Em Some Media Companies Choose to Profit From Pirated YouTube Clips, publicado no New York Times em 15/08, Brian Stelter discute uma mudança na questão de direitos autorais de vídeos uploaded para o YouTube. Os vídeos são em geral filtrados, mas muitos acabam passando pelos filtros e aparecendo no site, ferindo direitos autorais. As empresas de mídia estão processando o YouTube por isso, e solicitam que os vídeos sejam retirados de circulação.
Mas há agora uma outra opção: com o Vídeo ID, a empresa pode se declarar dona dos direitos autorais de um vídeo que tenha sido uploaded por alguém (que recebe um email com essa informação), mas o mantém no site, passando a vender espaço de anúncios publicitários (cujos rendimentos são divididos com o YouTube). Para aqueles vídeos que se tornam um sucesso, imaginem o que entra de dinheiro! E a filosofia por trás desta nova postura é: quem faz o upload de um vídeo de um cantor, de um programa de tv etc. não é um pirata, mas um fã, então precisa ser tratado de uma maneira especial. E a maior parte das empresas tem decidido manter os vídeos no YouTube e lucrar com eles, segundo o blog do Google.
Surge então uma grande oportunidade: as empresas incentivam seus clientes a fazer upload do material do qual elas detêm os direitos autorais, e depois, usando a tecnologia hoje disponível no YouTube, escolhem os melhores vídeos e passam a lucrar com eles. Algo como propaganda e publicidade web 2.0 (esta idéia ou expressão não saiu de nenhum lugar, ou seja, saiu da minha cabeça) – você usa a característica viral e a princípio ameaçadora (para direitos autorais) da rede a seu favor. Economiza na produção do espaço publicitário e inclusive consegue uma qualidade que talvez não atingisse, atuando sozinha. E, ao mesmo tempo, resolve o dilema dos direitos autorias. Que idéia!
No artigo Everything You Thought You Knew About the Business of YouTube Was Wrong, Marshall Kirkpatrick discute também essa interessante questão.
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