Tutoria e Interação em EaD – Prefácio de @anabee

[photopress:Tutoria_e_Intera____o_em_EaD_Capa.jpg,full,vazio]

MATTAR, João. Tutoria e interação em educação a distância. São Paulo: Cengage Learning, 2012. (Série Educação e Tecnologia).

Prefácio

O crescimento da Educação a Distância (EaD) nos últimos anos reflete o contexto da sociedade informacional e a mudança nas políticas públicas para essa modalidade, mudanças que possibilitaram sua expansão em instituições públicas e privadas. Assim, os pesquisadores que têm a EaD como objeto de estudo acompanham esse incremento com preocupação e tecem críticas aos muitos equívocos observados em diversas instituições.

João Mattar é um pesquisador de grande importância que tem criticado de forma contundente o papel dos professores nas instituições educacionais que adotaram a modalidade a distância. Seu trabalho criou um espaço até então inexistente de discussão virtual e presencial sobre os problemas enfrentados por esses professores. E não era sem tempo: a preocupação com os desdobramentos da EaD precisava desses espaços de interlocução onde os profissionais desta área podem, por fim, dialogar de maneira produtiva sobre sua prática.

Este livro é o resultado das reflexões sobre os inúmeros papéis do professor no desempenho de suas funções; reflexões que trazem importantes contribuições sobre a reinterpretação do trabalho docente e valiosos subsídios para a inovação do fazer pedagógico dos professores, independentemente de sua classificação, categorização ou mesmo de suas denominações.

Um dos pontos abordados neste livro é a controvérsia sobre o modelo de tutoria adotado, hoje, e que está na concepção de aprendizagem usada nos cursos a distância que, apesar de apresentarem em seus projetos propostas inovadoras, reservam aos tutores uma ação instrucionista, estruturada em princípios fordistas de execução do trabalho docente. O poder público evidencia a sua responsabilidade no esvaziamento das ações da tutoria estabelecendo a existência de equipes multidisciplinares e reservando ao tutor, ao mesmo tempo, um papel secundário, evidenciado pela precarização das condições de trabalho, da remuneração inferior (bolsas com valores menores) ou da pouca autonomia em seu trabalho. E isso, apesar do discurso recorrente de alguns gestores sobre a importância do tutor na EaD.

Na fala dos tutores sobre os problemas de sua função docente, além dessas questões salariais, existe uma insatisfação com suas atribuições, frequentemente cerceadas ou limitadas, apesar da formação que lhes é exigida (superior completo na área de atuação da disciplina, pós-graduação, formação continuada etc.). Ao observar as diversas responsabilidades atribuídas ao tutor, a única conclusão possível está na afirmação de João Mattar: “tutor é professor!”.

As questões abordadas neste livro refletem com exatidão os elementos necessários para ação docente dos professores na EaD, como as estratégias de interação e interatividade, os princípios da docência, as diversas ferramentas nos ambientes virtuais de aprendizagem e sua convergência com as redes sociais, assim como a importância da avaliação e da formação dos professores – e tutores.

O texto de Mattar apresenta reflexões teóricas sobre o tema e exemplos de ações realizadas em instituições com variados cursos a distância. Além disso, desenha alguns aspectos interessantes e inovadores das inúmeras possibilidades da ação docente na EaD justamente por indicar perspectivas diferenciadas que deslocam os modelos existentes, abrindo um espaço de reflexão necessário que garante a continuidade da discussão sobre o conceito do papel dos professores na EaD.

Ana Beatriz Gomes Carvalho
Professora do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino (DMTE/CE) e do programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Educação Matemática e Tecnológica (PPGE/Edumatec) da Universidade Federal de Pernambuco, na linha de pesquisa Educação Tecnológica.

FacebookTwitterGoogle+Compartilhar
Esta entrada foi publicada em EaD. Adicione o link permanenteaos seus favoritos.

66 respostas a Tutoria e Interação em EaD – Prefácio de @anabee

  1. Pingback: De Mattar » Blog Archive » Tutoria e Interação em Educação a Distância

  2. Fernanda Sousa Toledo disse:

    Vou adquirir o livro, achei interessante!
    Acredito que o profissional deva se desapegar da nomenclatura do cargo ao qual desempenha. Muitos tutores ainda se inferiorizam, ou seja o preconceito parte deles mesmos e ainda se limitam a desempenhar bem seu papel por receber um salário menor que o de professor. Mas como mencionado no texto, o tutor é um professor, e deve agir como tal, buscando práticas que enriqueçam o aprendizado dos alunos. O bom profissional busca se destacar sempre e o profissional de educação deve buscar constantemente a qualidade de ensino independente de ser um curso presencial ou EAD.

  3. Patrícia de Abreu disse:

    Tutor é professor sim!

    Mas é verdade que estamos sendo ainda tratados de maneira um tanto equivocada. Nos permitem de fato uma atuação limitada não só pelos modelos de plataformas em que atuamos, mas pelo numero enorme de alunos a acompanhar em tempo reduzido. Em sala temos uma média de 70 a 100 alunos; na EaD esse número quadriplica. Como podemos mudar isso como professores? Gostaria de ouvi-lo professor Mattar.

