Home Schooling e Unschooling

O Home Schooling é bastante comum nos países de língua inglesa. Muitas famílias preferem educar seus filhos em casa, e podem inclusive organizar grupos de crianças para serem educadas pelos pais ou tutores. Em alguns países, o currículo precisa ser legalmente aprovado. Uma das instituições de home schooling de destaque nos Estados Unidos é a Calvert School.

No Brasil, a educação em casa é proibida, apesar de o Projeto de Lei 3518/2008 propor a sua regulamentação. Temos acompanhado o caso dos irmãos David e Jonatas, de Timóteo-MG, que têm sido educados em casa pelos pais, que por causa disso estão sendo processados cível e criminalmente na justiça, como se tivessem abandonado intelectualmente seus filhos. Os irmãos tiveram recentemente que realizar uma maratona de provas para provar que estavam sendo bem educados pelos pais, em que alcançaram resultados positivos. Veja também reportagem na Folha. Entretanto, o caso ainda vai longe. Os comentários que tenho lido de educadores são em geral excessivamente simples, de que os meninos precisam ir para a escola para desenvolver relações sociais. Penso que este caso deve se tornar um marco na educação brasileira. Eu apóio completamente a atitude dos pais. Montei uma Playlist com vídeos sobre o caso:

Quem quiser enviar uma mensagem de apoio à família, o email é:

cleberdeandrade@pop.com.br

Eu acabei de mandar um email, e gostaria muito de fazer um vídeo com eles.

Mas este não é o primeiro caso no Brasil. Josué e Darcilia Bueno também tentaram educar seus 9 filhos em casa, em Jardim (MS), mas se mudaram para o Paraguai quando foram denunciados pela Promotoria Pública. Acho que este vídeo é deles (no canal da Darcília dá para ver mais):

O unschooling é um movimento ainda mais radical, baseado nas idéias do educador norte-americano John Holt, que nos anos 1970 foi editor da revista Growing without Schooling. Holt faleceu em 1985, e sua assistente Susannah Scheffer continuou como editora da revista, que parou de ser publicada em 2001, mas alguns números antigos podem ainda ser encontrados no Fun Books. Há também um site: HoltGWS. O unschooling questiona os métodos da educação tradicionais, como o uso de um currículo padrão, e defende que a criança deva aprender por suas experiências de vida naturais.

Aqui neste blog, já resenhei Fomos Maus Alunos, Escola sem Sala de Aula e A Escola com que sempre sonhei sem que imaginar que pudesse existir, que criticam a educação nas escolas. E o post anterior é Rock the Academy. Quem me acompanha, sabe o quanto eu defendo experiências que fujam do convencional em educação.

Por que não apresentar essas opções e filosofias da educação para as crianças? Por que não dar uma chance para elas escolherem como querem ser educadas? Por que não mostrar para elas que as coisas poderiam ser diferentes – que, aliás, já são diferentes, em muitos lugares? Por que não entregar parte do controle do processo educacional para as crianças? Ou por que, pelo menos, não misturar a educação tradicional, na escola, com atividades menos convencionais, à distância?

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28 respostas a Home Schooling e Unschooling

  1. Renato disse:

    Concordo plenamente com você sobre a educação em casa, ainda que tenha me surpreendido com essa história do noschooling. Mas realmente acho que é um atraso se pensar na educação restrita a instituição escola.

  2. Renato disse:

    Inclusive para apimentar o debate sugiro o artigo http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081030/not_imp269285,0.php publicado no dia 30, no Estadão, que fala justamente sobre a importância do contexto familiar para a aprendizagem.

  3. João Mattar disse:

    Boa dia, complementa mesmo a discussão. Você se surpreendeu com o unnschooling, é isso? rs

  4. JOSÉ COSTA disse:

    PREZADOS,
    SE EXISTE TECNOLOGIA, PRECISAMOS APROVEITÁ-LA. NÃO EXISTE LUGAR ONDE APRENDER. DEVEMOS APRENDER EM QUALQUER LUGAR. SEJA NA ESCOLA, EM CASA OU OUTRO LUGAR. EU SOU DE UM MUNCÍPIO DO INTERIOR DE MINAS GERAIS, ONDE, EM 1970, SÓ EXISTIA O CURSO PRIMÁRIO( 4 ANOS). A MINHA IRMÃ FOI PROIBIDA PELO MEU PAI, NA ÉPOCA, DE SAIR PARA OUTRO MUNICÍPIO PARA ESTUDAR, ASSIM, ATRAVÉS DO ‘INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO’ PROSSEGUIU COM SEUS ESTUDOS. MAIS TARDE, ESTUDOU ADMINISTRAÇÃO. PRESTOU CONCURSO PARA ESTA CARREIRA NO MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO, ONDE EXERCE FUNÇÃO DE DIREÇÃO. O EaD É MUITO IMPORTANTE PARA QUALQUER PESSOA. PRINCIPALMENTE, COM A TECNOLOGIA QUE TEMOS.

