Eutanásia

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Qual é a diferença entre Eutanásia e Sedação? E entre Eutanásia e Ortotanásia? Sedar é Matar? O que significa Distanásia?

A RESOLUÇÃO 1805/2006 do CFM diz:

“É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.”

Mas vários advogados já disseram que a Resolução é inconstitucional, e o médico que a aplicar estará cometendo um crime.

E então, como ficamos?

***

Muito tempo depois deste post, um artigo no Time: When Is Sedation Really Euthanasia?

Bem bem depois, Justiça Federal derruba liminar e libera prática da ortotanásia no País

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46 respostas a Eutanásia

  1. Caro João, sou completamente a favor da eutanásia…………completamente mesmo. Pois só quem vivenciou uma pessoa próxima em estado terminal e com o sofrimento presente é que sabe o que isso significa. E em muitos casos a sedação pode levar a uma “eutanásia”, pois dependendo do medicamento utilizado, este pode inclusive promover uma parada cardíaca. Por que será que existe ainda esta tubu sobre a morte em nossa sociedade????? O SER HUMANO AINDA É MATERIALISTA DEMAIS E SÓ CONSEGUE SE FIXAR NESSE TIPO DE PADRÃO.
    Abraços a todos

  2. Vinicius Vidal disse:

    Na minha opinião, cabe ao paciente o direito de decidir se quer ou não continuar agonizando quando em estado terminal. Ninguém, nem mesmo a lei, em minha opinião, podem decidir. Quanto às definições acima, realmente não sei a diferença, caro JM.

  3. Wanderlucy disse:

    Regina, assim não dá: de novo sou obrigada a fazer minhas as suas palavras! rs
    Não vejo sentido em insistirmos na sobrevida.
    Aliás, é covardia a proibição da eutanásia ou da ortotanásia, pois com os recursos que a medicina tem nos dias de hoje, se você, vitimado por um mal irreversível, não tiver a sorte de morrer antes de chegar no hospital, não morre nunca mais.
    Muito legal, João, você estar retomando assuntos que discutimos no Tubarão!

  4. Camila Gomes disse:

    João, pelo que eu li na entrevista com o psiquiatra Adalberto Tripicchio sedar um paciente não é nada mais do que uma forma de eutanásia também, só que com o a diferença de que o hospitalizado não sofre na hora do óbito, então a pessoa falece dormindo. (Na minha opinião, nada mais justo do que isso, afinal ninguém quer uma morte sofrida para pessoas próximas ou entes queridos, não é mesmo? Então para mim, sedar não é matar, de jeito nenhum!)
    Distanásia ao contrario disso tudo é prolongar por meio de aparelhos e medicamentos a vida do paciente que ja está com sua morte prevista, mas como disse Regina no comentário acima, não ha nada pior do que presenciar alguém muito querido sofrendo amargurado esperando apenas a “hora chegar”, para mim cabe aos médicos, aos familiares e principalmente ao paciente decidir qual será o procedimento a utilizar, não sendo assim um crime, como dito no comentário do seu post.

  5. Odele Souza disse:

    Pessoal,
    Com todo o respeito pela opinião de cada um de vocês e sem me deter no aspecto religioso, na espiritualidade de cada um que é algo que deve ser respeitado, acho que é mais fácil falar de Eutanásia, Sedação…por fim ao sofrimento, ou o que seja, quando se está fora da situação porque aí não há envolvimento emocional e afetivo e fala mais alto a razão. Mas quando se está dentro, quando se vive o drama, optar pela Eutanásia talvez exiga a mesma coragem – ou covardia – necessárias ao suicida. Só que no caso, “suicida-se” o outro. E dependendo de quem seja o “outro” a intensidade do afeto, do amor, é diferente. Não se ama um amigo como se ama um irmão, e o amor que dedicamos aos nossos pais não é da mesma intensidade com que se ama um filho, este sim, o laço de afeto mais forte que se tem com a vida. Eutanásia? Como se fosse fácil…

  6. Penelope disse:

    Joao, estou lendo sobre o assunto e o que me impressionou é ninguem ainda ter tocado no fator mercadologico do tema. Os hospitais ganham muito dinheiro mantendo um paciente sem esperanças de sobrevivencia, por pura ganancia finaceira…

