Revolução no Ensino

Dei uma entrevista para a Lourdes Souza, do jornal Tribuna do Planalto (de Goiânia), que virou uma reportagem publicada em 23/02/2008: Revolução no Ensino.

FacebookTwitterGoogle+Compartilhar
Publicado em EaD, Educação, Second Life | Deixar um comentário

EDTECH 597: Teaching and Learning in Second Life – 5th Class – 21 Feb. 2008

Na aula da semana passada, visitamos Gabrielli Rossini, que dá aulas no Second Life.

[photopress:Class_5_016.gif,full,vazio]

A linda Silver arrumou um lugar legal para sentar:

[photopress:Class_5_015.gif,full,vazio]

Em seguida, conhecemos o Virtualis (que na verdade ainda está fechado), um dos lugares mais interessantes que conheci no Second Life.

[photopress:Class_5_027.gif,full,vazio]

É um espaço todo organizado para eventos, conferências e aulas.

A simpática e profissional Glória nos guiou:

[photopress:Class_5_026.gif,full,vazio]

Um dos pontos que mais me interessou foi a sala muito maluca em que podemos assistir a uma aula sentados em balões:

[photopress:Class_5.gif,full,vazio]

A Silver mais uma vez saiu linda na foto:

[photopress:Class_5_043.gif,full,vazio]

Eles falaram também do Veodia, para transmitir vídeo para dentro do Second Life, e fizeram inclusive uma demonstração, transmitindo de uma webcam para o SL.

As leituras para a semana são sobre o novo papel do professor, na EaD e especificamente no SL:

RETTIE, Ruth. Connectness, Awareness and Social Presence, artigo curto mas muito interessante que explora o conceito de connectness (conexão), comparando-o com os conceitos de ‘presença social’ (na comunicação mediada) e awareness (consciência). Vejam que citação interessante, para pensarmos no ambiente de aprendizagem: “Communication can create a sense of connectedness or feeling of being in touch; in awareness systems this may be more important than the content of the communication.” Para a autora, o conceito de conexão seria mais importante do que esses outros dois. Mesmo quando não há troca de informações, em sistemas de mensagens instantâneas como MSN, as pessoas desejam manter conexão umas com as outras (essa é uma idéia tirada de um texto que parece ser muito interessante: Nardi, B., et al, 2000, Interaction and Outeraction: Instant Messaging in Action. Proceedings of CSCW 2000, Philadelphia, 79-88.). Mesmo quando não há troca de mensagens, a sensação de que outros estão online seria a sensação de conexão. Pode haver, portanto conexão sem a presença social. Conexão inclui o senso de atração de grupo, um sentimento de estar em contato, compartilhar, intimidade, pertencimento etc. Esse sentimento é analisado também no artigo no caso do uso de celulares. A relação entre os 3 conceitos é representada na seguinte figura:

[photopress:capture002.gif,full,vazio]

Em seguida é apresentada a noção de consciência de um objeto (não de uma pessoa), e então proposta uma segunda figura.

NUSSBAUM-BEACH, Sheryl. The Art of Building Virtual Communities, post em blog, com vários links e imagens, que explora a idéia da construção de comunidades virtuais de aprendizagem (VLC- virtual learning communities) e comunidades de prática online (CoP – community of practice). O post apresenta alguns modelos que procuram classificar os participantes das comunidades em papéis mais ou menos ativos. Como construir e manter uma comunidade sadia? Depois do post há muitos comentários!

BERGE, Zane. The Role of the Online Instructor/Facilitator. Logo no início Berge afirma que existem dois tipos de interação: com conteúdo e com pessoas. Mas e a interação com o ambiente?? Em seguida, ele divide as funções do professor online em 4 tipos: pedagógicas (moderação), sociais (criar um ambiente agradável para o estudo), adminstrativas (calendários, regras etc.) e técnicas (tornar o aluno seguro em relação à tecnologia utilizada no curso). E então expõe uma longa lista de recomendações para o instrutor online em função dessas 4 categorias, como convidar experts, tomar cuidado com humor ou sarcasmo, convidar os alunos a se apresentarem, evitar posts longos etc.

MASON, Robin. Moderating Educational Computer Conferencing, reflexão sobre o papel do professor como moderador em EaD, que incluiria habilidades organizacionais, sociais e intelectuais. Como o autor afirma, “The role of online tutor, therefore, combines elements of teacher, chairman, host, facilitator and community organizer.” É aquela história – esperamos demais de um professor presencial, mas o online tem que ser um gênio! Uma das habilidades essenciais do professor online seria a capacidade de ligar diferentes tópicos e conceitos, de forma inclusive que eles sirvam para o início de uma nova rodada de comentários e debates. Importante notar que nem todas essas funções precisam ser desenvolvidas apenas pelo professor, mas podem também ser assumidas pelos alunos. O artigo continua com citações de um curso online, Management of the Absurd, tanto dos alunos quanto do professor, e comentários a cada uma delas.