    Abraços

  4. João Mattar disse:

    Estamos tentando (dentre outros lugares) aqui, Patrícia: http://enpead.blogspot.com/

  5. Renato disse:

    Concordo com todos vcs e este espaço é de fato um instrumento de construção do conhecimento.Vou ler este livro para poder dialogar com vcs. Grato

  6. Abner disse:

    Que bom que a figura do tutor passa a ser objeto de discussões importantes como essas que estão elencadas nesse livro, afinal, caso seja substimada a importância e o valor desse profissional, teremos como uma das consequências o comprometimento direto dos bons resultados que se esperam de uma Educação a Distãncia em uma sociedade que, pela própria formação cultural, vê essa modalidade de Educação com muita reserva.
    Abraço.

  7. Welington Ferreira disse:

    Muito bom o Trabalho do Prof. João Mattar. Assisti suas aulas em EAD e foi muito interessante, pois ao contrário de muitos que querem apenas colocar o EAD num pedestal, ele se atina tanto para o que é bom e que é ruim em EAD e através do Feedback, trazer melhorias para este setor da educação que está em auge de crescimento. O livro deve ser muito interessante, quero ler.

    Quanto aos tutores, o controle deve ser mais responsável. Precisam de formação. Está de parabéns instituições com a Anhanguera que promovem cursos de pós para formação de professores em EAD. Deve-se exigir maior graduação e preparo dos tutores nas áreas de tutoria e em consequência maior respeito e remuneração. Não pode as Instituições de Ensino colocar qualquer um para desempenhar um papel tão importante e tão nobre a sociedade. Não podem somente pensar no custo, tem que dar retorno ao aluno. Isto principalmente que professores tutores de referência não irão trabalhar por qualquer valor, inclusive porque o conhecimento para o mesmo custou caro e o mesmo também precisa viver.

    Valeu prof. João Mattar…

  8. João Mattar disse:

    Welington, gostei muito da ideia do pedestal. Não temos que sair por aí defendendo a educação a distância, como se isso fosse nossa missão. Podemos militar e ao mesmo tempo ser críticos. Se isso restou do 1 módulo do curso da Anhanguera, fico realizado.

  9. Ana Paula Beer disse:

    Também fiquei curiosa sobre o livro e pretendo adquiri-lo. Será que já é possível comprar via web?
    Concordo com a prof. Patrícia, nós tutores não estamos somente “engessados”, como também nos atribuem um número enorme de alunos, o que torna inviável qualquer estratégia de interação e interatividade, consequentemente o número de alunos que desistem durante o processo é enorme. Com certeza é urgente o debate sobre este problema.

  10. João Mattar disse:

    Ana, no início da semana que vem espero que já esteja disponível em livrarias online.

  11. Ivonete Fiatkoski disse:

    Ola, prof. João, de cara ja adorei o livro e não vejo a hora de lê-lo, sou prof. turora da Anhanguera e sou professora sim, pois a cada aula ponho em pratica tudo que absorvi na minha graduação e agora na especialição que faço na anhanguera voltada para Educação a Distancia, e hoje vejo os tutores com outros olhos e vejo a importância que temos na vida de cada academico.

  12. Lúcia Salmazio disse:

    Ao pensar em EaD no Brasil podemos afirmar que teve avanços significativos, porém enquanto não houver a valorização também do tutor todos estarão perdendo. Como afirmado anteriormente o tutor é um professor e como tal deve ser valorizado. Outro aspecto a ser posto em discussão é o quantitativo de alunos para cada tutor…

  13. Olá João Augusto Mattar Neto.

    Estamos tentando contato com você no numero 11 9978-8659 porém sem sucesso. O motivo do contato é para lhe informar que seu blog (blog.joaomattar.com) deverá ser migrado para a nova plataforma WordPress, pois o serviço de Blog Incluso será descontinuado em 24/08/2011.

    Peço que entre em contato conosco no telefone (11) 3544-0435 (falar com Thiago Nogueira ou Alisson Menezes) para que possamos lhe auxiliar sobre a migração do seu Blog incluso.

    Atenciosamente,
    Thiago Nogueira

  14. Olá Prof. Mattar.
    Vou deixa minha contribuição: Sou tutora e como alguns colegas citaram acima, o tutor tem um papel muito importante dentro da modalidade EAD, pois ele está ali na sala de aula diante de pessoas ansiosas por conhecimento e gostam muito de discutir, expor suas opiniões acerca dos assuntos tratados pelo professor EAD, e para que essa discussão tenha bons frutos o tutor deve estar capacitado e ter o conhecimento sobre o assunto para que as informações tenham relevância para os alunos.

  15. João meu amigo..onde se compra este teu livro??
    Abraços pernambucanos do amigo Nando…

  16. ElisandraGJ. disse:

    Creio que este livro será de muita valia para os atuais tutores e futuros. A tutoria será num futuro próximo a maneira mais eficaz de comunicação, interação e orientação, pois os alunos atuais já não aceitam mais aulas no método tradicional, querem inovar e descobrir novas formas de aprender.

  17. Parabéns à inciativa de pensar neste problema enfrentado pelos tutores em ead.
    É de fundamental importância nos propormos a mudar, corrigir, melhorar a nossa docência.
    Enfrentando os desafios da educação vitual que é o futuro de nosso desenvolvimento.
    Parabéns aos idealizadores dessa obra e principalmente ao Prof. Mattar

  18. Debora disse:

    A reflexão sobre o papel do tutor em EAD é bastante pertinente.
    O tutor é professor e precisa ser valorizado como tal pelas instituições de ensino e pelos alunos também.
    Embora sua atuação seja “limitada”, ele precisa de capacitação e domínio do assunto para que possa discutir com os alunos, tirando dúvidas e orientando as atividades propostas.
    Alguns aspectos que merecem ser reavaliados são: o valor hora/aula (que é menor do que o professor presencial) e a quantidade de alunos para cada tutor (que pode dificultar a interação e fazer com que a qualidade seja perdida).

