Por que eu apoio a Campanha Educação não é fast-food


Introdução

Na primeira vez em que vi alguma coisa sobre a campanha Educação não é fast-food, não prestei muita atenção. Entretanto, depois que fui convidado para participar do Encontro Descentralizado da Região Sudeste do CFESS/CRESS, passeei pelo site com mais calma e achei tudo sensacional. No início de julho de 2011 postei minha avaliação inicial no Facebook e Twitter, contra a qual houve uma reação natural da maioria dos meus colegas que trabalham com EaD. Para preparar a minha fala “Graduação a Distância no Brasil e no mundo” no Encontro do Serviço Social, percorri e avaliei com bastante atenção todo o material disponibilizado no site da campanha. Ofereço aqui, portanto, minha contribuição aos esforços que os Conselhos de Serviço Social têm realizado na crítica da graduação a distância no Brasil, assim como a tentativa da explicação de minha posição para aqueles que trabalham com EaD. O texto incorpora também o rico debate que ocorreu durante o Encontro, realizado em São Paulo em 29 de julho de 2011.

É possível educar à distância?

não deixou de ser uma questão legítima.

Hubert Dreyfus, filósofo e professor da Universidade da California Berkeley, desenvolve em seu On the Internet (2003) uma extensa crítica à EaD. O capítulo 2 do seu livrinho tem o provocativo título de ‘How far is Distance Learning from Education?’ (‘Quão distante está a EaD da educação?’).

Para Dreyfus, a função da universidade é educar estudantes. Se ‘educação’ significa enviar informação de quem a possui para quem a recebe, o que Paulo Freire chama de ‘educação bancária’, a Internet faz isso bem, como também o faz o videoteipe ou qualquer mídia de gravação. Mas a EaD não pode ser concebida simplesmente como consumo de informação.

Para o professor da UC Berkeley, a educação requer a interação cara a cara entre estudantes e professores. O campus seria essencial na formação do estudante pela identificação que se estabelece entre o aluno e o local, o aluno e os colegas de classe e assim por diante.

Para Dreyfus, um dos propósitos da educação é formar cidadãos em vários domínios. Nesse sentido, ele propõe uma enumeração progressiva dos estágios pelos quais o estudante aprende por instrução, prática e aprendizagem a se tornar um especialista em algum domínio específico e na vida cotidiana: (1) principiante ou novato, (2) novato ou amador avançado, (3) competência, (4) proficiência, (5) habilidade ou perícia, (6) domínio, autoridade ou maestria, e (7) sabedoria prática.

Para o filósofo, a aquisição de habilidades acima do segundo nível requer o presencial. Apenas seres humanos envolvidos e encorpados podem se tornar proficientes e especialistas, e apenas eles podem se tornar mestres. Nesse sentido, Dreyfus defende que a universidade não pode ser desintermediada e lança uma questão: pode a presença física, necessária para adquirir habilidades em vários domínios e maestria de uma cultura, ser oferecida através da Internet?

O risco é importante no processo de aprendizado; quando o professor e a classe estão juntos, presencialmente, assumem um risco que não existe quando não estão interagindo (ou em fóruns assíncronos): o estudante, de um lado, arrisca-se a ser chamado a demonstrar seu conhecimento sobre o assunto da aula, e o professor, do outro lado, arrisca-se a ser questionado sobre o que não pode responder. Assim, a EaD poderia produzir não apenas oportunidades de aprendizado mais debilitadas, mas também professores mais fracos.

Presencialmente, o professor aprende com os alunos, aprende que alguns exemplos funcionam ou não, que algum material precisa ser apresentado diferentemente de outros, que ele estava simplesmente errado sobre algum fato ou teoria, ou mesmo que havia uma perspectiva melhor para encarar determinada questão. A EaD passiva, por sua vez, remove o risco do processo de ensino e aprendizagem.

Dreyfus faz também uma interessante comparação entre a EaD por vídeo e a educação presencial. Eu não posso controlar para onde a câmera aponta e no que ela faz o zoom, da mesma maneira como controlo o que atrai a minha atenção experiente quando a classe está na minha frente. Eu não posso me mover durante a aula, como ocorre na sala, chegando às vezes mais perto dos alunos, às vezes me afastando, encontrando assim a melhor perspectiva para a aula; tampouco posso estabelecer contato no olho. Com a EaD, para Dreyfus, eu perco a possibilidade de controlar o movimento de meu corpo para ter uma visão melhor do mundo.

Perde-se ainda um sentido de contexto, que no caso do ensino seria o astral da classe. Em geral, o astral governa como as pessoas dão sentido a suas experiências, e o nosso corpo é justamente o que permite que permaneçamos ligados a um astral. A relação entre os atores e a plateia determina o desenvolvimento de uma peça, ao contrário do cinema.

Poderia a EaD, mesmo interativa, reproduzir a sensação de estarmos em uma situação de maneira que o que for aprendido possa ser transferido para o mundo real? Esta é uma questão que interessa diretamente ao Serviço Social, como veremos. Para Dreyfus, os alunos virtuais não teriam a experiência que vem da resposta direta às situações arriscadas e perceptualmente ricas que o mundo nos apresenta. Sem a experiência de seus sucessos e fracassos encorpados em situações reais, eles não seriam capazes de adquirir a habilidade de um especialista que responde imediatamente a situações presentes como um mestre, ou, especificamente no caso que nos interessa, como um assistente social. Para Dreyfus, a expertise não pode ser adquirida no cyberespaço desencorpado, pois necessita do exercício de interconexão de corpos, da intercorporalidade, da presença física.

Outro autor que argumenta na mesma direção é Albert Borgmann (2000), em seu Holding on to Reality (Agarrando-se à Realidade). Para ele, a educação implica disciplina para sustentar o esforço de aprendizado, que por sua vez precisa do suporte de tempo, espaço e socialização que têm sido parte da natureza humana desde que nos envolvemos em um mundo de informações naturais.

Para Borgmann, o campus tradicional recria uma ordem espacial e temporal essencial à informação natural. As aulas têm seu tempo e espaço específicos. Elas ocorrem em salas cavernosas com boa parte da atenção centrada em uma pessoa. Seminários são conduzidos em pequenas salas com grande interação entre alunos e professores. Os laboratórios têm um cheiro característico e envolvem as mãos, assim como os olhos e os ouvidos. As bibliotecas oferecem espaços para leituras silenciosas. Lanchonetes nos cercam com seu zumbido confortante. Mesmo na pequena escala do escritório, escrever aqui, procurar uma pasta ali, levantar para pegar um livro da estante caracterizam-se como envolvimentos menores do corpo que ajudam a espacializar e temporalizar a informação, tornando mais provável sua transformação em conhecimento.

A informação tecnológica, ao contrário, brota infinita e incansavelmente de uma fonte em direção a um corpo imobilizado por um sentido. Ou assim seria, se microcomputadores fossem uma fonte de informação verdadeiramente rica. Mas o que ocorre é um desequilíbrio proibitivo entre a informação tecnológica abundante, de um lado, e a capacidade de absorção severamente atrofiada, de outro.

Borgmann faz eco a Dreyfus em relação às habilidades e competências pseudo-adquiridas virtualmente. Muitos tipos de competência não podem ser verificados mecanicamente e, daquelas que podem, poucas podem ser adquiridas por estudantes virtuais. Dreyfus e Borgmann comprovam que a questão “É possível educar à distância?” não está superada e continua sendo legítima. Podem servir para a argumentação do serviço social contra a EaD, apesar de que não é neste nível geral que a campanha se posiciona.

Primórdios da EaD

Abandonemos a desconfiança de que, à distância, a educação saia de alguma forma perdendo. Consideremos que a EaD é tão ou mais eficiente do que a educação presencial. Como fazemos EaD hoje?

Nos primórdios da EaD não havia telefones, rádio, tvs, PCs, iPhones nem iPads. Naturalmente, estabeleceu-se um modelo de EaD por correspondência, cujos principais atores eram: (a) conteudista, (b) pedagogo, (c) designer gráfico e (d) tutor.

Hoje vivemos uma situação completamente diferente, com o desenvolvimento das TICs, da internet, das ferramentas da web 2.0 e das redes sociais, que passaram a ser incorporadas à educação e permitem a interação à distância, inclusive síncrona. Entretanto, na maioria dos modelos de EaD que utilizamos no nosso país, não fizemos mais do que alterar ligeiramente o esquema (o designer instrucional substituiu o pedagogo e o webdesigner substituiu o designer gráfico), e a equação continuou basicamente a mesma: (a) conteudista, (b) designer instrucional, (c ) webdesigner e (d) tutor (CDWT).

Fordismo/NeoFordismo/PósFordismo

Para nos ajudar a interpretar essa história, é sempre bom convocar o alemão Otto Peters (2001), para quem a EaD, sobretudo nas décadas de 60 e 70, possuía características industriais, com divisão de trabalho, economia de escala e processos de produção tipicamente industriais. Os primeiros interessados no ensino a distância foram empresários que queriam ganhar dinheiro, não necessariamente educar. Teria ocorrido, então, uma modificação nos métodos de ensino e aprendizagem, através da divisão e do planejamento do trabalho, tendo o ensino se tornado mecanizado (e mais tarde automatizado), padronizado, normatizado, formalizado, objetivado, otimizado e racionalizado. O ensino torna-se, em suma, industrializado, produzido e consumido em massa, através da alienação tanto do docente quanto do discente e da utilização de uma linguagem não-contextualizada.

Para Peters, esse modelo fordista estaria ultrapassado há bastante tempo pelo neofordismo e pós-fordismo, em que, dentre outras mudanças, a divisão do trabalho seria praticamente eliminada. Se no fordismo, assim como no modelo CDWT, o tutor não produz conteúdo, no neo e pós-fordismo o professor é o autor e/ou organizador do próprio material que utiliza na docência. Como estamos em nosso país?

Em geral, nos modelos de EaD que imperam no Brasil, o “conteúdo” que o “professor” deve “ensinar” já vem todo pronto, muitas vezes inclusive as atividades, sem que haja a possibilidade de interferência e mudança em praticamente nada – ou em nada. Na educação presencial não ocorre isso – o professor tem em geral um programa a seguir e uma bibliografia de referência, mas tem liberdade de ajustar o ritmo das aulas e das atividades para sua turma, levando em consideração suas características específicas, podendo alterar e propor novas atividades, modificar o programa e o conteúdo, alterar as fontes a serem indicadas aos alunos etc. Isso me parece ser pouco explorado pela campanha “Educação não é Fast-Food”.

Para Dirr (2003), por exemplo, com a EaD o ofício do professor estaria sendo fragmentado em uma série discreta de tarefas que passam a ser realizadas por diferentes pessoas. Uma maneira de quebrar a função pedagógica do professor seria justamente dividir o processo de educação em componentes, como: desenvolvimento de currículo, desenvolvimento de conteúdo, entrega da informação, mediação e tutoria, serviços de suporte aos estudantes, administração e avaliação. Isso resultaria na des-montagem, des-integração e des-especialização da profissão de professor, da mesma maneira que ocorre com um operário quando uma especialização é substituída pela introdução de máquinas na mesma função. Isso também é pouco explorado pela campanha. Mas num sentido mais amplo, como veremos, para o Serviço Social a graduação à distância geraria uma heterogeneidade cada vez maior, o que seria negativo para a profissão.

Tutor é Professor

O movimento “Tutor é Professor” defende que a função de tutoria em EaD deve ser considerada função docente, exercida por professores com vinculação às IES, envolvidos em pesquisa e extensão, remunerados como professores etc. Cf. p.ex.

Carta de João Pessoa

Blog

Twitter

Cf. tb., como crítica à precarização do trabalho docente em EaD:

BRUNO, Adriana Rocha; LEMGRUBER, Márcio Silveira. Dialética professor-tutor na educação online: o curso de Pedagogia-UAB-UFJF em perspectiva. III Encontro Nacional sobre Hipertexto, Belo Horizonte, MG, 29-31 out. 2009.

