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VIANNEY, João; TORRES, Patricia; SILVA, Elizabeth. A universidade virtual no Brasil: o ensino superior a distância no país. Tubarão: Ed. Unisul, 2003.
Este livro registra um estudo sobre a educação a distância no Brasil, apresentado no Seminário Internacional sobre Universidades Virtuais, realizado em Quito, Equador, em fevereiro de 2003, organizado pelo IESALC – Instituto Internacional da UNESCO para a Educação Superior na América Latina e Caribe.
Seu tema é a História da Educação a Distância no Brasil, com ênfase no nascimento da universidade virtual.
Para os autores, até a segunda metade da década de 1990, a EaD era praticada no ensino fundamental e médio, através de materiais impressos e televisão, em programas de telecurso, e em cursos livres profissionalizantes, por correspondência.
A partir da expansão da Internet junto às IES (1994) e da LDB (1996), que trata da EaD no seu artigo 80, podemos falar no início (ainda que tardio em relação ao resto do mundo) da universidade virtual no Brasil, ao redor de 1996 e 1997.
O livro acompanha também o progresso da legislação específica sobre EaD (até o final de 2002), destacando os seguintes documentos legais:
* Decreto 2.494, 10/02/1998
* Decreto 2.561, 27/04/1998
* Portaria 301 do MEC, 07/04/1998
* Resolução 01 do CNE, 04/2001
* Portaria 2.253 do MEC, 2001
São analisados: instituições pioneiras, número de alunos, cursos oferecidos, soluções semi-presenciais (com apoio presencial em diversas regiões do país), formação de redes de ensino a distância, desenvolvimento do e-learning (ensino a distância corporativo) etc.
A Universidade Anhembi Morumbi é citada como uma das pioneiras em EaD no país. Como pode um departamento reconhecido como pioneiro ter se transformado em um departamento que não pesquisa nada sobre EaD, que não produz nada sobre EaD, que não publica nada sobre EaD, que não discute nem debate nada sobre EaD, que aliás não debate nada porque não aceita ser criticado, que reformula seu projeto pedagógico sem ouvir os professores que participaram desse trabalho pioneiro, que não apresenta trabalhos em Congresso de EaD, que usa apenas arquivos pdfs em suas aulas online, que não delega responsabilidades para seus professores e prefere ser totalmente centralizador, que paga 3 horas-aulas semanais para seus tutores lidarem com 100 alunos, que recebe um mês de pagamento de seus alunos mas não paga os professores (porque as aulas online ainda não tinham começado!), que não tem um sistema próprio (como a maioria das instituições do país que trabalham com educação a distância) etc., enfim, tudo o que temos discutido aqui no blog? Quem consegue arriscar uma explicação? Como é possível um departamento pioneiro em EaD no país ter perdido o bonde assim tão rápido?
O livro discute também os desafios para a implantação do ensino a distância no Brasil, principalmente no sentido de romper a barreira do analfabetismo tecnológico e mesmo das restrições de acesso à tecnologia por parte de boa parte da população brasileira, o que reforça o círculo vicioso de ensino superior direcionado apenas para uma elite do Brasil.
Mais da metade do livro é composto por anexos, com partes da legislação, textos que aprofundam a análise dos dados apresentados no relatório, a cronologia da EaD no Brasil em forma de tabela e um relatório produzido por uma comissão de especialistas para o MEC, em 2002.
Enfim, essencial para constar na bibliografia de quem se proponha a estudar o desenvolvimento da EaD em nosso país.
João, e demais amigos queridos, talvez porque este Departamento que você cita, no fundo, não acredite em EaD, não se entusiasmou (theos), de fato, com o objeto de seu trabalho, e o faça somente para cumprir metas salariais ou de poder. Ou, o que é pior, porque não alcançou o entendimento destas coisas. Talvez os cabeças do setor desta Universidade precisem de um tutor ou curador, por ordem judicial.
Ao contrário dos honoráveis leitores do blog, permita-me lançar mão de termos populares. Estou gostando de ver a polêmica, ou seja, “o bicho tá pegando”, a “chapa tá quente”. Continuarei acompanhando o desenrolar dos fatos, “de camarote”, torcendo para os professores!! Como diria o pára-quedas ao paraquedista: JM, “tô” contigo e não abro!!!
Vinicius Vidal, você não tem que ficar do meu lado, mas sim dos Professores. Dos Professores e da Educação.
Caro João, Adalberto, Vinicius e demais, cabe aqui eu dar meu depoimento pelo que vivenciei no Departamento de EAD da Anhembi Morumbi: Em 2001 fui convocada pela antiga diretora Soledad Galhardo para redigir o curso de Ciências Sociais. Foi-me imposto um prazo apertado para a entraga das aulas, o que obviamente acarretou uma preparação apressada e muitas aulas com citações de outros autores e inclusive capítulos de livros que foram inseridos para a leitura dos alunos. Mas cabe aqui destacar que todo o texto seguia o padrão da ABNT sobre citações bibliográficas. Após entrar os originais, os web designers da universidade montaram as páginas que foram ao ar na unidade web da instituição e “acredite se quiser”, tiraram as notas de rodapé com as devidas referências. Alertei naquela época a diretora a o pessoal que gerenciava a área online e nenhuma providência foi tomada. Diga-se de passagem que o contrato que assinei com a universidade deixava claro em uma das partes que a universidade poderia alterar o meu conteúdo. Assim, parei de reclamar.
