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Entrevista com Andreia Inamorato
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Publicações do George Siemens
Estou escolhendo um texto do George Siemens para traduzir para o português. Aqui vai uma lista que ele mesmo me passou, ordenada em função do número de citações, começando pelo mais citado. Vou continuamente ampliando o post com comentários sobre cada um dos textos.
SIEMENS, George. Connectivism: a learning theory for the digital age. International Journal of Instructional Technology and Distance Learning, v. 2, n. 1, jan. 2005
Artigo clássico que a Elaine Soeira deu um toque que já tem tradução para o português.
SIEMENS, George; TITTENBERGER, Peter. Handbook of emerging technologies for learning. University of Manitoba, 2009.
Orientações para educadores incorporarem tecnologias sem suas atividades de ensino e aprendizagem.
SIEMENS, George. Learning and knowing in networks: changing roles for educators and designers. Paper 105: University of Georgia IT Forum, 2008.
Aqui Siemens constrói quatro metáforas para o educador: master artista, administrador de rede, concierge e curador.
SIEMENS, George. Learning Management Systems: the wrong place to start elearning. Elearnspace, 2007.
Siemens faz uma crítica da rigidez e linearidade dos LMSs (ou AVAs), em comparação com plataformas mais sociais.
SIEMENS, George. Connectivism: learning theory or pastime for the self-amused? Elearnspace, 12 nov. 2006.
Siemens defende que precisamos de uma nova teoria de ensino e aprendizagem, dentre outros motivos, porque não temos mais capacidade de acompanhar e lidar com o crescimento vertiginoso do conhecimento, e discute também fundamentos filosóficos e pedagógicos para a concepção de que o aprendizado não é apenas interno, mas também externo.
SIEMENS, George. Connectivism: learning as network-creation. Elearnspace, 10 ago. 2005.
Siemens afirma que o conectivismo apresenta a aprendizagem como um processo de formação de conexões e redes.
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Recife e João Pessoa
Amanhã parto para uma maratona em Recife e João Pessoa.
Na quinta (18) 19h participo na Livraria Cultura (Paço da Alfândega/Recife) do Relato da Experiência do MOOC Língua Portuguesa
No dia seguinte (19) 9h tenho um encontro em João Pessoa com coordenadores, professores e tutores da UFPB virtual para conversar sobre Educação a Distância (que se repete, para outra turma, na segunda, 22, 14h)
Nos dias 24 e 25 volto a Recife. Das 17 às 18:30 ministrarei o minicurso “Games e Redes Sociais: Tutoria em Educação a Distância” no XV Congresso Brasileiro de Professores de Espanhol:
Espero encontrar com vários dos meus amigos pernambucanos e paraibanos!
Para encerrar, um passeio por Porto de Galinhas!
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Mesas e mais no CIAED 2013
Contagem regressiva para o 19º CIAED – Congresso International ABED de Educação a Distância, que ocorrerá em Salvador, dos dias 09 a 12 de Setembro de 2013.
Como nos anos anteriores, coordenarei o Encontro Estratégico dos Professores e Tutores de EaD, em que discutiremos as competências e funções dos professores e tutores em Educação a Distância.
Propus uma atividade com um novo formato para o CIAED: uma apresentação de estudo de caso (sobre MOOCs) que será discutida por 2 debatedores – Manuel Marcos Maciel Formiga e Andreia Inamorato dos Santos – e a plateia.
Além disso, coordenarei e participarei de algumas mesas-redondas:
REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO: USOS DO FACEBOOK EM EAD
Nos últimos anos, plataformas de redes sociais passaram a ser intensamente incorporadas à educação, incluindo a Educação a Distância (EaD). Em alguns casos, essas plataformas funcionam em EaD de maneira complementar aos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), mas muitos autores defendem que cursos completos podem ser ministrados em plataformas de redes sociais, sem, portanto, a necessidade de AVAs.
O Facebook é a rede social mais utilizada hoje e, por isso, já existe uma sólida bibliografia que estuda seus usos em educação e EaD.Esta mesa-redonda pretende sumarizar e discutir os principais usos do Facebook em educação, e especialmente em EaD, identificados pela literatura, além de explorar a percepção dos alunos e os aplicativos que podem ser incorporados ao Facebook com objetivos pedagógicos.
