V FUP-RJ

No último fim de semana voltei ao Rio de Janeiro para o 5º FUP – Fórum Universitário Pearson, que tinha o título: A Universidade do Futuro, e os subtítulos: Gestão, Tecnologia, Andragogia e EaD.

Eu nunca tinha participado de nenhum FUP e fiquei realmente impressionado, tanto com a organização quanto com a qualidade das palestras e mesas-redondas. A entrada custa R$ 50,00, mas o participante pode gastar tudo em livros durante o evento, então sem dúvida vale muitíssimo a pena!

O evento foi aberto pelo presidente da Pearson no Brasil, Guy Gerlach.

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Das 09:00 às 10:30 ocorreu uma mesa-redonda: “Tecnologias numa universidade inovadora“, mediada por José Manuel Moran, com Fernando Goldman e Lena Vania Ribeiro Pinheiro.

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A professora Lena, do IBICT, iniciou com o relato de um projeto de pesquisa sobre o uso de tecnologia em pesquisa, destacando a importância da interdisciplinaridade, da plataforma lattes e da RNP. Ela discutiu os periódicos eletrônicos e referiu-se ao Manifesto Brasileiro de apoio ao Acesso Livre à Informação Científica, lançado pelo IBICT em 2005; à cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, realizada em 2 rodadas em 2003 e 2005; e ao Livro Verde.

Fernando Goldman, presidente do Pólo-RJ da SBGC – Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, defendeu que a organização que deseja sobreviver precisa de gestão do conhecimento, com foco em conhecimento organizacional. E gestão de conhecimento pressupõe gestão da informação, apesar de que o conhecimento não se resume à transmissão de informações. Ele lembrou que, em 1865, Abraham Lincoln foi assassinado nos Estados Unidos, mas levou 12 dias para a informação chegar a Londres, porque era necessário imprimir o jornal e enviá-lo por navio para a Inglaterra. Ele ressaltou então que, hoje, a capacidade de aprender mais rápido (não simplesmente aprender) é a única vantagem competitiva realmente sustentável a longo prazo para as organizações. A noção de inteligência organizacional envolveria gestão de conhecimento, inovação e empreendedorismo. Segundo ele, não são os grandes que vencem, mas os rápidos. As espécies que sobrevivem adaptam-se rapidamente às mudanças. Ele ressaltou ainda que é sempre necessário colocar as pessoas à frente da tecnologia, para gerar inovação: só existe conhecimento onde há gente. Ele ainda propôs uma divisão na história da gestão do conhecimento: (a) Primeira geração, da Inteligência Artificial, com ênfase exagerada na tecnologia (o que teria dado origem aos tecnomíopes); (b) Segunda Geração, a partir de 1995, com a codificação do conhecimento (mas o que valeria, afinal de contas, seria o conhecimento tácito, que está nas pessoas); (c) Terceira Geração, do pensamento complexo, em que se passou a conviver com a incerteza, a multiplicidade e a aleatoriedade.

O professor Moran falou então especificamente sobre EaD, e a palestra foi muito interessante. Os professores estariam perdidos, e na USP ele não teria conseguido nem mesmo implementar programas semipresenciais. Já na Faculdade Sumaré, ele teria recebido carta branca e passou 2 anos preparando alunos e professores. Resultado: apenas metade dos professores aderiram à EaD. Foi possível otimizar o uso do espaço físico e das aulas, aumentando o número de alunos. Moran criticou também a limitação que a lei impõe para a oferta de 20% dos cursos a distância, quando no mundo inteiro estaríamos caminhando para o modelo semipresencial; com 20%, estaríamos simplesmente fazendo remendos e vivendo situações de esquizofrenia, em que de um lado existem cursos e disciplinas totalmente a distância, e de outro lado cursos e disciplinas presenciais nos quais não se mexe nada. Ele ressaltou então a lentidão das mudanças culturais para a integração desses 2 modelos. Moran discutiu ainda a questão dos currículos: um aluno não teria, necessariamente, que ter o mesmo currículo do colega. Nesse sentido, ele sugeriu uma olhadinha nos modelos da USP Zona Leste e Federal do ABC. Ele defendeu então que é necessário unir projetos pedagógicos inovadores com a EaD (eu escrevi um artigo com uma proposta bastante interessante neste sentido, na Revista da Unibero, em 1998, ou seja, quase 10 anos atrás! – vou tentar recuperá-lo). Ele mencionou também o work-based learning e sugeriu outra olhadinha, na Engenheria Química da USP e de Materiais da Federal de Santa Catarina, em que o trabalho na empresa contaria como créditos para os alunos. Entretanto, as universidade corporativas e as tradicionais estariam muito longe de tudo isso. Moran lembrou ainda, com muita propriedade, que dos recentes resultados do ENADE, que apontariam que os alunos de EaD teriam se saído melhor, seria muito prematuro tirar qualquer conclusão, já que, dentre outros problemas estatísticos e diversos, os alunos que fazem cursos a distância em geral são mais velhos, e por isso mesmo já teriam mais independência e autonomia. Ainda é muito cedo para tanta comemoração! Na opinião de Moran, é necessário pensar em modelos que juntem a orientação inovadora da instituição, de cima para baixo, com as pessoas que são criativas, de baixo para cima, para gerar um ambiente menos esquizofrênico. Ele indicou ainda suas páginas: a que mantém na ECA e seu blog. Referiu-se, por fim, à idéia de que as crianças são nativos nas tecnologias digitais, enquanto nós somos migrantes.

