De Mattar

Sessão Plenária I, manhã de 04/09.
Alex Romiszowski (Chair of International Programme Committee), Cláudio de Moura Castro (Fundação Pitágoras – Brasil), Peter Knight (Institute of Educational Technology – Open University – UK) e Som Naidu (University of Melbourne – Australia)

A discussão começou em função da noção de ‘minimally guided instruction’. Com menos orientação ao aluno teríamos menos aprendizado? Som Naidu levantou a questão de que o PBL (aprendizado baseado em problemas), o aprendizado baseado em cenários e o aprendizado colaborativo, exemplos em geral citados de instrução com mínimo nível de orientação, não seriam na verdade exemplos de ‘minimally guided instruction’, mas, ao contrário, seriam projetos bastante orquestrados de ensino.

Uma questão que rondou o debate, assim como muitas outras palestras do evento, foi: a educação on-line nos conduz a uma educação melhor? Segundo Peter Knight, depende do que considerarmos aprendizado. Quando falamos em qualidade, falamos de qualidade em relação a aprender o quê? A ensinar o quê? Para Som Naidu, a qualidade na educação teria que ver com bom ensino, não com tecnologia. A tecnologia não conteria uma pedagogia da educação. Seriam necessários o carisma e a motivação gerados pelo professor. Ainda para Peter Knight, as escolas que se tornam eficientes têm o seu foco no aprendizado dos alunos.

Peter Knight defendeu o conceito de ‘quality enhancement’ contra o de ‘quality assurance’. Além disso, não adiantaria melhorar a qualidade em educação se não melhoramos, simultaneamente, a qualidade na avaliação, caso contrário os alunos estudarão apenas para as provas.

Foi ressaltada, ainda, a necessidade de se utilizar as pesquisas sobre o aprendizado nos cursos e de se profissionalizar o design do aprendizado.

Enfim, várias questões importantes para debatermos.

Compartilhar

Este workshop pré-congresso, realizado no domingo, 03/09, no período da tarde, foi conduzido por Fredric M. Litto e Marcos Formiga (respectivamente presidente e vice-presidente da ABED).
Ambos chamaram a atenção para o fato de que o Brasil desenvolveu modelos de EaD com sucesso nas áreas corporativas (SENAI, SESI, SEBRAE etc.) e de educação básica (Telecurso 2 grau, por exemplo), apesar de ainda não ter encontrado seus rumos em EaD no Ensino Superior. Segundo os palestrantes, isso se deve ao modelo de excessivo controle e regulamentação adotado pelo governo brasileiro em relação à educação, especialmente a educação a distância.
Ambos chamaram a atenção para o DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005, que consideram um avanço na área de Educação a Distância em nosso país.
Chamaram também a atenção para a abertura da Universidade Aberta do Brasil, uma medida já avaliada como necessária e essencial pela ABED há bastante tempo. Questionaram, entretanto, a necessidade de se fazer vestibular (ou processo seletivo) para ingressar na universidade, o que a descaracterizaria como “aberta”.
E você, o que acha da EaD no Brasil?

Compartilhar

A Global University: Vision, Mission, Structure, Operation, Impact.
John Tiffin e Lalita Rajasingham apresentaram esse workshop pré-congresso, no domingo, 03/09, no período da manhã. Eles são autores de alguns livros sobre o assunto.
Defenderam, dentre outras coisas, que não houve alteração significativa na forma como ensinamos nos últimos 4.000 anos!
Segundo Tiffin, muito dinheiro tem sido gasto com educação a distância, mas estaríamos tendo o retorno esperado?
Ainda segundo Tiffin, mídias como rádio, televisão etc., acabaram perdendo o interesse como mídias – muitas vezes ouvimos rádio e assistimos televisão sem prestar atenção. Por isso, teriam também perdido sua força como mídias educativas. Isso poderia também acontecer com a Internet.
Lalita questionou também os modelos de EaD que não oferecem suporte ao aluno, como serviços, ferramentas adequadas de busca de informação, orientação para a busca e a avaliação das fontes de informação, tutores treinados etc. Ou seja, os modelos de EaD que acreditam que produzir um conteúdo de boa qualidade seria o suficiente para o sucesso do aprendizado.
E o que você acha sobre a Universidade Global?

Compartilhar