Em 1999 a Folha de São Paulo convocou um time de jurados de peso para escolher os melhores livros do século.
Ulisses (1922) de James Joyce foi escolhido o melhor romance do século. Cf. a lista com os 100 melhores romances.
Acho que houve também a eleição dos melhores romances brasileiros, mas não achei.
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1904) de Max Weber foi escolhido o melhor livro de não-ficção do século. Cf. a lista com os 100.
Foram também escolhidas as 30 obras teóricas mais importantes escritas no Brasil:
1. Casa Grande e Senzala (1933) – Gilberto Freyre
2. Raízes do Brasil (1936) – Sérgio Buarque de Hollanda
3. Os Sertões (1902) – Euclides da Cunha
4. Formação da Literatura Brasileira (1959) – Antonio Candido
5. Formação do Brasil Contemporâneo (1942) – Caio Prado Jr.
6. Um Estadista do Império (1897-1899) – Joaquim Nabuco
7. Os Donos do Poder (1958) – Raymundo Faoro
8. Visão do Paraíso (1959) – Sérgio Buarque de Holanda
9. O Abolicionismo (1883) – Joaquim Nabuco
10. Dicionário do Folclore Brasileiro (1954) – Câmara Cascudo
11. Sobrados e Mucambos (1936) – Gilberto Freyre
12. Dialética da Malandragem (1970) – Antonio Candido
13. Parceiros do Rio Bonito (1964) – Antonio Candido
14. Homens Livres na Ordem Escravocata (1969) – Maria Sylvia Carvalho Franco
15. Bandeirantes e Pioneiros (1954) – Vianna Moog
16. História da Literatura Brasileira (1888) – Silvio Romero
17. Capítulo de História Colonial (1907) – Capistrano de Abreu
18. História da Literatura Ocidental (1958-1966) – Otto Maria Carpeaux – 8 vol.
19. Instinto de Nacionalidade (1873) – Machado de Assis
20. A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá (1952) – Florestan Fernandes
21. América Latina – Males de Origem (1905) – Manuel Bonfim
22. Dom João VI no Brasil (1908) – Oliveira Lima
23. Minha Formação (1906) – Joaquim Nabuvo
24. Caminhos e Fronteiras (1957) – Sérgio Buarque de Holanda
25. Retrato do Brasil (1928) – Paulo Prado
26. Aspectos da Literatura Brasileira (1943) – Mário de Andrade
27. Ao Vencedor as Batatas (1977) – Roberto Schwarz
28. História Econômica do Brasil (1945) – Caio Prado Jr.
29. Carnavais, Malandros e Heróis (1979) – Roberto DaMatta
30. Prosa de Ficção (1950) – Lúcia Miguel Pereira
A organização é impecável: você pega um ônibus e tem várias paradas para escolher – Trilha do Poço Preto (9 km, com opção de passeio de barco ou caiaqui no final), Macuco Safari (fiz o passeio de barco) – aqui a vista antes de entrar no deck
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mas há também a Trilha das Bananeiras, um passeio ecológico com barco ou bote no final; Trilha das Cataratas - campo dos desafios: arvorismo, escalada, rapel e rafting; e a trilha, que no final dá acesso à Garganta do Diabo (aqui eu e o Robson na garganta)
Fiquei devendo a visita ao Parque do Iguaçu do lado da Argentina.
Mas fui algumas vezes ao Casino Iguazú, na Argentina, e aproveitei para me deliciar com as carnes, vinhos e sobremesas no La Rueda, no El Jardín, que fica no próprio Casino, e no Aquva – aqui a entradeira (ou saideira)
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e aqui a saída
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Minha visita a Ciudade del Este foi horrível – não consegui comprar nada, não senti clima, não gostei.
Há uma página no próprio site do autor com vários recursos relacionados ao livro, como p.ex. o Sumário.
