Assisti hoje em DVD Dias de Nietzsche em Turim, dirigido por Júlio Bressane (2001), responsável também pela produção e pelo roteiro, que recebeu o prêmio Bastone Bianco no Festival de Veneza e de Melhor Roteiro no Festival de Brasília.
Atenção: escrevo posts para refletir sobre filmes sem me preocupar em esconder o final. Portanto, se você não assistiu a este filme mas algum dia pretende assisti-lo, sugiro que pare de ler e só volte aqui depois, senão este post poderá acabar funcionando como um spoiler!
Atores: Fernando Eiras, Paulo José, Mariana Ximenes, Leandra Leal, Tina Novelli
Roteiro e Pesquisa: Rosa Dias (esposa de Bressane)
Trilha Sonora: Ronel Alberti Rosa
Direção de Arte: Moa Batsow
Montagem: Virginia Flores
Figurino: Daniela Aparecida Gavaldão
Produção: Noa Bressane
Idioma: Português
País de produção: Brasil
Duração 84 min.
Colorido
O filme é praticamente um monólogo (em off) com textos de Nietzsche e lindas imagens representando sua produtiva passagem por Turim, entre abril de 1888 e janeiro de 1889, onde ele escreveu suas últimas obras. Num ritmo lento e com muita sensibilidade, o filme nos transporta para dentro da cabeça do filósofo alemão, no próprio ato de criação.
Nietzsche foi talvez o filósofo que mais me marcou, mas já há bastante tempo. Preciso relê-lo com atenção e fôlego para ter certeza de que a impressão continua ainda a mesma.
O filme termina com uma interessante cena mostrando a crise de loucura de Nietzsche, dançando com a máscara de Dionísio:
Em seguida são mostradas fotos reais animadas. Depois dessa crise, até sua morte em 1900, Nietzsche fica sob a tutela da mãe e da irmã, que virá a falsificar alguns de seus textos, em favor do nazismo.
É possível assistir ao filme inteiro no YouTube (10 vídeos na Playlist):