Tutor toma o lugar de professor no ensino a distância. Comenta Minas (blog), 19 abr. 2011.

Avaliação

Testes de múltipla escolha como instrumentos de avaliação caem como uma luva nos modelos fordistas, o que os documentos da campanha “Educação não é fast-food” apontam ocorrer no Brasil, em Serviço Social. E essas avaliações já vêm muitas vezes prontas para o tutor, já estão feitas e ele não pode alterá-las. Isso é muito diferente de uma situação em que o professor tem em mãos o poder de planejar e elaborar a avaliação mais adequada a cada situação, a cada turma, a cada conteúdo, a cada momento do curso e assim por diante. O design da avaliação é outra coisa que é retirada das mãos do professor nos modelos fordistas de EaD.

$$$, não Educação

Esses modelos fordistas servem em última instância ao capital, gerando lucros e dividendos para empresas, não estando primordialmente preocupados com a educação. O que está muito bem apontado na CFESS Manifesta especial: Educação não é fast-food (2011):

“Trata-se de denunciar quem se beneficia com a educação à distância: de um lado os ‘tubarões’ do ensino, que ficam cada vez mais ricos e que têm um único objetivo – vender uma mercadoria. E de outro lado, o governo, que se desobriga da execução da política pública de educação e acena com a mão do mercado o EaD como única saída. Desse modo, o ensino de graduação à distância assume a condição de um novo fetiche social, pois, em nível da aparência do fenômeno, apresenta-se como democratização do acesso, o que esconde sua essência mercantil.”

Graduação à Distância no Ensino Privado

Uma historinha.

Uma disciplina presencial e semestral numa Instituição de Ensino Superior (IES) tem 6 professores, cada um com 3 turmas, totalizando 18 turmas. Cada turma tem em média 50 alunos, e as aulas duram 4 horas por semana.

Com a possibilidade aberta pelo MEC de as IES oferecerem 20% de sua carga horária em EaD, as disciplinas passaram a ser oferecidas à distância, com os professores (agora tutores) mantendo seus 50 alunos por turma, realizando diversas atividades de interação durante o semestre e elaborando instrumentos de avaliação adequados à nova situação. Esse era o cenário interessante para o qual a coisa caminhava, mas logo desvaneceu.

Reestruturação: há agora 400 alunos por “turma”, as atividades e as provas são de múltipla escolha, e o tutor (agora não mais professor) não deve mais realizar atividades de interação (mesmo porque não daria tempo), apenas enviar avisos motivacionais para os alunos, informando-os de que o conteúdo da aula X está disponível, que o prazo para realizar a atividade de múltipla escolha está vencendo etc. A remuneração não diminuiu, mas o professor passou a receber menos horas-aula por seu trabalho – agora apenas 2, não mais 4. Ou seja, ele recebe agora 2 horas-aula de remuneração por 400 alunos, quando antes recebia 4 horas-aula por 50 alunos.

A IES obviamente não precisa mais dos seis tutores, um deles agora é suficiente para dar conta da nova função “docente”: o tutor oficial da disciplina. Os outros cinco são demitidos, não conseguem se recolocar profissionalmente (porque o movimento é generalizado nas IES privadas) e trocam então de profissão: são agora cabeleireira, corretor de imóveis etc.

Numa próxima etapa, nem mais do tutor remanescente a IES precisa – ela pode agora contratar um recém-formado para dar conta da função, que é muito mais a de monitor do que de professor.

O último tutor é então dispensado. Chega-se ao cúmulo de utilizar um mesmo “tutor” (agora monitor) para diversas disciplinas, de muitas das quais ele não domina nem mesmo o conteúdo.

Essa é a história da adoção da EaD em algumas (muitas?) IES privadas em nosso país, não apenas no caso dos 20%. Cf. o recente Educação a Distância = demissão de professores? (ROBERTI, 2011). Especialmente no caso dos 20%, é importante lembrar que isso ocorreu em geral com disciplinas de humanas, ou seja, decidimos no Brasil que Sociologia, Psicologia, Filosofia, Metodologia Científica e Comunicação e Expressão, dentre outras, cairiam melhor à distância do que presencialmente. É isso o que queremos? Quem tem se mobilizado?

Graduação a Distância no Ensino Público: UAB

Mesmo os militantes da EaD concordam que os problemas da UAB (Universidade Aberta do Brasil) são inúmeros, mas gostaria aqui de ressaltar apenas os relacionados à questão da docência: o fato de o professor, ao exercer a função hoje denominada tutor, receber uma remuneração ínfima em relação à remuneração de professores que exercem a docência na mesma instituição pública; o fato de receber uma bolsa (e não salário), sem nenhum direito trabalhista; e a transitoriedade e instabilidade de sua atuação, sem vinculação com a instituição.

Não existe a figura do professor na UAB, que, por incrível que pareça, é voltada primordialmente para a formação de professores. Ou seja, procura-se formar professores presenciais para o ensino fundamental e médio, para cobrir um déficit previsto pelo MEC, com material pronto e tutores que não são contratados, que não são professores, que não têm vínculo pedagógico com a instituição etc. Parece-me que este ponto também é pouco explorado pela campanha, mesmo porque ele extrapola o campo do Serviço Social e envolve o futuro da educação em todo o país. Vivemos um cenário surreal no Brasil: resolvemos enfrentar o déficit de professores (presenciais, é bom ressaltar novamente) com uma formação por EaD sem professores! A campanha do Serviço Social (e muitos autores) sugerem que o interesse do governo são estatísticas de alunos formados no ensino superior, não exatamente qualidade; mas explora pouco os problemas da UAB.

Modelos Interativos e Colaborativos de EaD

Há modelos de EaD que procuram se afastar do fordismo.

O professor Wilson Azevedo oferece pela Aquifolium Educacional, há décadas, cursos livres à distância que primam pela intensa interação, utilizando grupos e listas de email.

A Boise State University e a San Diego State University, por exemplo, oferecem mestrados à distância em Tecnologia Educacional em que o “tutor” é um professor da instituição, que tem autonomia para organizar o curso da maneira que considerar adequada, modificar e acrescentar material, é o professor que participa das atividades interativas, que avalia atividades e dá retorno aos alunos etc.

Experiência mais radical é o recente Proyecto Facebook, que utiliza várias mídias sociais.

Os MOOCs (Massive Open Online Courses) desenvolvidos por George Siemens e os conectivistas também são experiências bastante radicais.

Mas estes são todos exemplos de cursos de cursos livres, experimentações ou de pós-graduação. Perguntei recentemente no meu Twitter se alguém conhecia um curso de graduação a distância que não seguisse o modelo fordista, e a única resposta que recebi foi do curso de Pedagogia a Distância (PEAD) da UFRGS.

Avaliação da Campanha

Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a campanha “Educação não é fast-food” é mais interativa do que muitos cursos de EaD, utilizando inclusive criativamente redes sociais.

Estes me parecem ser pontos essenciais que a campanha aborda e em que acerta nas críticas à EaD no Brasil:

  • número elevado de alunos por supervisor ou professor
  • tutores não possuem contrato formal de trabalho
  • condições precárias de trabalho
  • qualificação dos tutores
  • dinâmica que apenas resolve dúvidas eventuais dos alunos no plano individual
  • apostilas com todo o material pronto
  • apostilas que resumem os conteúdos, material padronizado, fragmentado
  • testes de múltipla escolha
  • educação compreendida como um produto comercializado no mercado – no caso da EaD, isso fica mais caracterizado
  • dissociação entre ensino, pesquisa e extensão, não assegurando uma ampla produção científica e bibliográfica na área, articulando graduação e pós-graduação
  • Isso não ocorre, é claro, em todos os cursos de graduação em EaD, mas são marcas do fordismo que podem ser encontradas no Brasil tanto no ensino superior à distância privado quanto público.

    A campanha afirma que em geral as provas de EaD são realizadas à distância. Essa, me parece, não é a situação comum; se foram encontradas situações assim no Serviço Social, talvez sejam exceções. De qualquer maneira, seria necessário discutir com mais profundidade a questão da avaliação na EaD, porque dependendo do tipo de atividade proposta, realizá-la à distância não é um problema. Todas as atividades que valem nota no mestrado em Tecnologia Educacional da Boise State University, por exemplo, são realizadas à distância.

    Uma questão que não é explorada pela campanha é a da hora-aula, como referência para a remuneração do trabalho docente em EaD. Como “calcular” a hora-aula online? Em geral, os tutores são remunerados considerando que eles teriam que se dedicar x horas ao trabalho virtual, quando na verdade acabam precisando dispor de muito mais horas do que o que consta em seu contrato de trabalho.

    Pelo próprio nome da campanha, poderiam também ser mais explorados os conceitos de McWorld e Disneyficação (presentes por exemplo em Ess, 2004), e mesmo de McEaD. Há um risco de o conteúdo da EaD ser, num futuro próximo, ditado apenas pelas bibliotecas virtuais de algumas grandes editora, o que caracterizaria um McDonald’s ou Blockbuster do conteúdo educacional online, com poucos fornecedores internacionais de conteúdo. Qualquer um pode tirar suas conclusões da adequação desse modelo para a educação no Brasil.

    Críticas à Campanha

    Inúmeras críticas têm sido realizadas à campanha por militantes da EaD. Coletei todas as que encontrei online, selecionei-as e as organizei, para discuti-las por aqui.

    Uma crítica comum é que a campanha peca na generalização, já que a educação presencial também teria os mesmos problemas. A culpa dos problemas apontados pela campanha não poderia ser atribuída à modalidade, mas às instituições, às maneiras equivocadas de se implantar um conceito (não o conceito em si) etc. Muitos modelos presenciais também adotam o modelo fast-food – a campanha, portanto, deveria metralhar os 2 tipos de McEducação (presencial e à distância), não apenas a EaD. Nesse sentido, a campanha faria vistas grossas aos problemas da educação presencial, e a associação da modalidade à qualidade seria preconceituosa, um retrocesso, prestando um desserviço à educação.

    Esta crítica me parece estar respondida, inclusive de maneira muito adequada, nos próprios documentos dos Conselhos de Serviço Social:

    “Ainda que tenhamos clareza de que os processos de precarização da educação também atingem os cursos presenciais, há nichos de resistências. É possível detectar esforços de professores/as e de alunos/as nesses espaços para assegurarem a materialização da formação profissional com qualidade. Na graduação à distância, centrada no ensino virtual ou mediado por mídias, essa condição é inviabilizada, diante da automização das telessalas e pólos, das vivências individuais do processo de ensinoaprendizagem, que não possibilitam as práticas organizativas e coletivas dos/as estudantes e dos/as trabalhadores/as envolvidos/as.” (CFESS Manifesta especial Educação não é fast-food, 2011).

    Afinal, devemos criticar as ideias de Platão ou as formas como essas ideias estão efetivamente implementadas no mundo real? A crítica do Serviço Social não é filosófica (apesar de que, como procurei mostrar, é legítimo questionar as bases teóricas da EaD), mas à EaD que efetivamente se faz ao nosso redor, no nosso país.

    Além disso, a crítica é específica à graduação em EaD no Serviço Social, ou seja, à formação básica do profissional que trabalhará como assistente social, não à EaD em geral, ou seja, não é uma crítica geral à modalidade:

    “Não estamos discutindo a educação a distância em todas as suas modalidades. Pensamos que muitas de suas técnicas e invenções pedagógicas podem ser suporte ao processo de ensino-aprendizagem presencial em vários de seus níveis. Queremos a tecnologia e a interatividade virtual em favor da qualidade. O Conjunto CFESS/CRESS e a ABEPSS, em articulação com a Universidade de Brasília, por exemplo, estão realizando um curso de especialização nesta modalidade, envolvendo cerca de 800 assistentes sociais, em sua segunda edição (o primeiro ocorreu entre 1999 e 2002). Portanto, não somos avessos à tecnologia e atrasados frente às inovações educacionais.” (Carta Aberta aos Estudantes e Trabalhadores dos Cursos de Graduação a Distância em Serviço Social no Brasil, 2009)

    A campanha afirma também que não há debates em EaD, sendo as dúvidas tiradas apenas por email. A EaD se caracterizaria pelo processo informativo – isso ocorre, como vimos, no fordismo, e por consequência em muitas de suas ocorrências no Brasil. Várias críticas à campanha, entretanto, apontam com razão que pode sim haver debate na EaD, até mais do que no presencial, e que em geral esses debates não ocorrem por email, mas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Para representar melhor a preocupação do Serviço Social, talvez a questão precise ser reformulada: seriam os debates na EaD, em geral assíncronos e realizados em fóruns de discussão, suficientes para a formação de um profissional de serviço social?

