Participei neste sábado da Assembleia no Sinpro-SP para discutir a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho dos professores do ensino superior privado para os próximos 2 anos. É possível ler um resumo do que aconteceu em Professores aprovam proposta para convenção do ensino superior com restrições.
Não entendo muito bem o limite de 6,5% para o reajuste em 2012. Se a soma dos 3 índices que serão utilizados para calcular o reajuste for superior a 6,5%, os professores saem obviamente perdendo.
Questões muito importantes, como hora tecnológica, EaD e tutoria, ficaram para uma possível cláusula de mediação. O Sinpro-SP deve realizar um evento em Agosto/2011 para discutir essas questões. Espero que na negociação de 2013, elas apareçam não mais como cláusulas para discussão, mas como pontos específicos da CCT. Participarei ativamente dessas propostas.
Outro ponto que foi discutido, mas que o texto do Sinpro não aborda, é a questão dos Planos de Carreira. A Assembleia decidiu também incluir esse ponto junto com a hora tecnológica e EaD em temas para mediação. Um professor chamou a atenção (com muita propriedade) para o fato de novos Planos de Carreira criados pelas IES rebaixarem os salários dos professores muitas vezes em mais de 40%. Ou seja, enquanto os sindicatos ficam discutindo 1,6% de aumento e índices de limitação da reposição salarial, as IES se utilizam de mecanismos de rebaixamento salarial que comem décadas de negociações. Ficou claro, portanto, que os sindicatos precisam mudar radicalmente suas estratégias de negociação, se se propõem efetivamente a representar os professores.