  7. yasmin casagrande disse:

    Realmente eutanasia é um assunto muito delicado. Na entrevista no comeco fiquei um pouco confusa sobre a diferenca entre eutanasia e a sedacao mas acho que eutanasia é quando voce desiste dos tratamentos que podem prolongar a vida de um paciente e a sedacao nada mais é do que um modo de tornar o processo de morte menos sofrido.
    Eu sou a favor da eutanasia em alguns casos, mas acho que temos que tomar muito cuidado com as leis em relacao a isso principalmente aqui no Brasil, pois ja sabemos que nosso pais sofre de muitas irregularidades.Sabemos que muitos interesses como mafias de planos de saude e até a mafia de orgaos podem causar um grande estrago com a permissao da eutanasia na legislacao, mas ao mesmo tempo sabemos que muitas pessoas sofrem e até desejam a morte durante um tratamento doloroso que comprovadamente nao surtirá efeito.

  8. Cristiana disse:

    Acredito que, a eutanásia por se tratar de uma decisão extremamente radical, deveria ser avaliada caso a caso. Penso que a lei deveria proceder da mesma forma e ser bastante criteriosa. Mas aí, nos depararíamos com outro problema que é a lentidão da justiça no Brasil… O que me parece mais sensato e acho que deveria ser legalizado em todo país e não só em São Paulo, é o direito à ortotanásia, ou seja, deixar a vida seguir seu curso natural, sem medicações ou aparelhos que a mantenham, e assim garantir uma morte digna. E nesses casos por que não sedar o paciente para ele não sofrer tanto?

  9. Eutanásia é um assunto delicado, muitos defendem que vc estaria matando uma pessoa, cometendo um crime. Outros acham que é uma forma de ajuda, ajuda ao paciente a encontrar paz e acabar com a dor que ele está sofrendo no momento.

    Pode até ser comparada com aborto, um assunto delicadíssimo também, que gera em torno do: “O que é vida?” E quando podemos acabar com ela? Quando fazemos decisões desse tipo estamos dando uma de Deus ?

    Acho que cada caso deve ser analisado. Pois temos doversos pacientes em coma que se recuperaram milagrosamente, mas até ai, ele não estava sentindo dor, sofrendo, e sim desacordado ou em estado vegetativo. Quanto a esse caso eu não sei qual seria minha opinião, acho que é aquele tipo de situação que vc não consegue prever sua reação.

    Agora no caso do paciente estar sofrendo, estar passando por dores terríveis. Acho que apoiaria a eutanásia.

  10. Camila Gomes disse:

    Concordo com o que a Cristiana falou sobre o uso da sedação relacionado com a ortonásia, nao tinha comentado isso no meu post anterior, mas tambem acho o fato de usar a sedação em conjunto com a ortonásia uma boa idéia, ja que decidir se eutanásia é ou não um crime é tão complicado pelo fato de ter que pesar todos os prós e os contras e tambem pelo que a Yasmim falou: a lentidão da justiça no Brasil.
    Mas ainda defendo a minha ideia de que sedar um paciente é uma forma de eutanásia também, só que com o a diferença de que o hospitalizado não sofre na hora do óbito.
    A vida?
    Ela parece algo totalmente pequeno e “insignificante” uma vez que ela esta inteiramente em nossas mãos para decidirmos se vale a pena dar uma chance a ela ou não…

  11. João Mattar disse:

    Médico conhecido como ´Doutor Morte´ é libertado nos EUA

    Patologista, que assumiu participação em 130 suicídios, está livre após 8 anos

    http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2007/jun/01/227.htm

  12. adalberto disse:

    Meus amigos, João, continuo vendo na eutanásia passiva um ato humano de extrema generosidade. Ao paciente terminal e ao paciente que já perdeu seus atributos de humanidade, eu estaria pronto a indicar sedação e aguardar para que sua condição o levasse o mais depressa possível. Entendo que esta conduta é a expressão de um amor sublime tão maior quanto for a ligação com o paciente.

