Proposta sobre EaD para a Contee

Estou no Encontro Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Estado de São Paulo.

Ao final da tarde, sugerirei uma alteração na redação da Carta de Campinas, que será encaminhada à Contee – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino, no item que trata especifiamente de EaD (Educação a Distância). Na proposta está assim:

(Propõe que a Contee:) “efetue campanhas para regulamentar o EaD que defenda a valorização dos profissionais, que regulamente a atuação dos tutores com sua incorporação nas CCT no sentido de ressignificar o papel do professor com agente do processo educativo e garantir as condições de trabalho.”

O texto tem alguns problemas, e é ainda tímido e incompleto.

Então, até depois do almoço de hoje (sábado, 02/04), você pode fazer algumas sugestões por aqui (e/ou pelos meus Facebook ou Twitter), que as considerarei para incluir na proposta de redação que farei.

Minha proposta por enquanto:

(Propõe que a Contee:) “efetue campanhas de esclarecimento sobre diferentes modelos de Educação a Distância (EaD), de reconhecimento do tutor como professor (do ponto de vista pedagógico, trabalhista etc., inclusive para que o termo professor seja utilizado) e sua incorporação nas CCTs, de defesa da valorização dos trabalhadores em EaD e garantia das condições de trabalho, de fomentação da vinculação de professores em EaD às associações de professores já existentes, de limitação do número de alunos nas turmas de EaD e de discussão sobre a hora-aula em EaD.”

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7 respostas a Proposta sobre EaD para a Contee

  1. Sandra Rotmeister Delgado disse:

    João minha sugestão é para que o referido termo “tutor”seja substituído por professor e inserido na Classificação Brasileira de Ocupações CBO como “Professor de Educação a Distância”. Para que o mesmo, também possa inserir-se nos sistemas de piso salarial profissional e nos direitos existentes previstos na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Quanto a “valorização do profissional”, penso que ela advém justamente de sua inserção legal, pois como tal, a participação em organizações sindicais representativasl lutaria pelos direitos da classe.
    Vamos conversando

  2. Sandra Rotmeister Delgado disse:

    Hoje, dentre as atribuições do tutor, estão: avaliar, tirar dúvidas ( só posso crer que tira dúvidas quem domina conteúdo. Estou enganada?), participação em chats onde se discute a matéria (conteúdo), tutor autor, tutor pesquisador, etc. Isso não basta para confirmarmos que há um equívoco na nomenclatura tutor?

  3. Paula Ugalde disse:

    Olá! Minha ‘colher tímida mesmo’…:)

    Considero importante que o reconhecimento se de com essas mudanças e ótimo que esclareça os diferentes modelos.
    Para mim o uso de Tutor tem propósitos mas é equivocado. Quem precisa de um Tutor?! Precisamos de ótimos Professores, com inúmeros saberes e competências para mediar aprendizagens cidadãs.
    Denominar um bom professor de ‘tutor’ é equiparar aos ‘tutores’ que sequer possuem especialização em educação online e exercem o papel com apenas um curso de extensão ou livre.
    Sugeriria ‘Professor’ e acrescido de ‘Online’ ou outro que não lembre ‘distância’, porque um bom professorar é próximo, acompanha e intervem nas necessidades de aprendizagem sempre que necessário.
    Permanecendo os múltiplos papéis, o acréscimo dos títulos. É descabida a equiparação – na oferta de cursos, entre um professor pesquisador e um tutor com curso de capacitação em nível de extensão ou livre em Tutoria. Precisaria ser categorizado… Tendo profissionais de outras áreas atuando como tutor, que tal a construção e aplicação de um instrumento que verifique e valide ou não a competência? []s Paula

  4. Olá João, Sandra e Paula,
    Vivencio ambas as situações descritas por Paula Ugalde, apesar de saber a importância dada a minha graduação em Pedagogia, o que não impossibilita um profissional de outra área do conhecimento em exercer o mesmo papel de tutor após ter passado por um cursinho de curta duração oferecido pela instituição.
    Em instituições particulares a relação fica muito pior porque nós professores tutores visando manter o emprego acabamos realizando atribuições além daquelas elencadas para um simples tutor, ou seja, sua formação e especialidade despertam o interesse da instituição de ensino, contudo não há a princípio intenção de valorizar este profissional; conseguintemente há uma considerável rotatividade de profissionais. Percebo este momento como uma “guerra fria” com um sindicato que sequer se mobiliza por esta atuação de sua categoria.
    Quanto a nomenclatura em algumas somos chamados de tutores, outras como Orientador Acadêmico, contudo reconheço a Educação a Distância como outro campo de atuação do professor cada vez mais Online.
    A diferenciação para a Educação Online poderá abrir outras brechas legais que resultem em diferentes formas para se “mascarar” um trabalho de educação em massa sem a qualidade de interação que o Online exige a meu ver. Aff… não sei, talvez articular o uso das tecnologias digitais para como campo de professor online seja um caminho.
    Vamos conversando…

  5. jbanana disse:

    Tô contigo… inclusive, irei enviar o trecho citado para o SinProMinas que tá fazendo campanha pra reconhecer e valorizar o profissional da educação a distância… muito bom o texto… \o/
    Mobilização… é isso aí ! ! !

  6. João Mattar disse:

    Tem muita coisa estourando, banana, nos próximos dias.

  7. Pingback: De Mattar » Blog Archive » Tutor é Professor

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