HUTCHISON, David. Playing to learn: video games in the classroom. Westport, CT: Libraries Unlimited, 2007. Resenha de João Mattar.
David Hutchison é Associate Professor na Faculty of Education, Brock University (Ontario, Canada).
O livro apresenta mais de 100 sugestões de atividades para serem realizadas em sala de aula com crianças. As atividades em geral não envolvem jogar um game, mas exploram o universo dos games indiretamente, como p.ex. escrever sobre games, avaliar games, desenhar personagens etc.
No Foreword, James Paul Gee destaca o aprendizado lógico e linguístico envolvido no jogo Yu-Gi-Oh, que nem cheguei a explorar muito no meu Learning math (&+) playing Yu-Gi-Oh! for PS2. Afirma também que o jogador determina suas próprias experiências nos games, e que os Mods possibilitam o papel de co-designer para o jogador.
A curta Introduction define que os videogames explorados no livro são aqueles jogados em Playstation, Wii, Xbox, PCs e dispositivos móveis, incluindo celulares. As atividades propostas cobrem uma diversidade de disciplinas: língua, artes, matemática, ciências, estudos sociais, histórias, geografia, saúde, educação física, teatro, música, artes visuais, computação e administração.
O corpo do livro é formado pelas atividades, cada uma organizada com uma breve introdução, a proposta da atividade em si e uma discussão.
Muita coisa está disponível online. É possível baixar um pdf com o sumário e um breve resumo de cada atividade. É também possível percorrer online algumas páginas do livro. É possível também acessar uma lista completa com um resumo de todas as ideias de atividades que fazem parte do livro. Os links no site do livro são também interessantes (cf. p.ex. Serious Games Source). Cf. também News.
Na atividade Serious Games Brainstorming, o autor afirma que os games educacionais (chamados muitas vezes de edutainment) são um tipo de serious game, apesar de já serem utilizados em sala de aula bem antes da expressão serious games ter sido criada.
Alguns sites mencionados durante o livro são: Games FAQs, Inspiration (software para pensamento e aprendizado visual) e Music 4 Games.
Na atividade Graphical Analysis, que sugere uma análise gráfica de um game, são mencionados engines de referência para games profissionais: Havok, OpenGL, Renderware, e os engines incluídos em games populares first-person shooter como Doom, Far Cry, Half-Life, Quake e Unreal.
Na atividade Newcast Production, são indicadas como fontes de pesquisa de notícias sobre videogames: 1UP, Gamasutra, GameSpot e IGN.
Em Virtual Journal, é analisado o mundo virtual Whyville.
Após as atividades, o Afterword: Video Game Design in the Classroom propõe fases para uma interessante atividade de criação de games em sala de aula: (1) explorar o design de games; (2) gerar uma ideia; (3) escolher um game engine; (4) apresentar a ideia do game em um pitch; (5) escrever a história ou um cenário; (6) buscar ou produzir ativos (personagens, texturas, imagens, sons etc.); (7) programar o gameplay; (8) testar o game; (9) compartilhar o game.
No site DevMaster é possível encontrar uma extensa lista de engines 3D. São mencionados também vários sites com engines voltados para alunos: Gametudio, Adventure Game Studio, Alice, família de ferramentas Blitz, DarkBASIC, FPS Creator, Game Maker, Games Factory, Revolution, RPG Toolkit, Unity e XNA Game Studio Express. O Hyperstudio é indicado para introduzir os jovens ao design multimídia, e a linguagem LOGO para introduzir a programação.
No Turbo Squid é possível comprar elementos para utilizar nos games, e o 3D Studio Max é lembrado como o mais popular software para design 3D.
O livro termina com uma Lista das Atividades organizadas por disciplina, um Índice e brevíssimas informações sobre o autor.
Brigada pela dica! Vou procurar.
Muito bom trazer essas resenhas, principalmente porque sã livros que dificilmente virão para o mercado brasileiro. Outra curiosidade, vc conhece alguma pesquisa, em nível de mestrado sobre o uso de jogos para aprendizado?
Renato, alguns desses livros apontam pesquisas, mas no exterior. O livro da Lynn, que logo vou resenhar, é fruto de uma dissertação. Sem dúvida há mais coisas, quando chegar nos brasileiros devo apontar alguns exemplos por aqui.
obrigado pelo dica, espero no futuro estar entre os brasileiros que escrevem sobre o assunto.