Coordenação: João Mattar (TIDD-PUC/SP e Anhembi Morumbi)
Apresentações:
Revisão da Literatura sobre o uso do Facebook em Educação
João Mattar (TIDD-PUC/SP e Anhembi Morumbi)Como Alunos veem a Utilização do Facebook no ensino superior?
Cíntia Regina Lacerda Rabello (UFRJ)Facebook, aplicativos e mobilidade na educação
Lafayette B. Melo (IFPB–NAV)
USO DE GAMES EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Games têm sido incorporados intensamente nos últimos anos à educação, tanto presencial quanto a distância. Esta mesa-redonda explorará o conceito de gamificação e sua aplicação em atividades online, discutirá teorias que aplicam jogos e games na aprendizagem online e apresentará cases do uso de games em educação.
Coordenação: João Mattar (TIDD-PUC/SP e Anhembi Morumbi)
Apresentações:
Gamificação das Atividades
Paula Carolei (USP)InterPLAY: Aplicando Histórias, Jogos e Games para fomentar a criatividade
Atsusi Hirumi (University of Central Florida)Comunidades Virtuais: relato de casos de desenvolvimento de Jogos Eletrônicos
Lynn Alves (UNEB)
DESIGN DE INTERAÇÕES EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Esta mesa-redonda apresentará diversas teorias e explorará cases sobre diferentes possibilidades de interação em Educação a Distância. Serão discutidos conceitos como presença social e comunidades virtuais de aprendizagem e propostos modelos para o design de interações em educação online.
Coordenação: João Mattar (TIDD-PUC/SP e Anhembi Morumbi)
Apresentações:
Ferramentas de Colaboração na Web: um estudo da interação sob a perspectiva a presença social
Patricia Scherer Bassani (Feevale)Aplicando Estratégias Fundamentadas para Projetar e Sequenciar Interações em e-Learning
Atsusi Hirumi (University of Central Florida)Um Modelo para o Design e a Avaliação de Atividades e Interações em EaD
João Mattar (TIDD-PUC-SP e Anhembi Morumbi)
Então nos vemos em Salvador logo mais para mais uma festa da Educação!
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Plebiscito e Reforma Política
fonte: No plebiscito, eleitores não têm poder, apenas esperança de influenciar decisão
Já disse pelas redes que gostei do discurso da presidenta em cadeia nacional de rádio e TV, em 21 de Junho (com avaliação e comentários desativados no YouTube):
Apesar de tarde, ela teve coragem de aparecer (o que sintomaticamente seu antecessor, presidente do país por 8 anos, não faz de jeito nenhum) e fez propostas. Se o objetivo dessas propostas foi apenas enganar a população, como muitos dizem, teremos condições de avaliar com o tempo. Não entendi muito bem especialmente por que a questão dos médicos estrangeiros foi inserida no discurso, naquele momento e daquela maneira, apesar da legitimidade da denúncia da falta de médicos no interior do país. Não era hora de arrumar mais briga com classes profissionais e não vi ninguém reclamando de falta de médicos nas ruas, mas sim das condições de atendimento da saúde pública.
É importante registrar que a presidenta já tinha se manifestado brevemente sobre as manifestações em discurso no dia 18/06, quando tratrava de outro tema em uma cerimônia:
Mas aí veio o discurso de 24 de Junho, durante reunião com governadores e prefeitos das capitais (também com comentários e avaliação desativados no YouTube):
em que aliás ela teve que gastar um bom tempo para tentar explicar por que a questão dos médicos tinha sido incluída, da forma que foi, no discurso anterior.
Foi na fala do dia 24 que surgiu oficialmente a questão da constituinte e do plebiscito:
Quero, nesse momento, propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita. O Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer ficar parado onde está.
A ideia da constituinte morreu muito rapidamente, por diversos motivos, e é inadmissível que uma chefa de governo proponha algo inviável. Isso já não é muito admissível em uma relação entre duas pessoas, ou, em uma escala maior, na fala de um professor ou de um administrador de uma empresa; o que não dizer de uma presidenta?
Remendou-se então rapidamente a ideia do plebiscito/constituinte com a de um plebiscito sobre a reforma política, e para referendar o remendo busca-se agora apoio p.ex. no MST. Provavelmente poucos são contra ouvir o povo, tanto que conquistamos o direito de realizar eleições diretas em nosso país, mas o problema é que um plebiscito (antes) ou referendo (depois) não resolve o problema, simplesmente porque as questões ainda não estão formuladas. Que questões serão propostas? Quem vai formulá-las? Sabemos p.ex. que perguntas podem envolver falácias, como falsa dicotomia ou pergunta complexa. Ao invés de ouvir o povo, perguntas podem ser formuladas falaciosamente para legitimar teses defendidas por governos ou partidos políticos. Por isso, parece-me que não faz sentido se colocar a favor ou contra um plebiscito ou referendo se não sabemos ainda quais questões serão propostas, nem como.