    Parece-me uma preocupação extremamente legítima questionar se o debate à distância, em geral assíncrono, é suficiente para formar um profissional na graduação. Como afirmou uma palestrante durante o Encontro, debates presenciais permitem (e forçam) a elaboração qualificada e crítica da realidade exatamente no momento em que estão ocorrendo. Como vimos, Dreyfus compara nosso corpo a câmeras na EaD; poderíamos fazer o mesmo em relação aos AVAs. Parece-me legítimo um Conselho defender que, para a formação de seus profissionais, debates presencias síncronos são imprescindíveis, não podendo ser substituídos por debates à distância assíncronos.

    Discriminação e Preconceito

    Um dos pontos utilizados na crítica à campanha são os diversos estudos que apontam não haver diferenças significativas entre os alunos formados em cursos presenciais e à distância (http://www.nosignificantdifference.org/), ou mesmo que alunos formados em cursos à distância têm vantagens. Um amplo estudo de meta-análise (MEANS et al, 2009), por exemplo, encomendado pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos, desenvolveu uma pesquisa sistemática na literatura entre 1996 e 2008, identificando mais de mil estudos empíricos sobre aprendizagem online. A meta-análise concluiu que, em média, os alunos em condições de aprendizagem online tiveram desempenho modestamente superior quando comparados àqueles que receberam ensino presencial.

    Outras estatísticas utilizadas como crítica à campanha são os resultados do Enade a partir de 2010. Em vários cursos, os alunos que de cursos à distância tiveram desempenho superior em relação aos alunos de cursos presenciais. Poder-se-ia é claro discutir a estrutura do Enade e o que exatamente ele consegue medir (e comparar), e seria também importante avaliar até que ponto os resultados do Enade não representam o fato de muitos alunos de cursos presenciais, organizados politicamente, boicotarem as provas. As notas baixas de alguns cursos presenciais seriam, assim, resultados da participação política dos seus alunos.

    Alunos e Professores estão estudando e trabalhando dentro da lei

    Este talvez seja o ponto mais delicado para os Conselhos de Serviço Social na campanha. Afinal de contas, os alunos que estudam Serviço Social à distância estão estudando amparados pelo MEC, assim como os tutores estão trabalhando amparados pela lei. Os Conselhos de Serviço Social alegam que não negam registro aos alunos formados à distância, mas de qualquer maneira é delicado um Conselho fazer uma campanha que vai contra o que seus profissionais (e futuros profissionais) estão fazendo dentro da lei: ensinando e estudando.

    Crítica mais Ampla

    A experiência de ter participado do Encontro Descentralizado da Região Sudeste do CFESS/CRESS foi riquíssima, e dentre outros pontos me levou a compreender que a crítica feita contra a EaD é ampla, em função da politização da categoria profissional:

    “A política em curso não significa democratização do acesso ao ensino superior, mas a reprodução de informações recolhidas de forma fragmentada da bibliografia da profissão e transmitidas através de apostilas e manuais de baixa qualidade que não observam a perspectiva de totalidade e criticidade, comprometendo a formação profissional e o atendimento à população brasileira.” (Carta Aberta aos Estudantes e Trabalhadores dos Cursos de Graduação a Distância em Serviço Social no Brasil, 2009).

    Como afirmou uma palestrante durante o Encontro, se você entra em um laboratório para um treinamento de professores em EaD e abstrai tudo o que está acontecendo ao seu redor, tudo é maravilhoso!

    Os Conselhos de Serviço Social entendem que a categoria tem uma direção social que é incompatível com a formação à distância. A profissão de assistente social tem um projeto político e almeja uma realidade contrária àquela em que vivemos – enquanto a EaD serviria para reforçar a realidade política que é necessário modificar. Na formação básica da profissão, ou seja, na graduação, a educação presencial seria essencial. Para lidar com moradores de rua, com pessoas com problemas mentais etc., a formação à distância não seria suficiente (e a tipologia de Dreyfus serve como referência para esta argumentação, ressaltando a importância do corpo-a-corpo).

    Os Conselhos dão também um valor muito elevado ao estágio, momento em que o aluno teria a oportunidade de realizar a apropriação crítica da realidade; e, segundo as avaliações feitas, os estágios em cursos de graduação de EaD estão sendo praticamente ignorados, inclusive com dificuldades para sua realização por parte dos alunos.

    Outro questionamento da classe é: por que algumas profissões, como medicina, psicologia etc., não admitem a formação de seus profissionais por EaD, e o Serviço Social deveria admiti-la? Quem deve ter o poder de definir se a EaD serve (ou não) à formação de determinado profissional?

    Conclusão

    Apoio a defesa da incompatibilidade do ensino à distância com a formação em serviço social, da forma como ela tem sido desenhada em nosso país. Entendo que os Conselhos de Serviço Social têm um lugar político definido de onde falam e sua fala é legítima.

    Penso, ainda, que as críticas da campanha e do posicionamento geral mais amplo da categoria devem servir como exemplo para que rompamos o nosso silêncio, e como referência para as críticas que precisam ser feitas contra a maneira como a EaD tem sido implementada em diversos projetos no Brasil, privados e públicos. São escassas as críticas que vêm de dentro e em geral os militantes da EaD saem rapidamente em defesa de uma modalidade platônica (“a educação a distância”), com um discurso abstrato que muitas vezes ignora o que está ocorrendo efetivamente ao nosso redor.

    Além disso, criticar modelos e políticas não significa criticar todas as pessoas que estão envolvidas nesses processos. Os alunos que fazem curso de graduação de EaD em Serviço Social não estão fazendo nada de errado e não podem, obviamente, ser prejudicados; mas isso não significa que mesmo eles não devam lutar por uma educação melhor para o nosso país, tendo uma visão crítica do próprio processo que estão vivenciando e colaborando para construir. Tampouco os tutores de cursos de graduação à distância em Serviço Social podem ser prejudicados em seu trabalho; o que também não significa que eles não devam ser críticos em relação ao papel social que desempenham, exigindo serem tratados como professores em todos os sentidos (trabalhista, pedagógico etc.). Afinal, senso crítico não significa ter uma opinião formada sobre tudo:

    “Um indivíduo que possui a capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, é um indivíduo dotado de senso crítico.” (CARRAHER, 1993, XIX)

    Eu praticamente respiro EaD o dia inteiro. Acredito que é possível educar à distância, mas também acho que há muitos elementos do presencial, essenciais na formação de um ser humano, que não conseguimos reproduzir adequadamente à distância. Acredito que é possível realizar uma EaD interativa e colaborativa, mas também reconheço que não é esse o modelo dominante em nosso país.

    Senso crítico tampouco significa ter certeza de tudo. Por tudo o que foi dito aqui, deve-se respeitar a crítica do Serviço Social à EaD pelo menos para nos lançar a um estado de dúvida:

    “… o pensador crítico precisa ter uma tolerância e até predileção por estados cognitivos de conflito, em que o problema ainda não é totalmente compreendido. Se ele ficar aflito quando não sabe ‘a resposta correta’, essa ansiedade pode impedir a exploração mais completa do problema.” (CARRAHER, 1993, XXI)

    Esse estado de dúvida talvez nos ajude a visualizar um modelo de graduação semipresencial, pautado pela qualidade e que incentive a participação política.

    Quando acabo de redigir este documento, fico sabendo que foi obtida na justiça uma liminar contra a campanha “Educação não é fast-food”. Espero que isso não cale a voz (quase única) dos Conselhos de Serviço Social, mesmo porque a crítica não se resume à campanha. Durante o Encontro já me coloquei à disposição para participar de debates e propus inclusive que representantes dos Conselhos de Serviço Social compareçam ao CIAED – Congresso Internacional ABED de Educação a Distância, a ser realizado em Manaus de 30 de Agosto a 02 de Setembro. Seria uma excelente oportunidade para ampliar o debate. Afinal de contas, cabe a nós, alunos, professores e profissionais, construir o modelo de educação, e particularmente de EaD, que queremos para o nosso país: as diretrizes não podem simplesmente vir de cima.

    Referências

    BORGMANN, Albert. Holding on to reality: the nature of information at the turn of the millennium. Chicago: Univeristy of Chicago Press, 2000.

    BRUNO, Adriana Rocha; LEMGRUBER, Márcio Silveira. Dialética professor-tutor na educação online: o curso de Pedagogia-UAB-UFJF em perspectiva. III Encontro Nacional sobre Hipertexto, Belo Horizonte, MG, 29-31 out. 2009. Disponível em: .

    CARRAHER, David Williiam. Senso crítico: do dia-a-dia às ciências humanas. 2. ed. São Paulo : Pioneira, 1993.

    CARTA Aberta aos Estudantes e Trabalhadores dos Cursos de Graduação a Distância em Serviço Social no Brasil. Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa de Serviço Social; Conselho Federal de Serviço Social; Conselhos Regionais de Serviço Social; Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social. Campo Grande, 09 de setembro de 2009. Disponível em: .

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    ESS, Charles. Computer-mediated communication and human-computer interaction. In: FLORIDI, Luciano (Ed.). The Blackwell guide to the philosophy of computing and information. Malden, MA: Blackwell, 2004. p. 76-91.

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    PETERS, Otto. Didática do ensino a distância: experiências e estágio da discussão numa visão internacional. Trad. Ilson Kayser. São Leopoldo, RS: Ed. Unisinos, 2001.

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    TUTOR toma o lugar de professor no ensino a distância. Comenta Minas (blog), 19 abr. 2011. Disponível em: .

    João Mattar
    joaomattar@gmail.com

    http://blog.joaomattar.com

    02 de Agosto de 2011 (versão 1.0)
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    85 respostas a Por que eu apoio a Campanha Educação não é fast-food

    1. Joelma De Riz disse:

      Mattar, brilhante, a sua exposição! Tudo muito claro e bem argumentado e, o mais importante, sem a pretensão de certezas absolutas. Obrigada por nos colocar a par dessas discussões. Bj

    2. Ivonete Fiatkoski disse:

      Colocações perfeitas, visando um modelo de educação que envolva as duas modalidades, tanto a presencial como a distância, ambas voltadas para a mesma finalidade o sucesso profissional de cada acadêmico que busca uma qualificação.

      • marion Barbosa dos Santos disse:

        Caro Prof.Mattar!

        A sua análise sobre a EaD é de tamanha verdade que nos choca. E nos faz refletir sobre a metáfora da escola, quando essa é comparada à uma fábrica .Por outro lado, a EaD é uma vertente q possibilita qualificar aqueles que realmente buscam essa oportunidade.
        Mesmo assim, parabéns por tamanha clareza. Sou pós-graduanda em EaD.

