MELLON, Constance A. Goal analysis: back to the basics. TechTrends, v. 42 n. 5, p. 38-42, Oct. 1997. Resenha de João Mattar.
Mellon é (ou era, quando escreveu o artigo) professora na East Carolina University, onde coordenava o mestrado em tecnologia instrucional. No artigo, ela procura destacar a importância e a dificuldade em analisar objetivos instrucionais, baseando-se no modelo de Dick e Carey:
Dick, W. & Carey, L. The systematic design of instruction. 4th ed. New York: Harper Collins, 1996.
Mellon aponta a relação entre formular objetivos e planejar avaliação, e como a atividade de definir objetivos é longa e trabalhosa. São apresentados diagramas e todas aquelas divisões típicas do DI tradicional, além de exemplos de alunos exercitando a formulação de objetivos instrucionais. Em seguida, é demonstrado como os objetivos devem ser quebrados em subitens e a atenção então se voltar a habilidades subordinadas.
Ela alerta que os professores acabam abordando a análise dos objetivos não com a questão “quais são os passos para atingir este objetivo?” mas “como vou ensinar este objetivo?”, focando portanto no conteúdo e ignorando os passos, muitas vezes pequenos, necessários para completar o objetivo.
Há, por fim, uma rápida discussão em relação ao construtivismo. Os DIs construtivistas enfatizariam o design de ambientes de aprendizagem em vez de sequência instrucionais:
Jonassen, D.H. (1994). Thinking technology: Toward a constructivist design model. Educational Technology, 34(4), 34-37.
e também a importância de tarefas autênticas:
Willis, J. (1995). A recursive, reflective instructional design model based on constructivist-interpretivist theory. Educational Technology, 30(6), 5-23.
Mas segundo Mellon, o construtivismo não oferece um ponto de partida claro para o design da instrução.
Enfim, uma curta defesa da complexidade e da importância do trabalho com objetivos de aprendizagem no DI, que, no meu modo de ver, não acrescenta muita coisa à discussão.