Mas a questão principal, objetivo do plebiscito ou referendo, é a reforma política. As manifestações foram mais um sinal claro de que a política não nos representa adequadamente no Brasil, da forma como está estruturada. Havia inclusive cartazes pedindo reforma política nas ruas, mas essa não era a mais importante (nem a única) requisição das pessoas que saíram às ruas (e algumas delas não foram até agora nem comentadas pela presidenta nem pelo Congresso). Palmas para o marketeiro que conseguiu jogar essa discussão no liquidificador e tirar a atenção das outras demandas, inclusive da própria ineficiência dos governos e dos políticos. Mas o que significa reforma política?
Solta assim, a expressão é tão ampla e vaga que não significa nada, assim como reforma fiscal, que também é necessária. Imagine que alguém diga que é preciso reformar as relações na sua família? Ótimo, mas o quê? Essas reformas precisam ser construídas, e só com sua construção é possível alguém dizer se é a favor ou contra. Por exemplo, que venha uma reforma política que defina que apenas um partido político deverá governar o Brasil nos próximos anos? Eu sou contra! Se vier uma reforma política que proponha que o presidente eleito governará por 36 anos? Eu sou contra! Que não haverá mais eleições diretas; que o poder Legislativo decidirá tudo no país; e assim por diante. Não é possível, portanto, nos posicionarmos a favor ou contra uma reforma política que não sabemos o que é! Mudanças são necessárias, mas cada um quer mudanças distintas: por isso não existe A reforma política – existem várias, na cabeça de cada um, de cada partido. Alguns queriam a PEC 37, querem a PEC 33, querem inviabilizar a criação de novos partidos políticos e querem controlar a imprensa. Isso tudo pode contaminar a reforma política, e essa eu não quero.
No meio dessa bagunça toda, passou-se a sussurrar, aqui e ali, a ideia de candidatura avulsa, ou seja, uma pessoa poder se candidatar a um cargo político sem estar vinculada a um partido político. Isso me agrada muito. Se a princípio a pessoa entraria na política sem o apoio e as coligações naturais de um partido, de outro não teria rabo preso com estruturas arcaicas e poderia, em cada decisão importante, alinhar-se com partidos distintos, ou melhor, com os ideais nos quais acredita. Partidos acabam desvirtuando as pessoas (e o país) quando nos obrigam a agir contra nossos princípios, contra nossa ética.
Precisamos de mudanças, não de propostas inviáveis. E precisamos de propostas reais, não abstratas e vagas.
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Apple e Educação
Alguns links para recursos Apple para educação disponíveis no país:
Exemplos para pesquisar:
The Open University
Massachusetts Institute of Technology
Stanford University
UC Berkeley
American Association of Neurological Surgeons
TED Courses
University of California Television
University of Cambridge
University of Oxford
School of Visual Arts
Khan Academy on iTunes U
Exemplos do Brasil:
Colégios Maristas
Grupo ÂNIMA
FIAP
Plataforma para criação de cursos – Course Manager
Material de referência para o iTunes U institucional:
Course Guidelines
iTunesU Site Guidelines
iTunesU Marketing Guidelines
Revolucionando o ensino com iPads
Propostas pedagógicas para ensino com platarforma Apple
Apple store com desconto para educação e parcelamento em 12x
Publicado em Computação, Educação
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O Brasil comprou a Espanha
Em 1998 o Brasil se vendeu; hoje o Brasil comprou. Se você parte do princípio que a FIFA manipula os resultados de todas as suas competições, então fica fácil acreditar nisso. Em 1998, Cafu, Dunga, Rivado e Ronaldo se venderam; hoje, Iniesta, Casilas, Torres e Villa se venderam.