  13. Georgia disse:

    bom pelo q deu pra entender…distanasia, significaria um prolongamento da vida, e a eutanasia, o contrario…mas….acredito q a eutanasia deveria ser tratada como uma doação de órgãos…pq a pessoa escolhe ser doadora, e achu q a eutanasia deveria ser assim, as pessoas deveriam assinar um termo..dizendo se aceitaria ou naum, se um dia passe por isso.

  14. adalberto disse:

    Georgia apenas um comentário: a distanásia eu vejo como um prolongamento da morte.

  15. Thaisa Fakhouri disse:

    João,
    Sou a favor da eutanásia,que poe fim a um sofrimento desnecessário tanto por parte do paciente como da família do mesmo,seria antecipar algo que já está previamente confirmado.
    È um meio da aliviar o sofrimento do paciente terminal que não tem chance de cura.
    Eutanásia seria abreviar a vida,enquanto a distanásia prolonga e a ortonásia é deixar o paciente viver,sem ajuda de aparelhos.
    Acho covardia deixar viver quem deseja a morte nesse estado.

  16. Letícia disse:

    Eu também acho que a eutanasia pode ser encarada como uma coisa boa, pois a partir do momento que o médico alega não ter mais meios de salvar uma pessoa e esta, quando não em como, permite que seja interrompido o tratamento, para que não sofra mais, nem para que seus familiares sofram, é uma coisa a ser considerada aceitável. Porém todos sabemos que existem muitas pessoas de má indole, que usariam-se disso para ser herdeiro, ou receber o seguro de uma pessoa em coma. Isso não seria uma coisa ruim? Como seria controlado futura mente, “acindentes” que “fatalmemte” deixa a pessoa entre a vida e a morte?

  17. Penelope disse:

    Vcs leram essa noticia? O Polones saiu do coma que estava ha 19 anos…

    Os médicos lhe davam dois meses de vida

    O miraculado foi vítima de um acidente de trabalho em 1988. Após ser atropelado por um vagão, o ferroviário parece superar o trauma sem maiores problemas, a não ser os diversos dentes quebrados que o fazem sofrer. Mas, algumas semanas mais tarde, ele perde a capacidade de falar, não consegue mais mexer os seus membros, e acaba entrando em estado de coma. “Ele não conseguia movimentar as suas pernas, nem as suas mãos, nem levantar a cabeça”, recorda-se Gertruda, a sua mulher. Os médicos também diagnosticam um tumor no cérebro. Eles se mostram muito pessimistas: para eles, só restam a Jan Grzebski dois meses de vida.

    Contudo, a sua mulher não perde a esperança e resolve tomar conta do seu marido no seu domicílio. “Eu era tomada por uma raiva incontrolável toda vez que alguém me dizia que pessoas que se encontram num estado como o dele deveriam ser submetidas ///À EUTANÁSIA/// para evitar maior sofrimento”, comenta. “Eu sabia que ele iria se sair dessa”.

  18. Camila Kamachi disse:

    É uma questão muito polêmica, pois quem só assiste aos casos não sente na pele o que é estar na situação. Estar doente sem ter chance alguma de viver, é um caso que deve ser conversado, ainda mais se o paciente já estiver sem consciência. É difícil alguém querer continuar vivo sabendo que não há chances, ou pior, nem tendo a chance de saber pois já perdeu a lucidez ou está somente vivo por ajuda de aparelhos. Como a Georgia falou, é uma questão de cada um decidir por si só o que quer que seja feito…Antes de ficar na situação ou durante, mas consciente. Porque a família vai sofrer do mesmo jeito, e isso só prolonga o sofrimento.

  19. Anne Raquel Moura disse:

    Embora seja uma difícil discussão quando não somos parte do problema, eu concordo com o Dr Adalberto quando ele afirma que vê a eutanásia passiva como um ato de generosidade. Tenho muitos conflitos no que diz respeito ao aspecto espiritual, como penso nos casos das pessoas que recuperaram a consciência e sedados não poderiam se manisfetar.
    Acho que se fóssemos educados para pensar de maneira mais objetiva, poderíamos não somente decidir antecipadamente sobre doação de nossos órgãos como deixar tomada essa decisão.