    3. T disse:

      Parabéns por seu texto. Mobilizante!
      Alguns aspectos conhecidos brotaram em minha memória!
      Um destes aspectos faz referencia a um livro -
      A dimensão oculta livro de Edward Hall nos anos 60 que fala sobre a subjetividade que nos cerca e as distancias que tentamos manter para com as outras pessoas de acordo com as nossas regras culturais.
      Estas distancias segundo o autor são mensuráveis e aponta a distancia social correlacionada com a distancia física! Quantos professores do presencial são distantes! uma pena!
      A distancia intima seria a possibilidade de sussurrar ao pe do ouvido!
      A distancia pessoal seria a entre familiares e amigos,
      A distancia social seria entre conhecidos, a distancia publica aquela utilizada para falar em publico! Ou a dos professores em tempos do politicamente correto!
      Ou a dos professores em enormes salas anfiteatros ou em salas entulhadas de alunos!
      Mas Hall indica também o espaço e então
      Adicionamos o estudo do espaço com Classificações como o espaço fixo, o espaço móvel e o informal! Tanto quanto as classificações atuais da educação em ambiente formal e informal.

      Quando recordo antigas leituras, recordo o presencial e a EaD! O espaço em pólos ou com tecnologia móvel! E a atualidade de tentativas de suprir as distancias em pensamentos palavras e ações!

    4. T disse:

      Tomei a liberdade de copiar algumas frases e repensar diante da minha pouca experiencia em EaD.

      1-
      Assim a EaD poderia produzir não apenas oportunidades de aprendizado mais debilitados, mas também professores mais fracos.(questiono como se escolhe prof de EaD?)

      2-
      A EaD passiva, por sua vez, remove o risco do processo de ensino e aprendizagem.(Nao concordo, grande risco apresenta-se em ensinar e aprender na EaD)

      3-
      para Dreyfus, eu perco a possibilidade de controlar o movimento de meu corpo para ter uma visão melhor do mundo.(Um posicionamento que me leva a Foucault, o controle dos corpos sempre debatido no presencial.)

      4-
      Em geral, o astral governa como as pessoas dão sentido a suas experiências ( EaD não e indicada p todo mundo, pelo visto, sejam eles professores e possíveis alunos.)

      5-
      As aulas têm seu tempo e espaço específicos. Elas ocorrem em salas cavernosas com boa parte da atenção centrada em uma pessoa. (a caverna de quem estuda em EaD aponta também para uma alta concentração mental!)

      6-
      Quanto ao paragrafo das avaliações.
      (As avaliações devem ser diversificadas e focar principalmente nas deficiências brasileiras e que nem a educação presencial da jeito, que consiste em escrever e interpretar textos. Pois os alunos apresentam-se fracos para o presencial e para a EaD ).

      7-
      …. debates presencias síncronos são imprescindíveis, não podendo ser substituídos por debates à distância assíncronos…..
      ( já assisti diversas web conferências vagas, por falta de atividade do professor e a falta de conhecimento dos alunos, de como efetuar uma questão, uma frase na interrogativa, serve de exemplo participações em congressos e a escuta ou formulação aquela pergunta longa e que no final cansa o publico e vc nem sabe para que tanta fala e onde se encontra a pergunta! )

      debater sera a palavra mais correta!

    5. Márcio Leitão disse:

      João,
      havia escrito aqui uma enorme mensagem meio decepcionada com o seu texto, principalmente por não levar em conta de fato os pontos debatidos no outro post, mas resolvi ser breve e humildemente me calar por aqui.

      abraços

    6. Ana Paula Beer disse:

      Caro prof. Mattar,

      Impossível não ovacioná-lo pelo brilhante texto, entretanto não posso deixar de confessar que esta análise profunda, me trouxe um sentimento de angústia, pois me fez refletir, mais uma vez, sobre a minha prática como professora, mas principalmente como tutora.
      Reli mais de uma vez cada um dos tópicos abordados e conclui que eu também não poderia, como é mesmo que a moçada diz??? “twittar”?? enfim responder a sua pergunta no twitter, dar um exemplo de um curso EAD que não seguisse o modelo fordista.

      E quanto a historinha??? acredito que a maioria de nós já viu ou vivenciou esta história.

      Sobre “conteúdo” e as atividades que já vem todo pronto, com pouca ou nenhuma possibilidade de interferência do professor, sinto lhe dizer, caro professor Mattar, mas isto, também já acontece na educação presencial.

      Enfim, ecoa dentro de mim a sua frase: “. É isso o que queremos? Quem tem se mobilizado?”

      Muitos dos que estão se manifestando aqui no seu blog, assim como eu, estão cursando a pós-graduação a distância em Metodologia e Gestão do EAD e mais uma vez é necessário parabenizá-lo pela construção do desafio da disciplina Educação a Distância no Brasil e no Mundo, pois acredito que é através das discussões tanto aqui neste blog, como também em outros que tratam do assunto EAD que poderemos crescer, refletir, questionar, trocar experiências que nos ajudarão a melhorarmos a nossa prática, seja como professores ou como tutores, não nos permitindo entrar na categoria de “militantes da EAD que de forma platônica com discurso abstrato ignora o que está ocorrendo ao nosso redor.”
      Desta forma, caros colegas e prof. Mattar, espero que mesmo ao término desta tarefa- desafio, não nos deixemos sucumbir ao sistema, num fazer sem fim, sem tempo para questionar e fazer as devidas reflexões, que continuemos a nossa busca pela melhor fazer pedagógico, em favor da verdadeira educação. Pois como já dizia Gadotti (1998, p. 87):
      “ Educar nessa sociedade é tarefa de partido, isto é, não educa para a mudança aquele que ignora o momento em que vive, aquele que pensa estar alheio ao conflito que o cerca. É tarefa de partido porque não é possível ao educador permanecer neutro. Ou educa a favor dos privilégios ou contra eles, ou a favor das classes dominadas ou contra elas. Aquele que se diz neutro estará apenas servindo aos interesses do mais forte. No centro, portanto, da questão pedagógica situa-se a questão do poder.”

      Abraços a todos!

      Bibliografia:
      Gadotti, Moacir (1998): Pedagogia da práxis, 2.ª ed., São Paulo, Cortez.

    7. João Mattar disse:

      Márcio, incorporei algumas de suas críticas à campanha na minha apresentação. Para o texto, tive que fazer algumas seleções das questões que achava mais importantes e, principalmente, que não abrissem para mais páginas e páginas de discussão. Algumas questões, não só que você levantou, pedem mais pesquisas para saber se são pontuais, gerais etc. Eu gastei toda a bala que tinha, agora também não estou mais disposto a discutir a questão, quero esperar um pouco para amadurecer. Humildemente.

    8. Bárbara Ribeiro disse:

      Acredito que, quanto mais conhecimento, mais dúvidas, mais reflexões… Estamos em constante busca, o que precisamos é acreditar, encarar desafios e mudanças.
      Aceitarmos a EaD, claro que cada curso com as suas necessidades, ajustes e adaptações como fazemos no presencial.

    9. Antonio Augusto disse:

      Excelente texto Prof Mattar.

      Com certeza existem vários problemas com a EAD no Brasil e o controle deve ser feito de forma rigorosa. É inadmissível como algumas instituições promovem o ensino visando somente o lucro e não se preocupando com a formação do aluno. Como foi mencionado, é comum encontrar cursos EAD com uma quantidade absurda de alunos para um tutor. Esse problema também é encontrado em cursos presenciais, onde em uma unica sala são colocados 120 alunos e nesse caso o professor precisa preparar a aula.

    10. Amarildo disse:

      Interessante o ponto de vista do autor do texto, sendo ele um profissional que se especializou na áre da EAD. Sou a favor do debate, porém temo que de um lado e do outro os interesses são iguais. ´Será que quando a educação presencial começou não foi também questionado? ou ela já estava pronto?
      O que a maioria das escolas e IES estão formando são analfabetos funcionais e especialistas e doutores em quase nada. Sou a favor da educação com qualidade e bem remunerada, e me sentir completo quando termino uma aula, seja ela em EAD ou Presencial.

    11. Daiana Malheiros de Moura disse:

      Professor Mattar,
      Parabéns pelo texto! Estou iniciando nos estudos da EAD, sou professora presecial e estou cursando uma pós graduação de Metodologia e Gestão em Educação a Distância, o seu texto permitiu que obtivesse a percepção de toda a história da EAD, bem como conhecimento do modelo adotado. Apesar de ter pouco conhecimento sempre fui defensora da modlidade de EAD, porém, lendo o seu texto pude rever e repensar meus conceitos, continuo com a opinião de que a EAD é um avanço e que não podemos negá-la, mas também não podemos pensar que qualquer modelo serve, não resta dúvidas que deve haver uma mudança no papel do aluno e do professor-tutor, as palavras chaves são construtivismo e conectividade.

    12. João Mattar disse:

      Daina, adorei – também acho que construtivismo e conectividade (ou melhor ainda, conectivismo) sejam palavras-chave.

    13. Andreia Moretto disse:

      Olá Professor Mattar!
      Acredito que qualquer modalidade de ensino e conhecimento é válido.
      Recentemente estou atuando na área de Ensino à Distância e pude conhecer esse universo interessante da interatividade. Acho muito polêmico o debate de Educação não é fast-food, onde em muitos lugares educação é “comércio”, algo lucrativo que gera ótimos resultados a alguns empresários, mas em contrapartida, não estão preocupados com a qualidade do ensino e muito menos com os profissionais que colocarão no mercado.

    14. Joyce disse:

      Bom dia professor.
      Maravilhoso texto! Sempre tive meu pé atrás com os estudos a distância, sempre me perguntava se realmente era real o aprendizado. Quando me decide que iria fazer uma pós EAD tive o pensamento que acho que todos devemos ter: comprometimento e dedição! Pois no presencial como diz o texto você tem os professores e colegas cara a cara, e tem a responsabilidade de todos os dias estar ali. Minha grande preocupação era somente está e acho que de muitas pessoas também. Mas o importante é você ser fiel a você mesmo e aos seus ideais, pois todas as formas de conhecimento não terá o mesmo peso sem a qualidade que você mesmo adicione. Nada é tão bom sem sua dedicação!! E tenho absoluta certeza que escolhi certo!!

    15. Gleice Leal disse:

      Bom Dia Profº Mattar!
      Acabo de ler o seu artigo e concordo com a colega acima, mas achei a colocação um pouco rádical coloquei a minha opinião em meu blog http://gleiceleal.blogspot.com/ e acredito que este tema ainda vai render muitos debates.

    16. Ana Paula Gomes da Silva disse:

      Caro prof.º João Mattat,

      Atuo como professora do ensino fundamental e do ensino superior.
      Sabemos que a educação presencial almeja por transformações há séculos, a sua evolução acompanha lentamente a passos de tarturuga as transformações sociais e tecnólogicas. Temos problemas relacionados a conteúdo, avaliação, metodologia, entre outros que são essenciais para que a educação presencial aconteça. Mesmo com tantos problemas na educação confesso que por muito tempo fui contra o ensino a distância por acreditar que ensino e aprendizagem necessitava de uma relação presencial entre professor x aluno x escola.
      Acredito ainda que nós professores travamos em sala de aula uma luta diária com o aluno: “tentando colocá-lo como sujeito de sua aprendizagem”.
      Mas o tempo passa e nos dias atuais não podemos negar a relevância da internet na vida das pessoas. Acredite temos crianças entre 6 e 7 anos dominando muitas redes sociais, realizando leituras em sites diversificados, criando blogs, e muito mais e hoje percebo que minha formação docente requer domínios e habilidades nesta área (internet) que tempo atrás não precisavam caso contrário não posso “organizar a minha aula na linguagem do meu aluno”.
      Não basta saber usar o computador, realizar uma pesquisa, montar um arquivo e preciso muito mais e assim inicie uma pós a distância.
      Além da pós e ao realizar a leitura do seu texto mudei de opinião, acreditando sim no ensino a distância. Apoio a EAD sem negar os problemas citados no texto, mas vejo tudo como uma transformação e evolução que necessita de supervisão, regulamentação dos órgãos públicos e principalmente da sociedade. Nossa luta prima pela qualidade do ensino tanto no presencial quanto na EAD.

      Abraços.

