O comportamento informacional do pesquisador do futuro

O interessantíssimo relatório Information behaviour of the researcher of the future do Joint Information Systems Committee, um instituto britânico de pesquisa em educação superior, afirma que a geração Google (nascida depois de 1993) pode dominar o computador, o que, entretanto, não significa que seus membros dominem a busca pela informação na Internet.

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O estudo discute em detalhes a Geração Google, as maneiras pelas quais procuramos e lemos informação na Internet, como a transição digital está afetando as bibliotecas, como as pessoas se comportam hoje em bibliotecas e o que sabemos sobre o comportamento dos jovens em relação à informação, e ainda faz previsões para o futuro.

Segundo o estudo, os jovens não desenvolvem boas estratégias para encontrar informação de qualidade; eles podem encontrar informação rapidamente na Internet, mas não sabem como avaliar a qualidade do que encontram; e não possuem um mapa mental do que a Internet realmente é: uma vasta rede com diferentes provedores de conteúdo.

O relatório destaca também a importância da integração dos recursos das bibliotecas com ferramentas como o Google, o que tende a transformá-las de um espaço físico em um espaço virtual. Bibliotecários devem também se tornar especialistas em ensinar habilidades de busca de informações para os usuários.

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5 respostas a O comportamento informacional do pesquisador do futuro

  1. Alexandra Rabetti Zini disse:

    Chama a minha atenção a questão da falta de preparo para a valiação da qualidade do material pesquisado, apontada em O COMPORTAMENTO INFORMACIONAL DO PESQUISADOR DO FUTURO .
    Durante o ano, os alunos do 8° e 9° anos têm a obrigação de ler alguns livros indicados por mim, e, como sempre, existe a busca pelos famigerados “resumos da internet”. Ao longo do tempo, o que pude observar, foi a má qualidade de tais resumos. O problema tornou-se tão grave que me obrigou a alertá-los constantemente a respeito do óbvio: como posso saber se o resumo é bom? Em uma das discussões sobre esta questão, um aluno chegou mesmo a relatar que o nome do personagem de determinado livro estava completamente errado.
    Se considerarmos que o universo de pesquisa é muito mais amplo, muito além de resumos de livros, parece lógico supor que a orientação à pesquisa deve começar a fazer parte da orientação geral do trabalho escolar, não pode mais ficar restrita à aula de Informática sobre pesquisa na internet.
    Um outro aspecto muito importante é como utilizar a rede de informações de maneira cada vez mais rápida e eficaz. Para orientar adequadamente nossos alunos, é necessário, num primeiro momento, que nós professores comecemos a nos questionar a respeito disso. Será que estamos preparados para encarar o desafio da pesquisa digital? Se não, como podemos nos preparar? Como fazemos nossas próprias pesquisas?
    Por último, é preciso atualizar a concepção de biblioteca, tanto a nossa própria quanto a dos alunos. Novamente, será necessário checar o que os professores conhecem a respeito do novo formato dessa biblioteca para que haja segurança no momento de orientar o aluno.
    Como se vê, o texto O COMPORTAMENTO INFORMACIONAL DO PESQUISADOR DO FUTURO serve de ponto de partida para uma revisão de conceitos e posturas do próprio professor no sentido de habilitá-lo a orientar o aluno a como transformar a net em uma ferramenta efetiva de pesquisa, e não apenas ser o espaço virtual de navegação aleatória.

  2. João Mattar disse:

    Você tem toda razão, Alexandra. Temos é claro que nos preparar para o manuseio de algumas ferramentas, mas temos estratégias para ensinar aos nativos digitais, mesmo na exploração da Internet.

  3. Ronaldo Nicolai disse:

    Pensando sobre o comentário da Alexandra, posso dizer que nunca pedi “tarefas de casa” aos alunos que demandassem pesquisa digital. São sempre exercícios do livro-texto ou folhas produzidas por mim que eles têm que responder. Não gosto de pedir tarefas caseiras pois os alunos que mais precisam fazê-las copiam dos outros a lição que eles próprios deviam fazer.
    Com a pesquisa digital, então, creio que a situação é pior pois imagino que aquele tipo de aluno copie coisas sem mesmo ler inteiramente. Acredito que um paliativo seja exigir produções próprias e impressas para que o aluno entregue ao professor.

  4. Cristiane Dominiquini disse:

    Realmente o uso da internet como fonte de pesquisa tem sido muito discutido. No EF I, onde trabalho, procuramos pedir que os alunos apresentem para os colegas as informações que encontraram, fazendo com que realmente leiam suas pesquisa. Acredito que devemos, desde cedo, informar e conscientizar os alunos sobre a importância de observarem a qualidade e a verdade da informação encontrada, esclarecendo sobre os riscos em “copiar” informações.

  5. Lucineide Lorencetti disse:

    É muito triste perceber que os alunos trazem suas pesquisas todas retiradas da internet, impresso da própria página do site, sem ao menos terem o trabalho de ler e filtrar o que realmente lhes foi pedido. O que temos notado infelizmente é que é uma prática cada vez mais frequente, onde o conhecimento trazido no papel não foi incorporado aos saberes do aluno, pois o mesmo muitas vezes nem o leu.

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