  5. Misael Ramírez disse:

    Esse movimento “estudo em casa” existe há décadas em diversos países, como Estados Unidos, França, Reino Unido, Irlanda e Austrália. Não é apenas o baixo nível educacional que motiva os pais a educarem seus filhos em casa, mas também razões de ordem religiosa – ambiente degradado das escolas para desenvolver o caráter, e oposição aos valores ensinados nas escolas – e, também, questões práticas, como dificuldades de deslocamento e falta de vagas em boas escolas.
    Porque não ter no Brasil também essa alternativa?

  6. Dalton disse:

    O Home Schooling é uma proposta interessante. Mas, de fato, a sociedade e o Estado devem ficar atentos e de alguma forma “controlar” o que acontece nesses lares. O problema, mais uma vez, é nossa legislação inflexível.
    É sempre bom lembrar que crianças não são ratos de laboratório e não devem ser expostas a “experiências” educacionais imprudentes.
    Assim, todo cuidado é fundamental!

  7. Celso Gomes disse:

    Pois é pessoal e professor João Mattar, mas vejo que existem poucas pessoas que conseguem alinhar pensar, falar e fazer, principalmente com relação ao paradigma educacional, pois ir de contra a corrente e assumir as consequências não é para qualquer um!

    Caro Daelton, sobre sua colocação ao dizer que o estado deve “controlar….” confesso que isso realmente me amedronta!!!!! Prefiro entender essa sua colocação como um acompanhar, averiguar e refletir o processo de ensino/aprendizado em questão.

    Daelton, sobre sua lembrança que nossas crianças não são ratos de laboratório e não devem ser expostas a “experiências” educacionais imprudentes, lembro-me nos momentos em que paro em minhas aulas, olho e vejo os alunos e professores como ratos condicionados a um sinal sonoro a entrada e saída em pequenos containeres chamados salas de aula, onde não se vê vontade no permanecer e no aprender, mas sim a obrigação de se encaixar no costume do andar automatica e cegamente no sentido da corrente, sem reflexão, sem criticidade.

    Questiono se o Home Schooling não se aproxima muito mais do aprendizado natural e que contempla a autonomia, aquela que Rubem Alves se refere ao entender que tal aprendizado acontece como no ensino medieval onde os aprendizes trabalham com os mestres sem que seja preciso que alguém lhes diga que devem trabalhar e com concentração e alegria, inteligência e emoção de mãos dadas.

    Mas pessoal, o que me deixa mais espantado é ver uma pessoa do Conselho nacional de educação, que deveria ser uma pessoa com uma visão ampla e crítica com relação a educação que se pratica em nosso país, defender cegamente um modelo de escola enraizada no “expositivismo” decorrente da pedagogia liberal tradicional, onde se pretende com o enfileirar, disciplinar e normalizar os alunos. Será que são motivos políticos??????

    Um abraço a todos

    Celso Gomes

  8. Celso Gomes disse:

    ahhhh… esqueci de dizer que não me espanta ouvir que o estado de Minas Gerais é que está processando os pais de David e Jonatas, pois quem faz parte do sistema educacional desse estado, sabe do que estou falando!

  9. Profolga disse:

    Adepta do sociointeracionismo de Vygotsky, pude constatar, inclusive em pesquisas e estudos de campo, que toda a aprendizagem de qualquer pessoa, em qualquer assunto e em qualquer nível, ocorre pela interação, em diversos contextos sociais, as quais aos poucos, vão estabelecendo sempre novas relações, através da criação de sinapses cerebrais. Nesta perspectiva, a sala de aula é o lugar privilegiado para sistematizar o conhecimento “colhido” e “experienciado” e o professor é seu articulador na construção dos conhecimentos. Assim, quanto mais interações sociais povoarem o mundo do aprendiz, muito mais condições ele terá para desenvolver plenamente as suas potencialidades (habilidades, competências, atitudes e conhecimentos). Isso tudo deve ser encarado exponencialmente quando o aprendiz for criança. Ora, a educação restrita ao ambiente doméstico não favorece plenamente a ocorrência dessas interações, restringindo-se ao antigo modelo escolar de pura “transmissão” de conhecimentos ou a educação bancária de que falou Paulo Freire.