    17. Dalton Giovannini disse:

      Prezado João Mattar,

      A palavra que expressa meu sentimento após ler seu texto é “contraposição”, mas uma contraposição apoiadora, reflexiva (se me permite colocar desta maneira). O seu texto, na minha opinião, é muito inteligente ao oferecer apoio a uma campanha que coloca críticas ao modelo EaD sabendo claramente das deficiências do modelo fordista. Contudo, a própria campanha abre espaço para que sejam discutidos aspectos educacionais importantes no modelo EaD (como também no modelo presencial). Somente a discussão leva a evolução e o ar de EaD que você respira também é meu objetivo, portanto seu texto leva a crer que teremos ainda um caminho a percorrer na construção do conectivismo.

    18. João Mattar disse:

      Dalton, compartilho da sua visão. A campanha tem falhas, mas pode nos levar a refletir se o modelo de EaD que queremos para o Brasil é o que estamos implantando nos últimos anos, no ensino público e privado. A maioria das pessoas e entidades, mesmo sendo contra, não têm se mobilizado, ou apenas publicado artigos acadêmicos. O Conselho de Serviço Social tomou uma posição, e isso é louvável. O objetivo final é, colaborativamente, conseguirmos influenciar no modelo de EaD que o país adotou, que no fundo não tem sido discutido com praticamente ninguém.

    19. Claudia Rosin disse:

      Olá João! Como Vai?
      Não nos falamos desde o congresso da ABT, já faz tempo, hein? rsrs
      De fato precisamos nos cercar de cuidados, pois como sabemos há cursos e “cursos”.
      Não podemos generalizar, pois há muita qualidade na EAD do nosso país, mas também há muito “fast food”, cursos vazios de conteúdo, de interação, de aprendizagem efetiva…
      Acho muito positivas as ações de fiscalização e alerta, pois só assim será possível uma seleção e a sobrevivência dos melhores.
      Um grande abraço

    20. Cristina disse:

      Prezados!
      Após ler esta reflexão, acredito ainda mais na EAD e não podemos outorgar somente à tecnologia a responsabilidade desse trabalho, é fundamental que “avancemos na direção das tecnologias, sem perder o humanismo (Arnaldo Niskier)” e para isso é necessário que EAD seja vista mais do que uma ideologia, metodologia e sim como um processo. A idéia de processo, vêm da visão de que cada parte envolvida, deve ter de suas responsabilidades e deveres no desenvolvimento da aprendizagem.
      Abs

    21. Debora disse:

      Prof. João,
      Parabéns pela postagem.
      Ela nos faz refletir a EAD sem “romantismo”, analisando todos os pontos: positivos e aqueles que merecem ser revistos.
      Vivemos em um mundo de “superficialidade”, onde tudo é rápido demais, onde a quantidade é mais importânte do que qualidade. E esta superficialidade tem se apresentado no processo educativo, tanto presencial quanto a distância.
      Nós, profissionais que trabalhamos com educação, temos que trabalhar estes pontos com nossos alunos, mostrando a eles a importância do aprofundamento dos estudos, da dedicação e da responsabilidade que cabe a cada um – professor e aluno – dentro deste contexto de ensino-aprendizagem.
      Mais uma vez…parabéns pelas palavras.
      Prof. Debora Rondinelli.

    22. João Mattar disse:

      Debora, romantismo é uma palavra muito rica para caracterizar a discussão. Se formos otimistas seremos mais românticos, mas se olharmos para a realidade ao nosso lado, seremos mais realistas, o que é difícil, principalmente quando estamos envolvidos no processo.

    23. Eliana Guedes disse:

      Meu Deus. Sensacional o seu texto professor João!
      Inicialmente fiquei triste com a campanha, ela pode ser vista de uma maneira bem geral tirando a credibilidade dos cursos e dos profissionais que dão de tudo para isso tudo acontecer. Não gosto muito da ideia dos folders da campanha irem para lugares públicos onde a maior população não tem conhecimento do que realmente se trata. De qualquer forma sempre fui muito fã do seu trabalho e continuo te admirando.
      Obrigado pelo brilhante texto.

    24. Willian Caetano disse:

      Prof. João,

      Após ler o texto e os (Posts) aqui deixados, digo que estou frustrado ao deparar com tantas criticas e incertezas deixadas por (Incrédulos da própria nação), pois, haja visto a frase encontrada no texto; “A EaD no Brasil”, esta parecendo que a critica aponta para o Brasil e não pra EaD. Vamos lembrar a todos que ao difundirmos o conhecimento através desta modalidade de ensino, estamos aderindo ao que a nossa era nos dá, Evoluir com os meios existentes.
      Atenção pessoal, vamos acreditar nós podemos.

      Obrigado Prof. João.

    25. Caríssimo Prof. Mattar

      Antes de mais nada nossa respeitosa saudação, espero em breve revê-lo pessoalmente e ao Wilson (nos encontramos em Brasília no Fórum de EAD do Judiciário…) desta vez aqui no “meu pedaço” em Manaus :-).

      Agora indo ao comentário…, não obstante todo o referencial teórico apresentado e que legitima os questionamentos referentes a EAD, bem como, alguns fatos que não podem ser desconsiderados em uma análise séria sobre EAD (em contexto geral e/ou específico), temo que as verdadeiras intenções e razões por trás de todo discurso META-MODALISTA (termo novíssimo cunhado agora… :-) ) seja sim reacionarismo, preconceito e discriminação contra a modalidade a distância, porém devidamente camuflado em “preocupação com a qualidade” e com os “efeitos profissionais e sociais” .

      Digo isso a partir da experiência adquirida em anos de leituras, escritas e debates na minha militância principal que é o movimento negro… .

      Identifiquei na campanha “Educação não é fast-food”, exatamente o mesmo método de tentar “embarreirar” a democratização do acesso ao que a “elite” do Serviço Social (notadamente a acadêmica e “reguladora profissional” ) considera “seus domínios”, que encontro diariamente nos discursos META-RACISTAS da elite brasileira (e dos seus “aspirantes” da classe média) contra as Ações Afirmativas no acesso universitário e em outras esferas sociais para as populações historicamente prejudicadas e excluídas.

      Não obstante o curso de Serviço Social fazer parte dos chamados “cursos de pobre” (aqueles que não garantem grande mobilidade social, não interessando portanto aos “filhos de rico”, o que abre espaço para os “filhos de pobre” alcançarem com maior facilidade uma carreira de nível superior), é evidente que depois do processo de formação ideológica característica das ciências sociais e correlatas, se forma uma “casta” de origem proletária, mas aguerridamente “politizada” e que precisa encontrar “causas de interesse interno” para mobilizar a classe e manter viva a chama da ilusão que agora estão “do lado de cima da sociedade” , sendo necessário “primar” pela “qualidade e mérito” do acesso à “ORDEM” …

      O discurso é “bonito”, parece se preocupar com o “bem coletivo”, mas no fundo tem com real motivação os velhos preconceitos e como meta principal não declarada, preservar os recursos do grupo “já bem instalado” do compartilhamento com os “diferentes” que começam a chegar em maior número (nesse caso a diferença é a modalidade historicamente discriminada) ; a retórica não é difícil de “encantar” pessoas bem intencionadas, mas alheias as reais motivações e interesses e métodos de preservação do Status Quo.

      Pode parecer “paranóia” mas não é … se você ler o trecho abaixo, trocando a palavra “raça” por “modalidade” vai perceber a impressionante justaposição conceitual.

      “São quatro os sentimentos que, segundo (Blumer, 1939), estarão sempre presentes no preconceito racial do grupo dominante: (a) de superioridade; (b) de que a raça subordinada é intrinsecamente diferente e alienígena; (c) de monopólio sobre certas vantagens e privilégios; e (d) de medo ou suspeita de que a raça subordinada deseje partilhar as prerrogativas da raça dominante. ”

      Estou terminando de fazer a atualização e revisão do meu primeiro livro (na realidade uma “versão livro” da minha monografia da especialização em EAD em 2006) “A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO. ” , pretendia apresentar para uma editora e ver se conseguia lançar no CIAED aqui em Manaus no fim do mês, mas atrasou e não há mais tempo hábil…, mas talvez consiga estar com uma edição independente (daquelas por demanda) pronta até lá, vou tentar incluir essa questão da campanha do CFESS no tópico sobre resistências a EAD… , se interessar mando uma cópia do texto antes de mandar editar, ficaria honradíssimo com sua opinião ou contribuição ao texto.

      Bom é isso,
      Grande abraço !

    26. João Mattar disse:

      Juarez, realmente não enxergo dessa forma e procurei tornar pública a minha visão sobre a campanha e alguns problemas da EaD. Se quiser me enviar o texto, será um prazer joaomattar@gmail.com

    27. Irani disse:

      João, após a leitura completa do post consegui entender sua postura quanto a apoiar a companha. Interessante pois é preciso ir além de tomarmos um partido da situação precisamos pensar criticamente os dois lados, não é só fazer, o como fazer também influência. Não concordo com a defesa cega deste ou daquele método, pois a questão aqui não é partidária e sim a qualidade e a possibilidade para aquilo que se propõe. E como escrevi em um comentário em outro post o que precisa ser avaliado é a qualidade quanto aos resultados obtidos.

    28. Lana Amaral Nunes disse:

      Bastante pertinente a discussão. Considero esta temática necessária ao cotidiano dos professores, afinal, o uso da tecnologia na educação e a modalidade Ead, está aprovada e autorizada pelo MEC e me parece não ter volta. Então, aos profissionais da Educação comprometidos com o processo de formação profissional não há outro caminho a não ser discutir, debater e propor as alterações necessárias para a melhoria do ensino na graduação.

    29. Boa tarde! Professor João Mattar,
      Concordo plenamente com o seu texto, pois uma grande vantagem do ensino à distância através da Internet é que este tipo de ensino pode ser utilizado por um grupo variado de pessoas que dele necessitam: alunos, estudantes universitários, trabalhadores, bem como por aqueles que querem voltar ao trabalho após um período de ausência…

    30. Jeferson Taborda disse:

      Boa noite.
      Muito instigante a polêmica gerada pelo tema. Talvez o maior benefício trazido pela EAD seja a possibilidade de levar “educação” para muitos locais onde determinado ensino presencial demoraria a chegar, que comumente chamam de “inclusão digital”.
      O problema, ou melhor, os problemas são os próprios de nossa cultura consumista, onde o acumulo de capital, utiliza da “inclusão digital” para “incluir capital” aos detentores das melhores potentes tecnologias.
      É claro que a emergência da EAD possibilitou um crítica profunda no modo como os modelos tradicionais de educação eram realizados.
      De qualquer modo, acho que a campanha “Educação não é fast-food” reflete bem o jogo político no qual a Educação se encontra, que corta transversalmente tanto o ensino “presencial” quanto o “a distância”.

    31. Francisco Armando Dutra disse:

      Ótima reflexão Professor Mattar.
      A qualidade da educação no Brasil, seja ela EaD ou Presencial, será o fruto de uma discussão democrática. O que deve está em pauta, não é a qualidade EaD, é a qualidade DA EDUCAÇÃO.
      O manifesto corajoso do Serviço Social, não é contra a EaD, é contra a oferta discriminada e sem controle da EaD.
      E isso vai nos levar a uma discussão, uma reflexão, e tomadas de posições e decisões dos órgãos regulamentadores.
      Para ter qualidade tem que ter discussão e, alguém tem que acender o estopim. Vamos ver os resultados.

    32. João, não comungo do seu pensamento! O simples fato de estarmos debatendo EaD por meio de um blog e da forma mais frágil de interação, a assíncrona, prova que a crítica é exagerada e transfere ao modelo os problemas que são do fazer. Não vou argumentar sobre todo o conteúdo do texto. Por enquanto, quero ater-me à parte da conclusão na qual você afirma que devemos fazer uso das críticas veiculadas pela campanha como referência para criticar “…a maneira como a EaD tem sido implementada em diversos projetos no Brasil, privados e públicos.” . É isso João! É isso que temos que fazer! É isso que a campanha deveria apregoar: Debater a maneira que os cursos são ofertados em EaD e não fomentar a sua morte. Por fim, ao criticar a campanha e ao discordar de você, não o faço por militância, faço porque sou livre para acertar e para errar.