Second Life and Virtual Learning: An Approach to Active Learning, um podcast muito interessante, com mais de 30 minutos de conversa sobre o Second Life e mundos virtuais na educação, no ELI – Educause Learning Initiative 2008 Annual Meeting, com Sarah Smith Robbins, Teshia Roby e Chris Johnson. Segue um resuminho. Não devemos ensinar aos nossos alunos, mas ensinar com eles. Ensinar no Second Life mudar a maneira como ensinamos, inclusive no presencial. São discutidos assuntos como aprendizado ativo, conteúdo produzido pelos alunos e aprendizado imersivo. Interagir com um avatar, sabendo que alguém está do outro lado, é muito diferente de participar de um chat de texto – sabemos que alguém está lá, o que não acontece no chat, por exemplo. Outra questão importante é que, no Second Life, você não ensina isoladamente, mas pode assistir as aulas dadas por outros professores, analisar diferentes estilos de ensino etc. O Second Life é uma ferramenta que permite conexão entre pessoas. É possível criar uma comunidade de educadores e pensar em aprendizes como professores, e professores como aprendizes. Um comentário interessante: professores criam avatares e quando as coisas dão erradas, criam outro, porque não querem ser confundidos com aquele que estragou tudo! Você pode pedir para os alunos mostrarem quem consegue criar a maior confusão no SL, errar feio! Há dois tipos de usuários do SL: os que querem escapar da vida e os que querem estender a vida, usando uma nova ferramenta. O que interessa não é uma segunda vida, mas uma forma de atingir nossos alunos de uma nova maneira, e de enriquecer a sua experiência de aprendizado.

Teaching in Second Life: One Instructor’s Perspective, entrevista com Rebecca Nesson que usei bastante no Second Life e Web 2.0 na Educação.

Publicado em EaD, Edtech597, Second Life | Deixar um comentário

Persépolis

Ontem assisti Persépolis, uma animação francesa quase toda branco e preta sobre uma menina (Chiara) que vive no Irã, acompanha o assassinato de parentes e amigos, passa um período em Viena, volta e depois vai viver fora novamente.

[photopress:Persepolis.gif,full,vazio]

Um pouco confusa, com referências à guerra Irã/Iraque, ao comunismo etc., mas que no final leva o espectador a se envolver com a garota, cujo ímpeto revolucionário acaba diminuindo conforme o filme se desenvolve.

A animação é uma adaptação dos quadrinhos autobiográficos de Marjane Satrapi. Na dublagem, perdemos as vozes de Chiara Mastroianni, filha de Marcelo Mastroianni e Catherine Deneuve.

Assista ao trailer:

Publicado em Cinema | Deixar um comentário

Juno

Ontem assisti Juno, dirigido por Jason Reitman, um filme muito leve com uma mensagem muito bonita.

[photopress:juno_1.jpg,full,vazio]

Juno [photopress:juno_icon05.gif,full,vazio] (interpretada pela incrível Ellen Page) transa com seu engraçado colega de classe Bleeker [photopress:juno_icon06.gif,full,vazio] (Michael Cera) e engravida com 16 anos. Então, em vez de abortar ou ter um filho que não teria condições de cuidar adequadamente, procura um casal que esteja disposto a adotá-lo. O pai [photopress:juno_icon02.gif,full,vazio], no meio do caminho, decide que não está preparado e se separa da esposa, mas as duas (Juno e a futura mãe [photopress:juno_icon01_1.gif,full,vazio], muito bem interpretada por Jennifer Garner) tocam o projeto em frente, e assim que o filho nasce, passa para a nova mãe. Bleeker nem chega a ver o filho, e em seguida os dois namorados já estão de volta à sua vida normal, para quem saber ter um filho no futuro, quando estiverem preparados.

A trilha sonora é muito gostosa, com Jobim, Lou Reed e mais gente boa – dá para ouvir no site do filme.

Assista ao trailer:

Vamos ver o que dá no Oscar, hoje. A Ellen Page realmente é muito boa. Tem gente dizendo que o filme é uma nova Pequena Miss Sunshine – mas, para mim, não tem comparação, está anos luz à frente! Pequena Miss Sunshine é uma comédia meio sem graça, Juno é uma história muito bonita, muito próxima da vida e com uma mensagem linda.

Publicado em Cinema | Deixar um comentário

Veludo – Conto de Adalberto Tripicchio

VELUDO
Adalberto Tripicchio

_ Baltazar, não esqueça de levar o Shake para passear.
Ora, isso Baltazar já sabia. Toda manhã levava o Shakespeare passear. Aliás, desde filhote, era ele quem o levava para o treinador.
Shake era um macho pastor-alemão capa preta belíssimo. E de natureza dócil. Apesar de seu tamanho e força, não serviria para cão-de-guarda. Até os estranhos recebia amigavelmente.
Agora adulto cuidava dos dois filhos pequenos de Elizabeth, a patroa, melhor que a própria babá.
Baltazar pensava de como Shake iria tratar seus próprios filhotes. Teria que arranjar-lhe uma bela esposa.
Costumavam passear sempre numa mesma praça arborizada, cheia de crianças, de jovens que subiam e desciam as árvores.
Lá estavam os amigos de Shake. Cães de todas as raças. Com os pequeninos cães-de-madame, Shake era cuidadoso no trato, pai de todos. Às vezes trazia algum deles, pegando pela nuca com a boca, sem machucar. Isto, quando algum deles corria algum risco com um cão maior e bravo, ou então, perto das ruas movimentadas, que margeavam a praça.
Baltazar amava esse cão. Desde que ele chegou, com dois meses de idade, à casa dos patrões.

