Horizon Report 2011

JOHNSON, L.; SMITH, R.; WILLIS, H.; LEVINE, A.; HAYWOOD, K. The 2011 Horizon Report. Austin, Texas: The New Media Consortium, 2011.

Já estava devendo faz tempo um post sobre o Horizon Report 2011. Comentei por aqui os relatórios de 2008 e 2009, acho que de 2010 talvez tenha feito apenas uma rápida menção em algum post.

As previsões do impacto potencial de tecnologias emergentes no ensino, na aprendizagem e na pesquisa criativa no ensino superior:

  • livros eletrônicos e mobile (1 ano ou menos)
  • realidade aumentada e aprendizado baseado em games (2 a 3 anos)
  • gesture-based computing e learning analytics (4 a 5 anos).
  • Assista a um vídeo apresentando rapidamente essas tecnologias:

    O relatório apresenta também tendências que têm afetado a prática do ensino, do aprendizado e da pesquisa criativa, funcionando como drivers para a adoção de tecnologias educacionais:

  • A abundância de recursos e relacionamentos tornados facilmente acessíveis através da Internet está cada vez mais desafiando-nos a revisitar nossos papéis como educadores, no sentido de dar sentido, coaching e credenciamento (credentialing).
  • As pessoas esperam ser capazes de trabalhar, aprender e estudar onde e quando quiserem.
  • O mundo do trabalho é cada vez mais colaborativo, dando origem à reflexão sobre a forma como os projetos dos alunos são estruturados.
  • As tecnologias que usamos são cada vez mais baseados na nuvem, e as nossas noções de suporte de TI são descentralizadas.
  • Tudo isso gera também desafios, como alfabetização em mídias digitais, novos modelos de avaliação e de educação superior, e manter-se atualizado com a rápida proliferação de informação, ferramentas e dispositivos.

    Cf. também o Horizon Report 2011 K12 edition – para ensino fundamental e médio.

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    8 respostas a Horizon Report 2011

    1. Alfredo Leonardo Penz disse:

      Caro professor João,
      Às vezes eu fico preocupado com o crescimento da tecnologia, no seguinte sentido: enquanto países de primeiro mundo trabalham e dão condições aos seus “filhos”, nossas escolas aqui no Brasil carecem das mais simples condições – giz, carteiras e cadeiras. Muitas até mesmo chovem mais dentro do que fora. Será que o Brasil perderá a batalha da educação do terceiro milênio para os mais afortunados?
      Alfredo.

    2. Mauricio Henrique Beccker disse:

      Olá prof. João

      Sou um defensor da Educação à Distância, bem como sua expansão. Acredito, ainda, que as novas tecnologias têm impulsionado a expansão da educação no Brasil, ao passo que muitas vezes os cursos acabam sendo ofertados com valores de mensalidades mais baixos do que no formato presencial. Sou coordenador de um pólo de educação à distância e percebo claramente isso. Ainda, minha primeira pós-graduação foi realizada completamente à distância, o que me ajudou muito a ter este posicionamento atualmente. Contudo, mesmo sendo favorável a EAD e tendo facilidade para trabalhar e aprender com ele, no que diz respeito aos livros eletrônicos, ainda não consigo utilizá-los efetivamente. A leitura em Ipad, por exemplo, ainda me deixa cansado devido a luminosidade, embora novas tecnologias estejam sendo aplicadas para melhorar essa situação e falta de virar páginas, ter contato direto com o papel. Assim, fica a dúvida, realmente chegaremos em um ponto em que não teremos mais livros impressos, convivendo com os dois formatos? Sou favorável aos dois formatos, pelo menos nesse momento? E o senhor?

      Abraços

      Mauricio

    3. João Mattar disse:

      É uma questão interessante, Alfredo. Há vários desafios, não apenas da disponibilidade da tecnologia, mas de formação de professores – e alunos, p.ex.

      Mauricio, estamos mesmo numa fase de experiências e transição. Acabei de comprar meu Kindle, vou experimentar um pouco e pretendo registrar minhas avaliações por aqui.

    4. Mauricio Henrique Beccker disse:

      Obrigado professor. Quero acompanhar a sua experiência com o Kindle.

      Abraços

      Mauricio

    5. Alfredo Leonardo Penz disse:

      Professor Mattar,

      Ainda continuo com a preocupaçào de perdermos a corrida virtual, especialmente porque nos países “super desenvolvidos” as crianças já vão para os anos de educação fundamental, municiados de tecnologia. Todos tem pelo menos o seu lap top e I-etcs. Não que esta condição seja sine qua non para uma boa qualidade de vida, mas não podemos deixar de pensar sobre.

      Aproveito a oportunidade de também trocar algumas palavras com o amigo Maurício. Esta questão da necessidade de “tocar nas folhas do livro” é uma necessidade da nossa geração. As futuras, não sentirão esta necessidade e terão um aproveitamento “tão quanto o nosso”.

      Abraços.

      Alfredo.

    6. Juliana Pires Lance Francisco disse:

      Caro professor João,

      O crescimento das tecnologias de informação e comunicação é assustador. No entanto, sou consoante com Alfredo, no que se refere à distância de nossas escolas no Brasil com as mais simples condições: giz, carteiras e cadeiras.
      Como tornar estes dois mundos distantes, grandes amigos? Será possível atender a demanda do crescimento tecnológico para as escolas públicas?
      Sou uma entusiasta deste momento, mas não consigo visualizar este tempo para atendimento destas necessidades viscerais no nosso país.

      Abraço

      Juliana

    7. João Mattar disse:

      Juliana, há sem dúvida um desafio tecnológico, mas também de formação contínua de professores (e mesmo dos alunos) para o uso dessas tecnologias em educação.

    8. Juliana Pires Lance Francisco disse:

      Caro professor João, o processo todo é ao mesmo tempo angustiante e instigante.Talvez o maior dos desafios seja este mesmo, a formaçào contínua de professores e alunos, capacitando a todos para o uso e nova vivência neste contexto de novas tecnologias para a educação.

      Abraço

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