    Vamos ler o livro!!!!
    Abraço, Prof. Debora Rondinelli.

  19. Concordo com os colegas sobre a valorização do Prof° Tutor. Como foi mencionado, estamos num sistema engessado, e com atuação restrita, com pouca valorização de nosso trabalho. Com certeza temos que nos prepararmos para essa nova etapa da EaD no Brasil, onde, a procura por esta modalidade de estudo cresce a cada dia. Estou fazendo Pós em EaD pela Anhanguera, uma oportunidade de adquirir conhecimento desse método, para melhor a maneira de passar o conhecimento dos assuntos abordados para nossos alunos. Assisti suas aulas, e percebi o quanto ainda temos que melhorarmos para darmos uma assistência aos alunos.

  20. Gostei muito do prefácio e fiquei ancioso para ler o restante do livro. Acredito que o papel do prof. tutor a distância deve ser investigado e analisado. Trata-se de um novo personagem na educação brasileira que ainda está em construção. Sou professor tutor a distância e acredito que nosso papel é fundamental para uma educação a distância de qualidade.

  21. Parabéns pela obra, o assunto é muito interessante e vou adquirir o livro.
    Temos que observar que com a grande expansão dos cursos EaD será necessária uma Política Pública eficiente no que concerne ao controle dos cursos bem como à dotação orçamentária que será destinada ao MEC. Isto é muito importante para assegurar a qualidade do ensino.

  22. Dar Jubé disse:

    Penso que na sociedade do conhecimento, perpetuamente inovadora e caracterizada pela instabilidade econômica, a Educação a Distância é uma forma de seguridade, que proporciona mobilidade e segurança para que as pessoas transitem entre diferentes carreiras e organizações, a escola passa a ser também a instituição dos adultos, inclusive dos adultos altamente instruídos. e que todas as fundamentações relacionadas ao tema, são de extrema importânica.

  23. Prof. Francisley Ferreira disse:

    Professor Mattar, estou a estudar EaD, confesso surpreso com as reflexões que a todo momento sinto motivado em fazer, realmente é um tema envolvente e desafiador para a cultura brasileira.

    Iniciado com um visão capitalista, dando sequência com inovações tecnológicas e limitado por uma visão de sociabilização, como o senhor visualisa em suprir, essa falta do contato na EaD no Brasil

  24. Cristina disse:

    Prezados!
    Na minha experiência como tutora, pude validar: TUTOR É MUITO MAIS QUE PROFESSOR!
    O professor presencial se preocupa com o conteúdo e as formas de avaliar, já o “tutor”, se vira nos 30, literalmente, para deixar as aulas mais dinâmicas, aproximar o conteúdo da realidade dos alunos e, acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem dos mesmos e, estar sempre acrescentando informações relevantes que farão dos alunos, críticos e pesquisadores. Auxiliei e ensinei conceitos básicos de informática, afinal, o problema caiu em minhas mãos e, como EDUCADORA, PROFESSORA, TUTORA, enfim, como uma apaixonada e envolvida com a educação, coube a mim auxiliar o alunos nesse processo.
    Aluno sempre será aluno e, professor sempre professor, o título não muda, o que pode mudar é a nomenclatura , que não irá interferir no objetivo maior,ser professor!
    Bom, pretendo adquirir logo o livro, assim teremos mais subsídios para novas reflexões.
    Abs.

  25. Dar Jubé disse:

    Olá a todos. sou professora tutora da Anhanguera, e penso que o professor de EaD tem que desenvolver todas as habilidades possiveis, tendo em vista que não orientamos os alunos apenas nas matérias especificas do curso, mais em todas as outras, temos que entender e saber um pouco de cada…e passar todo conhecimento adquirido na nossa graduação.
    Profº Mattar tbém assim como os colegas acima me interessei demasiadamente pelo o livro, penso que o conteúdo desevolvido é d suma relevância a tds nós.

  26. Ainda não li o livro, mas o prefácio é muito instigante.
    A abordagem sobre o papel do tutor me parece muito interessante, pois pontua os problemas enfrentados nesse trabalho.
    Parece-me que o tutor tem recebido um papel secundário e está insatisfeito com a questão salarial.
    Qual sua visão sobre isso prof. Mattar?
    Daniela

  27. João Mattar disse:

    Rs, Daniela, minha visão está no livro, mas é claro que concordo e não gosto nada do que está acontecendo. Temos discutido isso no http://enpead.blogspot.com/

  28. Jeferson Taborda disse:

    Boa tarde a todos.
    No mestrado em Psicologia que estou concluindo tive uma disciplina sobre identidade que modificou muito minha visão de mundo. Certamente a figura do professor/tutor ainda se encontra numa região de fronteira, onde uma certa opacidade ainda faz parte de sua marca identitária. Como disse Zigmunt Bauman no seu livro Identidade “a identidade é um campo de batalha”, de modo que caberá a todos que fazem e acreditam na EAD lutarem a fim de conquistar seu lugar ao sol.