* * *

Certa manhã, durante o passeio, Shake sumiu.
Baltazar andou por todos os cantos, esquadrinhando as ruas. Estavam longe das praias.
_ Onde ele foi parar, meu Deus?
Passada uma hora, que pareceram muitas, Shake saiu de um beco, próximo a uma casa em construção, onde havia montes de areia, pedras e tijolos.
Parecia muito alegre, agitado.
Foi um alívio Baltazar ver Shake. Não tanto pelos patrões, mas pelo amor que Shake lhe despertava. Observando melhor o beco de onde Shake tinha saído, saiu em seguida uma cachorrinha, sem raça definida, um mix de pequinês, com fox paulistinha, com cocker, sei lá.
Ela estava no cio como pôde perceber pelos machos que a seguiam, e, que Shake pôs a correr.
Não deu outra: Baltazar acompanhou a prenhez a se desenvolver naquela cadelinha de rua. Ele sabia, melhor dizendo, tinha certeza, que eram filhotes de Shake que estavam ali se desenvolvendo.
Baltazar chegou a dizer algo a sua patroa. Que Shake ia ser pai etc. Elizabeth não se interessou muito, pois eles não teriam pedigree.

* * *

Crianças freqüentavam aquela praça tão bonita e saudável no bairro de Ipanema.
Algumas delas viram o parto da cadelinha.
Eram filhotes muito grandes. Três deles. O primeiro nasceu bem. Os dois que saíram horas depois não resistiram. Juntamente com a mãe morreram.
Uma das meninas que brincava sempre naquela praça, adotou-o. Mas, não era o bastante, era preciso que, também, sua família o adotasse.
Já tinham dois cães-de-guarda Rottweiler, para a proteção da casa. Trazer um filhote era até uma temeridade para a segurança do cãozinho.

* * *

Tuquinha, a benfeitora do filhote, estava com cinco anos, tinha mais três irmãos. Dois rapazes, e a irmã Suzy.
Em reunião do clã de Tuquinha chegou-se à conclusão inequívoca que o filhote da praça não podia ficar por ali. Pensaram em dá-lo de presente a algum conhecido. Mas…, um cão sem tradição de família canina, não seria fácil.
Suzanne, a irmã mais velha, compadeceu-se da pequena Tuquinha, que estava desolada em se afastar do filhote – nem nome tinha -, aos prantos.
Foi nesta circunstância, que ambas, no quarto de Tuquinha, ela mais Suzanne, resolveram batizá-lo.
O belo exemplar tinha herdado o dorso de seu pai Shake. Felpudo, macio, brilhante e absolutamente preto. Traços de um legítimo capa-preta. No mais, coitadinho, tinha herança da mãe: manchas ao longo da pelagem, orelhas caídas. Chamaram-no Veludo.

* * *

Aqui surge Suzanne como personagem importante deste relato. Motivo: Suzanne, com pena de Tuquinha, e, também de Veludo, pensou rápido.
Seu namorado Johnny, que morava só em um apartamento grande no Leblon, tinha uma funcionária diarista que cuidava da limpeza geral e das refeições de Johnny.
Quem sabe ele não aceitaria um filhotinho tão cativante como aquele.

* * *

Suzanne era envolvente. Sabia que tinha um namorado de gênio difícil.
Johnny era filho-único de mãe pós-divórcio, que não conseguiu refazer sua vida. Ao contrário de seu pai, que logo após da separação, casou-se com uma namorada que já tinha há dois anos. Johnny tinha duas meias-irmãs, com quem não tinha o menor contato.
O pai de Johnny se tornou Diretor de Banco. Competente e influente, e carregado com toneladas de culpa pelo filho que ele via como um “abandonado”. Não hesitava em satisfazer-lhe as vontades.
Foi assim que lhe deu um belíssimo apartamento no Leblon, muito melhor que o de sua mãe. Foi um presente pelos seus vinte e um anos.

* * *

Suzanne e Johnny se conheceram numa dessas casas noturnas que toca música techno, num volume ensurdecedor. Onde Ecstasy corre solto.
Suzanne freqüentava esta casa. Ela era muito sensível a remédios. Com, uma pequena dose de Ecstasy, manifestou uma sede imensa que não passava nem com toda água do mundo. Todos sabiam que esse era um dos efeitos terríveis deste estimulante.
Suzanne, que já havia tomado uns dez copos de água mineral, vendidos a preço de ouro – evidente que os donos da casa sabiam muito bem como arrancar dinheiro de seus freqüentadores e seus efeitos colaterais.
A temperatura de Suzanne não baixava dos quase 40º graus de hipertermia – os seguranças da casa conheciam bem estes fenômenos e controlavam as crises – pânico geral. Johnny a levou a um Pronto Socorro.
Antes de Suzanne perder a consciência, dançava a mil com Johnny, que, ao que parece, se afeiçoou a ela. Ao menos pelo seu visual. Suzanne era bonita. Atendia aos padrões de beleza de então. Magra, acima de tudo, alta, morena, olhos verdes, cintura fina e quadris largos, sem ser culote.