Fico devendo uma resenha atenta por aqui (volto a este post mesmo), mas posso adiantar que você se deliciará com blended learning, interação e interatividade, teoria do flow, objetos e ambientes de aprendizgem, realidade virtual e aumentada, games, ambientes 3D (incluindo o Seocnd Life) e web 2.0, com várias ilustrações e fórmulas na apresentação dos conceitos. Um livro que não pode faltar na prateleira de ninguém que trabalhe com educação a distância e tecnologia educacional.
Serei o coordenador da I JOVAED – Jornada Virtual ABED de Educação a Distância, que será realizada nos mesmos moldes do 7º SENAED.
Estou constituindo uma comissão de 10 voluntários para atuar na organização do evento. Se você tem interesse em trabalhar como voluntário na organização da I JOVAED, preencha por favor o formulário abaixo ou neste link. A partir de 14/03 (pós-Carnaval) devo entrar em contato.
MATTAR, J. (2009). Interatividade e aprendizagem. In LITTO, F., FORMIGA, M. (org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil. pp.112-120.
PRIMO, A. (2007). Interação mediada por computador: comunicação – cibercultura – cognição. Porto Alegre: Sulina.
SILVA, M. (2010). Sala de aula interativa. 5. ed. São Paulo: Loyola. This author has a different view about these concepts, briefly indicated in his comment below.
Errata em constante construção para alguns conceitos utilizados em Educação a Distância:
Bancos de Questões (ou de Objetos de Aprendizagem)
Errata: Projetos
Para enriquecer um cenário de educação bancária (tão discutido pelo nosso Paulo Freire), passam agora a imperar os bancos de questões, e, no limite mais significativo, os bancos de objetos de aprendizagem – cf. p.ex. o Banco Internacional de Objetos de Aprendizagem do MEC. A função do educador-pop passa a ser então fazer depósitos nos seus alunos-recipientes, num regime de engorda de contas bancárias. No limite, o educador não será mais necessário: o sistema bancário funcionará sozinho, online, e os objetos passarão a assumir a função de sujeitos. Questões objetivas, de múltipla escolha, ou mesmo questões abertas, que compõem os bancos de questões, não são contextualizadas nem autênticas, ou seja, não são as formas pelas quais nossos alunos serão avaliados no mundo real, fora da academia. Eles terão que elaborar produtos e participar de projetos, que não estarão aprisionados em bancos de questões.
Conteudista
Errata: Autor
A palavra conteudista denuncia um modelo de EaD centrado na produção e transmissão de conteúdos, não da colaboração, interação e aprendizagem. O design de games nos ensina a começar o design de uma experiência rica e significativa pela interação, não pelo conteúdo. Já temos há vários séculos uma palavra para designar quem produz um livro, um desenho, uma música etc.: autor. E temos no Brasil um grande teórico da interação em educação: Marco Silva.
Conteúdo
Errata: Interação
Muitos modelos de EaD baseiam-se na produção e no consumo de conteúdos. Entretanto, conteúdos educacionais de qualidade estão cada vez mais disponíveis na web, gratuitamente. O desafio da educação neste novo cenário, e especialmente da EaD, é planejar e provocar significativas atividades de interação entre professores, alunos e esses conteúdos, inclusive estratégias para pesquisa e avaliação de fontes online, e não reinventar a roda.
Design Instrucional
Errata: Design Educacional
O Design Instrucional nasceu estreitamente vinculado ao behaviorismo e a expressão privilegia a instrução, ignorando a aprendizagem. Em 2009, o Ministério do Trabalho incluiu na Classificação Brasileira de Ocupação – CBO – como nomenclatura principal o Designer Educacional. Segundo o IBDI, “um dos problemas era a nomenclatura Designer Instrucional. Os analistas da USP e do MTE não compreendiam que profissional era esse. Menos ainda o mercado de trabalho e o público em geral.”
Designer Instrucional
Errata: Design Educacional
O Design Instrucional nasceu estreitamente vinculado ao behaviorismo e a expressão privilegia a instrução, ignorando a aprendizagem. Em 2009, o Ministério do Trabalho incluiu na Classificação Brasileira de Ocupação – CBO – como nomenclatura principal o Designer Educacional. Segundo o IBDI, “um dos problemas era a nomenclatura Designer Instrucional. Os analistas da USP e do MTE não compreendiam que profissional era esse. Menos ainda o mercado de trabalho e o público em geral.”