  29. Para muito, a EAD ainda se encontra em processo de estruturação, sendo vista como uma forma de aprendizado rápido e sem muito compromisso. VISÃO EQUIVOCADA!!! – Com a inserção da tecnologia, a EAD apresentou uma evolução significativa, deixando de ser um processo de aprendizado por correspondência para um processo de ensino aprendizado que exige do aluno características de pró atividade. Deste modo, ao se denominar o professor na EAD como tutor, pode -se correr o risco de passar uma imagem de que o tutor não é, necessariamente, uma pessoa totalmente qualificada para estar na direção de uma disciplina. Diferente da denominação de PROFESSOR, que caracteriza uma imagem relevante perante a sociedade. Desta forma, também concordo com a expressão – TUTOR É PROFESSOR, em todos os seus aspectos.

  30. Canan Juline Perosa disse:

    A EaD vêm crescendo cada vez mais, tanto em instituições privadas como públicas,como também muitas críticas são feitas. Este livro é mito interessante, para podermos discutir a importância do tutor, sua valorização,função, relação de aluno e professor,pois o tutor quem tem o principal intermédio com o aluno, e através de tutores atualizados,especializados na área , teremos uma educação de qualidade, e valorização da EaD.

  31. É lamentável a condição a qual o tutor é submetido nas IES. Primeiro item é não ter direito nenhum, apenas, media, organiza planejamentos, produz material que fica no anonimato e o Executor(nome forte, feroz..) publica o que o inocente confiou eu seus cuidados de dono da disciplina; “esquecendo” que publicar o que não se produz é roubo de autoria. Por fim esse professor, conhecido como um mero tutor, é quem sabe e vivencia as peculiaridades de cada turma e pólo de aula, onde por muitas vezes, serve de vergonhosamente como alojamento;devido a diária absurda que mal dá para pagar hospedagem; exceto quando o tutor investe em sua “própria desgraça” para fazer o melhor na disciplina em que ele apenas, assume toda a responsabilidade. Pois é esse ser tão desvalorizado que, queiram aceitar ou não, reproduz respeitando o autor(quando o executor é comprometido e trabalha em conjunto não se julgando superior, mas sim existe troca, prática e comprometimento para com o cursistas em vivência ). Além do mais é ele o único que dá a cara pra bater literalmente, enfrenta todas as condições precárias e viaja feliz da vida, parece que está indo ao parque de diversão e se depara com uma montanha que quem dera fossa russa. Com toda competência, leciona e veste a camisa do compartilhamento após cada encontro presencial e mesmo assim ainda é ignorado e visto como inexistente; para isto basta ser um pouco competente e que em sua naturalidade cative os envolvidos no processo ensino e aprendizagem. E, por que afirmo isso? O lema, empregado em algumas IES pelos hierarquicamente denominados executores, é que não se deve ter contato “afetivo” com os cursistas, pois são perigosos e detonam os tutores no canal aberto UAB.(vistos por eles,como “bobinhos” ou inocentes para cair em conto de carochinha) É uma piada!! Será que além das péssimas condições tanto salarial quanto pedagógica(no sentido de não valorizar as contribuições que esses profissionais educacionais atribuem) eles ainda subestimam a inteligência de quem realmente realiza toda mediação pedagógica nos ambientes virtuais de aprendizagem?
    Eu posso afirmar tudo que pontuo sem medo de errar, fui tutora tempo suficiente e logo após encarei uma coordenação de tutoria para sustentar o que registro. Por isso mesmo, adoro a postura de Mattar quando bem relaciona e afirma as condições do tutor(que é inegavelmente um Professor) diante de suas atribuições na prática docente online. Adorei o espaço Mattar!

  32. Fábio P. disse:

    A obra em questão certamente trará grande contribuição ao debate sobre o papel do tutor na EaD. O tema merece uma profunda análise, pois acredito que o papel do tutor em EaD no contexto atual da educação no Brasil, infelizmente, tem assumido um tom e uma postura meramente fordista, onde o tutor na maioria das situações tem sido um mero instrutor, quando deveria ser um gestor que aguce e estimle o aluno a aprender sempre e uma ponte entre este e o aprendizado. Na verdade, deve-se repensar o papel do tutor nos cursos em EaD. Um dos caminhos a seguir, passa pela melhoria na qualificação desse profissional, pois um tutor mal preparado pode influenciar o aprendizado do aluno em EaD, mesmo nesta modalidade de ensino e aprendizagem onde a autodisciplina e o autoaprendizado do aluno são decisivos para o seu sucesso.

  33. Olá, Prof. Mattar

    Parabéns pelos artigos instigantes e de qualidade!

    A EaD é uma modalidade de ensino, portanto, para que se concretize, necessita de professores e de alunos. No dicionário, a palavra tutor tem origem no latim tútor,óris que significa guarda, defensor, protetor, curador, ou seja, aquele que exerce uma tutela, que ampara, protege, defende, é o guardião. Segundo Houaiss (2001) a palavra tutor tem sua origem no século XIII e possui diferentes significados de acordo com a área que está sendo empregada. Em Direito, tutor significa indivíduo que exerce uma tutela aquele que ampara e protege. Na Administração, tutor é quem ou o que supervisiona, dirige, governa. Para algumas instituições de ensino, tutor é o aluno a quem se delega a instrução de outros alunos. Também é possível encontramos na agricultura o significado de tutor como estaca ou vara que se enterra no solo para amparar uma planta de caule frágil, flexível ou volúvel. (http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=15439&chapterid=11732)

    As IES comprometidas com a qualidade da EaD devem investir na qualificação profissional do professor-tutor, pois é ele o responsável por promover e incentivar a reflexão, orientar e responder às questões dos alunos.

    Tutor É Professor e assim como a EaD não deve ser encarada como “diploma fácil”, a função de Professor-tutor não deve ser encarada como “emprego fácil”.