  20. Sérgio Lopes disse:

    João e colegas, boa tarde. Assunto realmente intrigante e ótima entrevista. No começo senti a diferença entre o senso comum e o que a ciência explica sobre o assunto. Depois, resolvidos alguns problemas de meu entendimento, concordei com o posicionamento do Dr Adalberto Tripicchio sobre o alcance da eutanásia. Ministrar barbitúricos para um paciente terminal e não realizar procedimentos médicos para prolongar a vida deste mesmo que por alguns momentos já é uma forma de eutanásia.

  21. Sérgio Lopes disse:

    Por outro lado, sedação com a continuidade de tratamento é uma forma de respeito ao sofrimento do paciente. O questão que fica para mim agora é a tênue linha entre uma coisa e outra. Na nossa realidade de saúde em nosso país, com falta de leitos para doentes, quantas vezes a eutanásia, branda ou não, não está sendo praticada?

  22. Renata Amável disse:

    Eu sou radicalmente contra a Eutanásia, por uma qestao simples: sou Kardecista e mesmo sendo uma futura psicologa, nao conseguimos separar coisas tao fortes como essas. Aredito muito no resgate de acoes acontecidas em outras vidas, e a unica maneira de isso acontecer é vivendo até o final. Ate porque se no momento da doenca a medicina nao tem solucao, pode ser que venha a ter no futuro. Essa semana um polones que estava ha 19 anos e coma acordou lucido. E se misericordiosamente tivessemos executado o mesmo? Creio que existam limites para “brincar de Deus”…

  23. eduardo disse:

    bom ola prof ,creio que a definiçao de eutanasia de seu colega adalberto é meio ridicula ,pois ele diz que eutanasia é “antecipar a morte de quem já está com ela irremediavelmente anunciada, e em permanente sofrimento, tendo em vista o ambiente médico-hospitalar disponível.”
    Falando filosoficamente ,todos estamos com a morte anunciada pois essa é a unica certeza da vida , vou definir isso pra vc , eutanasia é quando alguem ou parentes desse alguem que esta sofrendo muito por uma doença incuravel ou defeitos em sua parte motora por exemplo ,pedem para esse alguem morrer ,nao propriamente antecipando uma doença terminal , pois ser tetraplegico nao é terminal mais muitos querem acabar com seu sofrimento .
    e sedar nao é matar desculpa mais isso é facil de se responder , isso é só um modo de aliviar a dor .

  24. eduardo disse:

    estou esperando resp para começar o debate

  25. lais disse:

    eu SoU ToTaLmente ((ContRa)) pois naw se deve tirar a vida de ninguem , as pessoas acham que pra viver precisa de braço perna e tudo , mais naw pensam que milhares de pessoas especiais vivem , sem querer morrer, soh Deus da vida eh soh deus pode tiralá…Será que existe doença incuravel????
    hoje em dia pode se esperar muito da medicina!! sempre com novas descobertas ….
    …..Todos temos que viver a vida como Deus eScreveu …..
    ……a vida num eh um brinquedo que voce usa ,usa , e quandho enjoa quer jogar fora!!!
    tem muitas pessoas que vivem !!!!
    com esses problemas desde que nascem !!!!
    eh sao amados e desejados por todos !!! e sao felizes por que, tirar a vida delas !!!
    se essa e uma provação que Deus ta dando!!!!

  26. jair disse:

    Bem já que estamos colocando em termos legais vejamos a serventia do medico, sua função e objetivo é a melhora e bem estar do seu paciente, no caso de um doente terminal ea “melhora” já é impossivel então só basta dar lhe o “bem estar” se o paciente já desistiu da vida cabe o medico tentar convencer caso não consiga não seria errado o fato dele parar o tratamento pois ele só esta executando seua função!!

