Games em Educação III

Já tenho escrito sobre o tema por aqui (cf. a categoria games) e chegou a hora de revisitá-lo.

Quem passou na semana passada pelo 7º SENAED – Seminário Nacional ABED de Educação a Distância percebeu que tivemos 3 atividades relacionadas a games:

1. A professora Lynn Alves coordenou a atividade Games e Ensino online: mapeando possibilidades, que envolvia baixar o game Tríade (cf. as informações sobre o jogo), jogar e discutir com a equipe que o produziu em um fórum, que aliás continua aberto. No Moodle da UNEB, a professora Lynn mantém também uma biblioteca com literatura sobre games.

2. Vani Kenski e Paula Carolei, do Site Educacional, coordenaram uma fascinante atividade: O enigma da EaD no SENAED: uma vivência em ARG – Alternative Reality Game, em que criaram uma interessante personagem, Berta Gaspar, que solicitava ajuda aos participantes do SENAED – provavelmente até agora muita gente não compreendeu que a Berta era o próprio ARG!

3. Os blogs desenvolvidos pelos alunos de Design de Games da Universidade Anhembi Morumbi, em que foi registrado o processo de criação de um game a partir de um conto, puderam ser acessados.

***

Games têm sido, p.ex., utilizados para treinar tropas nos Estados Unidos.

E-Line Ventures produz games e histórias em quadrinhos digitais voltados à aprendizagem.

Dimension M é um jogo de matemática utilizado por alunos do ensino fundamental nos Estados Unidos. Ele tem diminuído a fobia à matemática, elevado as notas na disciplina e melhorado os resultados obtidos pelos alunos em exames estaduais de matemática (82% passaram o exame de matemática em 2007, contra 78% em 2006) – cf. o artigo Video Game Helps Math Students Vanquish an Archfiend: Algebra do NYTimes.

Outro interesssante artigo do NYTimes, Using Video Games as Bait to Hook Readers, explora as relações entre games e leitura, propondo o modelo da produção de um game associado a um livro, em que é necessário responder corretamente perguntas do livro para progredir no game. Segundo PJ Haarsma, não se pode mais simplesmente produzir um livro; produzir simultaneamente um game traria o livro para o mundo dos jovens leitores.

Clark Aldrich é obcecado por estabelecer diferenças entre games e simulações. Veja alguns posts no blog dele: What is the difference between a game and a simulation?, The Emerging Unifying View of Highly Interactive Virtual Environment (HIVE) Learning, Venn diagram e Shooting between two ducks: is it a serious game or an educational simulation?. Aliás, o blog Clark Aldrich On Simulations and Serious Games é visita obrigatória para quem deseja pesquisar o uso de games e simulações em educação. É possível também ouvir um interessante podcast do Aldrich e da Phaedra Boinodiris, da IBM, sobre Serious Games.

Durante o curso Educational Games and Simulations, que fiz na Boise neste semestre, o professor David Gibson mencionou que Aaron Doering estaria na vanguarda do uso de games em educação. Ele está envolvido p.ex. com ambientes de aprendizagem de aventura online híbridos, como o GoNorth, para o aprendizado de geografia e ciências sociais no ensino fundamental e médio.

No curso foi também bastante mencionado o Starfall, que desenvolve habilidades relacionadas à leitura em crianças.

Para quebrar um pouco o peso do texto, um vídeo em forma de animação, Video Games and Learning, que desenvolve o conceito de aprendizado tangencial, que não é o que você aprende ao ser ensinado, mas o que você aprende por ser exposto a coisas, em um contexto no qual você está engajado:

No mesmo sentido, pode-se consultar o verbete Activity Theory na Wikipedia.

Por fim, alguns sites para desenvolvimento rápido de games para serem impressos: Instant Online Crossword Puzzle Maker, Crossword Puzzle Maker e Print-Bingo.

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3 respostas a Games em Educação III

  1. Pingback: Fique por dentro Games » Blog Archive » De Mattar » Blog Archive » Games em Educação

  2. Giovanna Carvalho disse:

    Olá.
    Sou Giovanna Carvalho da Edelman, agência de comunicação de comunicação de Symantec.

    Você sabia que um estudo sobre videogames e educação apontou que games ajudam a: desenvolver habilidades sociais no mundo real; praticar a cooperação e o senso esportivo; seguir regras; pensar estrategicamente e tomar decisões rápidas?

    Caso queria ter acesso ao conteúdo na íntegra em inglês me mande em e-mail que eu encaminho para você!

    Um abraço,
    giovanna.carvalho@edelman.com

  3. João Mattar disse:

    Giovanna, você não pode colocar por aqui, assim todos que leem este post podem ter acesso?

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