    Se o Prof. Mattar me permite, convido a todos para visitarem o meu blog http://linguaeducacao.blogspot.com/

  34. Olá Profº Mattar. Aproveitando minha experiência como tutora presencial na Universidade Anhanguera, defendi esta idéia em um trabalho monográfico concluído recentemente. Tutor a Distância é Professor sim. Apesar de não ser reconhecido como tal, não é possível exercer a tutoria sem desempenhar várias das funções da docência. Preconceitos à parte, desejamos que as instituições e em especial, os orgãos governamentais regulamentadores, cuidem de dispensar a estes profissionais não menos importancia do que merecem. De nada adiantaria a utilização de conteúdos pedagógicos de excepcional qualidade se no extremo do processo, tivermos um profissional desmotivado ou desvalorizado que comprometa ou não acompanhe a finalização prática da efetiva aprendizagem.

  35. Ilsenir disse:

    Olá, Prof. Mattar

    Os caminhos da EaD ainda são nebulosos para muitos, porém não podemos ficar presos às ideias preconceituosas de que EaD é sinônimo de diploma fácil e que Professor-tutor é profissional pouco qualificado. Concordo com os colegas: tutor é Professor sim! E com uma carga de responsabilidade muito grande, pois precisa motivar e envolver pessoas com as quais nunca teve um contato pessoal. Se o professor não for qualificado, como irá conduzir um forum? Como irá reponder às dúvidas e mediar uma discussão?
    O futuro da EaD já é o presente! O professor-tutor e o aluno são os atores principais dessa modalidade tanto quanto na modalidade presencial. Ninguém ensina o que não sabe. Ninguém aprende o que não quer.

  36. Concordo com minha amiga Ilsenir, a EaD já é nosso presente. O importante é estar disposto a aprender sempre, pois o conhecimento não ocupa espaço e amplia a visão de mundo. Em educação a formação continuada deveria fazer parte da jornada de trabalho e a interação com outros educadores só contribui no aperfeiçoamento pessoal e profissional. A experiência com esse curso e o contato com a qualidade dos textos e autores como Prof. Mattar e Prof. Moran já transformaram minha visão de professora/educadora.

  37. Marcia disse:

    Parabéns pela obra, Professor! A sua iniciativa tem nos levado à reflexão e discussão sobre EaD de forma concreta, principalmente quando direcionadas aos professores tutores, pois é uma ótima oportunidade para esclarecermos dúvidas e desenvolvermos melhores condições de trabalho. Abs!

  38. Alcides Marques Junior disse:

    A maioria das instituições privadas que trabalham com a EAD, instituíram o papel do Tutor, baseado no Fordismo, com grande quantidade de alunos por tutor, trabalhando com conteúdos prontos e que não podem ser incrementados com materiais e texto adicionais cerceando a atuação do tutor e ao mesmo tempo exigindo um contato e atendimento pessoal e personalizado com o aluno, o “cliente”, no modelo no qual a qualidade do aprendizado fica em segundo plano e a satisfação deste “cliente” e o foco principal

  39. Elisabeth Andrade disse:

    Olá João,

    Concordo plenamente com você, tutor é professor. Atuo em duas tutorias, uma privada e a outra pública, sou exigida como professora, mas apenas em uma recebo como professora. No setor público infelizmente o tutor ainda não é reconhecido como professor.
    Mas como acompanhamos o crescimento da EaD no Brasil esperamos que muita coisa melhore para os tutores.

  40. Patricia Caires' disse:

    Considero verdadeiramente o papel do Tutor similar ao do Professor, pois assim como este, aquele intermedia o conteúdo, contribuindo significativamente para a construção do conhecimento.
    Há algumas IES que disponibiliza tutores que são meros administrativos e pouco conseguem elucidar questões do conteúdo questionado.
    Portanto entendo também, assim como muitos comentários acima, que o PAPEL do tutor precisa ser melhor desenhado para que este consiga exercer sua função contentando as necessidades dos alunos.
    Este papel desenhado deve propor que haja valorização da presença do Tutor como educador para assim ser reconhecido como um professor.

  41. Jarbas Cordeiro disse:

    Boa tarde prof. Mattar.
    Li o prefácio do livro e achei muito interessante e já adquiri um exemplar. Espero que nos próximos dias o mesmo chegue para eu começar a ler.
    Como estou fazendo uma Pós nesta área, irei adotá-lo como o meu referencial teórico.
    Parabéns por ser tão comprometido com a EaD.

  42. Excelente o Trabalho do Prof. João Mattar.
    O EAD está em expansão e os tutores, que são professores – não podemos tirar este mérito deles, tem sim a sua importância, importância esta que não e pequena.
    Pois se não fosse com a sua dedicação e atualização constante esta modalidade de ensino não seria possível e não atingiria tantas pessoas como está ocorrendo.
    Concordo plenamente com os outros comentários, que dizem que as instituições tem que ser responsáveis pelo controle e pela titulação destes tutores, pois são eles que irão sanar dúvidas e contribuir para os estudantes e por este motivo não podemos deixar uma pessoa despreparada assumir esta tão importante função.
    Irei adquirir o livro, pois deve ser interessantíssimo.