    33. Hamilton Oliveira Lima disse:

      Prof Mattar, boa noite!
      Após ler sobre sua participação no caso Fast Food versus EAD, este ponto em especial, versando sobre os debates assíncronos serem imprescindíveis, não podendo ser substituídos por debates síncronos presenciais, deixou-me divergente quanto ao seu parecer:
      ”A campanha afirma também que não há debates em EaD, sendo as dúvidas tiradas apenas por email. A EaD se caracterizaria pelo processo informativo – isso ocorre, como vimos, no fordismo, e por consequência em muitas de suas ocorrências no Brasil. Várias críticas à campanha, entretanto, apontam com razão que pode sim haver debate na EaD, até mais do que no presencial, e que em geral esses debates não ocorrem por email, mas em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Para representar melhor a preocupação do Serviço Social, talvez a questão precise ser reformulada: seriam os debates na EaD, em geral assíncronos e realizados em fóruns de discussão, suficientes para a formação de um profissional de serviço social?
      Parece-me uma preocupação extremamente legítima questionar se o debate à distância, em geral assíncrono, é suficiente para formar um profissional na graduação. Como afirmou uma palestrante durante o Encontro, debates presenciais permitem (e forçam) a elaboração qualificada e crítica da realidade exatamente no momento em que estão ocorrendo. Como vimos, Dreyfus compara nosso corpo a câmeras na EaD; poderíamos fazer o mesmo em relação aos AVAs. Parece-me legítimo um Conselho defender que, para a formação de seus profissionais, debates presencias síncronos são imprescindíveis, não podendo ser substituídos por debates à distância assíncronos. “
      Exponho aqui meu ponto de vista quanto a esta afirmação, onde sabemos que nos debates inopinados presenciais, sem prévio preparo, não há igualdade de conhecimentos, levando vantagem quem o inicia. Utilizando-se de suas duas citações, temos :
      “Um indivíduo que possui a capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, é um indivíduo dotado de senso crítico.” (CARRAHER, 1993, XIX) e
      “… o pensador crítico precisa ter uma tolerância e até predileção por estados cognitivos de conflito, em que o problema ainda não é totalmente compreendido. Se ele ficar aflito quando não sabe ‘a resposta correta’, essa ansiedade pode impedir a exploração mais completa do problema.” (CARRAHER, 1993, XXI)
      Portanto defendo que:
      O debate assíncrono nos permite, parar, analisar, estudar, nos lastrear de informações e ferramentas para que o tema do debate seja devidamente alcançado, dando a todos a isonomia de recorrer a fontes de informações, que no momento do ocorrido não dispomos e mesmo com certo grau de conhecimento, ficamos receosos quanto a alguma citação, numero ou dado que não recordamos no momento. Substituindo sim e com melhor gabarito.

    34. João Mattar disse:

      Hamilton, os debates assíncronos têm também vantagens, que você aponta muito bem. Mas os síncronos têm outras características, importantes também para a formação de um profissional, principalmente de Serviço Social. É este balanço que me parece interessante.

    35. Elaine disse:

      Olá Professor João Mattar!
      Excelente texto, parabéns!
      Acredito muito na Educação a Distância, na preocupação pela qualidade que está sendo oferecida, e por esse motivo, concordo com a manifestação, pois todos devem lutar por uma educação sempre melhor.
      Temos que fazer com que os alunos da EAD não sejam prejudicados perante aqueles que estão em cursos presenciais, ambos devem receber educação com qualidade, formando profissionais capacitados para enfrentar as exigências do mercado.

    36. Juliana disse:

      Professor João,

      Assim como vários outros que postaram neste tópico também estou fazendo a pós a distância em EAD.
      Não é minha primeira experiência como aluna em cursos nesta modalidade. Fiz parte da primeira turma da “Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo Paulo Renato Souza Costa”, que tem como objetivo “formar” os professores ingressantes na rede após aprovação em concurso público antes de iniciarem na sala de aula.
      De maneira geral, achei o curso proveitoso. Principalmente pela diversidade de atividades solicitadas aos participantes, desde múltipla escolha a questões dissertativas em matemática (que é minha área).
      No entanto, nenhuma delas foi tão significativa como a construção do blog solicitado.
      Apesar de ter realizado o curso on line e achado válido, nunca li muito, na verdade nada, sobre Educação a Distância antes da pós.
      Confesso que após ler o artigo na íntegra, não só entendi a sua “defesa” à campanha como também concordo com ela.
      A reflexão sem romantismo sobre o modelo de EAD que queremos, tanto para lecionar como para estudar deve ser feita por todos: militantes, alunos, professores, etc. Devemos ser capazes de enxergar a realidade que estamos inseridos e discutir sobre ela sem “rodeios”.
      Sobre a enorme quantidade de alunos que um tutor tem que atender ao mesmo tempo, isso já acontece em muitos cursos presenciais também. Com salas inchadas, a qualidade das provas e atenção que o professor consegue dedicar a cada aluno não acaba sendo muito diferente…
      A “Educação fast-food” infelizmente não acontece só a distância, ela já chegou aos campus também…

    37. Roseli Reis Veiga disse:

      Olá Prof.
      Parabéns pelo texto e pela iniciativa de discutir EAD de forma aberta, sem medo de apontar seus problemas. Como muitos aqui sou aluna da Pós de Metodologia e Gestão da EAD, sou professora da educação presencial e já fui tutora na EAD, já critiquei muito esta modalidade e mudei de opinião quando passei a compreendê-la um pouco melhor (ainda tenho muito a aprender sobre), consegui entender que a proposta é muito boa e que traz ricas contribuições no processo de aprendizagem, porém, não dá para negar que a forma como ela tem sido utilizada por muitas Instituições, carregam problemas muito parecidos com os da educação presencial. Entre eles a manutenção do modelo fordista na educação, tão citado nos textos discutidos nos blogs por onde passei. Então penso que estamos migrando para uma modalidade não nova, mas que tem utilizado recursos tecnológicos lançados a cada pouco tempo, porém carregando problemas da educação presencial. Por isso compactuo aqui com as palavras da colega Ana Beer, seja na EAD, seja na presencial … “ecoa dentro de mim a sua frase: “. É isso o que queremos? Quem tem se mobilizado?”. Temos muitas discussões pela frente, fico feliz por ver um prof. especialista em EAD, nos chamando para essa reflexão.
      Abraços,
      Roseli Reis Veiga

    38. Edileuza Ferreira Gonçalves disse:

      Olá Professor,

      Achei interessantíssima sua explanação sobre a Campanha. Foi claro e objetivo. Tenho muito para aprender e estou fascinada pelo seu trabalho, já li vários artigos seu.

    39. Kelly Gouveia disse:

      Olá, muito interessante e instigante essa problemática, faz com que conceitos que tinhamos antes passam a ser revistos, a aprendizagem a distancia vem caminhando a passos largos e cada vez mais alunos estao fazendo parte dessa nova modalidade. Cabe a nós professores tutores debatermos com nossos alunos essas questões e concientiza-los que a EAD é de qualidade e que poderão ser ótimos profissionais no mercado de trabalho (claro que depende tambem de cada aluno fazer com que isso aconteça, determinação).
      abraços………

    40. Daniele disse:

      Concordo com Kelly pois, se o aluno não tem vontade, seja em EAD ou aulas presenciais, ele não irá aprender.

    41. Tais disse:

      A defasagem da educação Fundamental e de ensino Médio pode ser um obstáculo para alunos tanto de EAD quanto de aulas presenciais, portanto, depende deles buscar o conhecimento, o estudo e as superações.

    42. Olá! Boa tarde!
      Fiz leitura do texto e gostaria de enfatizar a importância do trabalho do Tutor Presencial e Tutor EAD. O tutor deve estimular a participação do grupo de alunos, respeitando as diferenças e estabelecendo uma relação de confiança . A intervenção de um tutor deve ter um caráter provocador, que auxilie nas dúvidas e no processo de aprendizagem.
      Que ele possa verificar a participação e identificar os avanços e dificuldades no sentido de fornecer o máximo de subsídios aos alunos.
      Parabéns pela qualidade dos artigos publicados.
      Estou cursando MBA- Gestão de Pessoas – Anhanguera e um dos trabalhos que estamos desenvolvendo foi criar um blog. Por isso, deixo o meu endereço para que acessem e deixem seus comentários.
      http://prof-nilva.blogspot.com/

      Desde já agradeço a atenção.
      Profª.Nilva

    43. Karin disse:

      Professor Mattar,

      o senhor de fato sintetizou claramente o primordial que está faltando na EaD brasileira: debate. Acredito também, como o senhor mencionou, que as críticas da categoria devem servir como exemplo para que discutamos mais sobre o assunto, troquemos mais informações, busquemos as melhores práticas que tem sido implementada em diversos projetos no Brasil e no exterior. É na troca qualificada de ideias e opiniões, e não na crítica pela crítica, que avançaremos para uma educação (seja presencial ou a distância) de qualidade.

      Obrigada por nos brindar com seus artigos, suas ideias e comentários. Com certeza enriqueceu (e continuará enriquecendo) nosso aprendizado.

    44. Márcia Lima disse:

      Professor, seu texto foi uma verdadeira aula de Educação a Distância. O professor Litto no curso Metodologia e Gestão para Educação a Distância oferecido pela Anhanguera Educacional ressalta a importância de verificar se o estilo de Educação a Distância agrada ao aluno, pois não é todo mundo que se adéqua á educação à distância. Vimos que Gandhi fez todo o curso de direito por correspondência. No Brasil a as bases legais para a EAD foram estabelecidas pela LDB somente em 1996. O próprio mercado de trabalho ainda faz restrições aos cursos a distância, Penso que a EAD é um caminho sem volta, vários fóruns de discussão haverão de ser feitos no sentido de refletir e encontrar caminhos para uma educação de qualidade aproveitando as tecnologias disponíveis.

    45. Leandro disse:

      Prof.

      Ótimo post.

      Esses debates devem ser mais comuns, pois só assim conseguiremos mostrar as vantagens da EaD e também corrigir os eventuais erros que existem.

    46. Patrícia de Abreu disse:

      Caro Professor João,

      É fato que a Campanha lança em nossa sociedade a discussão sobre educação à distância, apesar de, ter sido iniciada por uma classe profissional.
      Todos os argumentos contrários e favoráveis, bem como as antigas críticas à educação presencial me fazem crer que esse seja um dos grandes momentos de mudança que se antecedem na sociedade. Ao ler seu brilhante texto, fiquei quase sem palavras e me lembrei da Teoria da Curvatura da Vara, de Demerval Saviani. Percebi certa semelhança entre tal teoria e o que talvez estejamos vivendo nas mudanças que a EaD vem trazendo. Me ponho a refletir de maneira mais profunda a partir da Campanha em comento e de suas também consideráveis reflexões sobre o tema.

      Abraços e parabéns!
      Patrícia de Abreu

    47. João Mattar disse:

      Puxa, Patrícia, você não quer elaborar um pouco mais sobre a teoria do Saviani e a relação que você traçou com as mudanças na EaD? Achei muito interessante.

    48. Pingback: De Mattar » Blog Archive » Educação não é Fast-Food

    49. Michele Dorneles disse:

      Concordo com Antonio Augusto, quando ele fala do absurdo das instituições que visam o lucro,assim como a quantidade de alunos tanto no curso de EAD como no curso presencial.Já senti esta dificuldade em minha prática, o que ao mesmo tempo serviu como aprendizado,pois tive que modificar alguns métodos de trabalho para dar conta da demanda apresentada.Atualmente, estudando sobre a EAD tenho me envolvido com conceitos e com outras formas de lidar com a questão da educação e isto tudo tem me proporcionado uma enorme inquietação e um movimento para novas descobertas.Acredito que este movimento se faz necessário na atividade do professor para que este possa absorver as TIC’s e a EAD.Tudo isto me lembra muito uma frase que gosto: “É preferível a angústia da busca do que a paz da acomodação”.

