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Hoje assisti a uma cena esdrúxula, protagonizada por um funcionário da CET.
Em um farol que cruza uma grande avenida, aqueles faróis que demoram um tempão para abrir, muitas vezes quando abrem não conseguimos cruzar porque um caminhão ou ônibus, ou mesmo carro, estão fechando o cruzamento, e fecham rapidinho, um desses faróis abriu hoje para mim.
Os carros não andaram – então olhei para ver o que estava acontecendo. Um guarda da CET (aquele profissional que está sendo pago com os nossos impostos para fazer o trânsito funcionar melhor) estava conversando com um motoqueiro, batendo um papo, devia ser seu conhecido. O carro que estava na minha frente fez, então, um movimento para andar, porque o farol estava aberto. Só que na frente dele estavam o guarda e o motoqueiro conversando; e o trânsito todo louco para cruzar a avenida… parado!
Quando o carro da minha frente fez um pequeno movimento, o guarda da CET olhou bravo para ele, então o carro parou. E continuamos todos parados por mais alguns segundos.
Finalmente, o guarda da CET saiu da frente dos carros, o motoqueiro andou e pudemos cruzar o farol – bem menos carros do que se o guarda não tivesse ficado conversando com o motoqueiro, é claro.
Eu não consigo me esquecer da cara de bravo do guarda. Naquela hora, ele deve ter pensado: que que é? sou guarda, quem é você? pensa que eu tô aqui prá quê? tô conversando aqui, meu, não me enche; senão te multo, hein! dane-se o farol, vocês que esperem! que cidadão que nada, rapaz! que cidadão que nada!!
Caro João, sua narrativa é o resultado da desorganização do espaço urbano em nossa cidade. É o resultado do “autoritarismo socialmente implantado”, termo criado pelo cientista político Guilhermo O’Donnell quando analisa posturas cotidianas dos brasileiros. É resultado em última instância de nossa burrice em ainda residir e trabalhar numa cidade insuportável como esta. Quero sair de São Paulo assim que puder……..não aguento mais os “seres humanos” daqui.
Tenho dito: qualidade de vida é essencial
João, vc reparou bem se não era algum alto funcionário da Anhembi fazendo um bico da guardinha?
João, são 17h, que os avatares o iluminem e acompanhem.
João eu o elejo como Pró-Reitor Acadêmico e Ético da Anhembi.
A tal da síndrome do pequeno poder infelizmente impera no nosso querido país.