O artigo Textbook Publishing in a Flat World, publicado hoje no Campus Technology por Dian Schaffhauser, apresenta um novo modelo de edição e comercialização de livros adotado pela Flat World Knowledge, em uma entrevista com um dos fundadores da empresa, Eric Frank.
Online, os livros podem ser lidos de graça, em uma plataforma multimídia, que permite pesquisas no livro, telas de popup etc.:
Para quem não quer ler o livro online, há a opção de comprar o livro impresso (preto e branco ou colorido) e também uma versão em áudio do texto, além de guias de leitura e material de apoio:
Outra novidade interessante é que o professor que decide utilizar o livro pode modificá-lo à vontade, alterar a ordem, acrescentar e deletar material, etc. em uma plataforma online, ou seja, ele se torna o editor do livro – o que resolve um grande problema do ensino, pois todo professor acaba pulando alguns capítulos de um livro, acrescentando outros materiais de leitura etc.:
O modelo utiliza também o conceito de comunidade de leitores dos livros, que podem conversar a qualquer momento, postar suas dúvidas online e inclusive produzir material de estudo, que o próprio aluno precifica para aqueles que desejarem fazer download:
Os autores dos livros recebem 20% de Direitos Autorais, ou seja, mais do que a média do que autores de modelos tradicionais recebem das editoras. De onde vem o dinheiro para manter a operação, então? Das vendas dos livros impressos e em áudio, e da venda de material de apoio (guias de estudo em podcast, exercícios, soluções animadas para problemas complexos, vídeos, flashcards etc.), que podem ser comprados individualmente (US$ 0.99) ou por assinatura semestral – US$ 19.95 (e os autores recebem também 20% sobre esse material comercializado). E o custo da empresa seria muito inferior ao de grandes editoras, já que não seriam necessários tantos representantes de vendas. Além disso, é possível imaginar uma receita na intermediação de recursos humanos, entre os alunos e as empresas interessadas em contratar profissionais.
O modelo está em fase beta de teste, e algumas instituições já aceitarem utilizar o material.
No final da entrevista, Frank afirma que considera sua empresa uma editora, mas que publica em múltiplos formatos: preto e branco, colorido, áudio e digital, que utiliza o conceito de impressão por demanda. Além de que o professor que adotar um livro estará oferecendo a seu aluno a possibilidade de escolher como ele quer consumir os livros, e quanto (e se) quer pagar.
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