Pois bem, no início do mês de fevereiro de 2007 fui convocada para uma REUNIÃO com o atual Diretor da área de EAD, Sr. Luis Alvares. Chegando a reunião, não se tratava de reunião e sim de uma convocação, segundo ele, no qual deveria eu prestar depoimento acerca do suposto crime de plágio que eu havia cometido em uma das aulas online. Estavam presentes neste dia o advogado Sr. Fabiano e uma representante do RH. Procedimento inquisitorial e ilegal, pois eu não havia sido notificada de absolutamente nada. Mesmo sabedora da atitude ilegal e anti-ética desta diretoria prontifiquei-me a responder as perguntas impostas a mim. E ainda deixei claro tudo o que havia ocorrido e ainda disse que talvez possuísse os disquetes originais da referida aula.
Chegando em casa após a INQUISIÇÃO, liguei para meu advogado e coloquei a situação vexatória pela qual tinha passado. Fui orientada a solicitar uma cópia da referida sindicância, que obviamente não existia. Ela só passou a existir no papel quando fui buscá-la com o Sr. Fabiano, o advogado.
Moral da história: encontrei o disquete em casa e as aulas estavam dentro do formato legal e com as referidas citações. Logo, se alguém cometeu crime de plágio não fui eu, não é mesmo?!
Se queriam me demitir, porque não o fizeram de uma forma melhor para a instituição e para minha pessoa? Pois o dano moral que sofri com tudo isso fez com que eu perdesse meu leite, já que estava amamentando minha filha que está agora com 4 meses.
Tenho 4 livros publicados e o 5º será lançado no próximo mês, por uma grande editora de São Paulo. pergunto eu: Quem tem conteúdo para escrever precisa plagiar uma “aulinha” online???? É o cúmula da burrice, do autoritarismo e da burocracia numa diretoria que só pensa em redimensionar os professores, pagar menos e sobrecarregar o trabalho dos educadores – tudo em vista do lucro empresarial. Será que estes atuais administradores não estariam melhor se estivessem trabalhando em um BANCO? Afinal, os Bancos são a bola da vez……………….
E, diga-se de passagem que essa história não terminou. Ela terminará frente ao poder Judiciário. Pois as providências cabíveis para o caso já estão sendo tomadas.
Tenho dito: Não engulo injustiças. Os medíocres que me aguardem!!!!
Caramba, Regina. Só faltou o Torquemada nesta reunião! Quem será o(a) cabeça deste Santo Ofício?
Ok, mas você não tentou explicar o que aconteceu com esse Departamento, Regina. Como, de pioneiro, pôde se transformar no que é agora? Qual a sua leitura, já que você esteve lá por um bom tempo?
E tem mais uma coisa, Regina: você obviamente não interessava porque era crítica, talvez a mais crítica de todas! Você não explorou a possibilidade de que isso tenha sido armado para excluí-la! Você, com certeza, não teria aceito nada do que tem acontecido (3 horas-aula por semana para turmas de 100 alunos, não pagar o salário de fevereiro, multimídia já precisando de revisão virando pdf etc.).
Caro João e demais, no início do departamento de EAD em 2001, ninguém sabia ao certo o que fazer, todos éramos amadores e fomos ao longo do tempo construindo uma maneira de trabalhar com o ensino à distância. Quando a Carmem estava com a gente, o departamento era democrático, discutíamos sempre, inclusive participamos do livro que discutiu o ensino à distância a partir de enquetes diárias postadas também à distância. Foi uma experiência memorável. O problema ao meu ver está justamente na entrada de pessoas que não entendem nada de EAD e muito menos de ensino, já
continuação……. que nunca deram aula na vida. A burocracia acabou por imperar e talvez esse seja mesmo o destino da EAD da Anhembi, que sempre foi visto pela maioria dos professores (aqueles que não ministravam aulas online) com certa reserva e um pouco de inveja – pois em verdade todos queriam ter um “pezinho” ali. Porém quando iniciamos foi muito trabalhoso – suamos a camisa mesmo. E, claro, depois de tudo pronto e redondinho sempre têm aqueles que cobiçam as aulas dos companheiros. Logo, temos dois problemas fundamentais: a questão da administração e gerenciamento atuais e, a participação de professores que referendam essas novas diretrizes. Pois, se os professores atuais frente às novas diretrizes deixassem de ministrar aulas online, com certeza algo seria mudado. Mas como a maioria é comodista, dificilmente acho que vai haver alguma mudança.
Tenho dito: a mediocridade é o que domina o mundo. As pessoas se tornaram reféns de suas dívidas e se conformam com migalhas pagas.
para falar deste autor eu tenho que pesquisar ler e escrever muito este cara e sensacional tudo bom muito competente, muito intleligente,amigo,muito dedicado,parabens eu tenho orgulho de ter aula com esse homem Joao mattar,meu grnade professor da lingua portuguesa muito educado e humilde.meu s parabéns,na vardade não tenho palavras para falar deste autor tudo isto e o indisivel como “fala caetano veloso“,atenciosamente
valdemir.
Essas universidades virtuais não pensam no ensino e não tem responsabilidade social nenhuma. Fui tutor e ganhava R$200,00 por mês. Universidades virtuais deixam muito a desejar, temos que dizer não a esse ensino neoliberal. Com educação não se brinca.