Desde que eu entendo de futebol, há apenas uma Copa em que se questiona seriamente um resultado: Argentina 6×0 Peru, na Copa de 1978. Quem assistiu ao jogo lembra que o Peru jogou de maneira estranha. Mas um detalhe importante: o Peru não estava disputando nada: já estava fora das finais. Se realmente se vendeu, não perdeu nada (a não ser é claro sua honra). A Argentinha precisava ganhar de mais de 3 gols de diferença para ir à final, porque o Brasil tinha vencido o Peru por 3×0. Mas para o Peru, o jogo não valia nada.
Em 1998, ao contrário, Brasil e França disputavam a final, e quem assistiu ao jogo viu que a França neutralizou os laterais brasileiros e ganhou o jogo com total justiça. A verdade é que não somos mais o melhor futebol do mundo há bastante tempo.
Hoje Espanha e Brasil também disputavam uma final, da Copa das Confederações, e a Espanha sonhava em completar seu ciclo de campeã da Eurocopa e do Mundo com este título; os próprios espanhóis disseram isso durante a semana, inclusive como seria um feito vencer o Brasil no Maracanã. O placar de 3×0 é estranho? Só para quem não acompanha futebol! O Barcelona, base da seleção da Espanha, tinha sido humilhado pelo Bayern no mês passado, pela Liga dos Campeões: 4×0 na Alemanha e 3×0 em casa, em pleno Camp Nu. Nesta Copa das Confederações, a Espanha jogou pior do que a Itália na semifinal e só ganhou nos pênaltis, enquanto o Brasil ganhou de 4×2 da Itália na fase de grupos. E a Espanha vinha de uma prorrogação desgastante e pênaltis na quinta, enquanto o Brasil tinha jogado na quarta, sem prorrogação. Mas independente disso tudo, quem assistiu ao jogo hoje (e entende um pouco de futebol) não percebeu nenhum indício de que o jogo tenha sido comprado. A Espanha teve mais posse de bola do que o Brasil. O primeiro gol do Brasil foi feito pelo Fred caído no chão. O pênalti perdido pela Espanha, que poderia ter apimentado o jogo, foi bem batido e pegou na trave (todo mundo que perde pênalti é vendido?). A Espanha levou perigo ao gol do Brasil no primeiro tempo, mas o Brasil jogou bem, marcou bem. No segundo tempo, eles pregaram e realmente se entregaram. Durante o jogo todo, o Júlio César fez várias defesas difíceis: se aquelas bolas tivessem entrado, o resultado do jogo teria sido outro.
Levando tudo isso em consideração, insinuar que o jogo de hoje foi comprado é um desrespeito com todos os profissionais envolvidos na partida, não apenas os jogadores. Os jornais da Espanha não insinuam isso: reconhecem que o Brasil foi melhor, mais objetivo. É uma acusação leviana de crime.
Quem comprou quem? Como? Por quanto? Os valores serão distribuídos por todos os jogadores? Pela comissão técnica? E se alguém não tivesse aceitado? Como neutralizar esse risco? Matando o jogador?
Um time de futebol não é eternamente imbatível. Uma hora ele perde, mas isso não quer dizer que se vendeu. Foi assim com o Brasil, foi assim com o Santos, foi assim com o Barcelona, foi assim com a Espanha. Quem acompanha futebol sabe que sempre foi assim.
Como disse o Carlos Rivera no face: “A vitória sobre a Espanha não pode apagar nossa ansiedade por um Brasil melhor, mais justo, menos incoerente e mais respeitoso com seu povo. Bóra Brasil – continuar com a pressão por mudanças.” Agora, protestos (legítimos), Globo e os problemas do país não nos dão o direito de sair acusando um montão de profissionais de terem se vendido ou comprado. Os protestos continuam, os problemas continuam, mas não é por isso que temos o direito de fazer insinuações de crimes sem qualquer fundamento. O Brasil ter vencido a Espanha na bola não desqualifica nenhuma dessas questões, não passa borracha em nenhuma delas. Mas a acusação leviana de que o jogo foi comprado tampouco nos ajuda a progredir em nenhuma delas.
E como disse a Rose Chiari, também no Face, “gostar de futebol e ser alienado não significam a mesma coisa, isso quem decide é você.”
Os espanhóis vêm aqui, fazem bagunça em hotel, festa com prostitutas e desfilam como se fossem imbatíveis. Todos os jornais espanhóis reconhecem a vitória do Brasil na final (no campo) e espanhóis chamam os brasileiros de macacos. E nós, só nós, alguns de nós, resolvemos dizer que tivemos que comprá-los para ganhar! Falta um pouco de confiança, né, e enxergar a teoria da conspiração em tudo atrapalha, né?