Ensino a Distância
Errata: Educação a Distância
EaD é a sigla para Educação a Distância. “Ensino” cobre apenas uma parte do processo da educação, do lado do professor. Educação engloba ensino e aprendizagem.
LMS (ou AVA)
Errata: PLE
Os AVAs (Ambientes Virtuais de Aprendizagem) ou LMS – Learning Management Systems surgiram para ajudar as instituições a “administrar”, não para ajudar os alunos. Em Second Life e Web 2.0 na Educação: o potencial revolucionário das novas tecnologias (2007), eu já previa a transformação dos AVAs em commodities. O edupunk surgiu depois como reação à padronização dos LMSs. Hoje, ferramentas da web 2.0 possibilitam que os alunos customizem seus próprios PLEs (Personal Learning Environments, ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem). Cf. a conversa entre o LMS e o PLE:
Objetivos de Aprendizagem
Errata: Interação
Objetivos de aprendizagem é uma variação para a expressão behaviorista “objetivos comportamentais” (behavioral objectives), o que carrega a herança dos treinamentos para a guerra e para animais. Oportunidades de aprendizagem devem surgir a partir de atividades de interação ricamente desenhadas, não por objetivos comportamentais pré-fixados. O conceito de tangential learning (aprendizado tangencial) desenvolve essa ideia, especialmente no uso de games educacionais. O design de games educacionais nos ensina a começar o design de uma experiência rica e significativa pela interação, não pelo conteúdo.
E temos no Brasil um grande teórico da interação em educação: Marco Silva.
Objetos de Aprendizagem
Errata: Textos, Imagens, Vídeos, Animações, Games etc…
“Objetos de Aprendizagem” é uma expressão que representa perfeitamente o processo de coisificação pelo qual está passando a educação, especialmente a EaD. Textos, imagens, vídeos, animações, games etc. já têm nomes, não faz sentido transformá-los em “objetos” e jogá-los no mesmo saco (ou banco).
Tutor
Errata: Professor
O tutor é na verdade um professor que realiza a mediação docente na EaD. Muitas instituições (inclusive o MEC) passaram a utilizar essa palavra tutor porque assim podem desrespeitar os direitos adquiridos dos professores, pagando a esse profissional uma bolsa de menos de 10% do que pagam a um professor. Instituições sérias, entretanto, tratam o tutor como professor.
Está disponível online gratuitamente o ebook organizado pela querida Daniela Melaré Vieira Barros e colegas:
BARROS, D.M.V. et al. (2011) Educação e tecnologias: reflexão, inovação e práticas. Lisboa: [s.n.]. 2011. ISBN: 978-989-20-2329-8
Cf. o Sumário, em que você encontrará textos do Paulo Dias (Porto), Stela Piconez (USP), Edméa Santos (UERJ), Leonel Tractenberg (Docência Online) e Alexandra Okada (Open University), dentre vários autores de destaque no uso de tecnologias em educação.
Tenho um capítulo por lá, que há muito tempo estava querendo escrever e publicar, pois resume muito da visão de EaD que tenho defendido nos últimos anos – divirtam-se:
A comunidade que atua com EaD no Brasil foi surpreendida, no início de 2011, com a notícia da extinção da SEED – Secretaria de Educação a Distância. Ao final de 2010, ninguém que trabalha com EaD sabia dessa intenção do MEC. Para uma comunidade comprometida tão intensamente com a qualidade na educação, o fato de a decisão não ter sido debatida, nem devidamente comunicada e justificada, tendo sido recebida pela imprensa, teve uma repercussão extremamente negativa, como o senhor pode imaginar.
A SEED vinha sendo a via de contato de nossa comunidade com o MEC, participando ativamente dos eventos de EaD e demonstrando sensibilidade às demandas da área. Por isso mesmo, ninguém até hoje soube explicar os motivos dessa decisão. A falta de discussão, justificativa e comunicação adequada de uma decisão tão importante para quem trabalha com EaD no Brasil gerou inclusive inúmeras especulações.