    50. Berinaldo Bueno disse:

      Muitas boas noites Prof. Mattar!
      Antes de qualquer coisa, meus sinceros parabéns pela produção apresentada! Estou vivenciando minha primeira experiência em EAD e ainda não tenho uma opinião inteiramente formada a respeito desta modalidade de ensino, logo seu texto foi de grande importância.
      A aprovação e autorização da EAD pelo MEC é relativamente recentemente, portanto devemos discutir, debater e propor melhorias sempre. Não podemos perder de vista que toda e qualquer forma de educação em território nacional merece respeito…

    51. Cristiane Bossoni disse:

      Bom noite, Professor
      Também gostei muito do seu texto.
      Principalmente porque percebi que apesar do sr. trabalhar com EaD, estudar e escrever sobre o assunto, manifesta sua opinião preocupado em desenvolver o senso crítico do leitor.
      É muito bom ver textos como esse que levam a reflexão.
      Parabéns.

    52. Vanderli disse:

      Boa noite!
      Sou tutora a pouco tempo seu texto ajudou-me a ser mais crítica e mais atenta aos debates que estão ocorrendo pelo país. Acredito que o sucesso do aprendizado está mais nas mãos do educando do que do educador ou na forma com que ela é transmitida, pois já vi ótimos educadores utilizando todos os conhecimentos, métodos e didáticas… E a criatura divina “educando”, sem interesse, não querendo apreender nada. Através de debates, encontros, socialização de trabalhos e pesquisas, todos os envolvidos na educação poderão traçar melhores perfis e direcionamento para a educação brasileira.
      Parabéns.

    53. Elke Lima disse:

      Olá! Acho importante levantar a discussão apontando os pontos a favor e contra a EaD. Mas acho que é necessário avaliar se nossos alunos estão preparados para um ensino que requer autonomia. Embora pesquisas apontam que a qualidade da formação na EaD se equipara ao ensino presencial, qual a porcentagem de alunos matriculados em cursos EaD que concluem o curso? Será que a EaD consegue substituir aulas práticas de determinados cursos como odontologia, educação física, farmácia entre outros? …..

    54. João Mattar disse:

      Elke, eu acho o discurso da autonomia do aluno na EaD um pouco traiçoeiro. Modelos mais fordistas, como os que eu discuto aqui, querem realmente um aluno que se vire sozinho, porque assim tudo fica mais barato. Mesmo reconhecendo que na EaD o aluno deve se comportar de maneira diferente do presencial, há modelos em que a autonomia não é o mais importante, mas sim a interação e a colaboração.

    55. Prof° Mattar,

      Estou na EaD a pouco tempo como tutor presencial, a dificuldade maior é com o aluno. Sinto que muitos ainda não estão comprometidos e dedicados aos estudos, ainda esperam muito do Professor, uma dependencia que nos dias de hoje não cabe. Assisti sua palestra sobre a EaD e li seu texto acima, percebi o quanto temos que evoluirmos no ensino a distância, tanto na parte tecnológica como na parte de estrutura e capacitação dos professores. Quanto a campanha Educação não é Fast-food, posso dizer que concordo em parte com o que foi divulgado, temos cursos e cursos a distância, e também penso que cursos como medicina não deva ser a distância. Já participei de vários cursos de curta duração a distância, na atidade que exerço no dia-a-dia como contador, posso afirmar que foram de grande valia, aprendi muito através das pesquisas dos temas.
      Hoje estou fazendo pós graduação em Ead ofertada pela Faculdade em que trabalho, é uma novo desavio com o qual estou muito empenhado.
      Abraço
      Mauro Nadalini

    56. Prof. Junior - Química disse:

      Prezado Prof.Dr João Mattar.
      A forma com o Sr. descreveu seus comentários, me lavaram a ter mais uma conclusão afirmativa sobre a modalidade EaD. Rico em várias formas, suas palavras realmente descreveram a união correta do contesto ensino-aprendizagem.
      Fico muito feliz em te-lô como Professor em minha Pós Graduação.
      Abraços………….Prof. Junior

    57. Cassiana Néris disse:

      Prof. Mattar,

      É legítima o posicionamento do Conselho de Serviço Social, visto que, são eles que acompanham os profissionais em seu dia-a-dia e podem observar a qualidade dos serviços prestados à sociedade. É claro que o exercício da profissão refletirá a formação recebida. Acredito que o mais importante nessa discussão é a qualidade dos egressos que estão integrando o mercado de trabalho. Será que a educação a distância praticada hoje, nos moldes fordistas, é capaz de contribuir para uma sociedade melhor? Levantar essa reflexão é extremamente importante (entendendo que estamos em meio a um processo evolutivo da EAD) para a construção de políticas educacionais mais realistas e adequadas no país.

    58. Josane Anethe Ortiz disse:

      Sou graduada em Serviço Social (presencial) e realizei minha especialização em um curso EaD. Atualmente sou tutora a distância do curso de Serviço Social. Essa nova atribuição desvelou um “novo mundo” que até então era algo que eu desconhecia e olhava desconfiada.

      Superadas as inquietações e desconfianças iniciais, hoje acredito que debater a qualidade do ensino superior é uma necessidade premente. Precisamos sim enfrentar o debate, sem cair no superficialismo, no discurso vazio, no prenconceito distituído de qualquer informação. Acredito que o CFESS tem legitimidade para debater essa questão da qualidade no ensino privado e público com propriedade. Construiu sua legitimidade historicamente. Não se trata de uma instituição sem história.

      Assim como não podemos também ignorar os profissionais da educação envolvidos no EaD, que com seu comprometimento pessoal e profissional estão implantando um novo paradigma.

      São dois lados, opostos nesse momento, mas que eu acredito em algum momento terão que baixar a guarda e buscar o diálogo tendo em vista a qualidade do ensino seja presencial, a distância, público ou privado.

      Eu acredito no meu trabalho, em meu compromisso ético político com a profissão. Sou Assistente Social por opção e isso acredito faz a diferença onde quer que eu esteja. Estou predisposta ao debate, desde que respeitoso, ético e coerente.

      Gostei muito da sua reflexão, professor João. Me fez também repensar muitos conceitos acerca do tema, rever posições e posturas.

      Um grande abraço,

      Josane A. Ortiz

    59. Boa noite,

      Prof. João, sou aluna de pós graduação da Anhanguera (Metodologia e Gestão em EAD). Preciso aqui mencionar que sua aula me motivou ainda mais em conhecer, refletir e aprender cada dia mais e mais… Adorei a forma como foi colocado e as críticas preciosas…
      A EAD como foi colocado em aula é mais antiga do que imaginamos, e fiquei esta semana tentando refletir sobre os assuntos. Em conversas e outras, mencionei que os livros são uma excelente forma de EAD, quantas pessoas aprenderam a ler e escrever, tendo apenas uma pequena base, quantas pessoas se formaram, ou são auto-didatas, por causa dos livros, que a pouco tempo era uma das únicas formas de aprendizagem. Hoje o não há barreiras… não há fronteiras… não há tempo… não há distância, há apenas o interesse de aprender e conhecer.
      Com a criação dos blogs (atividade) tem me sido muito valida, pois além de pesquisar vários outros blogs, tenho interagido e muito com meus colegas de curso, um adendo que estes colegas estão em todo Brasil.

      Obrigada desde já pela aula e pelo “pontapé” inicial para uma visão critica sobre EAD

      Abraços

      Thalita Moschini

    60. João Mattar disse:

      Josane, sua participação no debate é essencial, principalmente pela sua história. Espero que possamos nos conhecer e conversar mais sobre o tema. Thalita, bem lembrado, o livro é um suporte para a EaD, mas mesmo antes do livro, os papiros, pergaminho, pedras etc. podem ser colocados na história de uma forma interessante.

    61. Professor, sou aluno de pós em Metodologias e Gestão para EAD da Anhanguera, esta é a 3ª pós que realizo a distância. Acredito serem de muita valia os debates sobre EAD, com certeza contribuirão para o aprimoramento de sua qualidade. Sou professor tutor da Anhanguera, também já fui professor em cursos presenciais. Penso que a EAD não tem como objetivo substituir a educação presencial, mas contribuir para levar conhecimento para um público diferenciado, público este que por motivos diversos não dispõe de tempo para seguir horários pré determinados “engessados”. Temos muitos municípios em nosso país que não possuem IES, a EAD torna-se a única possibilidade de acesso ao Ensino Superior. Também sou militar do Exército e vejo muitos exemplos de companheiros que cursam ou cursaram EAD, tendo vista as transferências periódicas de cidade.

    62. João Mattar disse:

      Pedro, não modero os comentários do blog, mas o seu ficou preso no antispam – que censura! Veja – a campanha não pede a morte da EaD – a campanha é contra a formação à distância em Serviço Social, da maneira como ela ocorre no Brasil.

    63. Jaiana disse:

      A campanha, independentemente das críticas que possa receber, já é importante pelo fato de nos fazer pensar sobre a qualidade dos cursos EaD ofertados no Brasil. De fato, a interação é necessária para a Educação. Mas essa interação não precisa, necessariamente, ser “cara a cara”. Os (bons) modelos de EaD podem oferecer muito mais interação do que alguns cursos presenciais. O problema não está na EaD, mas nos modelos de EaD pelos quais algumas instituições se pautam. Esses modelos, ultrapassados, transformam a Educação em algo estático, pré-fabricado. Com isso, fragmenta-se todo o trabalho necessário para o processo de ensino-aprendizagem, diluindo a função do professor. Com isso, também, se aliena o aluno, não estimulando sua aprendizagem, mas a simples reprodução de algo que lhe foi pedido, sem pesquisa, sem reflexão. As instituições que se pautam pelos modelos de “educação industrial”, não estão preocupadas com Educação, mas com o lucro. Elas acreditam que a EaD é uma forma mais barata de ofertar cursos e ter mais alunos. Também não avaliam as especificidades de cada curso, já que alguns se adaptam melhor à modalidade EaD, enquanto outros necessitam de partes presenciais. Será que um curso como o de graduação Serviço Social pode ser oferecido totalmente a distância? Quais cursos podem ser oferecidos totalmente a distância? Quem decide essa diferença entre os cursos? Essas são questões, assim como as sobre tutoria e avaliações, que a campanha levanta e nas quais nós devemos pensar.

    64. Priscila de Loureiro Coelho disse:

      Prof. João

      Seu texto é primoroso e nos convida a aprofundar a discussão sobre o tema. Numa ampla abordagem ressalta com propriedade a necessidade de prudência e bom senso, no que se refere a educação à distância.

      Bom lembrar que Durkheim, coloca a educação como um fato social, ação que reflete valores, objetivos e modo de lidar com a realidade; o que nos leva a deduzir que se a sociedade muda, consequentemente haverá alteração na educação. Segundo Weber a formação do homem culto versus a formação do especialista é uma questão presente na sociedade capitalista, na medida em que a sociedade vai atribuindo cada vez mais importância ao saber especializado. Esses são “ingredientes” que se juntam às considerações que seu texto coloca despertando interesse e provocando elucubrações pertinentes.

      A mudança exige maturidade, preparo e uma nova forma de pensar, pois do contrário não haverá alteração alguma no comportamento e assim, nenhuma inovação será consolidada.

      Parabéns pelo trabalho.

      Priscila L. Coelho

    65. Jorceli de Barros disse:

      Pensei muito sobre tudo o que foi escrito neste blog envolto da campanha do CFESS e a vejo de forma muito positiva e válida, pois nos chama a atenção para refletirmos sobre o rumo da EaD no nosso país. Acredito que nos invocou a sair da zona de conforto quanto ao assunto, pois leva ao questionamento sobre os pontos positivos e negativos quanto ao que está sendo aplicado hoje na modalidade a distância e o que pode ser modificado dentro desse contexto e principalmente revermos conceitos, afim de alinhar e aperfeiçoar todo processo visando a qualidade e credibilidade ao nosso maior interessado que é o aluno.

