Alguns artigos, links, podcasts, vídeos etc. sobre teorias de tecnologia educacional.
Why think about the future?
Podcast em que Dan Sutch explora a questão ‘por que pensar sobre o futuro?’. O podcast examina algumas das razões e dos benefícios de pensar ativamente sobre o futuro para orientar a maneira pela qual nós conceitualizamos e desenvolvemos educação.
Make the future
Derivado da pesquisa Beyond Current Horizons, que explora o futuro da educação face a mudanças sociais e tecnológicas nas duas próximas décadas, o vídeo procura inspirar líderes educacionais a pensar diferentemente sobre o futuro da educação e a considerar os desafios e as possibilidades para as escolas do século XXI.
Learning Research at the Center for Cognitive Tech
Professores da USC Rossier School of Education discutem, num vídeo de mais de 1 hora, várias questões ligadas a design instrucional, tecnologia educacional e aprendizagem.
De Castell, S., Bryson, M., & Jenson, J. (2002). Object lessons: Towards an educational theory of technology. First Monday, 7(1).
Uma visão crítica da integração de tecnologias em educação, que propõe a utilização, no lugar de teorias de tecnologia educacional, de uma teoria educacional da tecnologia, que investigue a tecnologia do ponto de vista de valores e objetivos educacionais, e a tecnologia educacional como um artefato socialmente situado. Os autores fazem uma crítica muito interessante e pesada de como as ferramentas de EaD (ambientes virtuais de aprendizagem p.ex.) desenvolvem-se para substituir o professor, oferecer instrução e rotinizar o “aprendizado”, e como a educação tem sido guiada por princípios de administração e do mercado. Chegam inclusive a justificar a recusa de muitos educadores em integrar tecnologia ao ensino, pela falta de tempo e recursos oferecidos a eles. Há uma citação muito interessante: “em muitos casos, os princípios embutidos dessas tecnologias [tanto educacionais quanto culturais] estão precisamente voltads para des-habilitar, juntar informação, vigilância e a gestão social de grandes populações.” C Penley and A. Ross, 1991. “Introduction,” In: C. Penley and A. Ross (editors). Technoculture. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Issroff, K. Scanlon, E. Educational Technology: The Influence of Theory. Journal of Interactive Media in Education, 2002 (6).
Explora inicialmente a contribuição de duas disciplinas, interação homem/computador e inteligência artificial, para a educação. Traça também um breve histórico das teorias que influenciaram a tecnologia educacional, do instrucionismo a partir dos anos 1960, passando pelo construtivismo que teria dominado os anos 1980 e 1990, a importância do papel do contexto e dos processos sociais no aprendizado (cf. o importante Situated Cognition and the Culture of Learning), e, mais recentemente, o papel da interação social na aprendizagem, baseada em Vygotsky, com ênfase no papel da linguagem e, por consequência, do diálogo e da colaboração.
Kanuka, H., & Anderson, T. (1999). Using constructivism in technology-mediated learning: Constructing order out of the chaos in the literature. Radical Pedagogy, 1(2).
O artigo é tão rico que fiz uma resenha separada.
Lankshear, C. (1999). Information, knowledge and learning: Rethinking epistemology for education in a digital age. Keynote address presented at the Vth National Congress of Educational Research conference, Aguascalientes, Mexico.
O texto defende que o progresso nas TICs desafia a epistemologia da educação formal, com um novo modelo de verdade, uma epistemologia da performance, colaboração, narrativa etc. Uma versão expandida e modificada deste artigo foi publicada como:
Lankshear, C., Peters, M., & Knobel, M. (2000). Information, knowledge and learning: Some issues facing epistemology and education in a digital age. Journal of Philosophy of Education, 34(1), 17-39.
Reeves, T. C. (1994). Evaluating what matters in computer-based education. In M. Wild & D. Kirkpactrick (Eds.), Computer education: New perspectives (pp. 219-246).
O artigo descreve rapidamente 14 dimensões pedagógicas da educação baseada em computadores (CBE ou computer-based education), cada uma baseada em um aspecto de teoria de aprendizagem ou conceito de aprendizagem, que podem ser utilizados como critério para avaliar diferentes formas de CBE: (1) epistemologia (objetivismo/construtivismo), (2) filosofia pedagógica (instrutivista/construtivista), (3) psicologia subjacente (behaviorista/cognitiva), (4) orientação a objetivo (precisamente focada/não focada – usada inclusive no ensino de medicina), (5) validade experimental (abstrata/concreta), (6) papel do professor (didático/facilitativo), (7) flexibilidade (não modificáveis por professores/facilmente modificáveis), (8) valor dos erros (aprendizado sem erros/aprendizado pela experiência), (9) origem da motivação (extrínseca/intrínseca – em relação ao ambiente de aprendizagem), (10) acomodação de diferenças individuais (não-existente/multi-facetada), (11) controle do aprendiz (não existente/sem restrições), (12) atividade do usuário (matemagênica/generativa – aprendizes envolvidos no processo de criar, elaborar e representar conhecimento), (13) aprendizagem cooperativa (sem suporte/integral) e (14) sensibilidade cultural (não-existente/integral – para diversidade cultural). Há então uma aplicação das 14 dimensões na análise de 2 programas, representada pela seguinte imagem:
Wilson, B. (1997). Thoughts on theory in educational technology. Educational Technology [Special issue on theory], 22-27.
Faz uma reflexão sobre teorias e sua relação com a prática, ciências, construtivismo, pós-modernismo e tecnologia educacional.
3 artigos que gostaria de ter lido, mas não achei online:
Jonassen, D. H. (1991). Objectivism versus constructivism: Do we need a new philosophical paradigm? Educational Technology Research and Development, 39(3), 5–14.
Ross, S., Sullivan, H., & Tennyson, R. (1992). Educational technology: Four decades of research and theory. Educational Technology Research and Development, 40(2):5-7.
Petraglia, J. (1998). The real world on a short leash: The (mis)application of constructivism to the design of educational technology. Educational Technology Research and Development, 46(3), 53-65.
Aproveitando, resenhei os caps. 3 (Situated Cognition) e 4 (Activity Theory) do Theoretical Foundations of Learning Environments.
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