Na semana passada, assisti ao filme Medos Privados em Lugares Públicos (Coeurs), dirigido por Alain Resnais.
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Sou fã do diretor, principalmente por Meu Tio da América, Providence e O Ano Passado em Marienbad.
Seis personagens se desencontram numa Paris em neve na transição entre as cenas (e em uma cena dentro de um apartamento): a piradona Charlotte (que grava vídeos religiosos com finais de erotismo) cuida do pai doente do barman Lionel, cujo bar é visitado diariamente pelo ex-militar desempregado Dan, em crise com Nicole, que está à procura um apartamento com o corretor Thierry, colega de trabalho de Charlotte e irmão de Gaëlle, que marca encontros com estranhos por anúncios, e em um deles conhecerá Dan.
Com mais de 80 anos, o mestre continua em forma.
O que mais me chamou a atenção neste filme foi a sensação de solidão inevitável de todo ser humano que o diretor consegue passar pra gente. Tal sensação é reforçada pela neve que cai incessantemente.