Continuando a conversa com Laura Coutinho…

No último sábado, 08/11, tivemos o prazer de receber no auditório da Faculdade São Leopoldo Mandic, no módulo “Tecnologias Aplicadas à Educação” do curso de pós-graduação Educação: concepção e conhecimento, a professora Laura Coutinho.

Ela nos brindou com uma palestra de 4 (quatro) horas, em que falou de sua trajetória na educação, a utilização de tecnologias em educação e sua atuação nas escolas da rede pública do Rio de Janeiro, dentre outros assuntos. No final, todos ficaram muito emocionados com a apresentação – foi uma mostra de que é possível falar de educação e tecnologia com emoção.

Eu tinha assistido a uma apresentação da professora Laura Coutinho no MoodleMoot 2007: “Cyber Pesquisa: utilização do Moodle para ensino de competências do pesquisar no Ensino Fundamental II”, cujo resumo está disponível nos Anais do evento. Nem cheguei a fazer perguntas ou conversar com as palestrantes ao final da apresentação (estavam também presentes Heloisa Argento e Heloisa Padilha), mas comentei brevemente a apresentação na cobertura que fiz do MoodleMoot2007, e logo lembrei dela, quando fui convidado a ministrar o módulo Tecnologias Aplicadas à Educação para professores de uma escola. Foi a apresentação mais interessante a que assisti ou que li, até hoje, sobre o uso de tecnologias em uma escola no Brasil. Eu entrei então em contato com o trio, e a professora Laura logo aceitou o nosso convite, vindo do Rio de Janeiro para a palestra.

Abri então este post para que possamos continuar a conversa, publicamente, com a professora Laura. No caso da nossa convidada do encontro anterior, a Kariene Santos, do SENAI-BA, continuamos a conversa fechados no nosso Moodle, e sem a participação dela. Agora teremos a oportunidade de usar um post em blog para o mesmo tipo de atividade, contando com a presença da própria palestrante e inclusive de todos que passarem por aqui. Depois, poderemos comparar as diferenças entre um ambiente virtual de aprendizagem fechado e uma ferramenta aberta da web 2.0 para esse tipo de atividade.

Sintam-se todos (inclusive quem não esteve na São Leopoldo Mandic no sábado ou quem não está fazendo o curso, mas apenas passando pelo blog), é claro, livres para escrever o que quiserem: dúvidas, comentários, sugestões etc. O tema mais específico da conversa é a introdução da informática em escolas.

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20 respostas a Continuando a conversa com Laura Coutinho…

  1. Laura Coutinho disse:

    Foi um prazer muito grande dividir com os professores do colégio Progresso algumas histórias da minha trajetória no uso da tencologia na Educação e conhecer também suas experiências. Acho que foi uma manhã muita produtiva.
    Obrigada.
    Abs,
    Laura

  2. Lena disse:

    Este é um tema que me envolve de maneira positiva há bastante tempo. E a discussão hoje não é mais se haverá ou não uso da tecnologia em sala de aula, mas como isso vai ocorrer de forma produtiva. Ontem estive em um encontro na Fundação Bradesco chamado BIT 2008 onde pude ouvir de vários palestrantes que as experiências em educação devem sempre convergir para o trabalho colaborativo, para a troca de experiências estimulando a criatividade dos nossos alunos na proposição de resolução de problemas. Essas discussões auxiliam a forma como devemos encarar esses desafios.
    Que possamos juntos construir caminhos para que essas práticas se efetivem. As experiências que a profa. Laura nos trouxe contribuem muito neste sentido.

  3. Kelly disse:

    O uso de tecnologia na Educação atualmente está mais comum, porém algumas vezes ainda me deparo com pessoas da área que resistem ao uso. Cada vez em menor número, claro.
    Trabalho também numa escola pública municipal e percebo resistência por lá. Porém, por outro lado, há muitos profissionais desta mesma escola que arregaçaram as mangas. No sábado, tivemos mostra de trabalhos e os alunos de 5°ano (4ª série) apresentaram um trabalho com edição de imagens, utilizando a própria foto e a foto de algumas personagens históricas da cidade. Muitos dos alunos de 6° ao 9° ano construíram seu blog, outros ajudam na escola como monitores. Claro que todo este trabalho depende do envolvimento do grupo de professores e da equipe gestora, pois conheço escolas da mesma rede que nem sequer o aluno vai ao lab de informática. Ah, tem também uma rádio que funciona na escola, criada por alunos do curso supletivo.
    Penso que o trabalho para dar resultado depende de vários fatores, como inverstimento, conhecimento, capacitação, mas um dos principais é a abertura para o novo e a disposição de mudar, tentar e aprender.

