Paraty

Passei este feriado maluco em Paraty. A cidade consegue combinar em intensidade quatro maravilhas: praias lindas, um legado histórico colonial preservado, alta gastronomia e arte: a cidade respira arte!

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16/11/07 Sexta

Na ida parei no Frango Assado, na Dutra, e não me dei muito bem: arroz sem gosto e passado, frango fora do ponto e até sorvete de creme que não dava para comer. Da Dutra para a Tamoios, Caragua, Ubatuba e chega!

Fiquei na Pousada Portal de Paraty, muito simples.

O Centro Histórico de Paraty é um espetáculo.

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Não passam carros nas ruas de calçamento pé-de-moleque.

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Inúmeros artistas têm seu atelier no local.

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Detalhes de simplicidade, como nas janelas, são marcantes.

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Há várias lojas.

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Além da Igreja de Santa Rita dos Pardos Libertos, construída em 1722, que é o cartão postal da cidade,

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há outras igrejas delicadas como a Nossa Senhora das Dores, construída por mulheres em 1800, Matriz, que está sendo restaurada, e Nossa Senhora do Rosário, antiga igreja dos escravos.

Em um pequeno museu que contava a história de Paraty, entrei em uma réplica do porão de um navio negreiro, com a porta superior ligeiramente aberta por um branco, que era assombrosa.

Jantei na Taberna Santander, na Rua do Comércio. Pedi um spaghetti ao vongoli e veio ao funghi! O lugar era bonito, mas foi uma bobeada gastronômica, porque tinha um circuito a seguir!

Estava ocorrendo em Paraty a V Folia Gastronômica de Paraty, um festival centrado na culinária orgânica, que ia de 01 a 30 de Novembro. Chefs de vários restaurantes prepararam um prato especial para a folia, além de encontros com chefs de diversos Estados brasileiros, que se reuniram em Paraty de 08 a 11 de Novembro.

17/11/07 Sábado

Passeei mais pelo Centro Histórico:

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O Banana da Terra, cuja chef Ana Bueno era a organizadora da folia, participava com a galinhada com milho da roça e arroz orgânico, muito saboroso apesar de bastante oleoso, mas experimentei mesmo o famoso Camarão Casadinho:

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Conheci a Casa da Cultura, que tinha uma mostra interativa,

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e fui também ao Forte Defensor.

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A artesanal Cervejaria Caborê ainda não engarrafa, mas já produz chopp pilsen branco e escuro, muito bons. E também participava do Festival com o decente peixe à praia do jabaquara. Das 17 às 18, há uma apresentação da cervejaria, que acabei perdendo.

18/11/07 Domingo

O restaurante Kontiki, na Ilha Duas Irmãs, deveria estar participando da folia com o prato Paella orgânica de frutos do mar, mas quando eu perguntei pelo prato do chef no festival, o garçon me disse que eles não tinham nem chef!

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O forte, então, não era o restaurante, mas o clima da ilha.

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As imagens falam por si só!

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Há um projeto em andamento para construir quartos suspensos na água, transformando o restaurante também em pousada.

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De noite, assisti ao empate do Brasil com o Peru.

Depois, fui ao restaurante Café do Canal, que deveria estar participando do festival com o carneiro ao molho de tomate e alecrim com polenta gratinada, mas não estava. Slow food não tem que ser sinônimo de serviço lento e demorado – tive que pedir a conta 3 vezes!

19/11/07 Segunda

Fiz o tradicional passeio de escuna pela baía de Paraty, que para em 4 praias para você mergular e em alguns casos ir até a areia. Vi muito peixe e também 2 cotias.

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O almoço é servido no próprio barco, tem música ao vivo, enfim, é daqueles passeios inesquecíveis.

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No Teatro de Bonecos, no Espaço Cultural Paraty, o Grupo Contadores de Histórias manipula magicamente bonecos em histórias contadas sem palavras. Assisti à história do Chapeuzinho Vermelho, especial infantil, mas a programação normal é para maiores de 14 anos.

O restaurante Merlin o Mago participava da folia com o prato Tornedos de ‘Canard L’orange’, mas que tinha que ser solicitado um dia antes. Paraty é o reino do slow food. Experimentei o ‘sorvete’ de cebola (uma pasta de cebola gelada, muito gostosa) e os filés, que estavam deliciosos, mas uma peça veio com um palito no meio!

20/11/07 Terça

O Caminho do Ouro é uma estrada construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes, que ligava São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais no Ciclo do Ouro. Paraty era na época entreposto comercial e porto escoadouro da produção de ouro de Minas para Portugal. Há um pequeno trecho aberto para visitação, que não conheci.

O restaurante Vila Verde, na estrada para Cunha, fica num lugar muito bonito, com rio e cachoeira. É preciso parar o carro no acostamento e atravessar uma ponte bem estreita. Ele deveria estar participando do festival com o filé de peixe grelhado ao molo de rúcula e salada orgânica, mas não estava! Experimentei um carpaccio de polvo, estava muito bom.

Conheci 3 cachoeiras nas proximidades:

a) Pedra Branca

b) Tobogã

c) Poço dos Ingleses

Jantei no Paraty 33, associado ao Don Pepe di Napoli de São Paulo, entre vários outros restaurantes. Um estilo mais urbano.

21/11/07 Quarta

Passei a manhã em Trindade, na praia do Meio, onde comi uma moqueca de peixe muito boa. 5 minutos de barco me levaram às piscinas naturais de Cachadaço – na verdade a água estava muito turva e não dava para ver nada. O passeio para a praia do Sono era muito longo, então ficou para a próxima.

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O que faltou?

Acabei não conhecendo o restaurante francês Le Gite d’Indaiatiba, no caminho para Angra, o único estrelado em Paraty no Guia 4 Rodas. Ficaram também para conhecer os restaurantes: Caminho do Ouro, Dona Ondina, La Pignata, Matriz, Porto, Refúgio e Sabor do Mar, a sorveteria Miracolo (apesar de que parei várias vezes na Ice Paraty) e a Academia de Cozinha e Outros Prazeres, em que são ministradas aulas práticas sobre a culinária brasileira.

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