O debate após as apresentações foi bastante interessante. Discutiu-se o plágio em periódicos científicos, as universidades de administração que não conseguem realizar uma boa gestão de conhecimento, o desafio de montar times que aprendam e possam gerenciar bem o conhecimento, a valorização da prática do conhecimento etc.

Moran reconheceu ter cometido um erro ao obrigar que todos os professores oferecessem 20% de suas aulas a distância (o que por si só já é um grande avanço em relação às soluções que simplesmente transformam uma disciplina em totalmente a distância, gerando uma sexta-free ou um day-free, e mantêm as outras totalmente presenciais). Com essa exigência, ele teria perdido bons professores, e hoje reconhece que a opção por oferecer ou não 20% de atividades a distância poderia ficar por conta do professor – alguns, por exemplo, poderiam realizar mais de 20% de suas aulas a distância, outros menos, atendendo no final à exigência do MEC. Ele disse ainda que classificaria 30% dos professores como inovadores, 50% como previsíveis (que provavelmente seria assim também no presencial) e 20% como enganadores, nas atividades propostas online. A experiência na Sumaré teria sido de qualquer maneira positiva, com sucesso nas atividades criadas no Moodle e reconhecimento positivo dos alunos. Ele destacou ainda a necessidade de criar condições para que os alunos possam fazer as atividades a distância em casa (e citou os computadores do Positivo), caso contrário os alunos acabam tendo que vir à universidade para realizar atividades a distância! Ele lembrou ainda da distância entre as empresas e a universidade, e citou uma barreira invisível entre a FEA e a Engenharia na USP (quem entrasse na FEA era tido como inimigo!). Ressaltou ainda a falta de comunicação entre departamentos, na mesma instituição, no mesmo prédio, que muitas vezes fazem a mesma coisa. Lembrou ainda que as empresas avançaram muito mais em EaD do que a universidade, pois a universidade tem medo e é muito lenta nas mudanças, e vai se preocupar em mudar apenas quando faltarem clientes. Lembrou que a televisão digital vai contribuir para a EaD, permitindo qualidade de interação: DiGenio tem uma empresa de tv digital pronta; e a TV Cultura vai lançar um canal de tv educacional. Lembrou novamente da idéia da esquizofrenia entre modelos presenciais e a distância, e usou outra expressão: patologia do saber. Mostrou-se preocupado também quando a lucratividade passa a ser mais valiosa do que a pedagogia. Falou dos modelos de tutoria mal-resolvidos, em que o tutor não tem qualificação e tem que dar conta de diferentes matérias que não domina. Além disso, lembrou de um caso em que, pelo MEC, visitou uma instituição em que 3 departamentos diferentes utilizavam plataformas diferentes para EaD, o que ele considerou um absurdo (mas não me parece absurdo nenhum, a menos que defendamos uma centralização excessiva; provavelmente, ele também se arrependeria, como se arrependeu no caso da obrigatoriedade dos 20%, se obrigasse a adoção de apenas um ambiente).

