se conhecer.

Emílio examinou a utilização crescente da Web 2.0 na EaD, o que temos também discutido intensamente por aqui, foi tema da minha apresentação com a Carmem no Congresso e é um capítulo do nosso ABC.

Mas as reflexões e inquietações de Emílio, além de caminharem na mesma direção das nossas, com muita qualidade e fundamentação, trouxeram também muitas contribuições e provocações. Além de analisar o uso pedagógico de blogs, wikis e podcasts, o predomínio do Moodle entre os ambientes virtuais de aprendizagem (“a escolha da atualidade”, segundo ele) e a ubiqüidade da aprendizagem, ele abordou três interessantes conceitos que particularmente me interessaram, me estimularam a refletir bastante, e que ajudam ainda mais a desenvolver a idéia do aututor.

a) Tudo é matéria-prima para ser usada e remixada.

Com a Web 2.0, diversos conteúdos são criados e mantidos de forma dinâmica pelos usuários e comunidades, e, portanto, não são mais considerados acabados nem com uma finalidade específica. Ao contrário, tudo é visto como matéria-prima, que pode ser retrabalhada em função dos interesses e das necessidades dos usuários. Daí a idéia de remixagem, que para Emílio é a palavra-chave desta tendência. A idéia da versão beta permanente também representa bem essa tendência.

Nesse sentido, na Web 2.0 o usuário não é mais pensado apenas como recipiente passivo, mas simultaneamente como produtor e desenvolvedor de conteúdo. Para a EaD, isto significa que o aluno passa também a ser autor e produtor de material didático.

Portanto, a Web 2.0 questiona não apenas a separação entre usuário e autor, como também a separação entre aluno e autor. O que não dizer então da divisão entre o professor autor e o professor tutor, que a nossa idéia do aututor questiona?

b) Ambiente Pessoal de Aprendizagem – APE

Ambientes virtuais fechados seriam ilhas isoladas, então surgiu a idéia de Personal Learning Environment – PLE, ou Ambiente Pessoal de Aprendizagem – APE, que seria um conceito, não um sistema. O APE ressalta a participação do indivíduo na organização do seu próprio aprendizado, que é contínuo e, portanto, não pode ser proporcionado por uma única fonte. Não faz mais sentido, portanto, o aluno trabalhar apenas com conteúdos e ferramentas pré-fabricados, pois ele precisa de liberdade para configurar seu próprio ambiente de estudo. Novamente, temos aqui a idéia de que o aluno se torna produtor de conteúdos e materiais didáticos. O Netvibes, de que o professor Valente tanto falar, seria apenas um exemplo desta tendência. Eu já tenho defendido a idéia de que, no futuro breve, os ambientes de aprendizagem tendem a se tornar commodities, como os browsers.

Na bibliografia do trabalho do Emílio, há uma referência para checarmos:

ATTWELL, Graham. Personal Learning Environments – the future of eLearning? eLearning Papers, Vol 2, Nº 1, January 2007.

c) Microcontent

Microcontents são pequenas quantidades de informação, pequenos objetos de aprendizagem que podem ser utilizados, reutilizados e remixados em diferentes situações e contextos. Exemplos seriam: um post em um blog, um parágrafo de texto, um email, um formulário, uma questão etc..

Há também uma referência bibliográfica no trabalho do Emílio para discutirmos por aqui:

Microlearning.org.

Incomodam-me um pouco duas questões ligadas aos microconteúdos: a sua descontextualização (o que o professor Marcos Telles analisou recentemente em um post em seu blog – por que os objetos de aprendizagem não deram certo?: Learning Objects: o fim de um sonho!) e a fragmentação e miniaturização do conhecimento (que pode transformar os educandos em sábios-idiotas, que têm acesso a muita informação mas não conseguem conectá-las).

Para concluir, dentre outras preocupações, Emílio lembrou do risco de a Web 2.0 (3.0 etc.) acabar formando uma elite bem informada, que conhece e domina essas novas ferramentas, e o restante da população, que não conseguiria acompanhá-las. Por isso, eu defendo que uma de nossas funções, como educadores, é justamente de experimentar pedagogicamente com todas essas ferramentas e apresentar os resultados a nossos alunos e colegas, o que tambem defendeu o professor Moore em sua fala.