  4. Silvia Beraldo disse:

    É bem interessante o mundo da tecnologia. A Laura fez com que nos sentíssemos novamente com os pés no chão. Com sensibilidade e muita experiência, falou uma linguagem que atingiu nosso coração como educadores.
    Vim de uma educação que mal podia se mexer na carteira. Tínhamos aula de canto orfeônico sem qualquer tipo de expressão corporal. Crianças cantando sentadas. Imaginem só!! Todos sentados cantando músicas do folclore brasileiro na posição ” de sentido”.
    Mais tarde no conservatório de música também foi nos transmitido que música era apenas aquilo que estava escrito na partitura. Ou melhor, fui entender anos mais tarde que eu apenas “copiava”, ou melhor, interpretava o que estava escrito na partitura. Sem despertar o mínimo da minha sensibilidade e de escuta musical.
    Quando iniciei minha experiência como educadora musical em escola regular de ensino, fiz várias vezes a pergunta para mim mesma: e agora, como vou ensinar música para 20, 30 crianças de uma só vez? Como despertar na criança um sentir musical? Pelas batidas do coração, pelo pulso…. Não queria ensinar música para os meus alunos da maneira como eu havia aprendido.
    E a partir daí tive que quebrar várias barreiras. Primeiramente dentro do meu coração, dentro da minha mente, para que o que fosse transmitir para as crianças tivesse sentido, transmitisse emoção.
    E como a Laura nos relatou, é um caminhar. Não podemos transformar uma criança num artista em apenas um ano. Passo a passo.
    E agora, novamente quebrando barreiras. Tive muita resistência no início não para o curso, mas para toda a tecnologia que nos é oferecida e que não damos conta de atualizar. Mais uma vez estou aprendendo.
    Parabéns na escolha da palestrante.

  5. Edson Roberto de Souza disse:

    Eu não pude participar do encontro no sábado, mas já me passaram o teor da palestra e eu ouvi ótimos comentários a respeito!

    Um grande abraço à todos!!!
    Edson

  6. Cristiane Dominiquini disse:

    A manhã de sábado estava ensolarada. Nós numa sala de aula com uma palestrante carioca, que nos fez esquecer do tempo, da hora. Seus exemplos tão reais, nos fizeram refletir sobre todo o caminho que percorremos até aqui. O término de sua palestra refletiu o sentimento de emoção que contagiou tanto o grupo como a própria palestrante. A tecnologia no nosso trabalho é mais um instrumento, que vai se juntar a tantos outros, pois a emoção, a troca de experiência nos move.
    Parabéns Laura, pela maneira como trouxe até nós sua vivência.
    Beijos
    Cris

  7. Eugênia D'Elia disse:

    O que marcou na palestra da Profa. Laura foi sua simpatia e proximidade com todos os professores. Ela contou de sua trajetória profissional marcada por busca constante dos mais diversos recursos para envolver os alunos e atingir os objetivos traçados. Mostrou também o quanto é importante pensar no trabalho em grupo, tanto por parte dos alunos quanto dos professores, quando se pensa no uso das tecnologias na educação.
    Agradeço a ela por esta manhã tão produtiva.
    Abraços,
    Eugênia

  8. Alexandra Rabetti Zini disse:

    Laura,
    aprendi muito ouvindo suas experiências, principalmente porque passou por situações bastante problemáticas e que exigiram de você muita vontade de fazer acontecer e criatividade. Na escola pública estadual, principalmente, passamos por esses desafios todos os dias, e não é muito diferente na rede particular, talvez aí os recursos sejam maiores, mas ainda há muito resistência ao “tentar” o novo.
    Acredito sim que o processo de inclusão de mídias digitais na educação não tem volta e me parece necessário um melhor gerenciamento do tempo disponível de cada educador para fazer acontecer de fato.
    Por outro lado, o professor João Mattar tem oferecido a oportunidade, através do Moodle, de conhecermos certas ferramentas de trabalho que podem facilitar nossa vida. Todos nós percebemos a multiplicação quase exponencial de conteúdos ocorrida nos últimos anos, e uma pergunta que me inquietava muito era “Como dar contar de toda essa novidade dentro do mesmo espaço de tempo para trabalhar com os alunos?” Ao acessar aquelas ferramentas, algumas possibilidades de solução para o problema se apresentaram.
    Assim, acredito ser essencial o contato com essa nova forma de construção de conhecimento, e seu relato de experiências deixou claro a todos que se trata de algo cuja aplicabilidade é inegável. Sua prática veio alimentar a crença de nós educadores neste novo caminho para a educação.
    Obrigada.

  9. Nana Haddad disse:

    O que mais apreciei no depoimento da professora Laura foi a propriedade com a qual ela abordou a temática em questão, mostrando de forma clara que quando se fala de tecnologia em Educação também estamos falando de sensibilidade e da valorização das relações humanas.
    Muito enriquecedor!