  27. marcelo regis disse:

    Prof. João, este tema é bastante interessante e polémico!! Bom, ler as opiniões que seguem quase na mesma linha de raciocino lógico, ressalva aos comentarios que demonstra sentimento de drama vivivo direto ou indiretamente. Eu acho que é uma decisão muito dificil a ser tomada a quem dispoe desta responsabilidade é como ser o juiz da vida, do direito de viver ou não! Ninguem tem o direito de tirar a vida de ninguém, seja em qual for o estado da pessoa, más também existe a excessão como toda regra e lei, enfim eu não sei se teria a coragem de optar por tirar a vida de alguém…

  28. Eddie Mendes disse:

    Caro JM. sou totalente a favor da eutanasia, pois soh quem vivencia sabe como eh dificil, pois tenho uma prima que eh paraplegica e os medicos falavam q ela naum passada dos 11 anos e deram remedias para prolongação da vida, depois qdo ela completou os 11 anos ele deram no maximo ate os 15 anos de vida e assm foram, hj ela tem 23 anos e esta bem de vida ainda graças aos remedios, por isso ja teve casos que fiquei sabendo de pessoas que estavam com os dias de vida contado e sobreviver cerca de 40 anos. por isso acho que quem deve decidir eh o doente.

  29. Alex Wesley disse:

    Eutanásia seria interromper a vida de outra pessoa em fase terminal, ou seja, assim como aconteceu com a americana Terry Schiavo (acho que é esse o nome dela), estava vivendo por aparelhos e o marido pediu para que os medicos desligassem. Na minha opinião, no caso do próprio paciente pedir o desligamento dos aparelhos caracteriza suicídio, pois foi da vontade dele não continuar vivendo. No caso de algum parente pedir a eutanásia, é homicídio, pois está impedindo o terceiro de viver.

    Sedar é permitir que a pessoa continue vivendo sem sofrer. Isso faz com que a pessoa e os parentes esperem a morte de forma natural, como deve ser. Sedar não é matar, é prolongar a vida. (Coma induzido)

    Distanásia é prolongar a vida enquanto ela existir, dando ao paciente todo tratamento e atenção devida. Geralmente mantem-se a esperança par que algum milagre aconteça.

  30. Alex Wesley disse:

    Apesar de polemico, é sempre bom saber diferenciar esse tipo de atitude do ser humano…. Muitas vezes, sabe-se que o sofrimento imposto à uma pessoa muito enferma ou em coma profundo pode não ter reversão. Pelos conceitos biblicos, abomina-se essas praticas, porém, cada um pode escolher o melhor para si ou seus parentes(se é que dá para definir melhor ou pior nesse caso).

  31. Rafael Lucas Ferreora Alves disse:

    Atualmente a eutanásia pode ser classificada de várias formas, de acordo com o critério considerado.

    Quanto ao tipo de ação:

    Eutanásia ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos.

    Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação de terminalidade, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma medida extraordinária, com o objetivo de minorar o sofrimento.

    Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada como uma conseqüencia indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal.

    Quanto ao consentimento do paciente:
    Eutanásia voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente.

    Eutanásia involuntária: quando a morte é provocada contra a vontade do paciente.

    Eutanásia não voluntária: quando a morte é provocada sem que o paciente tivesse manifestado sua posição em relação a ela.

    Esta classificação, quanto ao consentimento, visa estabelecer, em última análise, a responsabilidade do agente, no caso o médico.

    Esta discussão foi proposta por Neukamp, em 1937.
    Neukamp F. Zum Problem der Euthanasie. Der Gerichtssaal 1937

    Vale lembrar que inúmeros autores utilizam de forma indevida o termo voluntária e involuntária no sentido do agente, isto é, do profissional que executa uma ação em uma eutanásia ativa. Voluntária como sendo intencional e involuntária como a de duplo-efeito. Estas definições são inadequadas, pois a voluntariedade neste tipo de procedimento refere-se sempre ao paciente e nunca ao profissional, este deve ser caracterizado pelo tipo de ação que desempenha (ativa, passiva ou de duplo-efeito).

    Historicamente, a palavra eutanásia admitiu vários significados. Destacamos, a título de curiosidade, a classificação proposta na Espanha, por Ricardo Royo-Villanova, em 1928:

    Eutanásia súbita: morte repentina;

    Eutanásia natural: morte natural ou senil, resultante do processo natural e progressivo do envelhecimento;

    Eutanásia teológica: morte em estado de graça;

    Eutanásia estóica: morte obtida com a exaltação das virtudes do estoicismo;

    Eutanásia terapêutica: faculdade dada aos médicos para propiciar um morte suave aos enfermos incuráveis e com dor;

    Eutanásia eugênica e econômica: supressão de todos os seres degenerados ou inúteis (sic);
    Eutanásia legal: aqueles procedimentos regulamentados ou consentidos pela lei.
    Royo-Villanova Morales. Concepto y definiccón de la eutanásia. Zaragoza: La Academia, 1928:10.
    No Brasil, também em 1928, o Prof. Ruy Santos, na Bahia propôs que a eutanásia fosse classificada em dois tipos, de acordo com quem executa a ação:
    Eutanásia-homicídio: quando alguém realiza um procedimento para terminar com a vida de um paciente.