* * *

Suzanne era tudo que Johnny podia esperar de uma companheira. Johnny era mercadoria de uma fábrica de narcisismo ISO 9000. Com os pais separados, desde os seus três anos de idade. Sua mãe recebera uma gorda herança do avô de Johnny, e procurava atender-lhe todas as vontades do filho-único sem pai. Este pai, por sua vez, um vitorioso nas finanças, dava tudo à sua atual família, e, especialmente, às suas duas filhas, e não hesitava em presentear Johnny em todos os seus desejos.
Johnny, embora essencialmente bom e generoso, foi condicionado a ser um mimado, em que desejo e satisfação de desejo aconteciam simultaneamente.

* * *

Suzanne encontrou-se com seu namorado em uma churrascaria em Copacabana. Jantaram fartamente. Ambos eram bons garfos. E, sem deixar de manterem suas formas de academia.
Ela criou coragem.
_ John, afeiçoei-me a um filhote de cachorro. Ele está em casa de meus pais, que já estão bem nutridos de cães.
_ E, daí?
_ Bem, eu não queria me afastar dele até que estivesse mais crescido, e doá-lo, ou deixar por conta de algum veterinário.
_ Sei.
_ Johnny, você poderia ficar com ele por uns dois meses? A Maria cuida deles. É só dar a ração. Nada mais. Deixe-o trancado na sua área de serviço.
(Claro, não era só isso que Suzanne pretendia.)
Johnny, que estava realmente interessado em Suzanne, concordou de imediato.
Tudo resolvido. Veludo crescia, enquanto isso via-se o quê fazer.

* * *

A relação entre Johnny e Suzanne sempre transitou por altos e baixíssimos. Um dia, acabaram. E pronto. Todos os sonhos construídos juntos, na energética adolescência, ruíram.
O rompimento era previsto.
E agora: encontramos Johnny em seu apartamento luxuoso, uma funcionária doméstica, que a mãe indicou, e lhe fazia de tudo, e, um cão, que apesar de não lhe dar trabalho algum, lembrava-lhe a namorada perdida.
Johnny, seu apartamento, seu celular, som 5.1, vídeos, funcionária e Veludo.

* * *

Apesar de Veludo não fazer nenhum ruído, de ser alimentado, às vezes dia sim dia não, de não ter seu espaço limpo, é fácil imaginar que no seu grau de consciência canina, tivesse a sensação que pior seria estar nas ruas.
Brigas com outros cães, comida sempre incerta, serviço da Prefeitura a caçá-los vivos ou mortos. Ainda assim, era melhor estar ali naquele cantinho da área de serviço, onde Maria lhe cuidava, quando vinha.

* * *

Johnny chegou à conclusão que dependia mais de Suzanne o quanto pensava. Pela sua história de vida: carências de mãe, sempre desesperada com as ações do marido; de pai, com a cabeça longe daquele ambiente familiar. Johnny teve seu desenvolvimento repleto de vazios. Suzanne era uma jovem que lhe compreendia e dava um suporte que ele nunca se deu conta do quanto lhe era importante.
Aí surgiu aquela danada ambivalência onde se ama e se odeia ao mesmo tempo. Ele amava Suzanne, e a odiava por lhe ser dependente. Ótima brecha para elaborar um bode expiatório.

* * *

Veludo serviu sob medida a esse fim. Johnny começou a odiar o pobre cão, que nada tinha a ver com sua história.
Ficava irritado por Maria ter de lhe cuidar. E quando Maria folgava, ficava igualmente irritado pela sua simples presença.
Como Johnny poderia se deixar transtornar por um cachorro?
Ele sempre teve tudo o que quis.
Em outros termos, Veludo era a presença constante da ausência insuportável de Suzanne.

* * *

Johnny passou a dormir mal. Demorava a conciliar o sono. Enquanto isso a cabeça ia funcionando.
_ Preciso me ver livre desse maldito cão.
Era o alvo que estava mais à mão.
Maquinou, maquinou…
Vou deixá-lo na Zona Norte.
Ele não terá como atravessar o Túnel Rebouças.
Certa manhã – Johnny não trabalhava – pôs uma corrente em Veludo.
Levou-o até sua Cherokee, prendeu-o nela. Rumou para além do Maracanã. Enxotou-o a pontapés para fora do automóvel. E voltou.
Estava livre daquele símbolo de sofrimento.

* * *

Três ou quatro dias depois, Johnny, que morava no térreo próximo à entrada de banhistas, ouve um roçar de unhas na porta de serviço de seu apartamento. Era Veludo feliz da vida de ter reencontrado seu dono e senhor. Fez-lhe a maior festa.
Johnny reconheceu essa reação do animal, entretanto suas limitações emocionais não lhe permitiram ir além.

* * *

Johnny maquinou, maquinou… Enquanto maquinava, não pensava na ausência de Suzanne.
Quando Johnny fez dezoito anos ganhou um pequeno barco com motor de popa Johnson. Aos vinte e um, o carro Honda esporte e uma corrente de ouro com cruz que passou a levar no pescoço.
De repente, brota-lhe a idéia salvadora.
_ Coloco o cachorro em meu barco, vou para bem longe da costa, lanço-o ao mar.