Goldman complementou com uma resistência bastante interessante à EaD, que temos que colocar ao lado das resistências de Dreyfus e Borgmann: a EaD limitaria a narrativa, pois a educação não é apenas transmissão de informações: ouvir uma pessoa falar é um grande aprendizado, contar e ouvir uma narrativa seria parte essencial da educação, pois assim o aluno sai da escola ou da universidade com um conhecimento tácito, que o orienta a como se comportar no mundo real – algo próximo do que defende Dreyfus, em seu genial On the Internet. É claro que Moran terminou defendendo que é possível a narrativa em EaD, mas eu gostaria de trabalhar um pouco melhor a observação do professor Goldman – vou voltar a ela nos meus próximos posts, principalmente sobre o aututor.

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Após o coffee-break, houve 3 eventos simultâneos: (a) uma mesa-redonda (Gestão de IES – fatores de sucesso, com Geraldo Caravantes e Alexandre Mathias), (b) uma apresentação da Roger Trimer das soluções de apoio ao ensino da Pearson, e (c) a mesa-redonda comigo e com a Carmem Maia, em que ela falou sobre work-based learning e eu sobre o conceito do aututor.

Durante a discussão, criticaram-se os novos modelos de tele-educação por pólos, e comentou-se que a função do tutor no pólo é principalmente a de um zelador!

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Após o almoço, novamente 3 eventos simultâneos: (a) palestra de João Roberto Moreira Alves, “Estratégias para viabilização econômica das instituições de educação superior“; (b) outra apresentação de Roger Trimer, “Como planejar, desenvolver e publicar seu livro“; e (c) uma mesa-redonda mediada por Carlos Longo, “Desafios do EaD no ensino superior a distância“, com Eleonora Ricardo, Herbert Gomes Martins e Raquel Villardi, que comento a seguir. O Régis e a simpaticíssima Renata participaram também do evento, e se tiverem assistido a alguma outra palestra, vou pedir a gentileza para eles resumirem-nas por aqui ou farei um link para o post deles.

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Eleonora fez uma interessante apresentação, discutindo a noção de autoria em EaD, e lembrou de Foucault, que é autor do maravilhoso texto “O que é um autor?”. Sua pesquisa foca o processo autoral e a construção do próprio discurso pelo aluno. Eu já tinha trabalhado intensamente a noção de autoria, por exemplo em meu: Feliz Páscoa, Pierre Rivière: Os Múltiplos Selves dos Autores-Assassinos, mas realmente não tinha realizado um link tão feliz como o de Eleonora entre esses conceitos e a EaD. Bobeada, principalmente porque tenho desenvolvido cada vez mais o conceito do aututor. Ela lembrou da tragédia do aluno que finge que aprende, do professor que finge que dá aula e da instituição que finge que forma, e então certifica, o que ela chamou de Pedagogia da Omissão. Conversei com ela após a palestra e pretendo manter contato para conhecer mais de perto o seu trabalho.

Herbert Gomes Martins lembrou da abertura de conteúdo de treinamentos pelas corporações, coordenada pelo governo. Lembrou que os sindicatos estão atentos ao que está acontecendo com os professores em EaD, e cometeu um daqueles típicos lapsos freudianos geniais, que passou meio despercebido mas que vou incorporar às minhas palestras e reflexões: novas funções “decentes” (opa, docentes). Na verdade, a coisa está se tornando indecente mesmo! Lembrou também da importância do Grupo Positivo e das Casas Bahia, no financiamento de computadores. Ele ressaltou também a importância dos parâmetros de qualidade do MEC para EaD, e destacou a oposição entre a qualidade da produção acadêmica em EaD versus o processo de massificação dos diplomas de EaD.

