São Tomé & Web 2.0


O conceito de Web 2.0 é fluido e bastante discutido, e neste blog, no meu Second Life e Web 2.0 na Educação: o potencial revolucionário das novas tecnologias e nas palestras que tenho ministrado pelo Brasil, venho discutindo-o exaustivamente. Não quero retormar a discussão do zero, mas apenas adicionar mais algumas coisinhas ao conceito, e principalmente à reflexão do seu uso na educação.

As ferramentas da Web 2.0 não foram produzidas pensando em educação, mas as instituições, os designers instrucionais, professores e alunos não podem mais ignorá-las. E o desafio é grande: não apenas compreender o conceito 2.0, mas organizar alguma coisa que gere aprendizado, no emaranhado de ferramentas, sites, informações etc.

Então vamos lá.

Uma ferramenta genial (e grátis) é o Zotero (dica do blog do Eri), para administrar referências bibliográficas (impressas e online). Veja vídeos de um tour e um demo.

Outra dica (também do Eri) é o Geese, para adicionar chats a blogs (já uso por aqui o Meebo).

Uma das ferramentas mais poderosas da Web 2.0 são os aplicativos office online, e a Microsoft acaba de lançar seu Office Live Workspace, para entrar na briga em que o Google lidera. Office Live Workspace vs Google Docs: Feature-by-Feature Comparison, um artigo recente do ReadWriteWeb, compara recurso a recurso o Office Live Workspace e o Google Docs. Vale a pena acompanhar até onde a Microsoft conseguirá chegar.

No estranho sentido inverso (a Web 2.0 invadindo de volta os PCs), o Google e seu competidor Zoho passam a oferecer seus aplicativos também offline, ou seja, você pode agora usá-los em seu PC, sem a necessidade de estar conectado à Internet. Onde essa briga vai parar, e no que ela servirá à educação? É provável, pelo que parece, que os aplicativos office se tornem commodities pelas quais não tenhamos mais que pagar nada, nem online nem offline.

Mashups são outras ferramentas com imenso potencial para a educação. O Popfly da Microsoft, p.ex., permite que você crie seus próprios mashups.

O genial site do Digital Commons, da Georgetown University, orienta possíveis usos pedagógicos para diversas ferramentas, como blogs, wikis, portfolios, fóruns, podcasts etc. Um site que qualquer um que deseje utilizar essas ferramentas em educação precisa consultar!

Ainda em dúvida se existe mesmo a Web 2.0? Gerd Leonhard publicou recentemente o livro Music 2.0:

Music 2.0 book

Você pode baixar o pdf de graça e compartilhá-lo livremente na web, e também fazer uma doação de quanto quiser. Veja também o vídeo que ele produziu:

O famoso autor Howard Rheingold (que aliás sigo no Twitter) coordena um projeto para produzir uma comunidade online – Social Media Virtual Classroom – para discutir educação com as mais recentes ferramentas da Web2.0, como blogs, wikis, vídeos, mensagens instantâneas, microblogs, social bookmarking etc.

Quer alguma coisa mais radical? Que tal um futuro sem cursos? Com a quantidade de informação disponível na web, e com a facilidade com que os alunos podem se conectar com especialistas através de ferramentas da Web 2.0, qual função restaria para os cursos tradicionais? Para George Siemens, eles se tornarão inúteis, e podemos pensar em uma classe global, com aprendizado e aprendizes distribuídos. É o que ele defende na apresentação A World without courses.

Ainda não está convencido, São Tomé? Pois é, mas a idéia da Web 3.0 (web semântica) já está cada vez mais estabelecida. Leia o artigo 11 Things To Know About Semantic Web para enxergar como as coisas serão – ou já estão sendo… Se bobear, você não vai ver nada mesmo, pois já passou…

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Uma resposta a São Tomé & Web 2.0

  1. Eri disse:

    Eu tenho gostado muito da família live da Microsoft. Uma coisa que fico impressionado é com essa estratégia da MS de jogar na retranca e só partir para o ataque aos 45 do segundo tempo.

    O Think Free, Zoho e Google Docs que se cuidem.
    Isso me faz lembrar o nocaute de ICQ pelo MSN, do Netscape pelo IE e por aí vai. A MS é muito pés no chão. Quando os caras do Google nem eram nascido o Bill Gates já tinha uma visão 50 anos a frente do tempo que vivemos hoje.

    abs

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