The Attack on ISD & A Hard Look at ISD

GORDON, Jack; ZEMKE, Ron. The attack on ISD. Training Magazine, 37(4), April 2000, p. 42-53, faz críticas bastante pesadas ao ISD – Instructional Systems Design.

O ISD é lento, sem graça e orientado a processos, mais do que a pessoas ou a aprendizado. Encoraja uma preocupação cega com os meios em detrimento dos fins, e sua ambição por um programa perfeito de instrução pode levar à perda de foco no problema real e no resultado. É um sistema de administração de projeto ultra-cuidadoso e burocrático, excessivamente preocupado em obedecer às regras e que precisa ser superado. Em vez de aulas rigorosamente estruturadas e instrução pré-programada, precisamos de aulas e fóruns mais abertos, em que você comece com alguma informação e então convide os próprios aprendizes a contribuírem com suas ideias. O ISD ignora a habilidade e motivação dos aprendizes adultos para administrar seu próprio aprendizado. O que acontece se você não segue as prescrições do ISD para produzir aprendizado? As pessoas aprendem da mesma maneira! Grandes programas de treinamento não são, em geral, criados por alguém que tenha seguido o ISD. O processo tende a criar programas enfadonhos e cookie-cutter (sem originalidade, uma referência à uniformidade que resulta da utilização de ferramentas para cortar massas de biscoito em um formato específico):

Esse excesso de rigidez impede que você seja criativo. Podemos estar criando aprendizes incapazes quando oferecemos a eles instrução mastigada, num esforço para atingir resultados homogêneos. Se há uma frase que não descreve o estilo-ISD de programas de treinamento, é ‘flexível e fácil de modificar’.

Uma sequência desse artigo é:

ZEMKE, Ron; ALLISON, Rossett. A hard look at ISD. Training Magazine, 39(2), February 2002, p. 27-33.

Os autores defendem que o processo de ISD é caro e exige muito tempo, e os recursos financeiros e tempo despendidos geralmente não produzem os resultados desejados. O modelo pode fazer sentido no papel, mas na prática é um processo pesado e lento que pode levar à ‘paralisia da análise’. Em vez de uma abordagem flexível de design instrucional para suportar resultados de aprendizagem desejados, o ISD sistemático tornou-se simplesmente um checklist para administração de projetos.

Em ISD at Warp Speed – 2002, Donald Clark discute brevemente os 2 artigos (já apresentados em The Attack on ISD – 2000 e A Hard Look at ISD – 2002) e apresenta pontos negativos e positivos do modelo ADDIE.

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4 respostas a The Attack on ISD & A Hard Look at ISD

  1. Breno disse:

    Ola João,
    São “attacks” já meio antigos, ainda de uma época (9 a 11 anos separam épocas?) onde o full duplex da web 2.0 não existia, e as próprias teorias contemporaneas ainda estavam em fase de amadurecimento.
    Em sua resenha do “GUSTAFSON, K. L.; BRANCH, R. M. Survey of instructional design models” (http://im.ly/bd2e3/), existe uma afirmação da mesma época muito esclarecedora em relação a estes radicalismos críticos ao ISD: “O Preface explora algumas definições de design e desenvolvimento instrucional, dentre outros termos, chamando a atenção para a INCONSISTÊNCIA CONCEITUAL NA AREA”.
    Não digo que a situação tenha melhorado muito em relação ao DI, mas seria interessante uma opinião atual destes autores.

  2. João Mattar disse:

    Breno, sem dúvida são ataques já datados, contra o que (esperamos todos) sejam modelos de design instrucional já ultrapassados. Mas é bom guardarmos as cartas na manga, porque provavelmente encontraremos modelos por aí que merecem ser atacados do mesmo jeito, 10 anos depois.

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  4. The attack on isd a hard look at isd.. WTF? :)

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