Gol contra

O “daqui a pouco embarco para Campo Grande”, do post anterior, acabou sendo bem mais longo do que o planejado, surreal.

Como eu dava uma aula das 17:40 às 19:20, decidi ir de táxi para a universidade e de lá direto de táxi para o aeroporto. Meu voo só saía às 22:30, mas assim eu não tinha que pegar trânsito para voltar para casa (e teria que esperar até as 20:00 por causa do rodízio), e depois teria que pegar de qualquer maneira um táxi para o aeroporto.

Quando saí de casa, começava aquela chuva torrencial que caiu na quinta. Dei aula, peguei um táxi (e um pequeno engarrafamento para chegar em Congonhas), mas cheguei bem mais cedo do que o previsto, deu para cortar o cabelo e encontrei com a Susane (que vinha de Porto Alegre) e o Fernando (que embarcava de São Paulo).

Parecia que eu tinha me livrado do stress, mas os voos estavam algumas horas atrasados e como só levanta avião de Congonhas até as 23 horas, previmos que nosso voo não sairia. Mas ficamos conversando, até aí tudo bem.

De repente, chamaram os passageiros do voo (da Gol, já devia ter dito), quase ficamos para trás, entramos no avião, tudo pronto para sair… mas o comandante informa: infelizmente, morremos na praia. Faltavam alguns minutos para as 23 horas, estávamos prontos mas havia ainda alguns aviões na fila, então não daria tempo.

Aguardamos um pouco no avião e então nos informaram que o voo sairia de Cumbica à 1 da manhã. Menos mal.

Saímos então do avião e fomos seguindo o fluxo. Paramos um pouquinho para perguntar para uma pessoa da Gol como deveríamos fazer com nossas malas, e nos informaram que deveríamos retirá-las para levar a Cumbica, e lá fazer um novo check-in. Neste momento nos separamos do que tinha restado do nosso grupo, que na verdade nem sabíamos mais onde estava; subimos uma escada rolante, para procurar a entrada para o local da retirada das malas, aí encontramos com um grupo vindo de um lugar sem saída, mas que também estava indo para lá e indicou a direção. Achamos, naturalmente, que eram do nosso voo, mas agora já desconfio que não.

Pegamos as malas, a Susane foi ao banheiro, o Fernando esperou e eu fui para a saída, entender o que estava rolando. Ninguém da Gol, nesse percurso todo, para informar nada, nem mesmo na saída. Eu é que vi, do outro lado da rua, um ônibus, e então atravessei. Perguntei se eu deveria pegar aquele ônibus e me informaram que sim. O ônibus lotou antes de o Fernando e a Susane chegarem, mas me informaram que eles iriam no próximo.

Aí começamos a nos falar por celular, porque não chegou mais nenhum ônibus em Congonhas e a coisa virou um caos geral. Eu disse então para eles que chegando lá me informaria, porque eles já estavam ficando com medo de perder o voo, previsto para a 1 da matina.

Cheguei em Cumbica e entrei direto para o portão de embarque (direcionado por funcionários da Gol), sem passar pelo check-in porque não tinha malas. Parei então no balcão da Gol e perguntei sobre o meu voo, que ia para Campo Grande mas ainda não aparecia no painel. A moça me informou que ainda não tinham colocado no painel mas logo colocariam. Realmente, os voos que apareciam eram anteriores ao meu. Eu perguntei então dos meus amigos que estavam ainda em Congonhas com medo de perder o voo, mas eles disseram para não se preocupar porque o avião não sairia antes de eles chegarem, e que eles deveriam vir.

Liguei então para eles, que acabaram pegando um táxi, já que não chegou mais ônibus nenhum. Fiquei então esperando na sala de embarque.

Vários outros voos foram saindo, e num determinado momento a cena ficou surreal: eu fiquei sozinho na sala de embarque, e aí tive certeza de que não tinha ninguém lá do nosso voo. Liguei então para o Fernando, que disse que o pessoal tinha ficado para trás mesmo, que outras pessoas do nosso voo estavam embarcando com eles de táxi. Eu até brinquei: tudo está parecendo surreal, você não está armando uma realidade virtual para mim? rs

Um pouco depois (ou um pouco antes) vi a nossa tripulação chegando e se encaminhando para um portão, então fiquei mais tranquilo – eles deviam estar se preparando para o nosso voo, que deveria sair logo, mas atrasado.

Mas um pouco depois me liga o Fernando – é melhor você sair daí, porque o voo foi cancelado! Fui até o balcão de embarque e então me disseram: não entendemos por que a Gol mandou vocês aqui, de Congonhas, pois não havia voo nem aeronave! E eu disse (ou nem sei se disse, pois já estava esgotado, eram mais de 2 da manhã) – mas eu perguntei aqui, quando cheguei, e vocês disseram que o voo ia sair, e para os meus amigos que estavam em Congonhas virem para cá!

Então fui encontrar com o Fernando e a Susane no check-in, e eles já estavam remarcando o voo para as 13:00, de Congonhas! Os funcionários da Gol no check-in disseram a mesma coisa – não sei por que mandaram vocês para cá de Congonhas. Bom, nós 3 estávamos de muito bom humor, apesar de esgotados, então não discutimos nem brigamos, como faziam vários outros passageiros, aliás desde Congonhas. Perguntei então para eles: quem está atendendo vocês, para remarcar o voo? e a Susane mostrou uma atenciosa funcionária, que pegou o meu bilhete.