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The Hole in the Wall

Durante o 13º Congresso Internacional da ABED, realizado em 2007 em Curitiba, o professor indiano Sugata Mitra, da Newcastle University, fez uma apresentação bastante interessante e aplaudida, daquelas que o nosso companheiro Valente tenho certeza vai adorar: “The Hole in the Wall: effects of remoteness and technology on children’s education“.

Ele mostrou algumas experiências que tem realizado com crianças na Índia, que é um país grande e que enfrenta problemas de distância de várias cidades pequenas em relação aos grandes centros. Além disso, os professores que são treinados no interior acabam migrando para as grandes cidades, em busca de posição melhor. O resultado disso é que a qualidade da educação é inversamente proporcional à distância em relação às grandes cidades.

Mitra afirmou que a tecnologia é sempre testada e utilizada com os alunos que possuem o nível social mais alto, mas esses alunos já possuiriam os melhores professores, portanto os mais carentes é que teriam maior necessidade de uso da tecnologia, com os quais ela deveria ser testada em primeiro lugar.

Nesse sentido, o professor Mitra defendeu que a aprendizagem é um sistema de auto-organização (em que uma estrutura surge sem intervenção explícita de fora do sistema, como o são os engarrafamentos, o mercado de ações, os movimentos sociais pós-desastres, etc., ou, do ponto de vista da tecnologia, o Second Life, ambientes wikis, Moodle, Bearshare etc.), e suas pesquisas demonstrariam isso. Em cidades pequenas ele tem instalado um computador no meio das ruas, e então começa a filmar a reação das crianças. Em pouco tempo, elas se tornam especialistas no uso do computador, dos softwares, em navegar pela Internet etc. Suas pesquisas têm o título genérico de “The Hole in the Wall”, e começaram em um local em que, de um lado de uma parede, havia especialistas em computação, e de outro crianças que não iam para a escola: ele então fez um buraco na parede e instalou um computador.

O que ele defende é que as crianças aprendem sozinhas e se ensinam a utilizar a Internet, através da interação. Aprender, para Mitra, é portanto um sistema de auto-organização. Ele citou o exemplo de uma das experiências onde ele se aproximou das crianças, três meses depois de que o computador havia sido colocado no local, e uma delas lhe disse: precisamos de um mouse melhor e um processador mais potente! As crianças aprenderam inclusive inglês, através do próprio computador; ou seja: a língua não foi uma barreira para elas aprenderem os jogos, elas se ensinam a si próprias.

Vejam alguns exemplos do trabalho do professor Mitra:

É importante notar que, nesses experimentos, o computador não está dentro da sala de aula, mas nas ruas. Agora, o professor Mitra está interessado em testar se as crianças podem aprender desta mesma maneira coisas como história, geografia etc., e não apenas a jogar games. E que tipo de design é possível desenvolver para esse tipo de aprendizado.

Isso é muito bom, porque realmente aproximar o processo de educação do ato de aprender sozinho a mexer na Internet e brincar com alguns games talvez seja um grande equívoco e uma extrema simplificação. Aliás, já andei dizendo por aqui que quando se fala de uso das novas tecnologias, muitas vezes se ressalta o entusiasmo dos jovens com elas, mas quase nunca se vai além disso, para reflexões propriamente pedagógicas, sobre como essas tecnologias podem ser utilizadas para além do prazer e lazer. E podemos ainda pensar que, num cenário com uma parede separando especialista em informática de crianças analfabetas que não vão à escola, haveria muitas outras mobilizações possíveis além de abrir um buraco na parede e filmar as reações das crianças na interação com o computador: os especialistas em informática poderiam passar a ensinar o que sabem (não apenas computação) para as crianças; a população mais desfavorecida poderia se rebelar e invadir a empresa; etc.