Publicado em Futebol, Política
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Cursos Online de Férias
Começam amanhã (01 de Julho) 3 cursos online que oferecerei nas férias.
Tutoria e Interação em Educação a Distância provoca a reflexão sobre a atuação do tutor como professor e contribui para o aperfeiçoamento de sua prática como docente. Dentre outros temas, são cobertos conectivismo, interação e interatividade.
Web 2.0 e Redes Sociais na Educação é o último curso online que darei sobre o tema antes do lançamento do meu livro no CIAED em Salvador, em Setembro. O curso discute diferentes formas de aprendizagem em ambientes virtuais e cobre plataformas e ferramentas como blogs, YouTube, Facebook, Twitter e Games, além do conceito de Ambientes Pessoais de Aprendizagem.
Design Educacional explora a teoria e prática do Design Educacional, que inclui o planejamento, a elaboração e o desenvolvimento de projetos pedagógicos, materiais educacionais, ambientes colaborativos, atividades interativas e modelos de avaliação para o processo de ensino e aprendizagem. O curso procura apresentar um modelo de Design Educacional mais flexível e menos rígido do que os modelos tradicionais de Design Instrucional, incorporando elementos de interatividade e design de games.
Enfim, será um prazer passar as férias com você em um desses cursos!
Confira informações mais detalhadas e orientações para as inscrições na Artesanato Educacional.
Publicado em EaD, Educação
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PEC 37
A Proposta de Emenda Constitucional 37 quer acrescentar o seguinte parágrafo ao Art. 144 da nossa Constituição:
§ 10. A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incubem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente.
Mas se é só isso, por que tanto barulho? Há pelo menos duas abordagens para a questão: (1) técnica e (2) política.
1. Técnica
Há um debate legítimo sobre se o Ministério Público poderia ou não investigar crimes. Vou dividir essa discussão técnica em três partes: (a) a priori, (b) legal e (c) decisões, mas se você preferir pode pular direto para a discussão política (2).
a) A priori
O Ministério Público, que tem como uma de suas funções acusar, poderia também investigar? Há posições a favor e contra, que não vou reproduzir aqui. Se você tiver interesse em estudar inclusive as soluções dadas por outros países à questão, confira este artigo.
b) Legal
O Art. 144 da Constituição, ao qual a PEC 37 quer acrescentar um parágrafo, afirma que:
§ 1º A polícia federal [...] destina-se a:
I – apurar infrações penais [...] assim como outras infrações [...];
§ 4º – às polícias civis [...] incumbem [...] as funções de [...] apuração de infrações penais [...].
Ou seja, a Constituição NÃO afirma que as polícias federal e civis têm exclusividade nas investigações criminais, tanto que o Código de Processo Penal (Art. 4º, parágrafo único) afirma que a competência da polícia para apurar infrações penais não exclui a de outras autoridades administrativas.
Já em relação ao Ministério Público, a Constituição afirma:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Ora, investigar crimes de corrupção não seria um exercício da defesa da ordem jurídica e do regime democrático?
Além disso, o Art. 129 da Constituição define as funções do Ministério Público, sem em momento algum limitar seu direito de investigar, como tampouco a Lei Complementar 75 e a Lei 8.625, cujo Art. 26 afirma explicitamente que o MP poderá “instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes”.
c) Decisões
Apesar das discussões técnicas e legais, tanto o STJ (HC 83020/RS) quanto o STF (Inq. 1968, RE 468.523, RE 593.727, HC 77.371-SP, HC 84.965, HC 91.661 e HC 94.173) já reconheceram o direito legal de o MP realizar investigação criminal, o que parece ser a tendência. Você pode conferir alguns textos, como: a, b e c.
2. Política
Mesmo reconhecendo a legitimidade da discussão técnica, há uma questão política que se sobrepõe a ela. Vivemos em um país imerso em corrupção, o impulso principal para as pessoas irem às ruas na Revolta do Vinagre. Não faz sentido, portanto, especialmente neste momento, reduzir os controles sobre a corrupção. Ao contrário, como afirmou a presidenta: “precisamos muito, mas muito mesmo, de formas mais eficazes de combate à corrupção.”