    Eutanásia-homicídio realizada por médico;
    Eutanásia-homicídio realizada por familiar;
    Eutanásia-suicídio: quando o próprio paciente é o executante. Esta talvez seja a idéia precursora do Suicídio Assistido.

    Santos R. Da euthanásia nos incuráveis dolorosos. These de doutoramento. Bahia; _,1928:6-7.

    Finalmente, o Prof. Jiménez de Asúa, em 1942, propôs que existem, a rigor, apenas três tipos:
    Eutanásia libertadora, que é aquela realizada por solicitação de um paciente portador de doença incurável, submetido a um grande sofrimento;

    Eutanásia eliminadora, quando realizada em pessoas, que mesmo não estando em condições próximas da morte, são portadoras de distúrbios mentais. Justifica pela “carga pesada que são para suas famílias e para a sociedade”;

    Eutanásia econômica, seria a realizada em pessoas que, por motivos de doença, ficam inconscientes e que poderiam, ao recobrar os sentidos sofrerem em função da sua doença.
    Estas idéias bem demonstram a interligação que havia nesta época entre a eutanásia e a eugenia, isto é, na utilização daquele procedimento para a seleção de indivíduos ainda aptos ou capazes e na eliminação dos deficientes e portadores de doenças incuráveis.

    http://www.ufrgs.br/bioetica/eutantip.htm

    Sou contrário à Eutanásia de todos os tipos, pois uma vez vivo, temos ainda a esperança de recuperação, seja por cuidados médicos, seja por milagre de Deus, e em casos de pacientes em faze quase terminal, acredito e muito que a 2ª opção seja a mais viável e possivel de acontecer, pois Deus sempre está disposto a fazer o melhor por cada um dé nós.

  32. Batistamini #20 disse:

    100% contra a EUTANÁSIA!
    Todos merecemos uma segunda oportunidade de vida!
    Sim a VIDA!

  33. Iris disse:

    ” Somente a Deus, doador da vida, assiste o direito de tirá-la. Trata-se de direito indelegável.
    Em nenhuma hipótese, pois, se justifica a eutanásia.

    A desesperança e a descrença pregam, muitas vezes, as suas peças.
    Paga-se muito caro, às vezes, pela falta de confiança e fé numa força superior .
    É o que aconteceu com um famoso médico francês .
    Eis o fato :
    ‘ Adoece, de uma feita, a vários quilômetros de Paris, formosa criança. Seu pai, médico, desvela-se em cuidados. Era, pórem, temerosa a moléstia, difteria. Ascendiam os óbitos naquela época, da terrível doença, à cifra espantosa de 99%. O pai valeu-se de tudo que possível para salvar a filha. Vieram os fenômenos asfíxicos. A cianose da face era, então, o sinal precursor da moret! Consultara, em desespero de causa, os colegas de Paris. Nenhuma resposta. Doía-lhe, ao infinito, o espetáculo da ansiedade sem cura da pobrezinha. Pensa, nesse instante, em abreviar o desfecho. Injeção de ópio muito forte que aliviasse tudo… Pensou e fez! Não falhou o tóxico. Vê, cedo, a serinidade definitiva…
    Depois, o enterro, a volta do cemitério, o pranto, a saudade imensa e a sensação de um cruel devr cumprido… E quando, de súbito, lhe anunciaram um telegrama que dizia :
    ” Roux acaba de descobrir o soro antidiftérico, aplicando-o com êxito. Aguarde a remessa… ”

    O exemplo é de uma realidade flagrante..

    Guardemos-nos, pois, de abreviar a vida humana, ainda que seja de minutos, porque, onisciente e infinitamente misericordioso, Deus não é indiferente sequer à sorte de um pardal e sabe provê o que melhor convém a cada um de nós .

