existem três saídas para a ratoeira: a árvore, a voz e o instante. o êxito está para o não hesitar. não há pontes, apenas rupturas nos labirintos grutas escuros e o infinito de pedras, pedra água, pedra água. hipnose.
a árvore milenar, aquela que finca fundo suas raízes nas águas e nas pedras, suga a mistura pastosa ciclicamente, renova-se, recicla-se de forma a acompanhar as ondas da abelha, faz-se ser na solidão de um ancião chinês meditando à beira do rio.
a voz límpida, a voz milenar, resgate dos gritos dos grunhidos preliminares dos choros a voz mistura, ontológica, sem palavra alguma, gemida das entranhas do espírito, solta energia para pairar nas brechas nos silênciso como se fosse um segundo silêncio a cair sobre as estrelas e possuí-las, pulsá-las, expansão. janis. meredith monk.
o instante, só o instante: emaranhado de traços agora espantados, pausa para a troca de olhares espelhos, o limite do corpo a corpo, o tempo que parece captável como a terra mas que perecível como a carne, fluido como a água, estoico como a pedra, mas que quer brotar, o tempo que quer parar mas antes explode, explindo sempre seus fogos suas fezes.
nada reflete qualquer categoria do entendimento humano, o caminho é tudo que ainda não foi percorrido. estes já estão mortos. há uma cadeira elétrica à sua espera ao lado de cada tesouro.