Interação e Interatividade em EaD

Como trabalhar as informações do perfil do público-alvo nos projetos de interação e interatividade de um curso?

Provavelmente vocês encontrarão mais de uma definição para interação e interatividade. Talvez valha a pena comparar as definições mais interessantes, e até mesmo criar a sua própria definição.
Mas isso só para esquentar, para fazer um pouco de filosofia da linguagem, que nesses casos (de conceitos menos concretos e mais abstratos) sempre ajuda.
A interação entre alunos e professores tem se mostado um dos pontos mais importantes na EaD. Propostas de cursos com pouca interação tendem a ter menos sucesso do que modelos que privilegiem mais a interação. O aluno de EaD já fica muito sozinho, pois perde o espaço de convivência das aulas presenciais.
Dependendo do público-alvo, talvez seja necessária mais (ou menos) interação. Confesso que nunca pensei muito a fundo nisso, mas para um público mais jovem talvez alguns tipos de atividades interativas tenham mais sentido (que utilizem mais jogos, mais animações etc.). Alguém tem alguma opinião sobre isso?

FacebookTwitterGoogle+Compartilhar
Esta entrada foi publicada em EaD. Adicione o link permanenteaos seus favoritos.

3 respostas a Interação e Interatividade em EaD

  1. Catarina Cavalcante disse:

    Acho que a melhor maneira de se trabalhar com as informações do perfil do público-alvo nos projetos de interação e interatividade é mapeando os dados sobre o perfil do publico alvo para poder escolher a abordagem pedagógica que se adeque as necessidades dos alunos.Baseado no projeto pedagógico definir as ferramentas (síncronas e/ou assíncrona) e a forma de mediação (com ou sem tutoria) que melhor poderão ser utilizadas para contribuir para a construção do conhecimento, que motive o aprendiz , que o faça se sentir menos distantes e que gere mais autonomia nos processos de aprendizagem como sujeitos ativos, críticos e reflexivos e principalmente colaborativos nesta construção.

  2. Catarina Cavalcante disse:

    Nos projetos de interação/ interatividade é preciso pensar nos seguintes aspectos:

    Projeto de interação:

    · O curso permite interação entre os sujeitos?

    ·Quais canais de comunicação serão utilizados, tendo em vista as características e necessidades do público?

    ·Os canais que serão utilizados permitem resposta em tempo real (Internet) ou não (serviço postal)? (*Considerar esses aspectos no cronograma do curso)

    · Quais são os objetivos do curso? (*As atividades apresentadas devem facilitar e levar o aluno a atingir os objetivos propostos)

    Projeto de interatividade:

    ·Quais mídias serão utilizadas?

    · Quais as possibilidades de interatividade permitidas pela mídia adotada?

    · Quais as condições de acesso do público à mídia escolhida? (os alunos podem ter acesso a Internet – o que permite explorar diferentes recursos multimídia – mas, utilizar uma conexão de baixa velocidade – o que inviabiliza propostas muito carregadas)

    ·Quais possibilidades de interatividade favorecem a aprendizagem dos alunos, de acordo com seu perfil e interesse?

    Mas, escolher e utilizar o “canal” correto é apenas parte da questão. Agora:

    1. Como utilizá-lo da melhor forma?

    2. Como adequá-lo ao perfil do público? Jovens, adultos, alunos de especialização, professores em serviço, funcionários em programa de treinamento corporativo, jovens e adultos em programas de alfabetização – em tantos cenários onde a EAD já é uma realidade, qual(is) mudança(s) fundamentais precisam ser feitas no plano de interação/ interatividade de um curso visando adequá-lo ao público?

    3. Como trabalhar o aspecto motivacional no projeto de interação/ interatividade de um curso sem ter que recriá-lo a cada nova turma para a qual ele for oferecido? É possível?

  3. João Mattar disse:

    Catarina, perfeito, concordo totalmente. O problema é que, em muitos casos, como aliás no ensino presencial, nós, professores e coordenadores, não nos preocupamos muito com o perfil do nosso público, e oferecemos um curso padrão, não exatamente um curso mais flexível, voltado àquele perfil de aluno. No limite extremo, podemos pensar nos casos de Estudos Individualizados, em que o alunos traça seu próprio currículo, com a orientação de um professor. Combinado com EaD e Interdisciplinaridade, e alguns aspectos de Work-Based Learning, os Estudos Individualizados me parecem ser o fator de sucesso mais importante na educação do futuro.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>