O Homem que não vendeu sua Alma

Ontem assisti em DVD O Homem que não Vendeu sua Alma (A Man for All Seasons)

Direção e Produção: Fred Zinnemann

Atores: Paul Scofield (Thomas Morus), Wendy Hiller (esposa), Leo McKern (Cromwell), Robert Shaw (Henrique VIII), Orson Welles (Cardeal Wolsey), Susannah York (filha), Nigel Davenport, John Hurt, Corin Redgrave, Colin Blakely, Yootha Joyce e Vanessa Redgrave (Ana Bolena).

Roteiro: Robert Bolt, Constance Willis
Fotografia: Ted Moore (muito bonita)
Supervisão Musical / Trilha Sonora: Georges Delerue
Edição: Ralph Kemplen
Desenho de Produção: John Box, Terence Marsh
Cenografia: Josie MacAvin (também muito bonita)
Figurino: Joan Bridge, Elizabeth Haffenden (muito bonito)
Maquiagem: Eric Allwright, George Frost
Idioma: Inglês, Francês
Ano de produção: 1966
País de produção: Inglaterra
Duração: 120 min
Colorido

O filme conta a história dos últimos 7 anos da vida de Thomas Morus, o autor de A Utopia, na Inglaterra do século XVIII, mostrando de maneira muito bonita a relação intensa que Morus tem com a esposa e a filha.

O Rei Henrique VIII funda a Igreja Anglicana na Inglaterra, separando-se da Igreja Católica Romana. Com isso, ele pode se divorciar de sua esposa Catarina e se casar com sua amante Ana Bolena.

O chanceler Morus não aprova as atitudes do rei, decidindo-se por abdicar das suas funções e viver como um cidadão comum. Mas o rei não fica satisfeito com o fato de Morus não externar publicamente sua aprovação pelo casamento, e ele é então preso. A visita de sua esposa, sua filha e seu genro à prisão lembra muito a visita de Xantipa a Sócrates, pouco antes de ele morrer.

Como permanece em silêncio, mantendo-se firme na posição de não apoiar o rei, Morus acaba sendo julgado por traição (depois de ser injustamente acusado), reconhecendo no julgamento, quando já tem certeza de que será condenado à morte, que é contra as atitudes do rei. Cf o julgamento, em 3 clips:

A última cena do filme mostra Morus sendo decapitado.

O filme ganhou inúmeros prêmios. 6 Oscars em 1966: melhor filme, melhor ator (Paul Scofield), melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia colorida e melhor figurino colorido, tendo sido indicado também em melhor ator coadjuvante (Robert Shaw) e melhor atriz coadjuvante (Wendy Hiller). No Globo de Ouro 1967 (EUA) venceu como melhor filme – drama, melhor diretor, melhor ator – drama (Paul Scofield) e melhor roteiro. No BAFTA 1968 (Reino Unido) venceu como melhor filme, melhor filme britânico, melhor ator britânico (Paul Scofield), melhor roteiro britânico, melhor fotografia colorida britânica, melhor direção de arte colorida britânica e melhor figurino colorido britânico. No Festival de Moscou 1967 (Rússia) venceu como melhor ator (Paul Scofield).

Assista ao trailer:

A Man for all Seasons foi refilmado para tv em 1988, com direção de Charlton Heston, que fez o papel de Thomas Morus.

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2 respostas a O Homem que não vendeu sua Alma

  1. T disse:

    hummmm! lá venho eu a escrever, rs.

    Retirando o moralismo que envolve uma determinada época e sem discordar de maneira alguma sobre os atores e premiações, a separação das igrejas citadas foi conveniente.
    Acho que o que vc põe em causa é a manutenção da palavra de alguém com o cargo político muito próximo a um rei absoluto e que apesar de saber o que aguarda a sua posição, mantém a sua opinião.
    Destaco então o ato de manter a opinião como fato principal no enredo.
    Todavia se aplicarmos ao atual encontraremos inconstâncias nas opiniões que cercam certos atos políticos e aqueles que se envolvem e estão envolvidos em cargos políticos, seja lá do que for.

  2. João Mattar disse:

    O filme não explora muito realmente a separação entre as igrejas, e mais a manutenção da opinião do Morus, mesmo frente à prisão e ameaça de morte. Por isso, ele lembra p.ex. Sócrates e Giordano Bruno.

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