  34. Ana disse:

    Jamais cometam eutanasia pois só quem tem o direito de tirar a vida de um homen é Deus. Pessem bem nisto. BEIIIIIIIIIIJOS………….

  35. Olá,
    Sou estudante de Direito. Li o artigo e tenho também uma opinião, que se encontra em meu blog. Para quem tiver interesse, http://osmarumbelino.blogspot.com/2008/07/derecho-de-morir.html

    Abraços,

    Osmar Henrique.

  36. João Mattar disse:

    Legal, Osmar, muito bom e bem escrito o seu texto.

  37. Pingback: De Mattar » Blog Archive » Feliz Aniversário - 2 aninhos!

  38. julyana disse:

    a grande questáo que me intriga e náo foi comentada e no caso do paciente náo ter condiçoes de decidir, ficando esta responsabilidade para a familia, q é muito doloroso e sofrida a decisáo de sedar, como se estivesse desacreditando , mas ao mesmo tempo, é justo deixar a pessoa entubada por anos a espera de um milagre? a sedaçao seria uma forma de um coma induzindo mas tratando ou simplesmente induzir esse coma sem tratamento esperando a morte natural??

  39. indi disse:

    Passei por isso com minha mãe ela estava com muita dor em fase terminal então o médico disse que iria preparar um remédio para ela dormir, não imajinei que não poderia mais converssar com ela fiquei muito triste pois não me falaram nada apenas falaram é ordem médica.

  40. AMANDA GOMES disse:

    EU CONCORDO COM A EUTANASIA!

  41. shintoni disse:

    Olá, João!
    Eu administro o blog Duelos Literários (http://duelosliterarios.blogspot.com/) que posta textos de várias pessoas da net e possui a categoria “Duelando Manchetes”, que aborda temas polêmicos. Como a eutanásia é um deles e eu, por acaso, esbarrei com este seu post por aqui, gostaria de saber se posso publicar este seu post no meu blog (com os devidos créditos, claro!), a fim de participar da discussão. Se para você estiver ok, por favor deixe uma resposta no Duelos ou, se preferir, entre em contato comigo pelo e-mail shintoni@terra.com.br.
    Valeu mesmo!
    Abração!

  42. João Mattar disse:

    Shintoni, você quer publicar o post ou também os comentários? Quanto ao post está ok, mas os comentários são de várias pessoas e não teria como conseguirmos pedir autorização para eles, mas você pode colocar o link para cá.

  43. Luana disse:

    Acho assim, a eutanásia é uma polêmica muito grande, muitas pessoas são contra e muitas a favor, eu particularmente, sou contra ! Acho qe eu ñ teria coragem de desligar um aparelho de uma pessoa qerida, não teria coragem de agilizar o processo de morte dela, mas ao mesmo tempo eu ficaria me sentindo mal pelo fato de um ente-querido meu estar laa doente e passando mal, mas eu não teriia coragem de fazer isso !

  44. Bianca Borges disse:

    Eu sou a favor da eutanasia

  45. Selva Freitas disse:

    Prezados Senhores boa tarde, tenho 78 anos e sou a favor da Eutanásia, e pretentendo lutar pela legezação da mesma. Obrigada Selva freitas

  46. Raísa Corrêa disse:

    eutanásia
    (grego euthanasía, -as, morte fácil, morte feliz)
    s. f.s. f.
    1. Morte sem dor nem sofrimento. ≠ CACOTANÁSIA
    2. Teoria que defende o direito a uma morte sem dor nem sofrimento a doentes incuráveis.
    3. Acção.Ação.Ação que põe em prática essa teoria.

    Bom, de acordo com a definição grega, seria uma morte feliz. Para o diconário em geral, sem dor nem sofrimento.
    No meu ver, o tipo de morte que todo mundo quer pra si. Ninguém quer morrer sofrendo, com dor, etc…

    Mas não concordo que um terceiro possa decidir a hora da morte para outro. Isso não poderia ser visto como um omissidio? Omissidio, assegurado por lei..

    Não concordo e nem discordo, mas não iria querer que decidissem uma eutanásia para mim.

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