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MATTAR, João. Games em educação: como os nativos digitais aprendem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
PREFÁCIO
Nativos digitais – as pessoas que incorporaram mídias digitais em seu cotidiano de maneira significativa – têm novas expectativas em relação à aprendizagem, ao trabalho e à diversão. Eles esperam ser capazes de experimentar coisas de graça, de usar as coisas sempre e tanto quanto desejarem e de encontrar o que precisam, exatamente quando precisam. Eles esperam que as coisas sejam fáceis de compreender ou aprender e que haja pessoas sempre disponíveis, dispostas a ajudar a resolver uma incompreensão ou preencher uma lacuna no entendimento. Esperam ser capazes de reutilizar idéias, imagens e expressões, bem como de criar novos vídeos, músicas, jogos e mais, construindo livremente sobre os trabalhos e produtos de outros. Confiam na sabedoria das multidões. Mais importante: esperam se divertir ao brincar e experimentar com novas ideias e experiências, ser capazes de melhorar o seu desempenho tanto quanto e com a frequência que desejarem, e compartilhar suas expertises com o mundo tão facilmente quanto o fazem com seus amigos íntimos.
Suas experiências com mídias digitais fazem parte de uma transformação cultural mais ampla que está simultaneamente moldando-os e proporcionando-lhes um novo meio para sua criatividade e participação. A cultura emergente tanto exige quanto implica liberdades individuais e poderes de investigação e expressão mais amplos. Características como hipermídia, armazenamento do conhecimento mundial, redes sociais e suporte para análise e visualização estão produzindo uma democratização cada vez maior da informação e dos meios de produção.Tais características são importantes sinalizadores da transformação da educação, se pudermos vislumbrá-las, compreendê-las e utilizá-las para nos reorganizar.
João Mattar coloca muitos sinalizadores diante de nós. Ele aponta que as habilidades com mídias digitais mais necessárias hoje não estão sendo ensinadas ou favorecidas nas escolas, um sinal da necessidade de os sistemas educativos reexaminarem o que ensinam. Ele observa que as fronteiras entre trabalho, diversão e aprendizagem estão desaparecendo, um sinal de que os educadores precisam repensar como ensinam. Ele ressalta que as fontes tradicionais de autoridade encontram-se enfraquecidas pelas novas experiências que permitem aprender qualquer coisa a qualquer momento, um sinal da necessidade de reexaminar o modo como a educação é organizada e validada. Mattar partilha o insight de que o uso de games em educação pode lançar uma luz sobre muitas questões levantadas hoje, por meio de um programa variado e amplo de pesquisa e desenvolvimento de campo. Seu breve esboço manteria uma faculdade ocupada por vários anos, trabalhando em parceria com escolas locais para descobrir, testar coisas novas, experimentar e documentar conclusões que levem a novas idéias e teorias que, por sua vez, ajudem a construir uma ponte sobre o fosso entre a cultura de mídias digitais e os atuais sistemas educacionais.
Ler João Mattar é penetrar em uma mente aberta a novas possibilidades no mundo, partilhar com ele uma viagem, rumo às melhores e mais recentes ideias sobre a utilização da vanguarda na evolução das mídias digitais para melhorar a educação. Ele nos convida a manter um olho nos sinalizadores e começar a colocá-los em uma ordem que faça sentido para nós, a nos voltarmos e ajudarmos os outros a enxergar uma nova direção para o ensino e a aprendizagem – uma direção séria, divertida, eficaz e recompensadora.
David Gibson
Professor e pesquisador da Faculdade de Engenharia e Ciências Matemáticas da Universidade de Vermont.
Fundador e director executivo do Global Challenge Award, um programa de estudo e pesquisa para alunos do ensino médio.
Autor de Games and Simulations in Online Learning e Digital Simulations for Improving Education, dentre inúmeros outros livros e artigos.
Criador da simSchool, um simulador de sala de aula para treinamento de professores.
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Nativos digitais! esses são os novos habitantes desse planeta maravilhoso! Quando observo as crianças do “agora” e faço uma comparação com as crianças de outros tempos, vejo uma grande diferença, positiva é claro, no sentido da liberdade de pensamento e ação. Fico um pouco espantada com o comportamento da maioria dos jovens, parecem inquietos, meu filho é um deles, fazem muitas coisas ao mesmo tempo! As vezes penso que nem sempre isso é bom, na verdade não é bom para mim, que não sou nativa digital, me sinto pré-histórica!
as mudanças de comportamento estão ocorrendo também em outras gerações. Os adultos e as pessoas da melhor idade são adeptos de jogos, redes sociais, sites de compras, sites de relacionamento e muito mais. Isso é fantástico, pesssoas interagindo no mundo todo!