Modelos de Negócios Alternativos para a Indústria da Música

Faz tempo estou para comentar o artigo Music industry: five alternative business models, publicado no Last 100 por Steve O’Hear em Outubro.

As vendas de músicas, fisicamente, têm declinado ano após ano e o modelo da indústria de música parece ter se esgotado.

Uma das tentativas de reagir foi a oferta de faixas individuais pela Web, como no iTunes, desvinculadas de seus álbuns. Mas isso parece não estar compensando as perdas com as vendas físicas.

O artigo de O’Hear explora então 5 modelos alternativos.

a) Grátis

Isso não significa não ganhar dinheiro com música. As faixas são consideradas uma forma de promoção do artista e de outros produtos e serviços que geram lucro, como entradas para concertos e mercadorias.

O Jamendo é um serviço web que auxilia os artistas a distribuirem suas músicas de graça, em redes como BitTorrent e eMule.

Prince realizou uma experiência (criticada por muitos) com seu álbum recente, oferecendo-o de graça para promover sua tour pelo Reino Unido. Na verdade um jornal fez o serviço, e talvez tenha pago o artista.

O SpiralFrog, lançado recentemente e sustentado pela propaganda, permite que os usuários baixem música de graça.

b) Pague o que você desejar

O Radiohead utilizou esse sistema em seu último álbum, In Rainbows, em que você podia decidir quanto desejava pagar pelo download (inclusive nada).

No caso de Jane Siberry, você pode decidir quanto deseja pagar depois de ter feito o download e ouvido o álbum.

Magnatune é um serviço online também baseado neste modelo, com um preço mínimo para os álbuns.

c) Pagamento pela popularidade

AmieStreet foi o pioneiro deste modelo. As faixas começam de graça, mas aumentam em função do número de downloadas, até o preço padrão da indústria, US$ 0.98.

d) Assinatura

Neste modelo, você paga um valor fixo e pode acessar música de qualquer lugar – seu carro, celular, computador, televisão etc. Um exemplo seria o Rhapsody.

e) Um imposto da música

Os provedores da Internet, os aparelhos digitais para áudio ou o próprio governo poderiam recolher um imposto, que daria direito a baixar e compartilhar música.

Enfim, para alguns pode parecer uma amedrontadora bagunça; para outros, um poço de oportunidades.

Aliás, aproveitando e complementando, em 2008 vou criar por aqui um espaço para compartilharmos músicas que possam ser utilizadas em projetos educacionais. Tem muita gente boa por aí que estaria mais do que feliz em poder ceder seu trabalho para esses fins (e, assim, também promovendo o que fazem), assim como muita gente precisando de liberdade para utilizar música em trabalhos de aututor sem pagar valores elevados etc.

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