Ele lembrou ainda que as tecnologias utilizadas em educação nunca são desenvolvidas para a educação, mas são sempre emprestadas. Então, seria necessário desenvolver tecnologias voltadas especificamente para o ensino e a aprendizagem. Nesse sentido, ele tem trabalhado em um laboratório que desenvolve tecnologias para a educação.

Segundo o otimismo de Mitra, métodos de aprendizado por auto-organização poderiam atingir todas as crianças do mundo em menos de 10 anos, para as quais não há hoje professores suficientes, nem nunca haverá.

A palestra está também coberta (inclusive com cópias de slides) no blog coordenado pelo professor Wilson Azevedo.

Em 2012, Sugata Mitra esteve na Campus Party. Então, aqui vai uma palestra mais recente no TED:

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Cesumar

Fui a Maringá na semana passada para dar uma palestra no III Seminário para Ensino Superior: “Perspectivas para o Ensino Superior”, organizado pelo SINEPE/NOPR – Sindicato das Escolas Particulares do Norte do Paraná. O contato foi todo realizado com a Maria Izaura e o Bruno, sempre muito atenciosos.

A palestra ocorreu no dia 30/08 de tarde, no auditório Dona Etelvina do Cesumar. De manhã falou a professora Maria Helena Krüger, mas como meu avião pousou de madrugada, tive de dormir um pouco mais e não consegui chegar a tempo de assistir à palestra, que entretanto foi elogiada por todos que saíam ao final. A professora Maria Helena é uma fã do meu Metodologia Científica na Era da Informática, fiquei muito feliz com seus comentários principalmente sobre a primeira parte do livro, a parte mais pedagógica e filosófica.

Antes da minha palestra, almocei com a Izaura, o Bruno e a Maria Helena, além do presidente do SINEPE e Pró-Reitor Acadêmico do Cesumar, Cláudio Ferdinandi, no restaurante-escola Levgrill.

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A comida estava deliciosa, tanto que voltei no dia seguinte para repetir: salada de entrada, filé de côngrio com arroz, acompanhado de legumes na manteiga (no dia seguinte, purê de mandioquinha, quando tirei a foto)

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De sobremesa uma impressionante e deliciosíssima torta creme de morango, uma das sobremesas mais gostosas que já provei.

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Na palestra, segui a estrutura do ABC da EaD para discutir a importância da educação a distância no Ensino Superior.

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Tive bastante tempo para falar (enquanto no Congresso da ABED os convidados internacionais tinham em média injustificáveis 25 minutos!), e no final foram feitas algumas perguntas sobre a qualidade da educação a distância, exigências do MEC em relação a bibliotecas para pólos de EaD etc., todas muito pertinentes.

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Em seguida, o professor Wilson de Matos Silva me levou para um tour pela instituição.

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Uma das paradas: biblioteca, com um ar alegre e bem diferente do ar pesado de muitas bibliotecas universitárias.

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A bibliotecária, muitíssimo solícita, era também leitora atenciosa do meu Metodologia Científica na Era da Informática, do qual há vários volumes na biblioteca.

Wilson de Matos Silva é mantenedor e reitor do CESUMAR, e primeiro suplente do senador Álvaro Dias no Senado. Entre Abril e Julho de 2007, ele execeu o mandato, tendo proposto uma série de Projetos de Lei bastante sérios em relação à educação: instituindo a obrigatoriedade do ensino de música nos quatro primeiros anos do ensino fundamental; aumentando a freqüência mínima, de 75% para 85%, na educação básica e no ensino superior; aumentando a carga horária anual de 800 para 960 horas no ensino fundamental e médio; extingüindo a aprovação automática; dentre outros.

Ganhei de presente inclusive uma bela publicação do Senado Federal: Educação: propostas para o presente, com quase 200 páginas resumindo a atuação de Wilson Matos como senador, em 2007.

Assisti a um vídeo institucional muito bem feito do Cesumar, que aliás também recebi como presente!