* * *

Domingo, colocou a corrente em Veludo, que ficou excitadíssimo em passear com seu dono.
Johnny o levou para o barco. Amarrou-o num canto, deu partida em seu motor.
Pensou em algum lugar especial para jogar Veludo fora. Talvez na direção do Arpoador haja um choque de correntezas.
Navegou por cerca de uma hora mar a dentro.
Chegado ao ponto, diz-se: é aqui.
Aproximou-se de Veludo.
Notou que o cão estava diferente, em uma posição, misto de defesa e de tristeza. Johnny não ligou. Agarrou o cão, desamarrou-o e o lançou ao mar, em uma manobra que quase não caiu também na água.

* * *

Imediatamente, deu velocidade máxima em seu Johnson. Não olhou para trás. Em dado instante, no caminho de volta, se deu conta que havia deixado seu cordão de ouro sair-lhe do pescoço e cair ao mar. Ficou furioso.
_ Aquele cão ordinário. Além de me dar este trabalhão todo, ainda me fez perder minha corrente que ganhei de meu pai.

* * *

Os dias passavam. Um, dois, três… Johnny estava aliviado – claro havia se livrado de seu bode expiatório -. Curtia seu som em seu apartamento.
Em dado momento, ouviu um ruído estranho na porta. Um raspar metálico. Algo indefinido.
Pelo olho mágico, nada viu.
Criou coragem, abriu a porta.
Um cão, encharcado de água e óleo, ofegante, os olhos apagados para o infinito, trazia em sua boca, com baba sanguinolenta, a corrente de ouro de Johnny.
Johnny não prestou atenção em Veludo. Só viu a cruz. Levou-a correndo ao lavabo para lavá-la. Estava perfeita. Vestiu-a.

* * *

Johnny se lembra do cão, volta para a porta. Lá estava Veludo, que não havia ultrapassado a soleira de entrada. Estava morto.

* * *

Hoje, passados os anos, Suzy e Johnny têm dois filhos adolescentes e três cães pastores, que ficam a correr pelo quintal, em torno da casa. Mas, nada basta para aliviar o peso que Johnny traz em sua vida.

Publicado em Literatura | 1 comentário

Second Life is not a learning environment… but why not?

Second Life is not a learning environment. As blogs, wikis, mashups and other Web 2.0 tools, it was not developed with educational purposes in mind. Because of that, it does not have traditional assessment and other tools we find in learning environments from Blackboard to Moodle.

Should we take this for granted? Let’s analyze this statement carefully.

First of all, what does an environment mean?

In a literal sense, an environment means physical surroundings. In a larger sense, it includes the social and cultural aspects of the surroundings. This is how Roger Hiemstra, in Creating environments for effective adult learning, defines learning environments, focusing on the adult learner:

“A learning environment is all of the physical surroundings, psychological or emotional conditions, and social or cultural influences affecting the growth and development of an adult engaged in an educational enterprise.”

That is to say, an environment includes, lato sensu, physical, psychological, emotional, social and cultural elements.

We could then ask: how come we call Blackboard, WebCT, Moodle etc. “learning environments”? These softwares no doubt try to recreate part of the social and emotional aspects of a real life environment, and we could even say that they allow and support relationships that are not easily established face to face. However, on the other hand, they simply give up the physical characteristics of a learning environment. Looking backwards now, it seems incredible how we could naively have used the word “environment”, for so long, for a “space” like this:

[photopress:1.28.gif,full,vazio]

Kant argues, in his Critique of Pure Reason, that time and space are a priori conditions for any knowledge. Space could be empty, but out of space (and time) no experience was ever possible. But Kant is not bibliography for distance learning, and what virtual learning environments like Blackboard did was to take from the learning experience its spatial references. Not only this, but also subtract body itself from the learning experience. A Cartesian move, that stresses the rational ignoring the physical. Body that for many authors, like Hubert Dreyfus (On the Internet), Michael Heim (The Metaphysics of Virtual Reality) and Albert Borgmann (Holding on to reality: the nature of information at the turn of the millennium) are essential to any experience, specially for learning.

Michael Moore, in an article published in 1989 in the American Journal of Distance Education, “Three types of interaction”, defines distance learning in relation to the interaction student/professor, student/student and student/content. Terry Anderson later published “Modes of interaction in distance education: recent developments and research questions”, in Handook of Distance Education, adding 3 types of interaction: professor/professor, professor/content and the interesting content/content (that happens, for example, in pages structured to read RSS that keep updating without human intervention).

We can say that an important kind of interaction is missing here: the interaction of students, professors and even content with the support staff. But what is most interesting is that no mention is made to the interaction of students, professors and content with the environment. It is incredible how this essential variable was left behind, and this can maybe explained because the available learning environments had exactly subtracted physical traits from the learning experience, that is to say, they were not environments in the most literal sense of this word.

So we have been using for years a strange metaphor, because it kept the more connotative senses of the expression but bypassed completely its literal sense – and we probably forgot this original link.