Um pouco depois, voltou outro funcionário com os documentos da alteração do voo do Fernando e da Susane, do hotel e do táxi de volta para São Paulo, e então perguntei do meu. A simpática funcionária então disse: o senhor vai pela Ocean Air às 05:30 (da manhã!), pois está junto com ele e precisam embarcar de qualquer jeito. Um olhou para a cara do outro, sem saber o que dizer. Eu estava junto com o Fernando e a Susane, mas ao nosso lado havia um senhor que insistiu que não podia embarcar às 13 horas, então conseguiu um jeito de embarcar num voo da Ocean Air. Mas eu não estava com ele! Perguntamos então se não havia mais vagas no voo da Ocean Air, e nos disseram que não. O ideal seria então a Susane embarcar pela Ocean Air, pois ela tinha uma apresentação logo pela manhã, mas também disseram que isso não seria mais possível, porque tudo já estava resolvido, e tinham conseguido o voo às 05:30 da manhã, que eu tanto queria! Nós rimos muito (porque como disse, apesar de completamente esgotados, estávamos de muito bom humor), eu então me despedi deles e comecei a seguir a simpática funcionária e o outro passageiros em direção ao balcão da Ocean Air. E o Fernando e a Susane voltaram de táxi para São Paulo, para embarcar no voo das 13:00 – o que também parece que não foi rápido.

No caminho até a Ocean Air, descobri que a simpática funcionária da Gol, depois daquele tumulto todo, iria estudar para uma prova de Metodologia no dia seguinte, eu disse que era professor de Metodologia e então, depois de acertar a troca do bilhete, ficamos estudando para a prova dela juntos! O final pelo menos foi feliz, mas embarquei apenas às 05:30, dormi apenas 1 hora e meia e passei o dia todo seguinte no III Simpósio Virtual de EaD.

E, como deu para perceber, foi um equívoco atrás do outro da Gol. Na saída do avião, ainda em Congonhas, não houve um acompanhamento adequado dos passageiros, tanto que muitos se dispersaram do grupo, como nós. Lá mesmo, para os que continuaram juntos (nós já não estávamos mais no mesmo grupo), foi anunciado que o voo tinha sido cancelado. Depois disso, tanto no meu embarque no ônibus para Cumbica, quanto no embarque do Fernando e da Susane, nos orientaram que devíamos seguir para Cumbica. Em Cumbica, me encaminharam do ônibus para o portão de embarque. No portão de embarque, me informaram que o voo sairia de lá e logo seria anunciado, e que quem estava em Congonhas deveria vir para Cumbica. Depois, ainda me colocaram num voo da Ocean Air, sem eu pedir, e os meus amigos, que precisavam embarcar mais cedo do que eu, num voo que saía apenas às 13:00!

Que Gol contra!

Mas pelo menos o III Simpósio Virtual de EaD foi ótimo (próximo post) e a volta TAMbém!

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7 respostas a Gol contra

  1. Breno Trautwein disse:

    Isto é porque o NOSSO sistema aéreo é tão organizado e nos da tantas opções de voos, que as empresas aéreas não estão conseguindo se adaptar.

    Boa semana João!

  2. Pingback: De Mattar » Blog Archive » III Simpósio Virtual de EaD

  3. TAMARA disse:

    SEI O QUE FOI ISSO… PASSEI PELA MESMA SITUÇÃO, NO MESMO DIA E HORÁRIO, MAS EM UM VÔO PARA O RIO DE JANEIRO… NOS DEIXARAM MAIS DE TRÊS HORAS SEM QUALQUER INFORMAÇÃO, SEM HOTEL, COMIDA E PRINCIPALMENTE, SEM NENHUMA ATENÇÃO. ALGUNS PASSAGEIROS QUASE FORAM ATÉ MESMO AGREDIDOS. É UM DESPREPARO ABSURDO DOS FUNCIONÁRIO DESSAS CIAS AÉREAS!!!

  4. Daiana Trein disse:

    Eu só fico imaginando vocês no meio dessa confusão toda… com certeza rendeu muitas risadas né!

  5. João Mattar disse:

    Putz, rendeu, pergunte depois para a Susane!

  6. Pingback: De Mattar » Blog Archive » The Virtual Worlds Story Project & Ana Paula Lopes

  7. Jonas disse:

    Petites rectifications J’ai plutf4t endtneu dire que ces deux ope9rateurs voulaient repousser la date de publication e9tant donne9 que leur plan me9dia e9tait full jusqu’e0 pre9sent. De plus, leur service technique n’est pas encore au point pour lancer les enregistrements e0 distance ou encore un catalogue online .SI vous e9tiez de9velo iPhone, vous sauriez que les fonctionnalite9s inte9gre9es ne de9pendent pas du de9velo mais du client, qui, dans les 80% des cas, n’a pas de flux corrects. Il faut donc s’en prendre aux de9velo web qui ne pensent pas mobile .

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