  43. Imanir Lorena disse:

    Concordo que o papel do Tutor se assemelha e muito ao do Professor, pois ele tira dúvidas, intermedia a relação do aluno com o conteúdo, orienta sobre a disciplina. Em suma, contribui para o aprendizado dos alunos.
    Acredito que as IES devem cobram dos tutores as mesmas titulações e conhecimentos que são cobrado dos Professoers, pois as funções devem ser equiparadas.
    Parabéns Professor João Mattar

  44. Andressa disse:

    Concordo quando se é dito que o papel do tutor ainda está pouco definido, ficamos atrás de um computador no meu caso sou tutora presencial fazendo a mediação e depois no momento presencial em sala de aula acabo por dar uma nova aula para que o conteúdo passado à distância seja fixado de uma forma mais definida.

    • Isabella Maris disse:

      Se na EAD o tutor não é professor o que ele é? Entendo que o tutor é professor, já que é ele quem tira as dúvidas dos alunos, quem dá orientação na elaboração das atividades e é a pessoa a quem o aluno se dirige, é com quem o aluno tem contato, mesmo que virtual. As instituições tentam limitar o papel do tutor, mas acabam prejudicando o aprendizado, pois os professores-palestrantes não têm condições de responder a todas as perguntas formuladas durante as palestras. São centenas de alunos assistindo e perguntando ao mesmo tempo, como poderia o palestrante atender a todos? Até para o tutor é difícil atender a todos, mesmo porque, ele não conhece os alunos, suas dificuldades e necessidades, frente a frente tudo fica mais fácil. Mas é possível superar essa distância, se as instituições tiverem interesses não apenas econômicos, mas sim educacionais.

  45. João Paulo disse:

    De maneira geral, acho que todos concordam com o profº Mattar, que tutor é sim professor.
    Acho que a diferença está na abordagem ao aluno, enquanto que o professor é quem diretamente transmite o conhecimento via teleaula, o tutor é o suporte para fixação do conteúdo via ambiente virtual.

  46. Tutor, pela definição do dicionário Aurélio:
    1. Indivíduo legalmente encarregado de tutelar alguém.
    2. Protetor, defensor.
    3. Vara ou estaca usada para amparar um arbusto, trepadeira, ou árvore flexível.
    4. Aluno designado como professor de outros alunos, em formas alternativas de ensino.

    Professor:
    1. Aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; mestre:
    - professor universitário;
    - professor de ginástica.
    2. Fig. Homem perito ou adestrado.
    3. Aquele que professa publicamente as verdades religiosas.

    Ocorre que na prática ambos desempenham o mesmo papel, o Tutor inclusive mais importante em alguns casos, pois se torna o responsável em garantir que o aluno não assimile o aprendizado de forma equivocada!

    Vejo ainda, que os dois maiores paradigmas a serem reestruturados no EAD com certeza são relacionados a uma mistura conservadora de metodologias juntamente a uma visão empresarial, onde os processos precisam ser estudados à risca para que possam garantir uma produção ou resultado final de qualidade!

  47. “Fica claro que o “professor informador” será um forte candidato ao desemprego, porém o “professor formador” será cada vez mais importante nesta virada de milênio”. Todos nós que estamos inseridos neste contexto da EAD,devemos estar em busca constante da qualidade para que nossos alunos estejam cada vez mais motivados e preparados para o mercado de trabalho. Parabéns para o professor João Mattar por esta busca pela melhoria.

  48. “Fica claro que o “professor informador” será um forte candidato ao desemprego, porém o “professor formador” será cada vez mais importante nesta virada de milênio”. Todos nós que estamos inseridos neste contexto da EAD,devemos estar em busca constante da qualidade para que nossos alunos estejam cada vez mais motivados e preparados para o mercado de trabalho. Parabéns para o professor João Mattar por esta busca pela melhoria.

  49. Prezado Professor:

    Já li os 3 primeiros capítulos do seu livro. Recomendo aos colegas que ainda não compraram que o façam. É um material muito elucidativo.
    Segundo seu autógrafo, estou aproveitando a leitura.
    Ana Maria

  50. João Mattar disse:

    Ana, que legal – pelo jeito está até aproveitando o autógrafo! Abraços e boa leitura!

  51. gelson araujo de souza disse:

    Professor é tutor, é moderador, é inovador, é assistencialista, e tantas outras qualidades que fazem com que esta função tenha atribuições ilimitadas, e somos cerceados de tantas formas a começar pela nossa formação, demonstrando uma falta total do conhecimento global da interdisciplinariedade. Um prefácio muito bem elaborado, demonstrando uma opinião do autor da qual concordo e, na qual lerei este livro com imenso prazer.

  52. Maria Fátima de Oliveira disse:

    Prezado Professor,
    Iniciei um curso com metodologia EaD, confesso que no início pensei que não iria me adaptar, no entanto após estudar um pouco mais sobre o tema, descobri que exige sim muita disciplina e dedicação. Também entendo que o papel do Tutor é fundamental para o sucesso do curso e , que esta é uma área em grande desenvolvimento. Na realidade mesmo nas aulas presenciais o papel do professor mudou muito, hoje ele deve ser mais um mediador de conhecimentos, do que apenas um transmissor do mesmo.

  53. Olá Prof. Mattar, bom dia!

    O artigo é muito interessante e reflexivo. Trata-se de uma excelente obra. Demonstra como é importante o papel do Tutor na educação a distância. Entendo que o Tutor é um professor por excelência, porém, externa seu saber de uma outra forma, isto, tendo em vista as próprias ferramentas disponibilizadas pela EAD. Noto, que estamos ainda, apenas no início de uma caminha. Como professor tutor percebo que existem muitos pontos que inviabilizam a qualidade da EAD, um deles é o elevado número de alunos que cada tutor abarca.
    Abraços e parabéns pela excelente obra.

