Uma organização tem obviamente liberdade para demitir os funcionários que desejar.
Entretanto, a demissão como retaliação a pessoas que se propõem a questionar o status quo é não só uma atitude em desacordo com as mais modernas políticas de gestão de pessoas, como um ato de pura covardia.
Aprender com o erro é um lema das organizações que aprendem e, por isso, conseguem se manter competitivas no mercado. E quem pode contribuir mais para mostrar a uma organização os erros que ela está cometendo do que seus próprios colaboradores?
Punir com a exclusão quem decide correr o risco e exercitiar seu senso crítico é não só uma mostra de que a organização não admite enxergar seus erros (sinal de fracasso iminente), como um reforço no clima de mordaça, porque deixa claro para o grupo que ninguém pode questionar nada, que todos devem obedecer o general como cabeças de gado.
Mas, além disso, do ponto de vista de relacionamento pessoal e respeito ao próximo, a demissão como retaliação a críticas é uma mostra de que algumas pessoas absolutamente não dão valor ao ser humano, apenas a si próprias, à posição que ocupam e ao poder que exercem. De que não possuem compaixão nem respeito pelas outras pessoas, e precisam reforçar sua autoridade pelo uso da força, já que não possuem liderança natural sobre sua equipe.
O “chefe” que age assim pensa que está reforçando a sua autoridade sobre o grupo, quando na verdade está contribuindo para miná-la um pouco mais, já que no fundo a demissão por retaliação a críticas apenas demonstra com mais clareza para o grupo que o “chefe” realmente não tem autoridade nenhuma, ao contrário, tem sim uma enorme insegurança, e só consegue se impor através da força.
A demissão como retaliação a críticas deixa escancaradas tanto a imensa insegurança de quem planeja as demissões quanto a extrema cegueira da instituição que permite esse comportamento. E entramos em um círculo vicioso, porque quem poderia coibir os abusos dos “chefes” autoritários ou está cego, ou é obrigado a fingir que é, senão também está fora.
É caro João, sabemos de que instituição vc está falando. Ainda não mencionarei o nome dela aqui, mas muitos devem já saber……….afinal foi aquela que criou toda uma estória para me incriminar internamente. Mas é aquilo que eu sempre digo: os algozes irão responder judicialmente pelos seus atos; se nem a justiça resolver, a vida mesmo resolve.
Abraços a todos,
Regina, é uma reflexão que, penso, pode ser aplicada a todas as organizações. Em educação, e em especial em educação a distância, precisamos de líderes, não de frios carrascos.
É João, mas acredito que com a nossa cultura autoritária, como bem analisou o cientista político Guilherme O’Donnell, temos uma “autoritarismo socialmente implantado” em nosso páis e esses “micro-poderes” são a expressão da ignorância e do medo de se perder a posição atingida. Em nosso país poucas instituições realmente levam a sério quem trabalha; e sempre terminam por promover os “puxa-sacos” de plantão. Vi isso onde já trabalhei e também vejo onde trabalho atualmente. Talvez por isso minha desilusão atual com as instituições e com o ser humano mesmo, inerte frente aos acontecimentos que vivenciamos em nossa sociedade. A mediocridade impera.
Pois é, Regina, já participamos de um debate há bastante tempo sobre ética, e você deve se lembrar de que eu defendia a ética nas relações humanas. Confesso também que de lá para cá mudei um pouco minha forma de encarar a questão, mas continuo não conseguindo conviver em ambientes em que impera esse autoritarismo cego e frio a que você se refere. Eu tenho dois filhos e ainda acredito que temos que lutar, sempre que possível, por um mundo melhor, em que as pessoas se respeitem mais, e principalmente respeitem as diferenças nas maneiras de pensar. Que aceitem ouvir as opiniões dos outros, sem ameaças.
Sem palavras.
Faço das suas as minhas sem palavras, Adalberto.
Caro João, também quero isso tudo. Mas como conseguir isso, se a maioria rema contra a maré????????????????
Gente…………..quero respostas!!!!
Adalberto e Wander, digam alguma coisa…………vcs são cabeças pensantes………….vamos lá………..deem idéias……………por favor…………
Por acaso você foi demitido?
Eu não, Alan.
Ah, tá. Porque eu fui. Peguei ISD (Infecção Sistêmica Docente).