No curso de Design Educacional que começou na semana passada, chamou bastante a atenção dos alunos a diferença que Brown e Green traçam entre audiência encarcerada (captive audience) e voluntários predispostos (willing volunteers). Traduzi então a pequena passagem em que eles discutem esses conceitos. Mantive em inglês alguns conceitos ou expressões entre colchetes.
BROWN, Abbie; GREEN, Timothy D. Captive audience or willing volunteers? Trad. João Mattar. In: BROWN, Abbie; GREEN, Timothy D. The essentials of instrucional design: connecting fundamental principles with process and practice. Upper Saddle River: Pearson, 2006. p. 124-125.
Em toda atividade instrucional, os participantes podem ser divididos em duas categorias: audiências encarceradas [captive audiences] e voluntários predispostos [willing volunteers]. Audiências encarceradas são as pessoas que recebem uma ordem para participar da instrução (nos Estados Unidos, p.ex., as crianças são obrigadas a ir à escola; elas são uma audiência encarcerada). Voluntários predispostos participam da atividade instrucional porque estão motivados para fazer isso sem um mandado: fazer cursos por prazer ou seguir um grau avançado de estudo é em geral uma atividade da qual os alunos escolhem participar. Você deve ser capaz de distinguir entre audiências encarceradas e voluntários predispostos porque os dois grupos podem se comportar diferentemente em relação à instrução apresentada; você raramente escuta um adulto que decidiu fazer um curso de pintura em uma faculdade local [local community college] perguntar: “Por que estamos fazendo isso?”, enquanto os alunos de uma escola primária em uma aula de matemática, obrigatória pelo estado, fazem essa pergunta frequentemente.
Determinar a motivação dos aprendizes para participar na instrução desenvolvida pode melhorar muito sua eficácia. Motivação é um tema complexo que merece estudo contínuo; nós discutimos nesta seção [do livo] apenas seus elementos básicos. A motivação pode ser dividida essencialmente em duas classes: intrínseca e extrínseca. Se os aprendizes apreciam a instrução em si mesma [for its own sake] e têm prazer na atividade, diz-se que a motivação é intrínseca. Se os aprendizes participam da instrução porque antecipam uma recompensa além da própria instrução (p.ex. eles são pagos, ou terminar a instrução permite que eles façam algo de que verdadeiramente gostam), diz-se que a motivação é extrínseca (Malone & Lepper, 1987). A pergunta que precisa ser respondida durante a análise dos aprendizes é: “O que motiva a audiência-alvo a participar desta instrução?”. Determinar o que faz os alunos participarem pode ajudam a moldar a apresentação da instrução de uma maneira que os aprendizes acharão mais aceitável e atraente.
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sobre o conceito DE, não poderíamos chamar de “knowledge design”dizia assim: ? eu achei mais simpático, :)
A frase dizia assim: “…o “desenho de conhecimento” ajudam a capturar e manipular o que eles sabem, mas também ajudam a conectar a inteligência individual aos diferentes modelos e fontes de conhecimento. “