Raquel Villardi destacou três desafios: regulamentação, planejamento (que em EaD, para ela, chegaria às raias da loucura) e implementação. A idéia de que a EaD geraria lucros exorbitantes possibilitou um espaço para iniciativas pouco sérias, que não deveriam ser classificadas exatamente como má-fé, mas sim como um saber fazer inadequado. Para ela, hoje a EaD teria o desafio de gerar resultados melhores do que a educação presencial (mas poderíamos perguntar, por quê?), e não adiantaria apenas dizer que um curso é melhor que outro: seria necessário provar – como, por exemplo, os alunos de EaD se saírem melhor no Provão. Ela lembrou também da necessidade de investimento inicial, para garantir recursos a longo prazo, e também para evitar a tendência à simplificação dos processos, quando faltam recursos. Destacou também a necessidade de elaborar propostas específicas para cursos a distância e de financiar propostas de qualidade. Lembrou o desafio de transpor a cultura oral para a escrita, já que professores e alunos têm mais dificuldade para escrever do que para falar. E também da necessidade de se evitar que as ações fiquem restritas a atuações isoladas. Nesse sentido, seria importante sair dos guetos e criar equipes multidisciplinares, inseridas organicamente no projeto da instituição. Por fim, lembrou da importância da pesquisa científica para a EaD.

Carlos Longo destacou o alto percentual de adultos sem graduação e de jovens sem acesso à universidade no Brasil, problemas sociais que a EaD viria ajudar a corrigir. Para ele, a EaD seria mais democrática que a educação presencial, já que o aluno não precisaria estar em um grande centro para ser educado. Traria também facilidades para os alunos adultos que trabalham. Além disso, a EaD possibilitaria reduzir custos, mas no longo prazo, pois seria mais barata do que construir salas de aula etc. Ele destacou a importância da tecnologia nesse processo, incluindo acesso, conectividade e mobilidade. Mas lembrou que alta tecnologia não é sinônimo de qualidade de educação. Para ele, é importante separar o autor (conhecedor de algum assunto) do tutor – esses diferentes papéis deveriam estar claramente definidos. Nesse sentido, para ele, no futuro haverá instituições de excelência que vão desenvolver conhecimento e outras que vão disseminá-lo. Ele defendeu também a importância do trabalho em equipe, envolvendo TI, acadêmicos, projetistas, desenhistas instrucionais etc., num processo de autoria coletiva do conhecimento. Eu não concordo com algumas idéias expostas por Carlos Longo, e por isso pretendo retomá-las em uma síntese que pretendo redigir no final da semana que vem, e nos meus próximos comentários e reflexões.

Durante o debate, foi mencionado o livro Fomos maus Alunos, de Gilberto Dimenstein e Rubem Alves. Alguém refletiu também sobre o que seria a vida se pudéssemos utilizar o recurso do desfazer, que existe por exemplo no Word. Alguém também disse que tem a esperança de que, daqui a 20 anos, a escola como é hoje não existirá mais; e que a distinção entre EaD e ensino presencial tende a se desfazer.

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Após o coffee-break, uma palestra de Christopher Lovelock, “Marketing de Serviços e a instituição de ensino superior“, com tradução e transmissão simultânea para a sala ao lado.

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Lovelock referiu-se a duas instituições: a University of Phoenix, a maior universidade privada nos Estados Unidos, que teria tornado a educação viável para as pessoas que trabalham, e a Open University britânica. Ele respondeu a uma pergunta defendendo que é viável a educação em um shopping, e a outra defendendo a importância de se estabelecerem parcerias com indústrias ou outras instituições de ensino, para ofecer um serviço de qualidade aos clientes.

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No final, um agradável coquetel para o lançamento de 3 livros: o nosso ABC da EaD, Plano de Marketing: um roteiro para a ação, de Vicente Ambrósio - Diretor de Pós-Graduação da ESPM (que gentilmente me autografou um exemplar: Ao João Mattar, Caro colega autor, com um grande abraço, Vicente Ambrósio, e que pretendo resenhar por aqui assim que possível) e o livro de Christopher Lovelock, escrito com Jochen Wirtz, Markerting de Serviços: pessoas, tecnologias e resultados.

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Durante o evento, a Pearson distribuiu seu impressionante Catálogo Universitário 2007/2008, um panfleto com as Soluções Pearson para o Ensino Superior e uma brochura do Edexcel, seu novo parceiro especializado em certificação de competências profissionais, cuja marca BTEC (Business & Technology Education Council) é reconhecida mundialmente. Veio também um CD do Edexcel, que depois de assisitir comentarei por aqui, se achar conveniente.

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13 respostas a V FUP-RJ

  1. Pingback: De Mattar » FUP-SP 2007

  2. Prezado João

    Estou impressionado com a qualidade do seu Blog.

    Eu diria mesmo boquiaberto.