But 3D virtual worlds have brought back to the learning experience at least part of this physicality that was taken from us with traditional learning “environments”. As Stephanie Booth says, in Culture shock in Second Life: “[…] even though Second Life is an entirely on-the-computer thing, it clearly activates the pathways in our brains that we use to deal with physical space and beings.” In Second Life, there is a sense of localization that justifies the idea of immersion, so associated with these 3D virtual worlds, and that allows simulation in a way impossible to reach only with text or 2D.

For Johnson and Levin, in Virtual Worlds: Inherently Immersive, Highly Social Learning Spaces: “One of the essential and fundamental aspects of a virtual world that remains to be fully explored is the fact that a person who places his or her avatar in a virtual space is extending him or herself into that space.” A sense of physical space is brought back to the learning experience. When an avatar gets too close to you, for example, it bothers. When you push an avatar, you say sorry.

In this sense, Second Life is much closer to a learning environment than flat tools like Blackboard or Moodle. So why do we say that it is not a learning environment, and continue to call Blackboard an environment?

One of the common complaints is assessment: Second Life does not have the needed tools to control and evaluate students work. Is that true? What are we talking about here? What tools do we need?

If we take constructivism as the basis for our teaching and learning process, the idea that learning should develop by doing something, that students should remix and produce (and not simply absorb) content and knowledge, than there is nothing missing in Second Life. It is totally possible to evaluate students’ productions like objects, scripts, presentations, exhibits etc. But even if we think that learning should be evaluated and measured in a more traditional sense, it is possible to use objects with questions and answers in Second Life, to track when avatars visit a land, touch an object etc. You do not need to go outside Second Life to be sure that your student learned. After all, learning is not a question of how many times a student clicks on a page – there is a funny story about a student that was not that compromised with a course, but Blackboard indicated she was the one who accessed more the content of the course, and when this was checked in details, it was found out that she had a phone connection that disconnected continuously, so she had to reconnect and click the Blackboard pages over and over again. What is exactly that we want to evaluate that is not allowed by Second Life, but would be by Blackboard? What do we want to “measure”? Our fear as professors?

Even the Corporate universe does not have a better excuse to justify its need for a traditional learning environment. And, if you really do not feel comfortable and need the safety of formality, you can use Sloodle or any single page on the web to impose to your students traditional evaluations, without a need for a closed and old learning environment.

And we should not forget the very interesting concept of personal learning environment (PLE). Closed virtual worlds, like Blackboard or even Moodle, are isolated islands. But the idea of PLE stresses the participation of the student in the building of his own learning environment, which is continuous and should not come from a single source. If the student is seen today not only as a consumer, but also as a producer of knowledge, it does not make sense to impose a rigid frame to his production. And the idea of PLE also respects another important idea: different learning styles. PLEs have the potential to unite different forms of learning, like informal learning, work-based learning, problem based learning etc. and even the formal and traditional kinds of learning, which is not always the case for the traditional learning environments. PLEs and more open environments like Second Life allow the student to build the spaces he wants for the intersection of these different types of learning, which never end.

Institutions and professors lost track of the way students learn, even why there is not a single way for learning anymore. This was said about the Net, this is even truer about Second Life: you have to explore the environments, each in its own way, and so, in a pedagogical sense, each one builds its own way to and through knowledge.

Institutions and professors, initially, tried to control web-based learning through sterile systems like LMSs. LMSs are management systems, not environments, that is to say, they serve the institution needs to control, not the student needs for learning. LMSs 2.0, like Nuvvo, indicate the need for more open, flexible, simple, free and web-based tools. Web 2.0 tools and 3D virtual worlds, even if not pedagogy-driven, might help us bypass this sterility of the learning management systems. A natural reaction of the institutions is to ban these new technologies because, after all, what will be left to them in the teaching and learning process, if students start to develop and control their own online learning environments?

As Johnson and Levin say: “Virtual world platforms have evolved over the past several years into highly flexible, configurable blank canvases for teachers to design new sorts of learning. These experiences, if designed by someone who is truly understanding and appreciative of the form, can be compellingly immersive and very engaging.” Institutions and professors who master these virtual worlds have the opportunity to design new, criative and unpredictable ways to learning. Like Esperance – Thursday’s Fictions Grove:

[photopress:Class3_Activities_006.jpg,full,vazio]

Web 2.0 tools and 3D virtual worlds might soon transform traditional learning environments in commodities, like browsers. Soon we won’t need them anymore. We are probably watching the Death of the traditional Learning Environments.

Second Life is not a learning environment, but much more than that: it is actually a virtual environment, not only in the sense that it is virtual (not real), but also in the sense that it is potential, a macro-environment made of infinite micro-learning-environments, like universities, museums, exhibits, objects, scripts, images, sound, text etc. It can certainly be successfully combined with other tools, but not because it is incomplete, but because mashing up works very well in this new scenario for education.

Publicado em EaD, Second Life | 11 comentários

Aplicativo remixado pelo usuário

Li nestes dias no ReadWriteWeb um artigo curto mas muito interessante: Why You Should Let Users Define Your App.

“O cliente sempre tem razão” significa, na superfície, que devemos oferecer um bom serviço ao consumidor. Mas num nível mais profundo, significa que se os seus consumidores fizerem com o seu serviço coisas com em que você nunca tinha pensado, acompanhe a onda.