A extinção representaria uma avaliação negativa das atividades da SEED? Nesse caso, fica parecendo que o MEC optou por jogar fora não só a água do banho, mas também a própria bacia, junto com a criança. Inúmeros profissionais e instituições estariam capacitados para dar novos rumos à SEED, que não serão aproveitados com a sua extinção.
Outra especulação é de que o MEC considera não ter mais sentido a existência de uma Secretaria voltada apenas para a EaD: estaríamos maduros o suficiente para misturar a educação presencial e à distância. Esta não é, entretanto, a visão de todos os que trabalham com EaD em nosso país. Há inúmeras críticas a projetos como a UAB – Universidade Aberta do Brasil, a como está sendo conduzida a formação à distância de professores no Brasil, ao modelo de tutoria implantado pela SEED etc. Para muitos, não parece que o Brasil esteja suficiente maduro para pulverizar e fragmentar os diversos projetos coordenados pela SEED para diferentes órgãos que, em muitos casos, não terão cultura de educação à distância. Na visão de muitos, a extinção da SEED seria um retrocesso numa área quem vem sendo considerada essencial pelo próprio governo.
Por fim, o fato de a SEED ter tido uma postura bastante dura em relação ao controle de qualidade dos cursos de EaD, e de esse mercado estar despertando interesse cada vez maior de poderosos grupos de investidores, gerou rumores de que a decisão do MEC tenha sido tomada em função de lobby em favor do capital, e não da educação.
Venho portanto, através desta, solicitar que a extinção da SEED seja revogada e que as intenções do MEC em relação à EaD sejam adequadamente debatidas com nossa comunidade, para que assim possamos construir colaborativamente a direção da educação em nosso país.
Atenciosamente
João Mattar
Professor e Especialista em Educação a Distância
joaomattar@gmail.com
(11) 9978 8659
Já escrevi por aqui sobre o I Encontro Nacional de Tutores da Educação a Distância, mas depois conversei longamente com o presidente da ANATED – Associação Nacional de Tutores em EaD, Luis Gomes, que foi muito atencioso. Segundo ele, há a intenção de se produzir um documento ao final do evento, obviamente em defesa dos tutores.
A programação, entretanto, tem a participação de alguns tutores em mesas, mas continua privilegiando os empregadores e o governo nas palestras. Pretendo estar por lá no dia 21/03 para conferir como as coisas se encaminham, mesmo porque, a princípio, não faz sentido nos dividirmos quando já somos tão criticados por quem é contra a EaD.
There is a category in this blog for the course Instructional Message Design (edtech506) and I am already reflecting (in Portuguese) on the course since the first week, including a review (in construction) of the book Creating Graphics for Learning and Performance (the Google gadget can help a little on the translation).
I am interested in understanding a little deeper the difference between performance and education, suggested in the first chapter – I hope the books touches on that on the next chapters. I am also very much interested in Edward Tufte’s work. I still did not feel that the 4 characters used during the book are being really helpful. The definition of edujunk was very interesting. Selection, organization, and integration seem to be helpful and practical guides for the work of an educational designer (I do not like to use the expression instructional designer because it points only to instruction, leaving behind the learning side of education).
Although the differences among sensory, working, and long-term memory are interesting and useful, I was a little bit upset while reading chapter 3 because of the insistence on memory, as we live in a net society, storing information in external objects and people. In this scenario, should learning be considered simply the adequate transference of information from short-term to long-term memory? In this sense, I believe connectivism is more useful for a learner and designer than the theory of how we process information. Anyway, the load categories (intrinsic, extraneous, and germane) seem very interesting to the work of an educational designer.
This seems funny to say, but I do not find some examples and even images on the book illustrative of the concepts they try to support learning.
Richard Mayer’s principles of multimedia learning were a great discovery and I plan to read this author more.
The way the book deals with the difference between readabily and legibility will also be helpful for my work.