    66. João Mattar disse:

      Jorceli, também tenho essa leitura. Pode haver problemas com a campanha, mas calar a sua voz não me parece ser a estratégia mais interessante, mesmo para nós que trabalhamos ativamente com EaD. Acho que eles têm um olhar que tem muito a contribuir com nosso trabalho e com a educação no sentido geral.

    67. aloisio letti grazziotin disse:

      Prof. João,

      A campanha contra a Ead ja perdeu o sentido. Esse processo de aprendizagem venho para permanecer. Bater contra as realidades da tecnologia da informação é meta infrutifera. Os protagonistas desta campanha certamente ja devem estar repensando suas estratégias.

    68. Eduardo Cristello disse:

      Pessoal só para contribuir com tudo o que já foi dito, segue determinação da Justiça Federal sobre o tema, muito apropriada por sinal:

      “Uma liminar da Justiça Federal proibiu a veiculação da campanha do Conselho Federal do Serviço Social que compara o ensino a distância de Serviço Social à alimentação fast-food. A liminar foi concedida pelo juiz federal Haroldo Nader, da 8ª Vara de Campinas (SP), em ação cautelar movida pela Associação Nacional dos Tutores de Ensino a Distância (Anated)”.

      a reportagem completa pode ser lida no link;
      http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,liminar-proibe-divulgacao-de-material-que-compara-ensino-a-distancia-a-fast-food,753702,0.htm

    69. João Mattar disse:

      Aloisio, a campanha do Serviço Social não é contra a EaD, mas contra a formação em Serviço Social à distância. Eduardo, menciono a liminar no final do meu e, como disse, espero que isso não sirva para calar uma voz crítica, da qual precisamos muito.

    70. Patrícia de Abreu disse:

      Profº João

      Fico feliz que tenha gostado das minhas considerações englobando a teoria de Saviani. Certamente contribuirei mais sim e pesquisarei também. vou postar algo no blog a respeito; conheça-o também, será um prazer recebê-lo por lá: http://www.pensandosobreead.blogspot.com

    71. Pedro Eduardo disse:

      O Conselho Federal do Serviço Social que compara o ensino a distância de Serviço Social à alimentação fast-food. Da para perceber que tem uma falta de informação, já que muitos profissionais que não dominam as ferramentas tecnológicas têm receio de utilizar, gerando discussões sobre o uso não só nos meios de ensino, que só atrapalha no desenvolvimento da população.
      Quando surgiram os primeiros professores, que eram filósofos utilizava as pedras para poder deixar informações, que foi evoluindo com o tempo, e foi desenvolvido vários meios de deixar informação, escrita para facilita e desenvolvimento da vida. Já imaginaram sé não tivesse as folhas de papel?
      Já que temos ferramentas tecnológicas para desenvolver a educação temos que utilizá-las de forma correta, sendo aplicados no desenvolvimento da educação em geral, já que sem educação não tem desenvolvimento de uma sociedade.

    72. ElisandraGJ. disse:

      Percebo em meu dia a dia de professora e acadêmica que as críticas sempre partem de pessoas que não dominam as ferramentas tecnológicas. Há, infelizmente uma resistência muito grande em relação ao ensino -aprendizagem em EaD por pura falta de informação, diria maturidade, e quando falo de maturidade não estou falando necessariamente de idade cronológica.
      Observo também que, será inevitável, a Ead já é uma realidade e quem não correr atrás vai permanecer profissionalmente parado e não conseguirá futuramente se inserir no mercado de trabalho.

    73. Gostei do texto! Chamo atenção para um processo paralelo ligado às questões pertinentes ao direito autoral, criação colaborativa e EAD em:
      http://pesquisaaberta.blogspot.com/2011/08/educacao-distancia-e-direitos-autorais.html

    74. Audrey disse:

      João

      Concordo plenamente com seu parecer. Temos que estar abertos para novas reflexões e buscarmos cada vez mais em EAD priorizar um ensino de qualidade em nosso país. Precisamos rever nossas formas de praticar EAD. Priorizar maior interatividade e o formento da construção do conhecimento nos modelos ora dominantes faz-se necessários em nossos dias.
      Parabéns pelo blog!

    75. Ótimo texto. O ensino de qualidade deve sempre vir em primeiro lugar!

    76. Tão logo tive contato com a EAD, me encantei pela metodologia e as suas possibilidades de inclusão, esse é um processo sem retrocesso. Portanto, em relação à campanha “Educação não é fast-food”, penso que o cidadão, as instituições, toda a sociedade pode e devem criticar, quiçá criticas construtiva, pois, não há que se pensar em excluir e sim em contribuir, o debate deve suscitar em torno das falhas? Claro que sim! Contudo, por conta da responsabilidade social, não é possível sermos inconsequentes, pois, estamos falando de uma metodologia legalizada junto ao MEC, metodologia essa que tem seus pontos positivos e, não poucos, reconhecidadamente existem falhas, até porque, segundo Carbonari Neto, Carbonari e Demo (2009) o conhecimento é uma dinâmica com disrupção e reconstrução em polvorosa permanente, no caso da EaD toda essa agitação é amplificada por conta da mudança de paradigma.
      Atualmente faço uma pós em Metodologia e Gestão para EaD (ANHANGUERA) e estou no processo para defender minha dissertação em Gestão, Planejamento e Estratégia Empresarial, (UAL) cujo tema gira em torno da “Imagem das Instituições de EaD em Manaus”, e por força das minhas pesquisas, vejo que ainda não existe um modelo pronto para EaD, mas, aqui na Amazonia onde, as dificuldades logísticas são bem maiores se comparadas a outras regiões do país, a EaD é a alternativa para muitos, perceba-se que não disse uma das, mas sim, a única alternativa também para aqueles que desejam trabalhar com o “Serviço Social”, por isso, conclamo que a nossa luta deva ser em prol de um modelo de excelencia, e se tiver que ser uma metodologia mista (uma tendencia segundo minhas pesquisas) como o sistema semipresencial através da tutoria, então que seja, desde que aprimorado para não ficarmos a mercêr do interesse capitalista, que haja uma integração harmônica, onde as tomadas de decisões se façam com parcimônia por parte das instituições, assegurando acima de tudo pesquisas que apontem para uma educação de qualidade, agora, exclusão não, jamais.

    77. Tão logo tive contato com a EAD, me encantei pela metodologia e as suas possibilidades de inclusão, esse é um processo sem retrocesso. Portanto, em relação à campanha “Educação não é fast-food”, penso que o cidadão, as instituições, toda a sociedade pode e devem criticar, quiçá criticas construtiva, pois, não há que se pensar em excluir e sim em contribuir, o debate deve suscitar em torno das falhas? Claro que sim! Contudo, por conta da responsabilidade social, não é possível sermos inconsequentes, pois, estamos falando de uma metodologia legalizada junto ao MEC, metodologia essa que tem seus pontos positivos e, não poucos, reconhecidadamente existem falhas, até porque, segundo Carbonari Neto, Carbonari e Demo (2009) o conhecimento é uma dinâmica com disrupção e reconstrução em polvorosa permanente, no caso da EaD toda essa agitação é amplificada por conta da mudança de paradigma.
      Atualmente faço uma pós em Metodologia e Gestão para EaD (ANHANGUERA) e estou no processo para defender minha dissertação em Gestão, Planejamento e Estratégia Empresarial, (UAL) cujo tema gira em torno da “Imagem das Instituições de EaD em Manaus”, e por força das minhas pesquisas, vejo que ainda não existe um modelo pronto para EaD, mas, aqui na Amazonia onde, as dificuldades logísticas são bem maiores se comparadas a outras regiões do país, a EaD é a alternativa para muitos, perceba-se que não disse uma das, mas sim, a única alternativa também para aqueles que desejam trabalhar com o “Serviço Social”, por isso, conclamo que a nossa luta deva ser em prol de um modelo de excelencia, e se tiver que ser uma metodologia mista (uma tendencia segundo minhas pesquisas) como o sistema semipresencial através da tutoria, então que seja, desde que aprimorado para não ficarmos a mercê do interesse capitalista, que haja uma integração harmônica, onde as tomadas de decisões se façam com parcimônia por parte das instituições, assegurando acima de tudo pesquisas que apontem para uma educação de qualidade, agora, exclusão não, jamais.

    78. Carlos Eduardo Veiga disse:

      É interessante debater, não só os pontos fortes, como também os pontos fracos no Ensino a Distância, bem como no presencial. É imprescindível o debate diário sobre a Educação, seja ela no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Novos métodos devem ser bem vindos (e bem estudados), em prol da Educação. Temos de AVANÇAR, sempre. Faço minhas as palavras do colega Joselito, quando o mesmo cita as “possibilidades de inclusão”.

    79. Elisete disse:

      Prof. João, passo a admirá-lo ainda mais pela sua coragem e embasamento na exposição das idéias e críticas a respeito da EaD. Sua postagem foi uma aula para mim. Concordo plenamente com suas palavras “cabe a nós, alunos, professores e profissionais, construir o modelo de educação, e particularmente de EaD, que queremos para o nosso país: as diretrizes não podem simplesmente vir de cima”.
      Abraços

    80. Roberto Nunes disse:

      Olá,

      Realmente as instituições que oferecem este método de ensino tem que tomar muito cuidado para que a repultação não caia por terra.Uma vez que os profissionais envolvidos desempenham suas funções com brilhantismo e dedicação.Cabe aos órgãos competentes fiscalizar e reconhecer aquelas Instituições que investem e realmente fazem a diferença,para que possa ser oferecida uma educação de qualidade que acrescente muito a nossa nação formando profissionais cada vez mais preparados.

      Att,

      Roberto Nunes.

    81. Tiago Monteiro Veloso disse:

      O debate tras consigo novas idéias e esclarecimentos. É uma ótima forma de se aprofundar em assuntos complexos como a educação a distância.

      Parabéns pelo debate.

    82. Penso que Educação a Distância (EaD) não é Ensino a Distância. Por isso é importante entendermos e diferenciarmos o que é a EaD, sua identidade, suas peculiaridades e características sistêmicas. Isso que falta aos críticos de plantão, se interar do assunto e conhecer o processo como um todo. Sou professora tutora presencial do 1 curso de Enfermagem, assumo q quando fui convidada para o trabalho de inicio recusei, mas aceitei o desafio de assistir as capacitações e me interar da metodologia. Hoje posso dizer que sou apaixonada por este mundo, e muito grata a oportunidade que muitas pessoas estão tendo de fazer um curso superior. Este ano irá formar a primeira turma de enfermagem da Anhanguera Uniderp EAD, estamos todos felizes e com o sentimento de dever cumprido, fomos e somos hostilizaos por uma pequena parte da população que também não acredita no projeto, porém ao contrario de Serviço Social, nosso conselho, sempre esteve ao lado do curso, acreditando! Posso concluir que teremos profissionais qualificados, com qualidade humana e principalemente pronto para atuar em qualquer local.

    83. Camila disse:

      Meu sonho é cursar serviço social, porém não tenho recursos pra pagar uma universidade particular. Então coloquei na minha cabeça que quero entrar na federal. Ano passado fiquei em 70º lugar de 40 vagas ampla concorrência… Notei que na UFS tem apenas uma turma noturna ou seja 80 vagas. Fiquei muito surpresa como um curso desse tão maravilhoso ter apenas uma única turma?
      Após isso, amigos vem tentando convencer me de estudar EAD, o preço? Acessível e estuda quando puder. Agora me pergunto: Como um curso de 4 anos em média, dure na EAD apenas 2? Na minha opinião, ainda torço pra conseguir uma vaga na federal, pois EAD não quero! Pois acredito também que educação é um direito de todos, nada de tentar mascarar a situação.

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