    • Daisukejho disse:

      Sobre o assunto, saiu no Globo hoje na conula de Regina Alvarez, Falta Vontade o conjunto de propostas que rolam no Congresso para aperfeie7oar o estado e ne3o saem do papel.O Governo chamou 2009 o ano da geste3o, mas ne3o propf4s significativas melhorias na sua proposta de estado forte.c9 forte no discurso, mas ne3o na efice1cia, o que enfraquece a proposta.Procurei na rede e ne3o achei.Abrae7os,Nepomuceno

  10. Luciano Carvalho disse:

    Acho muito interessante a idéia de homescholing, mas não acredito que deva ser encarado como solução para o ensino de má qualidade oferecido por algumas instituições de ensino.
    Como Dalton e o Celso disseram, penso que deva haver um acompanhamento, para que esse tipo de modalidade não apresente resultados inferiores ao do ensino convencional. Tarefa que não deve ser de fácil implementação.

  11. Letícia Vargas disse:

    Bom … não me colocarei como concordante ou não do home scholling … acho uma idéia interessante, diferente e que talvez dê certo quando se tem pais com um nivel intelectual avançado e com disponibilidade de tempo para se dedicar a educação formal dos filhos.

    Acho um pouco exagerada as posições totalmente contrárias a essa modalidade de ensino, querer dizer que é extremamente necessária a interação para o aprendizado também é extremista demais para mim. Quantas crianças e adolescentes simplesmente vão a escola e não interagem com ninguém e mesmo assim possuem um intelecto altíssimo?! Querer restringir a educação formal à escola é um pouco exagerado para mim.

    • Atenas disse:

      ” se tem pais com um nivel intelectual avançado e com disponibilidade de tempo”

      Gosto de posições vagas, diáfanas.

      Quem vai decidir esse “nível” da mãe e do pai? Os pais ou alguém de fora da família? Alguém do Estado?

      Clareza, fica difícil o debate

  12. João Carrara disse:

    Acredito que não devemos ser radicais em qualquer que seja a situação. Tudo deve ser feito para que, de fato, ocorra o aprendizado – seja ele em casa, na escola tradicional, a distância… O que não concordo é privar o aluno das ferramentas que existem, hoje, para aprender. Acredito que nós, educadores, temos de buscar sempre os melhores instrumentos de ensino-aprendizagem para favorecer tal processo aos nossos alunos. Acontece que estamos fazendo isso. Mas, quantos também o fazem? Sem contar que, muitas vezes, aqueles que elaboram as Diretrizes Educacionais, muitas vezes, estão distantes das salas de aula há tempo… Eu também sou adepto dos ensinamentos de Vygotsky. Inclusive com alguns artigos publicados pela Psicopedagogia on line sobre essa temática. Mas acreditar que somente por meio da educação formal isso possa ocorrer, chega a ser mediocridade (ou ingenuidade) nossa!

  13. Pedro Ramirez disse:

    Abordagem interessante a Home scholiing. O problema que pode acontecer é que os pais não estejam preparados para o processo de ensino-aprendizagem.
    O professor como trabalhador da aprendizagem além de ser conhecedor de uma disciplina conhece também de pedagogia, sabe dos modelos de aprendizagem e entende como se aprende ou como funciona a aprendizagem em nossos estudantes, orientando e avaliando seu desempenho. Estamos falando de um professor que utiliza a abordagem construtivista (Vygotsky) e não de um professor seguidor de uma pedagógia bancaria. Além disso o professor, uma vez conhecedor da pedagogia e especificamente do ensino aprendizagem, deve acompanhar e conhecer as diferentes tecnologias da Informação e comunicação TICs e, utilizar tudo isso para melhorar seu processo de ensino aprendizagem.
    Pergunto…..
    Será que os pais tem todas essas competências e habilidades?
    Abs
    Pedro

  14. Danilo Lemos disse:

    Bem, pensei em como contribuir para o debate e imaginei uma situação que não chega a ser inovadora: fazendo uma analogia do ato de educar em casa com o de cuidar de uma doença com remédios caseiros, não seria coerente pensar que o home schooling não seria solução universal que servisse para atender a clientela de todos os níveis educacionais e/ou alunos com qualquer tipo de necessidade educacional especial? Assim como um remédio caseiro pode resolver um simples resfriado, mas talvez não resolva, sozinho, um câncer.