O Cesumar tem hoje ao redor de 12.000 alunos, oferece 44 cursos de graduação, vários de pós-graduação lato-sensu, um mestrado em Direito reconhecido pela CAPES, um mestrado em Agronegócios em fase de reconhecimento e o projeto de um novo mestrado, com a conseqüente transformação em universidade. Possui também um Núcleo de EaD, tem vários laboratórios (o professor Wilson me disse que acredita que a formação dos alunos não deve ocorrer apenas em salas de aula tradicionais), agência de viagens e hotel-escola (além do restaurante), além de uma fazenda, e atende a população, por exemplo, em sua clínica odontológica. Eu realmente fiquei muito impressionado com a seriedade com que seu reitor encara a educação e a instituição que administra. Todos os funcionários com quem conversei foram extremamente atenciosos e educados.

De 23 a 26 de outubro, está programado o V EPCC – Encontro Internacional de Produção Científica.

Fiquei tão bem impressionado que decidi retornar no dia seguinte, para o Dia das Profissões, em que alunos do ensino médio podem passar o dia no Cesumar para aprender sobre as profissões e assim escolher com mais informações a carreira que pretendem seguir.

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Além disso, ainda ganhei de presente o primeiro número da Revista Educacional, editada pelo SINEPE.

E, quando fui novamente à biblioteca, fiquei muito emocionado: além de encontrar um volume do meu Filosofia e Administração (Makron Books) e vários do meu Filosofia e Ética na Administração (Saraiva), encontrei um livro raro do meu avô, João Augusto Mattar: Direito de Sucessão entre Sírios, adquirido de um sebo em 2002, e ainda por cima com uma dedicatória do punho do meu próprio avô, que não cheguei a conhecer.

Ou seja: eu me senti totalmente em casa!

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Maringá

Na semana passada conheci Maringá, a terceira maior cidade do Estado do Paraná em população (só perde para Curitiba e Londrina).

Fundada em 1947, foi uma cidade planejada, com ruas e avenidas amplas, jardins no centro, várias praças e muito verde, e hoje tem ao redor de 350.000 habitantes. É uma cidade rica principalmente em função da agricultura. A Cocamar, por exemplo, é uma das principais empresas do país.

O contato é mais intenso com São Paulo do que com Curitiba, por causa de sua localização no noroeste do Estado, e em Maringá não faz frio! A cidade tem uma qualidade de vida invejável, apesar de já enfrentar alguns problemas em função de cidades vizinhas, mais pobres.

Meu vôo sairia em 29/08 de Cumbica às 23:00, mas saiu atrasado porque uma pista do aeroporto está sendo reformada, então tivemos que ficar dentro do avião algumas horas, esperando a fila de aviões que pousavam e decolavam (não é brincadeira!).

Cheguei ao redor das 3 da manhã no aeroporto de Maringá e tive que esperar um pouquinho por um táxi!

Fiquei hospedado no flat Mabu Golden Ingá. O serviço é atencioso, os quartos e as salas amplos, e há uma cozinha com fogão e geladeirinha. O hotel tem um elevador panorâmico, do qual dá para avistar boa parte da cidade, e o café da manhã é servido no último andar, com uma linda visão panorâmica da cidade.

No dia seguinte (30/08), dei uma palestra no Cesumar.

À noite, peguei um táxi que me levou por engano ao restaurante Taberna Portuguesa (queria ir a outro português, que acabei conhecendo no dia seguinte). Mas fiquei, porque eles servem às quintas (bem o dia do engano do taxista), no almoço e no jantar, rodízio de bacalhau, que eu nunca tinha provado! O rodízio inclui entrada (com bolinho de bacalhau – que nunca é igual ao do Jabuti, e uma boa sardinha escabeche), arroz e 4 pratos de bacalhau à vontade, saborosos:

a) à Gomes de Sá – lascas de bacalhau com batatas em rodelas, ovo cozido, cebola, ovo gratinado e azeitonas, tudo ao forno;

b) à Taberna – lascas de bacalhau no azeite com tomate, pimentão, cebola, alho e purê de batatas, tudo ao forno;

c) à Lagareiro – posta de bacalhau cozida com cebolas, tomate, pimentão, batatas, alho picadinho e azeitonas, também ao forno; e

d) à Moda da Casa – posta grelhada com batatas sauté, brócolis, repolho e alho frito.