    Até eu que moro no Rio, aprendi algumas coisas sobre a cidade e qualquer dia vou comer um polvo lá na Urca.

    Fiquei impressionado com sua capacidade de síntese e orgulhoso pela descrição de minha apresentação no FUP. Cheguei ao seu blog, completamente por acaso, ao procurar um artigo meu que participou de um congresso e acredito que vou ficar freguês.

    Para não dizer que não há nenhum comentário, sugiro modificar uma frase sobre minha apresentação:

    “Ele ressaltou então que, hoje, a capacidade de aprender mais rápido (não simplesmente aprender) é ***a única*** vantagem competitiva ***realmente*** sustentável a longo prazo para as organizações.”

    No mais, perfeito.

    Vou acrescentar aos meus favoritos.

    Forte abraço

    Fernando Goldman

  3. Joao Mattar disse:

    Obrigado, Fernando. Já alterei a passagem conforme sua orientação. Algumas vezes eu informo o pessoal de quem assisto as palestras que fiz um resumo, mas nestas últimas semanas foi muita coisa em seguida e ainda não tive tempo de fazer isso. Algumas vezes as pessoas me enviam emails com algum comentário, mas o legal mesmo é fazer como você, colocar já o comentário no blog, assim as pessoas podem ler vocês, que no caso das palestras são os protagonistas. Ontem mesmo comi um polvo alho e óleo e lembrei (com memória gustativa, visual e cheirosa) do polvo da Urca. Da próxima vez em que for ao Rio, com certeza vou voltar lá. Um abraço e vamos manter contato, quando tiver alguma sugestão para links etc. no blog sinta-se à vontade, e algumas pessoas têm também me enviado artigos que tenho publicado por aqui.

  4. João

    Me avisa quando for lá na Urca, que nós vamos lá conhecer esse polvo.

    Estou tomando a liberdade de postar em meu blog, O que é Gestão do Conhecimento?, a foto do evento da Pearson que você tirou de nossa mesa e fazendo um link para o seu blog.

    É bom saber que tem gente como você que ve EaD com os pés no chão, pois essa idéia pode dar excelentes resultados se bem conduzida e provocar estragos irreparáveis quando mal aplicada.

    Forte abraço

    Fernando Goldman

  5. Joao Mattar disse:

    Fernando, acho que não volto tão cedo para o Rio, mas nunca se sabe. Te aviso é claro.
    Fique à vonta com a foto. Tirei duas, mas só essa tinha ficado boa.
    Como você reparou no post, gostei do seu comentário rápido durante o debate, em relação à questão da narrativa que se perde com a EaD.
    Um dos autores críticos em relação à EaD de que mais gosto é o professor de Filosofia de Berkeley, Dreyfus, que tem um livrinho genial (que comento bastante no meu ABC da EaD): On the Internet.
    Tem um capítulo chamado: “How far is Distance Learning from Education”, que pelo título você pode perceber que vai adorar.

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  7. Pingback: De Mattar » UC Berkeley no YouTube

  8. Comentário postado no meu Blog também.

    João

    Você anda me provocando, no bom sentido , é claro.

    Vou contar uma história meio fábula, meio lenda sobre Eduacação Corporativa.

    Talvez a gente perceba que alguns problemas, que envolvem qualidade, são comuns a Educação Corporativa, Educação presencial, Eduacação à Distância e qualquer outra que mereça o nome de Educação:

    Um dia, um engenheiro com muita experiência de projetos e consequentemente com enorme conhecimento tácito acumulado, resolveu que ao invés de ficar disputando cargos de gerência por critérios políticos com colegas menos preparados, ia se dedicar à Educação Corporativa em sua organização. Começou a preparar um curso de sua área, o qual ele mesmo iria ministrar, procurando assim dar aos mais novos a oportunidade de estar em contato com suas experiências de trabalho.

    Ao preparar o material didático (apostila) que iria ser usada como base para o tal curso, recebeu de seus superiores a recomendação de que procurasse montar um curso que pudesse ser dado por qualquer um, já que temiam que ele não fosse se adaptar com a área de Educação Corporativa.

    Eu pergunto a você ou a qualquer um que queira ajudar a entender melhor o problema:

    Para que serve um curso que pode ser ministrado por qualquer um ?

    Forte abraço

    Fernando Goldman

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