  10. luciane guimaraes disse:

    Laura,
    Foi encantador ouví-la e poder participar da sua história de vida… pude de modo claro e motivador refletir um pouco mais sobre a informática, sua evolução e importância em nossa área.
    Sua prática despertou o interesse pelo assunto…
    Abraços,
    Lu

  11. Cristiane Oliveira disse:

    Foi uma manhã especial!!!
    A Laura me motivou a continuar na busca por estratégias do uso da informática no nosso dia-a-dia.
    Foi especial poder conhê-la e certamente sua experiência aguçou ainda mais meu apreço pelo assunto abordado.
    Abraços,
    Cris

  12. Shirley Melo disse:

    Sem dúvida, foi uma palestra muito significativa.
    Mexeu com nossas emoções e sentimentos e principalmente nos fez ver o quanto é possível fazer, usando a tecnologia a nosso favor.
    Laura, parabéns pelo seu trabalho.

    Abraços
    Shirley

  13. Laura Coutinho disse:

    Como estou feliz!

    Estou lembrando das palavras de Rubens Alves e de sua culinária educacional: “não basta ter a panela e a colher: é preciso saber escolher os ingredientes e, essencialmente, saber preparar uma comidinha gostosa! Se a panela é de inox, de pressão ou elétrica não importa tanto: o que é bom é o gostinho de quero mais. Essa é a magia que o professor deve aprender a fazer para que o ensino, usando o meio que for, da conversa à Internet, tenha sabor de vida. Dominar recursos oferecidos pelas tecnologias é um passo, mas não se esgota de maneira nenhuma. É preciso ir além: abrir o coração e a mente, buscando construir, lado a lado, um trabalho verdadeiramente edificante”.

    Obrigada pelo carinho.
    Abs,
    Laura

  14. Cristina Tempesta disse:

    Aos desafios que nós do Colégio precisamos enfrentar, em curto espaço de tempo, vejo com bons olhos as surpresas que todos nós temos ao nos depararmos com pessoas próximas, emotivas e apaixonadas pelo trabalho que desenvovem usando tecnologia.
    Gosto de lembrar da calma e paciência do João no laboratório quente e apertado onde tivemos nossa primeira aula; a viagem de horas da Kariene para nos atender em Campinas e o modo seguro e gentil com que a profa. Laura nos apresentou seu trabalho.
    Os três encontros nos mostram que não precisaremos perder a característica humanista do nosso Colégio. Saberes, ferramentas e estratégias didáticas somam-se às pessoas. Isso mostra muito do que já sabemos e permite nos aproximarmos de pessoas que têm muito a ensinar.
    Grata aos três: João, Kariene e Laura. Os desafios desse novo caminho são grandes, mas a companhia neste primeiro percurso tem sido impagável.
    Cris Tempesta

  15. João Mattar disse:

    Cristina e demais: a literatura e a prática da introdução de tecnologia na educação sempre aponta para a resistência dos professores. Eu em geral não sinto isso quando trabalho com professores, mas penso que nessa reflexão sobre ferramentas e humanismo, muito presente nos comentários a este post, essa questão se fez presente, de uma maneira bastante sutil e interessante. Vou retomá-la em nosso próximo encontro. Eu imaginava que os comentários a este post caminhariam para explorar o case do colégio São Bento, como aconteceu por exemplo com as nossas discussões sobre a apresentação do SENAI-BA, e achei muito interessante como eles acabaram naturalmente caminhando para uma reflexão sobre humanismo e emoção na educação, quase como um reencontro com os seres humanos, depois de um banho de ferramentas. Uma leitura psicológica de tudo isso seria muito rica. Vamos tentar fazê-la juntos daqui a algumas semanas.

  16. Cristina Tassoni disse:

    Amigos,

    De fato fica forte a preocupação com o que é da natureza humana: as relações entre as pessoas e as emoções e sentimentos. Incluo aí mais uma coisa – a disponibilidade para aprender. Laura, ao contar sobre sua experência, sinalizou muitas vezes que diante de uma determinada situação ela ia aprender como fazer, como relacionar sua vasta experiência com a nova situação. Penso que muitos de nós estamos buscando aprender a lidar com todas as ferramentas oferecidas, com um grande volme de informação, tentando articular o conhecido com o novo. Não é isso que incentivamos nossos alunos a fazer? Somos aprendizes e vamos desvendando pouco a pouco esse mundo virtual imenso. Lembremos da tranquilidade de Laura, do otimismo da Kariene e do esforço e da maneira gentil que João tem tentado nos ajudar e nos envolver… Bom trabalho!!!!

  17. João Mattar disse:

    Cristina, eu uso esse argumento com os professores, em programas de capacitação – não vivemos repetindo que temos que ensinar nossos alunos a “aprender a aprender”? Ora, mas então como nós, professores, podemos ter medo de aprender, medo do novo?

  18. Pingback: De Mattar » Blog Archive » Tecnologias Aplicadas à Educação - Colégio Progresso

  19. Márcia Machado disse:

    Prezado professor Mattar,

    É possível disponibilizar a palestra da Professora Kaura?

    Agradeço,
    Márcia Machado
    Doutoranda em Educação pela
    Universidade Tiradentes/Sergipe

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