Quando termina, obviamente você não consegue repetir nada, mas ainda tem a sobremesa, Molotov (pudim de claras de ovos com calda de caramelo e creme de leite), que apesar de tudo isso não tem muito gosto.

No dia seguinte (31/08), visitei a Catedral N. S. da Gloria, erguida em 1972, que tem a arrojada forma de um cone e é um dos monumentos mais altos do mundo.

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Na parede de dentro há uma pintura muito bonita:

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Depois de visitar novamente o Cesumar , o atencioso reitor Wilson de Matos Silva disponibilizou um carro com motorista para me levar conhecer o que eu ainda quisesse de Maringá.

Primeiro visitei o Templo Budista Jodoshu Nippakuji, anexo ao Asilo Wajunkai.

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O monge Eduardo Ryoho Sasaki oferece periodicamente palestras sobre “A arte do viver budista” (a próxima será em 10/09).

Em seguida, conheci a UEM – Universidade Estadual de Maringá, que tem um campus amplo e alguns prédios ao lado, onde moram muitos estudantes. E, na saída, os barzinhos universitários!

Para terminar, fui ao Estádio do Maringá.

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Jantei então no restaurante português que eu queria, Casa portuguesa, com certeza…. São poucas mesas, o garçon serve de t-shirt e de tênis (auxiliado pelo proprietário), o bolinho de bacalhau não é nada demais também, há algumas opções de vinho, mas o bacalhau é muito bom: preparado com bastante azeite, as batatas derretem na boca. Alguns pratos precisam ser pedidos na véspera. Há também algumas opções saborosas de sobremesa, preparadas na casa.

No dia seguinte, 01/09, andei de manhã pelo belo Parque Ingá, que tem um grande lago, jardim japonês, jardim zoológico e bichos soltos, como cotias. Bobeei e não levei a máquina.

Na volta, peguei um avião para Curitiba, e aí deu para enxergar o aeroporto.

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Mas deu vontade de ficar por lá!

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WBL

Na próxima semana haverá um evento importante sobre work-based learning, coordenado pela Carmem Maia.

Eu ainda estarei no Congresso da ABED, mas quem for poderia depois colocar por aqui um resumo das palestras e discussões.

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Paris, te amo

Amei Paris, te amo (2006)!

Vários diretores prestam sua homenagem à cidade que também amo, em 18 curtas histórias (cada uma dedicada a um arrondisement, as divisões centrais de Paris), mostrando como é possível contar uma história consistente e interessante em 5 minutos:

Bruno Podalydès (Montmartre)

Walter Salles e Daniela Thomas (Loin du 16e), a história de uma imigrante latino-americana (Catalina Sandino Moreno) que deixa seu bebê chorando no subúrbio e percorre um longo trajeto para cuidar de outro bebê chorando, na casa de uma família rica, e canta a mesma música para acalmar os dois;

Olivier Assayas (Quartier des Enfants Rouges)

Frédéric Auburtin e Gérard Depardieu (Quartier Latin), genial assistir a Depardieu fazendo um papel secundário, como garçom;

Gurinder Chadha (Quais de Seine)

Sylvain Chomet (Tour Eiffel)

Joel e Ethan Coen (Tuileries), uma estranha cena no metrô, em que um casal provoca e agride um turista americano;

Isabel Coixet (Bastille)

Wes Craven (Père-Lachase)

Alfonso Cuaron (Parc Monceau)

Christopher Doyle (Porte de Choisy)

Richard LaGravenese (Pigalle)

Vincenzo Natali (Quartier de la Madeleine), uma história de vampiros;

Oliver Schmitz (Place de Fêtes)

Nobuhiro Suwa (Place des Victoires), com a sempre espetacular Juliette Binoche (como uma mãe que perde um filho) e Willem Dafoe montado no cavalo da morte;

Tom Tykwer (Faubourg Saint-Denis), a história de uma jovem e seu namorado cego;

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Gus Van Sant (Les Marais)

Alexander Payne (14e arrondissement), o último episódio, genial, de uma turista norte-americana que aprende a falar francês e conta sua visita à cidade;

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