  54. Breno Trautwein Jr disse:

    Me parece q alguém esta criando um grande problema para resolver outro igualmente importante, a falta de $$$$ de verdade nas IES.
    Historinha – cenário: Olimpo atores: deuses
    Deus A
    - Precisamos qualificar profissionais de diversas areas, principalmente da educação, não temos espaços e educadores para isto, dai q precisamos investir mas isto vai contra nossa ganancia política, nossos acordos escusos, nossa perpetuação no poder.
    Deus B
    - O q fazer oh céus?
    Deuses em coro
    - Oopppssss nós podemos tudo!
    Deuses se entreolham-se com preocupação, andam em circulos aturdidos
    Depois de um tempo, longo é obvio, surgem sugestões
    - criamos a UAB
    - usamos a educação a distância
    - não sabemos usar + isto é um detalhe insignificante
    A discussão esquenta
    - Mas e os professores? No ensino básico já conseguimos cooloca-los em seu devido lugar, mas no ensino superior eles sáo como heróis!
    - Eles precisam fazer pesquisa, publicar, publicar, publicar, e é por ai q vamos pega-los!
    - inventamos um cargo de baixa remuneração, q fica responsável pela EAD e ganha a mesma miséria q os professores do ensino básico
    - pode ser chamado professor bedel
    - não bedel não, as greves deles são mais demoradas
    - q tal “tutor” vai parecer importante, aquele Aristoteles nã era chamado de tutor?
    Enfim os Deuses chegam a uma solução!
    - e ainda por cima acabamos jogando uns contra os outros e ninguem vai prestar atenção em nós e podemos dizer que a educação vai muito bem obrigado, até no Maranhão!

    Fecham- se as cortinas e a plebe ignára aplaude em pé.

  55. Fabiana Biazetto disse:

    Concordo com os Colegas que defendem que o Tutor é um Professor, pois acredito que o nome de determinada patente ou cargo tem sofrido alterações devido as novas tendências que em nada alteram a essência da profissão. Portanto, seja Tutor, Professor, Tia(o)(como são chamados nas fases primárias), Educador, ou como queiram chamar, todos são “Professores”.

  56. Isto mostra que a educação a distância é uma realidade e que a sua tendência será a expanção, como poderemos manter a qualidade detas metodologia de ensino se não valorizado os prossionais que estão a frente e acompanham cada aluno. Se queremos crescer e manter a qualidade da nossa educação precisamos realmete salientar a importância que um professor tem no desevolvimento do aluno.

  57. Suzana Malta disse:

    Sou tutora presencial da Anhanguera…há 03 anos, este ano formamos a turma de Ciencias Contabeis…com muita alegria posso escrever que o Ensino EAD, pela qualidade que procura oferecer aos alunos não deixa a desejar com relação a Presencial. Do mesmo modo que existem alunos bons na presencial, existem sem duvidas na Ead…na apresentação dos artigos, ficou claro que todos saem sim, como profissionais capazes de concorrer com os alunos que se formam na presencia.
    Tenho prazer em ser tutora presencial.

  58. Maria Esther Provenzano disse:

    Sou coordenadora UAB pelo CEFET/RJ, que optou inicialmente por ter um único Curso de pós-graduação em Educação Tecnológica de modo a implantar gradativamente o Curso e vivenciar esta experiência com foco na pesquisa. Atuamos em parceria com o CEDERJ (FUNDAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO Rio de Janeiro). A UAB se caracteriza por 3 instâncias de docência: o professor-conteúdista ou pesquisador; o tutor presencial e a distância. No nosso entendimento o tutor deve ser um professor compartilhando saberes com o professor das disciplinas. Diferentemente da sala de aula, onde o professor pode construir saberes com seus alunos selecionando os livros a serem adotados, na EaD tal como vem sendo estruturada toma-se como ponto de partida um material/módulo já construído. Nesse sentido, o espaço do tutor fica minimizado, pois cabe a ele desenvolver um conteúdo já estruturado. Então, quem é o professor: aquele que construiu o conteúdo ou quem o desenvolve? ou ambos? Uma questão instigante.

  59. Regina Fatima Teixeira Silva disse:

    A leitura das páginas introdutórias do livro “Tutoria em Interação em Educação a Distância” de autoria de João Mattar nos ajuda a refletir criticamente sobre o papel da docência em EaD.
    As funções docentes do tutor estão reduzidas a execução do projeto político-pedagógico dos cursos. A não participação do tutor na definição e construção da proposta curricular, conteúdos, materiais didáticos, processos avaliativos e, a sua remuneração são alguns fatores que contribuem na precarização do trabalho docente em EaD.

  60. Maria da Gloria de Faria Leal disse:

    Exerço atualmente a função de Coordenadora de Tutoria no Curso de pós-graduação em Educação Tecnológica e, no CEFET/RJ, busca-se um planejamento pedagógico com base no trabalho colaborativo de professores-conteúdistas e tutores.
    No Prefácio de seu livro, prof. João Mattar adverte, dentre outros aspectos importantes, sobre o controle docente com base nos princípios fordistas. O trabalho dos tutores pode ser reduzido pela quantificação de participações a partir do tempo com elas dispendido . Como ressalta Mattar, ‘tutor é professor’, mas de uma sala de aula que foi devassada. A EAD ameaça, assim, a autonomia docente ao vulnerabilizar seu mais sagrado reduto. Ao abordar a renovação provocada pelas TICs das práticas pedagógicas, Mattar, certamente, trará expressiva contribuição para o resgate da importância dos tutores..