O Google Maps seria um exemplo. É o que aconteceu também com o Twitter, que começou como um espaço para anotar os pequenos acontecimentos das nossas vidas, mas está se transformando em uma plataforma para discussão séria e notícias fresquinhas. No meio do caminho, bloggers, jornalistas etc. começaram a utilizá-lo para um propósito para o qual, nem mesmo hoje, a própria empresa que criou o aplicativo indica. Aliás, é o que tem ocorrido com as ferramentas Web 2.0 para educação: boa parte delas não foi criada para objetivos pedagógicos, mas temos encontrado excelentes usos educacionais para elas.

Provavelmente, o sucesso do Twitter foi gerado por essa abertura que deixa que os consumidores o definam.

A indústria de games é conhecida por permitir que seus consumidores definam novos usos para seus produtos. Os desenvolvedores de games em geral permitem que os usuários criem modificações para os jogos, o que os direciona para caminhos novos e inexplorados. Nos últimos anos, muitos jogos passaram a ser criados com designs não-lineares e abertos, que permitem que os usuários progridam pelo jogo por caminhos que mesmo os desenvolvedores não imaginavam.

De certa maneira, as modificações em jogos de computadores são análogas aos movimentos de mashup na Internet. Ao oferecer aos usuários APIs abertas, os criadores de aplicativos web deixam que seus consumidores levem seus aplicativos para direções nas quais eles não pensaram. O acesso aberto à arquitetura e aos dados de seus produtos, e a permissão para que os usuários os remixem, podem gerar masuhps que transformem seu aplicativo em uma “killer app”.

Podemos aproveitar o raciocínio um pouco mais para as nossas reflexões sobre EaD. Venho utilizando faz tempo os conceitos de aututor e impostutor, já passei pelas idéias de docência online independente, de produção de conteúdo pelos próprios alunos e de ambientes pessoais de aprendizagem. Com as ferramentas web 2.0, é provável que a importância dos ambientes de aprendizagem tradicionais, como o Blackboard e o próprio Moodle, diminua sensivelmente. Mas aqui talvez seja possível ir ainda um passo além: não temos aqui um aluno que apenas montas seu ambiente de aprendizagem e produz seu próprio conteúdo – podemos pensar em um aluno que utiliza ferramentas mas que também as modifica, gerando então novos usos para elas. Um aluno que, no seu processo de produção de conteúdo e na arquitetura de seu ambiente de aprendizagem, remixa aplicativos, gerando novas aplicações pedagógicas para ferramentas, aplicações que nem quem as desenvolveu, nem seu próprio professor ou seus colegas, imaginavam.

Ou então é possível pensar nisso: deixe que os alunos remixem conteúdos, remixem aplicativos e montem seus ambientes de aprendizagem, deixe que seus alunos criem caminho de aprendizagem que nem você mesmo tinha imaginado.

Publicado em Computação, EaD | 6 comentários

Últimos Filmes

Estava devendo alguns filmes a que andei assistindo, aqui vão.

*

[photopress:PS_Eu_te_amo_2.jpg,full,vazio]

P.S. Eu te amo (P.S. I Love You). A excelente Hilary Swank fica viúva e passa a ter sua vida guiada por cartas que seu marido escreveu enquanto estava vivo. Suas amigas interpretam também papéis muito interessantes.

[photopress:PS_Eu_te_amo.jpg,full,vazio]

O interessante roteiro, cheio de flashbacks, é adaptado do romance de Cecelia Ahern.

*

[photopress:Conduta_de_Risco.jpg,full,vazio]

Conduta de Risco (Michael Clayton), um movimentado suspense sobre o universo das empresas e da advocacia, mas que acaba de maneira um pouco decepcionante.

*
[photopress:Alvim_e_os_Esquilos.jpg,full,vazio]

Alvin e os Esquilos (Alvin and the Chipmunks), uma comédia bem engraçada, que agrada a adultos e crianças. No início da década de 1960 foi famoso um desenho animado na tv com os esquilos. A interação entre desenhos digitais e os seres humanos é um dos pontos altos do filme, assim como as cenas em que os esquilos aparecem cantando.

*

[photopress:Meu_Monstro_de_Estima____o_2.jpg,full,vazio]

Meu Monstro de Estimação (The Water Horse: Legend of the Deep), história cheia de efeitos visuais e bem divertida que se passa na Escócia durante a Segunda Guerra, em que uma criança acaba adotando um monstro (Crusoé) que se torna gigante e passa a morar em um lago.

*

Desejo e Reparação (Atonement), dirigido por Joe Wright e com a sensacional Keira Knightley no elenco.

[photopress:Keira_Knightley.jpg,full,vazio]

É baseado no romance Reparação, de Ian McEwan. Briony tem ciúmes da irmã e do empregado da família, e conta uma mentira que acaba destruindo a vida dos 2.

[photopress:Desejo_e_Repara____o.jpg,full,vazio]

É uma história forte sobre o que a inveja (e a inconsciência de uma menina) podem destruir, e de como a destruição pode vir da própria família. Um roteiro interessante, com vários flashbacks, e uma trilha sonora muito boa.