Do ponto de vista prático, o MP já vem realizando investigações criminais essenciais no Brasil em casos de corrupção envolvendo políticos, como p.ex. Hildebrando Pascoal, Nicolau dos Santos Neto, Paulo Maluf e mensalão. O MP é um órgão autônomo e independente (ao contrário da Polícia), o que lhe confere posição especial no combate à corrupção. Não é portanto retirando do MP poderes de investigação criminal que caminharemos para formas mais eficazes de combate à corrupção. A PEC 37, portanto, não beneficia a sociedade, mas a corrupção; por isso é chamada de PEC da impunidade.
3. Conclusão
Se precisamos de uma PEC neste ponto, seria para deixar claro na Constituição que o MP tem direito à investigação criminal. As investigações do MP não retiram da polícia suas atribuições constitucionais e, no caso de crimes de corrupção de políticos, são mais do que necessárias como complemento ao trabalho que pode também ser desenvolvido pela polícia. Além disso, o MP está aparelhado com conhecimentos técnico-científicos suficientes para conduzir adequadamente uma investigação criminal.
Resta então perguntar: a quem interessa retirar do MP o poder de investigar crimes de corrupção? Que benefícios isso traria para a sociedade?
Eu participarei de qualquer ato ou manifestação contra a PEC 37, convocado por qualquer pessoa, organização ou partido. E é preciso incluir também a posição contrária à PEC 33 nas manifestações.
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E agora, contra o que protestar?
Reduzidas as tarifas do transporte público em várias capitais do Brasil, todos estão se perguntando: contra o que protestar agora? O MPL tenta reorganizar seu foco, desmarcando e remarcando manifestações, enquanto o Anonymous propõe 5 causas:
Tenho meditado sobre os principais motivos para protestarmos e aqui vai a minha lista.
1. GERAIS
A corrupção é provavelmente o problema contra o qual a maioria concorda em protestar. É interessante levar cartazes às ruas, mas é um protesto muito geral. Se não tiver foco, como p.ex. algumas das propostas do Anonymous, tende a não surtir efeito.
Têm ocorrido muitos protestos contra a Copa. O Portal da Transparência mostra que o BNDES emprestou R$ 4.067.566.243,00 apenas para a construção de estádios! Mas os protestos aqui precisam também ser mais específicos – um nível de prestação de contas está aberto no Portal, o que mais cobrar?
2. ESPECÍFICOS
a. PEC 37
O Ministério Público tem tido papel fundamental, nos últimos anos, na investigação de crimes de corrupção cometidos por políticos. Em um país imerso em corrupção, e especialmente neste momento, não faz sentido nenhum uma mudança na Constituição para impedir que o MP investigue esses crimes, limitando esse poder à polícias federal e civis. Amanhã tem Ato na frente do MASP – e estarei lá.
b. PEC 33
O STF tem também tido papel fundamental no julgamento de crimes de corrupção cometidos por políticos. Além de outras limitações ao poder do Supremo Tribunal Federal, a PEC 33 submete ao Congresso Nacional a decisão sobre a inconstitucionalidade de Emendas à Constituição. Em um país imerso em corrupção legislativa, não faz obviamente nenhum sentido alterar a constituição para transferir poderes do STF para o Congresso Nacional. Então, cartazes com Não à PEC 33 precisam também aparecer nas ruas.
c. PL 4470
Esse Projeto de Lei inibe a criação de novos partidos. Proposto em um momento em que um novo partido, Rede Sustentabilidade, que está sendo criado sob o comando da ex-senadora Marina Silva, anuncia-se com forte apelo popular, o PL 4470 parece um golpe de estado. Então, cartaz contra o PL 4470. Aliás, algum já viu algum por aí?
d. Controle da Mídia
Continua viva a ideia de estabelecer controle e regulação da mídia através de um marco regulatório para as comunicações. Além disso, o texto do PL 2126/2011, que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil, traz algumas ameaças à privacidade e neutralidade na rede. Então, cartaz contra o controle da mídia.
***
A teoria da conspiração enxerga que todas essas ameaças estão orquestradas contra os poderes independentes da nossa sociedade, ou seja, controlando o MP, o STF e a mídia e impedindo a criação de novos partidos (o Poder Legislativo seria controlado de outra maneira), teríamos instituída (legalmente) uma ditadura do estado. Tudo isso em tramitação no mesmo momento deve ser apenas uma mera coincidência, mas de qualquer maneira temos que nos posicionar contra cada uma dessas questões, pontualmente, pois não há espaço para nenhuma delas hoje na nossa sociedade.
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