  61. Ana Cláudia Godinho disse:

    O texto indica que este livro oferece subsídios importantes para defender a posição de que a tutoria é um tipo de atuação docente, ou seja, tutor e tutora são professores. Este posicionamento nos fortalece como trabalhadores da educação, porque não fragmenta nossa categoria profissional. Se considerarmos como docência todas as atividades profissionais em que se realiza a mediação da aprendizagem de um ou mais alunos, então estamos todos – professores e tutores – no mesmo barco e, portanto, são de todos as reivindicações por condições de trabalho dignas, o que inclui questões salariais, limite de alunos por turma, carga horária de contrato correspondente à carga horária de fato trabalhada…
    No mais, o texto é um convite irrecusável à leitura do livro!

  62. Amigos de turma, colega João Mattar que eu tive a oportunidade de conhecer nas ABEds das vida…, me chamo Vilson Carvalho e atualmente sou coordenador dos cursos de Pós-Graduação a Distância da área Pedagógica da AVM Faculdade Integrada no RJ. Em nossa instituição temos além dos coordenadores gerais, temos os professores conteudistas, os professores mentores e os professores tutores. De modo geral procuramos, em nossa prática cotidiana, trabalhar com os tutores essencialmente como professores. Até mesmo porque, tirando a questão de uma experiência maior e do grau responsabilidade envolvida, não há diferenças entre aquele que atua como tutor e aquele que atua como mentor (ambos planejam, ambos ajudam nas aulas, ambos dinamizam fóruns e chats, ambos são parceiros). O tutor é sim um professor! Não há dúvidas para mim quanto a essa verdade. Me parece que atualmente vivemos um enfrentamento daqueles que querem ver o tutor como professor não fazendo distinção alguma entre um e outro, e dos que lutam para que o tutor seja uma profissão a parte, inclusive gerenciada por instituições ou um sindicato exclusivo. Temo que mais do que uma preocupação real com a tutoria, enquanto área vital para qualquer programa de EaD estejamos assistindo mais uma vez uma briga de mercado mais voltada para questões financeiras do que com a resolução de um impasse que pode ser vital para o reconhecimento de uma área.
    Na minha maneira de ver, ainda mais importante do que discutirmos se o tutor é ou não professor (cuja resposta é óbvia) é começar a entender que, antes de mais nada, ambos são educadores que lutam por uma EaD cada vez melhor. E ambos merecem ser tratados com o respeito e a consideração que fazem jus.

  63. Ousando continuar a peça de Teatro de Breno Jr:
    Cena 1: Grande quantidade de tutores reunidos na ágora

    Líder de Tutores A: “Amigos, faz-se necessário nos insurgirmos contras esses Deuses que nos criaram com o único propósito de nos escravizar. Isso é um absurdo….

    (interrompido pelos gritos de “isso mesmo!” “fora com eles!”)

    Líder de tutores B: “Estás louco amigo, pelo Olimpo de Brasília! Se não fosse por esses deuses não estaríamos aqui. Sequer existiríamos. Como nos opor aqueles que buscando uma educação a distância de qualidade fizeram o enorme favor de nos criar.

    Líder de tutores A: Você não entende. Por Zeus. Não devemos nada a ninguém. Compreendam de uma vez por todas irmãos. Nós somos únicos! Fazemos coisas diferentes daqueles que se dizem professores, afinal respondemos por funções técnicas e administrativas e não apenas pedagógicas. Quem está comigo?

    A massa de tutores vai a loucura: Todos gritam: “Somos únicos. Somos diferentes!”

    Líder B com muita dificuldade toma a palavra: Amigos não se deixem levar por tais vozes infames. Esse amigo que vos insufla deve estar sob a força de algo ruim. Talvez tenha bebido algo de origem alucinógena… ou fumado algo oriundo dados mares da Holanda. Lutar contra os Deuses seria nossa ruína. Além disso nós somos professores, somos exatamente como eles, não há nada que eles façam que não tenhamos. Não esqueçam que se formos professores ganharemos mais para nós, nossas mulheres e filhos. Contudo, se formos esses seres diferentes o que será de nós?Quem está comigo grite bem alto: “Somos professores! Somos professores!”

    - Mais uma vez a massa alucianda grita, agora em favor da segunda ideia: “Somos professores… somos professores. Alguns que estavam sentados se levantam e outros que estavam de pé se sentam alternadamente constituindo o embrião do que o futuro se encarregaria de denominar “ola”.

    - Surge então um terceiro personagem: Irmãos… eu tenha a solução para esse impasse. Criemos uma associação que represente nossos interesses e evite a guerra desgastante e desnecessária contra os Deus. Façamos uma associação de tutores e deixemos que eles decidam o que fazer, já que ambas as idéias apresentadas por nossos líderes são interessantes!

    - Todos aplaudem a nova idéia… mas os líderes que anteriormente tinham falado com tanto entusiasmo deixam revelar um ar de preocupação.

    Cai o pano……

  64. Cintia Lobato disse:

    Caro prof. João Mattar,

    Sou formada em Administração e estou encantada com a área da metodologia a distância de aprendizagem, por isso a decisão em adentrar nesta área, no momento faço o curso de pós graduação a distância para me tornar uma professora (tutora) em EaD, ando garimpando muitos artigos sobre o assunto onde, quase todos levantam este paradigma (qual seria a real importância do tutor neste cenário?), obrigada por escrever este livro pretendo adquirir o quanto antes, fiquei muito feliz em conhecer o seu blog , parabéns!

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>