Publicado em Cinema | 8 comentários

EDTECH 597: Teaching and Learning in Second Life – 4th Class – 14 Feb. 2008

Na quarta aula do curso, criamos um suporte para passar slides no Second Life, fizemos o upload de algumas imagens, que foram transferidas para o objeto, e utilizamos um script para fazer os slides rodarem.

[photopress:Class4_1_004.jpg,full,vazio]

Este é o script que permite que o seu avatar (e apenas ele) mude os slides, para quem ainda não viu um script do SL:

    string avatar = “”; //coloque entre aspas o nome do avatar autorizado a virar os slides
    integer imax = x; //substitua x pelo número máximo de slides

    integer i;

    default
    {
    touch_start(integer total_number)

      {
      string avatar1 = llKey2Name(llDetectedKey(0));
      if (avatar==avatar1)

        {
        ++i;
        if (i==imax+1) i=1;
        llSetTexture(“Slide” + (string)i, ALL_SIDES);
        llSay(0, “Slide ” + (string)i + ” de ” + (string)imax);
        }

      }

    }

Depois visitamos o Educators Coop, em que o professor North Lamar dá aulas.

[photopress:Class4_1_014.jpg,full,vazio]

Na saída, dei uma passadinha rápida em uma reunião em Aveiro.

[photopress:Class4_1_019_1.jpg,full,vazio]

Estas são as leituras da semana, além de mais capítulos do livro que ainda não recebi (a Amazon é muito mais ágil que a Barnes and Noble) agora já recebi e estou resenhando o livro em um post separado:

Educational Uses of Second Life, que usei bastante no Second Life e Web 2.0 na Educação.

Tutoriais para construção no YouTube, como este:

Eu criei uma página acompanhando o Ivory Tower Library of Primitives, um guia bastante completo para a construção no SL.

Immersive Virtual Reality – curto verbete na Wikipedia, que fala de Realidade Virtual Imersiva, em que os nervos seriam afetados e a pessoa se sentiria na realidade.

Immersion and Engagement in a Virtual Classroomt: Using Second Life for Higher Education – slides sobre o uso do SL em educação superior, apresentando principalmente os assuntos que podem ser trabalhados no SL.

Kathy Dryburgh’s Guide to SL for Educators, que foi uma apresentação durante o Second Life Best Practices 2007. Há slides e fotos no Flickr e a apresentação gravada no SL, além de uma série de links para espaços educacionais no SL.

What Are Immersive Classrooms? – podcast que discute o sentido de imersão no SL. Mas a definição é estranha – classes imersivas são definidas como aquelas em que não é preciso ter ninguém, mas tem conteúdo, algo mais próximo de interação. E aí começa aquele lugar comum – o conteúdo não deve ser sacrificado por causa da tecnologia, e mais algumas coisas.

Clark Aldrich’s Six Criteria of Educational Simulations – um pdf de 2004 com várias imagens e conceitos sobre simulação e games em educação.

A Virtual Realist Primer to Virtual World Design, 2007. Um pdf que parte do conceito de Realismo Virtual para discutir construções e espaços virtuais, baseado nas idéias de Michael Heim. Como representamos a nós mesmos e a nosso ambiente na ausência de uma fisicalidade a priori? Como se dá a interação com avatares e em/com ambientes virtuais? O texto introduz o interessante conceito de interacture (interatura) como um princípio de design de mundos virtuais: uma mistura de interação, função e estrutura ao se pensar nesses ambientes.

Creating Museum Content and Community in Second Life, 2007. Um artigo bastante completo sobre a construção de museus virtuais no Second Life, baseado na experiência do Exploratorium de San Franciscoe e do Splo no SL. Num museu virtual é possívef fazer coisas que não são possíveis num museu real nem mesmo na web.

[photopress:Exploratorium_001.gif,full,vazio]

Publicado em EaD, Edtech597, Educação, Second Life | 3 comentários

Ana Cañas

[photopress:Ana_Canas.jpg,full,vazio]

Há bastante tempo, no All of Jazz, eu assisti a um show da Ana Cañas que foi uma das experiências estéticas mais intensas da minha vida. Ela veio do teatro, então interpreta muito!

[photopress:Ana_Canas_3.jpg,full,vazio]

Depois disso ela foi para o Baretto, o bar do Fasano, e parece que caiu nas graças do Caetano Veloso, Chico Buarque etc.

[photopress:Ana_Canas_4.jpg,full,vazio]

No site dela há alguns vídeos, dentre eles um rápido dueto com Dave Gordon:

Ela acabou de lançar um CD, Amor e Caos.

Devolve Moço é uma das faixas do CD, que você pode ouvir abaixo no vídeo estilo Web 2.0:

Quem tiver a oportunidade, procure assisti-la ao vivo!

[photopress:Ana_Canas_2.jpg,full,vazio]

Hoje, 29/03, coloquei o linke para o vídeo do YouTube do Devolve Moço no meu profile no Second Life; portanto, por um tempo no sl o Erectus Amat carregou com ele o vídeo (e a Ana)!. Aí sugeri para o AJ Brooks entrar e assistir o vídeo por lá. Comentários: “Awesome! A little Ella Fitzgeral!”

Publicado em Música | 1 comentário