    Já sobre o Unschooling sou mais favorável. O exemplo da escola sonhada por Rubem Alves particularmente me fascinou pela forma como um currículo inovador pode ser construído. Não apenas pela inovação em si, mas pela proposta de estabelecer novas funções para os agentes participantes do processo ensino-aprendizagem (demonstrando ser possível, sim, promover a construção (coletiva) do conhecimento pelos próprios alunos, sem deixar de lado a importância do educador durante todo o processo)

    Abs
    Danilo

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  18. Alexandra Lima disse:

    Sou brasileira formada em Direito no Brasil e more nos Estados Unidos.
    Nos somes Unschoolers na minha casa.
    Se algeum quer aprender o que realmente e usnchooling va nestes dois sites:
    http://joyfullyrejoycing.com/
    http://sandradodd.com/unschooling
    Leia John Holt.
    Sobre come escolas nao sao os melhores lugares para aprendizado leia John Tayor Gatto.
    Youtube esta cheio de videos bons sobre homeschooling e unschooling.
    Pesquise sobre o assunto e voces irao aprender come homeschooling e uma excellente opcao.

  19. João Mattar disse:

    Oi, Alexandra, muito obrigada por sua contribuição. Tenho tido contato com a família de Timóteo, que está sendo processada, não sei se vocês já conversaram, mas acho que seria muito importante para eles “baterem um papo” com você. Abraços

  20. Júlia Jardim disse:

    Entrei em contato com a proposta do unschooling há algum tempo através de contatos virtuais que a praticavam, e confesso que de início tive alguma resistência. Cresci (como acredito que seja o caso da esmagadora maioria dos brasileiros) em meio a posições que sempre colocavam a educação institucional como “solução”. Se não era esse o caso das escolas que víamos, é porque ainda não eram “boas o suficiente”.
    Mas foi a minha relação com crianças e com a infância (uma relação de compreensão, de aceitação, de respeito, etc. Coisas que tão raramente vemos hoje sendo colocadas na prática) que me fez dar uma chance ao unschooling, e confesso que hoje não consigo pensar a educação de outro jeito. Me angustia muito que eu provavelmente não vá poder criar meus filhos dessa forma, porque seria, sem sombra de dúvida, uma busca por uma convivência mais autêntica e por um aprendizado muito mais digno do universo infinito que é a infância. Já ouvi de inúmeras pessoas que tudo isso pode ser conseguido em escolas mais alternativas, mas confesso que tenho pesquisado muito onde moro e sinto mais desprezo pelas escolas que se dizem hoje alternativas do que pelas assumidamente tradicionais, porque as últimas pelo menos preservam a honestidade.
    Minha resistência às escolas, no entanto, pouco tem a ver com a sua qualidade, inclusive porque acredito que muitas delas alcancem aquilo a que se propõem com excelência; é a proposta que tem me incomodado muito. E não algo tão variável como o projeto pedagógico de cada escola, mas a proposta que levou ao nascimento da Instituição como um todo: esse princípio de que existe um conhecimento correto, indestrutível, pronto, que, independente de quem seja a criança e de qual seja sua história ou seu futuro, deve ser “ensinado”, enfiado, injetado para que ela se torne “cidadã”. E que a convivência social, também essa, só pode gerar reais frutos se institucionalizada, formalizada e sempre fiscalizada, sempre moldada para que, não importando quem seja a criança que entra na escola e que amigos faça lá dentro, haja a garantia de que de lá ela sairá exatamente como todos os outros.
    Me interessei muito por essa questão do projeto de lei e por saber como caminha a situação dos pais que estão sendo processados, principalmente porque tenho planos de me mudar para uma fazenda no interior, e não sei se a possível dificuldade de locomoção diária me possibilitaria pelo menos algum acordo com a escola. Existe um código para situações desse tipo?

  21. João Mattar disse:

    Júlia, parece que continua a mesma coisa, ou seja, a criança tem que estar na escola. Agora, se é possível fazer atividades a distância etc. imagino que tenha que ser negociado com a escola.

  22. cassia disse:

    Olá a todos, sou uma mãe desescolarizando-se e começando o homeschooling com um pequeno de seis anos. Moro em Blumenau/SC e tenho procurado aqui na região famílias adeptas do Homeschooling ou unschooling – conhecidos no Brasil como Educação Domiciliar e Desescolarização. Por favor, qualquer informação será muito bem vinda, infelizmente as famílias adeptas ainda são poucas e estão escondidas pela condição de “criminosas”. Precisamos reunir as crianças, agendar eventos, trocar experiências… Se quisermos mudar algo no futuro, comecemos por educar as crianças para a vida real, não para o capitalismo, ou pior, comunismo. Basta prestar atenção nos conteúdos dos curriculos da escola obrigatória para ver a necessidade urgente de mudança. E o governo jamais fará isso por nós, está em nossas mãos. Obrigada!

  23. Gutemberg disse:

    Amigo, parabéns pelo texto. Quando puder, atualize os links, estão quebrados. Abraços.

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